Enfim tinha chegado o último dia da gincana. Para finalizar, Justin decidiu que a última prova seria um jogo de pergunta e resposta. Agora éramos 12, uma tinha sido eliminada pelo orçamento, por ter fugido do tema e outra por ter dado a sentença errada no julgamento.

Meu vestido já tinha chegado, ele tinha as costas nuas, um decote em V com uma bela transparência. A parte de cima do vestido era toda na pedraria prata que se estendia pela saia nude com uma fenda lateral.

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Estava conversando por um site de bate papo com Alex e Jasmine, quando uma imagem apareceu na minha tela.

"Seja perfeita e conquiste o príncipe, Ky"

Engoli seco sentindo minhas mãos soarem. Como Brian tinha acesso a um computador? Como aprendeu tantas coisas? A mensagem sumiu ficando só a imagem. Parei de respirar me vendo de costas para um mercadinho que eu tinha acabado de assaltar. Tirando o cabelo roxo não dava para saber que eu era. Infelizmente, se Brian enviasse para o palácio eu seria acusada imediatamente.

O que ele poderia querer de mim? Além de conseguir a coroa, não teria nada que eu pudesse fazer para agrada-lo agora. Fechei a tela do computador e me joguei na cama tentando colocar meus pensamentos em ordem.

[...]

Me olhei no espelho pela milésima vez, estava nervosa com esse momento. Todo o país estaria assistindo. O vestido estava perfeito no meu corpo, combinando com o salto alto branco com um detalhe prata no salto agulha que eu usava. Meu cabelo loiro estava ondulado e a maquiagem extremamente sexy.

—Você ficou linda! — Astra falou e eu sorri para a moça, como eu sentia falta dela.

—Muito obrigada. Você arrasou. — disse a olhando, ela sorriu — Você fez falta, muita falta. Esses dias foram uma loucura.

—Acompanhei tudo de perto. Também senti sua falta. Por outro lado, agora estamos mais perto de voltar para casa.

Bateram na porta e eu olhei para Astra, ja sabia quem era. Puxei um pouco minha saia e caminhei lentamente até a porta, ainda não tinha me acostumado com os saltos.

—Boa noite, Davis! — falei para Nicolas que sorriu sem mostrar os dentes e me analisou.

—Boa noite, Benson! Você está linda. — Sorrir para ele como retribuição e fiz uma reverencia.

—Obrigada, você também está um gato. — disse fazendo ele sorrir largo.

—Podemos ir? — perguntou e eu assenti.

—Até depois, Astra. — disse, entrelaçando nossos braços para caminharmos.

—Está nervosa? — Nicolas questionou e eu assenti.

—Muito, pelo menos esse é o fim.

—Isso. — ele falou sorrindo de lado. Suspirei nervosa, enquanto andávamos até o local.

—As selecionadas têm que ficar naquela sala até chegar sua vez, para não copiarem a resposta uma da outra. Daqui a pouco iremos falar a ordem. — Olhei para Nicolas que retribuiu com um olhar confiante. Entrei na sala vendo a maioria das selecionadas.

Cumprimentei-as e me sentei no sofá branco, cruzei a perna e fiquei olhando para a parede na minha frente.

Levou 30 minutos até alguém entrar na sala atraindo nossa atenção.

—A ordem será: Avery, Benson, Brennan... — Parei de ouvir ao escutar meu sobrenome. Seria a segunda, isso não era bom. — Começaremos em 15 minutos — o guarda avisou e se retirou da sala.

[...]

—Senhorita Benson, sua vez! — o guarda falou, me fazendo levantar em um pulo. Respirei fundo passando a mão pela saia do meu vestido e caminhei com calma até ele. Não sabia quem estava fazendo as perguntas e isso me deixava louca.

Caminhei para fora do palácio, vendo que essa porta dava para a escada do palco. Respirei fundo mais uma vez soltando o ar lentamente. O guarda sussurrou um pode ir e eu subi cuidadosamente os degraus. Gal estava com o microfone e sorriu ao me ver, nem parecia a mesma professora das aulas.

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—Agora receberemos a senhorita Kylie Benson, de Auradon. Kylie começaremos as perguntas, quero avisa-la que não existe resposta errada. Todas as respostas serão aceitas, só que teremos as que se encaixam mais que outras. Lembre-se que além de ganhar o coração do príncipe Justin, você será responsável por todo o país e para isso a mais preparada ganhara a disputada. Você entendeu? — ela perguntou me olhando e eu assenti.

Olhei para aquelas pessoas ali e todos tinham cara de ser importante, o que me deixou ainda mais nervosa. Justin estava sentando em um trono real com dois seguranças ao seu lado. Do outro lado do palco Nicolas me olhava atentamente e sorriu. Foquei nele e fiz o resto desaparecer por meros segundos, na expectativa de me acalmar, o que funcionou em partes.

—Começaremos com uma pergunta básica, O que é ser rainha para você? — Gal questionou olhando para o público, mas finalizou me olhando. Na minha frente tinha um microfone, me inclinei para perto e engoli a seco antes de responder.

—Sinceramente, não sei. Acreditava que era apenas uma mulher para o rei, uma figura matriarca. É isso que nos mostram. A rainha fica apenas no trono real, enquanto o rei proclama algo, vemos ela cuidar dos filhos durantes os passeios e conversar com o povo, diferente do rei que sempre está resolvendo negócios. Então, eu não sei o que é ser uma rainha. Porém, agora sei que vai muito além disso. Nesses últimos meses, pude ter alguma noção do trabalho de ser uma rainha com cada prova que realizei. Só tenho certeza de uma coisa, ser rainha é um trabalho difícil, que se for bem feito pode ser algo incrível. — Apertei meus dedos de forma nervosa e me senti aliviada ao ver o pessoal sorrir.

—Ótimo. E o príncipe, o que representa para você? — ela me olhou como se eu fosse falar besteira.

—O príncipe? Ele é o filho dos reis, o rapaz que assumirá o reino daqui a alguns anos, que está trabalhando duro para ser um ótimo rei. Agora, se quiser saber quem é Justin Bieber para mim, vou dizer que ele é um rapaz surpreendente. Já escutei gente dizer que ele é apenas um rosto bonito, ou que não merece o posto que tem, as pessoas dizem isso porque não o conhecem. Justin se esforça muito para esta a altura de toda a expectativa que existe sobre ele. Não é fácil ter que parecer perfeito 24 horas por dia, digo isso por experiência própria, mas ele faz isso e parece ser a coisa mais fácil do mundo. Tudo que ele faz é por amor e de maneira cuidadosa para que ninguém fique de fora. — Enquanto eu respirava fundo, Gal me cortou.

—Por que separa o principe do Justin? Eles são a mesma pessoa. — A olhei e sorri de lado.

—Se você acha isso, é porque não o conhece. O príncipe é para ser uma pessoa séria, que não pode cometer um simples erro. Justin por outro lado é divertido, tem habilidades desconhecidas e é romântico. Todos temos duas pessoas dentro de nós, a versão que todos conhecem e a que só os íntimos conhecem.

—Eu sou a mesma em ambos os locais. — segurei o riso apertando meu dedo.

—Não é, senhorita. Você é uma professora e para isso tem que ser uma pessoa séria, disciplinadas. Aposto que em sua casa você se diverte, conversa de forma normal, não usa essas roupas. — falei fazendo Gal me olhar pensativa.

—Tudo bem, entendi seu ponto de vista. Acho que todos entendemos e ficamos curiosos por esse outro lado do príncipe. — Sorri para ela sem mostrar os dentes e olhei para o Justin, que parecia bastante concentrado. Já Nicolas sorria de orelha a orelha, o que me deixou confusa, será que ele estava gostando de mim?

—Agora iremos para perguntas mais serias. Imagine que o castelo esteja sendo atacado e você está em seu quarto, qual a primeira coisa que faz? — Gal perguntou fazendo uma cara misteriosa, arregalei um pouco os olhos surpresa com a pergunta.

—Acho que tentar me esconder. Não sei. Nunca passei por isso. — Ela riu assim como o público.

—Se for de dia, como acha que agiria? — Gal questionou se aproximando.

—Em um dia normal? Se eu conseguisse me mexer depois de entender que estamos sob ataque perguntaria a Astra ou a Kayla onde poderíamos nos esconder.

—Se elas não pudessem entrar, o que faria? — a olhei surpresa e senti meu coração acelerar só de imaginar.

—Faria elas entrarem comigo, não as deixaria para trás em hipótese alguma. A não ser a de que... — fechei meus olhos tentando não imaginar a cena — uma delas tenha falecido. — Balbuciei sentindo meus olhos cheios de lagrimas. Respirei fundo e sorri tentando mostrar que estava bem, olhei para o céu na esperança das lagrimas sumirem.
—Precisa de um momento? — Gal perguntou tocando meu ombro e eu neguei a olhando.

—Não, é só que me apeguei muito as três. Kayla, Astra e Violeta, estão me ajudando diariamente com tudo necessário para sobreviver cada dia nessa seleção — escutei todos rirem e sorri de lado.

—Mudaremos a situação, agora o país está iniciando uma guerra. Por exemplo um grupo de rebeldes está atacando cidades aleatoriamente. O que você faz? — todos pareciam me olhar atentamente.

—Provavelmente pergunta a Justin o que fazer, tenho certeza de que ele é preparado para um momento desse. Faria o que fosse necessário para ajudar, mas não sei lhe dizer o que é. Só tenho certeza de que será necessário aumentar a segurança nessas cidades e nas vizinhas para que a população fique em segurança.

—A guerra está intensa, uma ordem de que a realeza deve deixar o país é proposta, qual resposta você daria? — a olhei pensativa. Eram perguntas que nunca tinham se passado em minha mente, situação das quais só vi em livros.

—Acho que ficaria, do que adiantaria fugir de um país que no final poderia não existir mais? — respondi olhando para o céu, não sabia o que responder. O que seria certo ou errado a fazer nessa situação?

—Qual movimento de nosso país, você apoiaria? - Gal questionou e eu a olhei confusa. Que movimentos? -— Temos os que apoiam a mágica, os que apoiam a fauna, os que querem uma república, os que querem o fim das castas, os que apoiam qualquer tipo de relação, por aí vai — ela me olhou — escolha um desses.

—Todos tem seu lado positivo e negativo, mas eu apoiaria a liberdade de cada um. Você não citou esse movimento, só que para mim é o que todos querem no fundo. A liberdade de escolha, tirando o da fauna, realmente é necessário proteger o meio ambiente, isso nem deveria ser um movimento e sim parte da constituição. Minha resposta é apoio a liberdade de cada um, cada um escolhe com quem se relacionar, que carreira seguir, que habilidades praticar. Sobre a república, creio que agora não é necessário, já que o pais vai bem do jeito que está.

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—Você acha que pode ser uma princesa de Illea? — Gal perguntou sem me olhar.

—Não sei, não cabe a mim decidir isso. Aprendi muito desde o começo da seleção e me esforço cada dia mais, caso me torne uma.

—Alteza, deseja fazer alguma pergunta? — Gal olhou para Justin que negou. — Então, terminamos as perguntas. Muito obrigada, senhorita Benson. Pode sair por ali. — ela apontou para a saída e eu sorri me afastando lentamente.

O palco acabou e eu acabei tropeçando em meus próprios pês, sendo amparada por Nicolas, que me esperava na escada. Ele me colocou no chão lentamente e senti o olhar de todos em mim, ótimo final.

—Você está bem? — Justin perguntou me virando para ele.

—Estou, foi só uma distração. — falei sem olha-lo, estava envergonhada.

—Tem certeza? Não se machucou? — senti sua mão fria em meu queixo, levantando lentamente até que eu o olhasse.

—Não, Davis me segurou antes que algo acontecesse. — disse sorrindo para o moreno, que sorriu minimamente.

—Obrigado. Por favor, a acompanhe até o quarto e confira se ela está realmente bem — Nicolas concordou com a cabeça. — Mais tarde passarei em seu quarto, para ver. - ele beijou minha bochecha e eu sorri de lado.

Nicolas estendeu a mão e eu a segurei me afastando de Justin.