Chasisty

Capítulo Três - Dia 03


Acordei como se o dia estivesse perfeito, meu pai disse que a garota ia se encontrar comigo hoje e ficariamos de manhã até de tarde na rua. Todos estavam criando expectativas para o nosso relacionamento dar um avanço.

Desci e fui para o carro, fiquei de bobeira olhando janela a fora; me perdendo em pensamentos. Demorei um pouco para perceber mas comecei a escutar uma barulheira lá fora:

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Garota, entra!

– Não! Não, quero!

Ela foi praticamente empurrada para dentro, logo que isso aconteceu Rosa avançou para a porta, forçando para abri-la, mas o carro começou a andar. Ela bufou e se enconstou no banco cruzando os braços, eu ri e me virei para encara-la:

– Algum problema? - ela me olhou com um bico.

– Porque teria?

– Olha aqui ô ''cara'', temos que esclarecer algumas coisas - ela veio mais para perto - Eu já lidei com duques, príncipes, riquinhos... O que for, nenhum conseguiu me convencer a casar e você não vai ser o primeiro!

– Isso soa como um desafio - ironizei.

– Você se acha bom não é? - ela cutucou meu peitoral - Eu conheço esse tipo galanteador, você pega e joga fora... Vamos resolver de uma vez; você nem eu queremos isso então vamos acabar logo com esse casamento.

– Acabou?

– Hã?

– Minha vez de esclarecer algumas coisas - me aproximei de seu rosto, ela foi para trás confusa - Eu não desisto fácil das coisas, e você não vai ser a primeira da que vou desistir - bingo.

Ela parou por um minuto para raciocinar, comemorei por dentro. Muito cedo... Ela contorceu a cara e deu uma gargalha:

– V-você é bom... Olha nos olhos, diz coisinhas ''fofas''. Hahaha, que rídiculo!

Ela riu por um bom tempo, para minha surpresa, ela se deitou no meu colo e apertou meu nariz:

– Agora falando sério, você só esta perdendo seu tempo... Ô Vossa excelência, Tora Igarashi! Hahaha...

A expressão dela não era algo forçado, era suave. Ela era o tipo de pessoa com quem eu gostaria de passar mais o tempo e difundir uma ''relação'', mais uma para a ''lista'' nunca seria um problema. Eu havia namorado muitas garotas mas essa parecia se destacar em meio de todas as outras:

– O que é esse sorriso idiota?

– Você gosta de sorvete?

– Hã?

– Vou entender como um sim.

O carro parou, havia escolhido um parque de diversão; nunca falha. Que garota não gosta desses brinquedos e doces? Descemos do veículo e começamos a caminhar em direção á entrada:

– Decepcionante... - ela resmungou cruzando os braços.

– ...

– Que clichê, parque de diversão... Sério? - balançou a cabeça.

Eu fiquei meio descordenado mas iria tentar me redmir. Eu parei e puxei sua mão:

– Então me diz onde voc... A senhorita, gostaria de ir?

– Você faria qualquer coisa por mim...? - ela se aproximou encostando o busto no meu corpo - Qualquer coisa?

– Er... - ela apertou os seios mais ainda contra o meu corpo -C-claro.

– Legal! - ela se afastou rapidamente - Japão!

– Hã?

– Quero ir ao Japão!

– Você é doida, como assim Jap...

– Ah... - ela fez uma carinha triste pousando a ponta do indicador na boca - Pensei que você faria qualquer coisa por mim... Sua noiva!

– Oh, agora você é minha noiva... - resmunguei.

– Quem sabe você não ganha uns pontinhos comigo depois de fazer esse favorzinho?

– Porque precisa da minha ajuda? Você tem dinheiro e tempo de sobra, não tem?

– Digamos que... O Japão é proibido para a Rosa.

– Então porque eu passaria pela ordem dos Usui para te levar lá?

– Eles não ficariam bravos com o Igarashi-san!

– Não.

– Por favor!

– Não.

– Por favor!

Uma hora depois...

–---

– Eu não acredito que você me convenceu...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Deixe de reclamar!

Ela terminou de guardar as malas no ''armário'' superior do avião e se sentou ao meu lado trazendo um livro junto:

– Você lê?

– Um fato sobre mim: eu odeio perguntas idiotas.

– Oh, desculpe. Só estou tentando iniciar uma conversa com a minha noiva...

Ela bufou e voltou a dar prioridade ao livro:

– Pensei que você ia abaixar a guarda depois de te trazer ao Japão... Acho que vou ter que ligar para o seu avô e...

– Não!

Ela lagou a leitura e me impediu de tirar o aparelho do bolso, apesar de ter sido só uma ameaça inocente a menina tremia:

– P-por favor...

Eu ri, acho que finalmente tinha achado o ponto fraco da tigresa. Ela pareceu um pouco brava depois de perceber meus risinhos, franzindo a sobrancelhas mas sem nenhuma palavra:

– Vai me dizer pelo menos o sentido disso tudo?

– Mais tarde.

– Eu quero meus ''pontos'' que você prometeu...

Ela resmungou para si mesma, eu tive uma idéia imediata e retirei a divisória dos bancos que bloqueava nosso encontro:

– Venha cá.

– O quê?

– Vem logo, eu não tenho o dia todo!

Puxei-a pelo braço e envolvi as mãos em sua cintura, automaticamente ela teria que encostar a cabeça no meu ombro para que não se cansasse:

– E-ei!

– Não vejo problema em uma troca de carinho inocente.

– Inocente? Sua mão esta descendo para minhas coxas!

– Impressão sua...

– Pevertido!

Eu continuei na minha posição, ela cedeu, e apertei-a mais contra mim e descansei na poltrona, observando as nuvens passarem... Senti Rosalya observando as mesmas coisas que eu, era como uma ligação; eu apenas sabia:

– No que está pensando?

– No divórcio.

– Vou entender isso com um gesto de carinho.

Gostava de ir adiante, escutar as respostas dela. Era interessante de ouvi-la:

– Porque não termina logo com isto? Você não vai querer se casar comigo...

– Não vejo motivos para não se casar com você.

– Vai dizer que é por causa do meu lindo cabelo? Do meu charmoso olho ''amarelo''?

– Hahaha! Já te disseram isso?

– Eu já escutei de tudo... Menos a verdade.

– E qual seria essa verdade?

– Dinheiro... - eu ainda estava na brincadeira, ela estava séria em relação á conversa.

Fiquei quieto por alguns minutos, ela percebeu minha reação. Rosa foi saindo do meu colo mas eu não deixei:

– Eu não sou o tipo de garota que você vai gostar de ter ao seu lado garoto...

– Porque não gostaria?

– Eu não sou completa Tora... Quero dizer, na verdade, vim com o pacote completo...

– Hã?

– Eu já esperava isto... Afinal, eles nunca dizem.

– Dizer...?

– Não vai demorar para você saber...

Confuso, continuei na mesma posição, Rosa cedeu também. Houve uma pausa entre nossa discussão mas nunca demorava para surgir o assunto:

– Estou falando sério, não vai gostar de me ter ao seu lado...

– Você não vai me convercer.

– Não conte com isso...

– Um fato sobre mim: ...

– Hã?

– Eu não desisto fácil das coisas.

Ela riu ao perceber, bocejou e se acomodou no meu colo. Me perguntei se era apenas o começo ou se foi tão fácil de conquista-la desse jeito... Mesmo assim, não queria sair de perto dela naquele momento. Afinal, eu sempre vivi pelo momento, não seria diferente agora.