Change the World

Capítulo 17


O céu começa a ficar claro aos poucos.

Ron e Hermione estão ainda sentados no chão adormecidos, um encostado no outro. Ao sentir a claridade e calor no rosto por conta do sol, Ron abre os olhos e boceja. Vê Hermione dormindo ao seu lado e fica observando-a, com pena de acordá-la.

— Ei! – chama Prim. – O que estão fazendo? – ergue uma sobrancelha.

— Acho que estávamos dormindo. – diz Ron irônico.

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Prim semicerra as sobrancelhas e se ajoelha de frente para Hermione, lhe dando cutucadas no braço para que ela acorde.

— Olá flor do dia, tá na hora! – diz Prim.

Hermione abre os olhos preguiçosamente e dá um bocejo.

— Porque dormiu aqui fora? – pergunta Prim.

— O que? – Hermione esfrega os olhos, ainda bastante sonolenta. – Ah, sim. Eu não consegui dormir.

— Primrose? Café da manhã! – Katniss aparece pela porta e estende um potinho com pasta de amendoim.

Ron sente seu estômago roncar vendo Prim comendo. Katniss fica lhe encarando por um instante e ele começa a se sentir desconfortável e entra sem dizer nada. Hermione permanece sentada, ainda criando forças para levantar. Katniss põe a mão na cintura e encara Hermione dando um sorrisinho.

— Porque dormiu aqui fora com ele?

— Já disse, fiquei sem sono e vim pra cá, acabei adormecendo depois e foi isso. – diz Hermione com um pouco de impaciência.

— Olha o que faix dona Hermione. – diz Prim com a boca cheia de pasta de amendoim. – O Tobiax já odeia o Rony por natureja.

— E vai odiar mais, você está deixando ele com ciúmes. – completa Katniss.

Hermione encolhe os ombros e sente seu rosto esquentar.

— Como é que é? Não sejam ridículas! – diz andando para longe delas com as sobrancelhas franzidas.

Prim e Katniss começam a rir.

— O Tobias é insuportável, vocês... estão fazendo insinuações sem sentido. – diz em protesto.

As irmãs se entreolham sorrindo e dão de ombros, enquanto Hermione vira de cotas e entra na loja.

Quando Hermione entra vê o grupo sentado em círculo, distribuindo alimento. Ela para seu olhar em Tobias, que está do outro lado, de pé encostado em um balcão com seus braços cruzados e se depara com seus olhos azuis escuros depositados sobre os seus. Ela rapidamente desvia o olhar sentindo suas bochechas esquentarem novamente. Katniss e Prim entram em seguida, caminhando para perto de Clary, que está sentada ao lado de Annabeth, Lena e Bella, compartilhando algumas fatias de pão de forma.

— Onde encontraram tanta comida? – pergunta Hermione se sentando.

— Acredita que o Ethan achou? – diz Bella com um sorriso. – E o melhor é que ainda estão bons. – diz comendo um pedaço.

Annabeth lhe oferece uma fatia e Peeta lhe entrega um potinho com geleia e manteiga de amendoim, enquanto Harry distribui garrafinhas com água.

— Pessoal espia só o que eu achei! – grita Percy em uma porta ao lado de Tobias.

O grupo se entreolha curioso e fica de pé caminhando em direção a porta, que leva para um corredor estreito e reto. Chegando no fim eles entram em uma lava jato e nele há uma caminhonete abandonada.

— Tá, e daí? – pergunta Tris franzindo as sobrancelhas.

— Olha o que tem aí atrás. – diz Percy sorrindo.

Tris sobe na caminhonete com facilidade, apesar de seu tamanho, e tira o grande plástico preto se deparando com várias armas e munições.

— Meu Deus, ganhamos na loteria! – ela arregala os olhos dando um sorriso e pegando um AK 47 com firmeza, admirando-a.

— Mas porque será que abandonaram tudo isso? – pergunta Tobias franzindo as sobrancelhas.

— Ah, não abandonaram não! – diz Percy apontando para um cadáver do outro lado do lava jato, todo ensanguentado e com as tripas de fora e uma metralhadora alguns centímetros longe.

Jace sente náuseas e faz uma careta soltando um grunhido.

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— Ah, merda, eu acabei de comer! – diz pousando a mão na barriga.

Percy comprime os lábios contendo um sorriso.

— Foi mal. – ele pega o plástico que Tris jogou no chão e cobre cadáver.

— Imagino que esse cara deve ter lutado muito pra não morrer. – diz Jace entortando os lábios.

— Também cheguei a essa conclusão. – Percy dá de ombros.

Tobias sorri com desdém.

— Pelo jeito estamos muito bem. – ele diz. – Encontramos mais comida, armas e munição, estamos bem na questão da água e agora temos um bom transporte.

— Exatamente. – diz Percy alargando seu sorriso.

— E também chegaremos mais rápido à cidade que Ron e Gina estão nos levando. – comenta Annabeth.

Dito isso todos encararam os ruivos que permaneceram estáticos por um momento. Eles seriam obrigados a leva-los, o que mais queriam era fugir.

— Ótimo! – disse Gina sorrindo de forma convincente. – Quanto mais rápido melhor!

Todos sorriram animados e subiram na caminhonete explorando as armas. Ron segurou o braço de Gina e a puxou para um lugar afastado sem ninguém perceber.

— O que está fazendo? – ele a repreendeu. – Está lúcida de suas escolhas?

— Escolhas? – Gina riu de forma sarcástica. – Não sei de que escolhas está falando.

Ron segurou seu braço novamente e a puxou de volta.

— Gina, você sabe do que estou falando.

— Ron, não existe escolhas! Nunca existiu escolhas! – Gina o olhou com as sobrancelhas franzidas. – Estou apenas agindo de acordo com o plano. Só existe o plano, deixamos de ter escolhas desde o dia que nascemos.

Gina se soltou e caminhou de volta para próximo do grupo. Ron ficou estático. Odiava o fato de Gina estar certa, não gostava da ideia de ser controlado, de não ter escolhas. Percebeu que mesmo estando fora da cidade, ele não estava livre, não podia tomar suas decisões. Estava preso em uma jaula, da qual não tinha muitas chances de escapar. Respirou fundo, tentando afastar as suas lágrimas e assim como Gina, decidiu fazer o que era certo, agir de acordo com o plano.

O sol da tarde estava forte e brilhante, porém o vento que batia por conta da caminhonete em movimento, os fazia esquecer de qualquer dor ou calor. Prim ia em pé, apoiando-se na cabine, enquanto o resto ficava sentado e Tobias dirigia, com Ron e Gina sentados ao seu lado no banco da frente com o mapa. A rua era deserta, porém chegava a ser assustadora, com alguns pacotes voando e pequenas manchas de sangue espalhadas pela estrada.

Enquanto o carro seguia, Hermione ia observando o local. Muito vazio, as árvores pareciam ter poucos galhos e a rua tinha muitos buracos. Tentou desvendar motivos: Bombardeio talvez, mas um bombardeio faria maior estrago. Quem sabe a rua seja muito antiga, e por isso está desgastada. Sentiu um imenso desconforto e caminhou até uma pequena janelinha na parte traseira da cabine e abriu.

— Tobias?

— O que é? – perguntou sem tirar os olhos da estrada.

— Acho que essa estrada não é segura. – disse.

— Porque? – ele franziu as sobrancelhas.

— É muito vazia. – disse.

— Hermione, já trilhamos quase o mundo inteiro e por onde andamos está vazio. – respondeu como sendo obvio.

— Não digo nesse sentido...

— Faça o seguinte, sente-se de volta no seu lugar e fique de boca fechada. Caso apareça um sedento ou bestante temos armas e munições que nem dá pra contar. – respondeu.

— Ah é, então como você explica o fato do dono disso tudo ter morrido? – retruca Hermione com o rosto corando em irritação.

Tobias não respondeu, apenas continuou dirigindo, deixando Hermione mais irritada. Ela fechou a janelinha com força e voltou a se sentar abraçando os joelhos e não disse mais nada. O tempo parecia não passar, e Tobias estacionou a caminhonete, parecendo exausto.

— Acho melhor fazermos uma pausa mesmo. – disse Jace descendo.

Clary levantou e encarou Hermione que continuava sentada, olhando para o nada.

— Você não vem? – perguntou.

— Prefiro ficar aqui. – respondeu sem encara-la.

Clary não disse mais nada e se afastou.

Hermione queria gritar, enquanto olhava para suas botas sujas. Sentia raiva de forma que não compreendia. Não havia motivos para ele ter gritado daquela forma.

— Não vai comer? – Ouviu a voz de Tobias, que estava encarando-a com seus olhos azuis safira.

Hermione não respondeu. Disse para eu ficar calada, não é mesmo?

Tobias suspirou impaciente.

— Eu te fiz uma pergunta!

— Estou obedecendo sua ordem de me manter calada. – ela o encarou irritada. – Agora sai daqui.

Tobias torceu os lábios, sentindo-se um idiota.

— Tudo bem. – respondeu um pouco cabisbaixo.

Hermione olhou pelo canto dos olhos ele se afastar, se perguntando se ele não era bipolar, por de repente se demonstrar preocupado. Tobias se encostou em um tronco relaxando os músculos.

— Ela não vem comer? – perguntou Katniss.

— Eu perguntei e ela me tratou como um cachorro. – deu de ombros. – Que fique com fome então.

Katniss franziu as sobrancelhas.

— Que tal pedir desculpas pela forma que a tratou?

— O que eu fiz? – ele franziu as sobrancelhas.

Katniss de um grunhido, se afastando e lhe chamando de idiota várias vezes.

Enquanto Edward terminava de preparar a fogueira e o grupo se sentar ao redor para se aquecer, Annabeth preparou uma pequena tocha e levou consigo parar ler um dos livros que encontrou. Harry apenas encarava o fogo, distraído, abraçando os joelhos. Gina estava sentada ao lado de Ron, os dois permaneciam sempre quietos, pois sabiam que o lugar a qual estavam voltando era horrível, e apesar de ainda estar longe, queriam atrasar a viagem o máximo possível. Tobias estava sentando ao lado de Prim, enquanto ela cantarolava uma canção que de acordo com Katniss o pai cantava. A música tinha uma história triste, porém ela transmitia algo que quase não se via naquele lugar. Um sentimento que provavelmente ninguém tinha quando ocorreu aquela guerra. Amor.

Quando Prim silenciou sua doce voz, novamente tudo ficou quieto, ouvia-se apenas o estalo da fogueira e os grilos cantando.

— Meu pai costumava dizer que antigamente as pessoas associavam o dinheiro a felicidade. – comentou Annabeth. – O amor era banal. Estranhos eles, não é?

— Acho que ouvi algo parecido também. – Ethan acenou com a cabeça. – Construir família era piada. Viviam como robôs.

— Não acho que a gente seja uma piada. – disse Clary dando de ombros e um pequeno sorriso se formando em seu rosto.

— Own, somos muito fofos! – brincou Peeta, fazendo rirem. – Eu também acho.

Todos se entreolharam dando um sorriso, até que Percy ficou de pé e se pós no meio da roda.

— Muito bem, vamos nomear nossos familiares oficiais! – disse fazendo uma voz apresentável. – Tobias e Hermione são como os pais. Comandam tudo, são chatos com os pequenos e puxam nossa orelha e a gente não faz nada de mais. – diz dando de ombros e fazendo um olhar dramático.

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Hermione ouve e começa a prestar atenção no que está dizendo, caminhando para perto e se sentando ao lado de Katniss, sentindo aquele clima tenso mudar para algo mais agradável.

— Katniss e Jace são os conhecidos segundos comandantes, mas pra gente são os tios mandões, que enfim não é, nem são de grande importância, acham que comandam. – Percy ri.

Todos em voltar começam a falar “OWWWW!” e dão risadas. Katniss brinca que irá lhe atirar uma flecha e Percy lhe lança uma piscadela e pondo a mão no coração, se aproximando dela e tocando em seu queixo.

— Ficaria com você gatinha, mas meu parentesco não me permite. – diz lhe lançando beijinhos.

Katniss lhe atira um sapato enquanto ele corre para o outro lado da roda, e retorna a falar.

— A Tris é aquela tia de TPM sabe? Ninguém gosta dela. – as pessoas encaram Tris enquanto ela mostra a língua para Percy.

— Quando você dormir, vou esfolar sua pele. – diz.

— Estou brincando, você é a tia amorzinho que faz bolinhos. – diz forçando um sorriso provocando risada em todos, enquanto Tris faz uma careta.

— Ei, a Annabeth é aquela prima que todo mundo se orgulha, porque a desgraçada é bonita e inteligente. Oh perdição! – diz enquanto Annabeth fica boquiaberta e balança a cabeça em negativa segurando um sorriso.

Tobias, Peeta e Jace se entreolham com malícia.

— Aí tem! – comenta Peeta.

Annabeth blasfema para eles.

— Ei, já ia me esquecendo. – diz Percy levantando as mãos para o ar. – Logicamente o Peeta e eu somos primos parceiros e bonitões né.

O grupo cai na gargalhada enquanto Percy corre ao redor do grupo e faz um toque de mãos com o Peeta.

— Edward e Ethan são os primos góticos e caladões. – diz Percy dando de ombros.

— Meu ovo! – diz Edward fazendo uma careta.

Ethan apenas se mantém calado apoiando o rosto na mão e balançando a cabeça segurando uma risada.

— Ei, a Bella e a Lena são as priminhas santinhas, mas que de santas não tem nada. – diz sorrindo e encolhendo os ombros.

— Olha aqui seu idiota, mais respeito! – diz Bella lhe atirando um graveto.

Percy desvia dando um gargalhada.

— Mais tarde, viu gatinha!? – deu uma piscadela.

— Mas é muito confiado mesmo. – comenta Lena. – De onde sai tanta confiança!?

— Da minha autoestima baby!

— Que dó! Que dó! – ela balança a cabeça lhe lançando um olhar de pena.

— Porra Percy, perdeu! – Jace ri pondo a língua pra fora.

Percy ajeita o cabelo e respira fundo.

— Vocês não sabem lidar com o meu brilho, uma pena! – diz.

O grupo ri e começa a lhe dar vaias.

— Puta que pariu, cara! – Peeta ri. – Te desconsidero assim meu amigo.

Percy ri e continua.

— Silêncio, é a vez da minha amadinha, a maravilhosa ruivinha. – diz Percy pegando na mão de Clary. – Essa linda aqui é a moça mais amorzinho e doce da face da terra. – ele dá um beijo no topo de sua mão. – Ah se tu me desse uma chance.

Clary sorri erguendo as sobrancelhas.

— Você realmente é muito confiado. – diz.

Percy finge um olhar derrotado.

— Eu sei que você sente um amor encubado por mim. – dá de ombros e se volta para Harry. – Ei, esse é o que tem cara de nerdinho bonzinho, mas ele tem um lado maquiavélico e taradão.

Harry revira os olhos e lhe mostra o dedo do meio.

— Hum! – diz Tobias. – Como tu anda sabendo Percy?

— Não faça insinuações inexistentes da minha pessoa, obrigado!

Tobias ri cutucando Peeta com o cotovelo e os dois gargalham juntos.

— E finalmente, o ser mais precioso da família, adorável, que todos amam! – diz Percy pegando Prim e girando em seus braços enquanto ela dá um gritinho. – Eu diria o bichinho de estimação, mas é baixo demais pra essa garotinha não é!?

— Finalmente algo que todo mundo concorda! – diz Tris erguendo as sobrancelhas e batendo palmas com o resto do grupo acompanhando.

— Obrigado! Muito obrigado! – diz fazendo reverências.

— Esse garoto já serve pra ser o tiozão da família que é comediante que ninguém ri. Uma lástima. – diz Jace.

— Fora de cogitação. – diz Percy.

O grupo ri até, que Percy se dá conta de algo.

— Opa, calma aí! – diz e todos se calam. – Eu não podia esquecer, que falha não é mesmo? – caminha para perto de Ron e Gina. – Esse dois aqui são os que apoiam, e querendo ou não ajudam, podem até não ser da família, pois já tem a deles, mas são muito considerados, porque são ótimos amigos e estão nos dando uma força.

Ron e Gina se entreolham dando sorrisos. Na verdade eles não tem mais família, e não podiam dizer isso. Mas nada poderia evitar a eles a felicidade de serem considerados alguém no meio daquelas pessoas.

— Acho que também concordo! –disse Annabeth. – Bem-vindos!!

— É, bem atrasado, mas bem-vindos! – diz Hermione sorrindo.

A noite seguiu com todos dando várias risadas até a barriga doer, nunca mais tinha sido tão agradável.

Após um tempo se fez um silêncio e o fogo parecia mais forte que antes. Alguns sentaram-se um pouco mais afastados e começaram a conversar entre si. Hermione que estava à beira do fogo, fico observando, até que notou algo estranho. Estava se movimentando muito, de repente sentiu seus braços ficarem arrepiados e aquele desconforto retornou, uma sensação ruim.

— Hermione? – chamou Jace, tirando-a do transe. – Tá tudo bem?

Hermione hesitou em dizer, não queria que depois de algo bom estar havendo entre todos, acabasse em uma situação ruim. Mas ela estava com um pressentimento.

— Está ventando. – disse receosa. – Mais do que o normal.

Ela apontou para o fogo. Parecia querer voar da lenha. Bateu outros vento, um pouco mais forte e Hermione o encarou.

— O que isso pode significar? – perguntou.

— Eu não sei, mas eu não acho que seja bom.

— Annabeth! – Jace o chamou fazendo todos pararem de conversar.

Ela se aproximou com curiosidade em sua expressão.

— O que houve?

— Não quero dar uma de paranoica ou querer ver anormalidade em tudo – começou Hermione. –, mas tá muito estranho. O vento.

Annabeth parou por um momento.

— Não entendo. – disse se sentindo aflita.

— Eu não sei. – disse Hermione. – Esse lugar me é estranho, desde que chegamos.

Todos ficaram olhando para Hermione, se perguntando o que poderia ser.

— Vamos fazer uma vistoria, podem ser sedentos. – disse Peeta dando de ombros.

— Ou bestantes. – disse Tris com um pouco de medo em seu olhar.

Hermione comprimiu os lábios e balançou a cabeça.

— Mas não... não deve ser isso. Está ventando muito. – ela disse.

Ouviu-se um estrondo vindo de céu negro e novamente bateu um vento, dessa vez um pouco mais forte. Desta vez Annabeth passou a sentir a mesma má sensação.

— Tempestade – disse.

Novamente silêncio e mais vento.

— Acho melhor sairmos daqui. – disse Tobias.

Outra trovoada e Tobias pisa no acelerador, enquanto Edward, Lena e Katniss encaixam algumas barras de ferro em volta da parte de trás da caminhonete e colocam um plástico em cima amarrando, para que não soltasse, fazendo uma espécie de cobertura, até que começa a se ouvir pingos caírem por cima.

— Meu Deus – diz Clary –, está chovendo!

— Acho que faz anos que não vejo e ouço a chuva. – diz Harry dando um pequeno sorriso.

Até que de repente cai um pingo no meio deles. E mais outro. E mais outro.

— Jurava que isto não estava furado. – comentou Katniss.

— Gente, não estava furado, é a chuva que está fazendo isso. – diz Bella apontando para cima.

Annabeth se encolhe quando cai uma gota ao seu lado.

— É chuva ácida! – diz. – Evitem que ela toque em vocês!

— Não dá! – diz Bella enquanto começa a cair algumas gotas em seu braço e ela começa a grunhir e sentir ardência.

Hermione caminha para perto da pequena janela da cabine da caminhonete e abre a janela.

— Tobias precisa ir mais rápido, estamos ficando desprotegidos aqui atrás!

— Estou indo o mais rápido que posso. – disse. – É difícil enxergar, tá muito forte.

Um pouco mais à frente ele avista pequenos prédios e acelera mais.

— Se segurem! – diz enquanto o carro começa a balançar. Tobias grunhi. – Essa estrada tá uma merda! Não consigo ir mais rápido!

Hermione olha para trás, e vê o plástico cada vez mais cheio de buracos. Alguns respingos começam a cair em sua perna e ela rapidamente tenta secar. Por sorte usa calça comprida. Tobias acelera começa a procurar um local seguro para se abrigarem.

— Tobias! – Katniss grita. – Isso vai ter que ser rápido!

Tobias começa a se desesperar e faz o possível para enxergar algum local seguro, até que a vista um prédio a uns três quarteirões e acelera mais ainda.

— Estamos chegando, aguentem firme! – diz.

— Fala isso pro plástico! – diz Harry desviando das gotas.

Tobias para a caminhonete dentro de uma garagem, com o teto de concreto e todos saem rapidamente. Há várias goteiras caindo de cima e parte dela já desmoronou.

— Algo indica que essa bosta tá quase caindo. – diz Peeta.

— Vamos entrar no prédio, rápido!

Todos começam a correr em direção a uma porta atrás do outro. Quando Tobias está prestes a entrar, lembra do mapa que esqueceu dentro do carro.

— Porra! – Rosna e corre em direção a caminhonete.

— Tobias, volta pra cá! – grita Harry.

O carro está escuro e a luz de dentro não liga, por isso se torna quase impossível de ver o mapa.

— Onde ele está? – pergunta Tris.

— Eu não estou vendo. – diz Percy.

O teto começa a rachar, fazendo menção de que irá cair.

— Tobias isso vai ter que dar logo! – grita Katniss.

Ele tateia os bancos e o chão até que sente o papel no chão do banco passageiro. Ele pega e começa a correr em direção a porta até um pedaço de concreto lhe acerta no pé e ele soltar um grunhido de dor. Ele se levanta em seguida e começa a correr, algumas gotas da chuva começam a alcançar suas costas e ele novamente solta ruídos de dor. A água queima sua pele e começa a formar feridas. Por impulso, Tris corre em sua direção. Ela cerra os dentes enquanto a chuva entra em contato com sua pele.

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— Vamos, me ajuda! – diz enquanto deixa Tobias se apoiar em eu corpo pequeno.

O teto começa a desabar atrás deles. Uma barra de ferro que segura parte daquele concreto está prestes a cair por falta de apoio. Katniss prontamente pega sua flecha, apronta seu arco e atira em direção a parede.

E mais uma vez.

E mais outra.

— Rapido, não vai aguentar muito tempo! – ela grita.

Ron corre na direção dos dois e deixa Tobias apoiar seu outro braço e os três correm em direção a porta.

Três segundos após terem conseguido ficar a salvo, tudo desaba.