Cependant, Je t'aime

Il était ce qu'ils pensaient...


Pulando de prédio em prédio, correndo com o vento em seus cabelos presos e respirando o mais leve e bem mais frio ar da noite.

Depois de passar em torno de uma hora vagando por Paris, percebeu que aquilo não seria o suficiente. Ela precisava evitar Chat Noir, mas ao mesmo tempo queria encontrá-lo.

Não, aquele gato idiota estava confundindo sua cabeça! Ela não conseguia prestar atenção em algo concreto por míseros cinco minutos antes que a imagem de Adrien surgisse em sua cabeça.

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Às vezes como ele costumava se vestir normalmente, vestido de Chat Noir, com o terno que usara na festa, com a máscara, sem a máscara.

Ela pensou no quanto aquilo fazia sentido. Os olhos verdes penetrantes em sua alma, o perfume cítrico levemente adocicado, o cheiro do shampoo de seus cabelos, eram tão parecidos, mas tão diferentes.

Marinette foi até o topo da torre Eiffel. As neves noturnas haviam parado a alguns dias e ela estava totalmente fascinada pelo céu estrelado. Se sentando e fechando os olhos, ela sentiu novamente o aroma da noite.

Era doce, como o cheiro das flores prestes a desabrocharem, fresco, como o ar no meio das árvores em uma floresta, era úmido, como quando está prestes a chover, mas era realmente revigorante, como o leve toque de lábios que lhe fora concedido hoje.

Ela ficou vermelha, não que já não estivesse devido ao frio. Ela abraçou as pernas e continuou a olhar para a paisagem, deixando que todos os seus pensamentos e todas as suas preocupações fossem para onde o vento desejasse.

— My Lady? — ela ouviu. Sua cabeça vazia a convencia que era apenas algo de sua mente, mas seu gato preto estava logo ao seu lado, em pé. — Ladybug?

Marinette riu levemente. — Só você para me irritar até nos meus pensamentos...

— Ladybug — ele falou novamente, dessa vez passando a mão na bochecha da heroína, permitindo um roçar entre o metal em seu dedo e a pele fria. Ela abriu os olhos na hora e se afastou com o coração acelerado.

— Não me assuste dessa forma! — ela gritou. Um sorrisinho provocante se formou nos lábios de Chat, que se aproximou novamente e se sentou ao lado da garota, passando seu braço por cima dos ombros dela.

Meow—ão acha que está meio frio para uma andar por aí sem agasalhos?

— Cale-se — respondeu ríspida, deitando sua cabeça no peitoral do seu herói. — Eu precisava pensar, mas, como me encontrou?

— Acho que você esqueceu como eu te conheço — ele sorriu, sem desviar o olhar da paisagem noturna. — Você sempre vem aqui para pensar.

— Mas como soube que eu estaria aqui?

— Eu não sabia — declarou. A garota o olhou com duvida. — Eu venho aqui mais do que imagina, purr-incesa — ela suspira. Esse gato não perderia uma, não é mesmo?

Ela se encolheu mais, a cada minuto que se passava, começava a ficar mais frio. Chat se levantou e a puxou para um lugar que pudesse se escorar. Ele se sentou e colocou a menina em seu colo, ela estava com uma perna de cada lado do parceiro, que a abraçou colocando novamente a cabeça dela em seu peitoral.

Ela conseguiu ouvir as batidas rápidas do coração dele, conseguia senti-lo tremer um pouco por causa do frio, mas logo se acomodou com a cabeça no ombro da garota.

Marinette começou a afagar os cabelos de seu gatinho, pensando em como seguia gostoso ouvir aquele ronronar novamente. Como esperado, um barulho tremido foi ouvido no fundo de sua garganta, enquanto o nariz dele roçava no tecido do pescoço de Ladybug.

Aquilo estava totalmente confortável, mas ambos tinham algo em comum, ambos queriam mais. Começou quando Adrien tomou coragem de falar com sua voz rouca:— Estou com muita vontade de te beijar agora...

Eles passaram alguns segundos com apenas o ronronar como barulho, mas logo foi-se ouvida uma resposta, foi bem baixa, quase como um suspiro ou um simples soltar de ar — Eu também...

Essa frase, ou melhor, essas duas palavras foram o suficiente para que todo o corpo de Chat Noir se estremecesse.

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Ele tirou o próprio rosto do ombro da garota e levantou o dela com a mão em seu queixo, encarando aqueles lindos olhos azuis e tentando decifra-los. Ele sabia que já os havia visto em algum lugar, apenas não sabia onde.

Ele posicionou levemente os lábios sobre os da garota. De início, estavam frios e meio rachados, depois de alguns segundos daquele toque, ele percebeu que queria mais e começou a roçar os lábios no da garota. A imagem de Marinette apareceu rapidamente na mente de Chat Noir, que logo tentou afastar o pensamento de sua própria cabeça.

Uma voz feminina começou a soar em sua cabeça, ele não a conhecia mas, enquanto beijava sua amada, conseguia prestar atenção na música* e no quanto ela lhe representava naquele momento.

— Abra a boca — ele sussurrou em meio a um dos beijos. E assim a menina fez, entreabrindo levemente os lábios e dando passagem para um gato bisbilhoteiro.

Ele colocou sua língua na boca da menina, Adrien nunca tivera a liberdade para fazer isso com alguém e Marinette nunca havia gostado de alguém reciprocamente, era a primeira vez de ambos.

Ele puxou a menina para mais perto de si, aumentando a intensidade do beijo. Os dentes deles se bateram, causando um afastamento com um reclamar e risos, mas logo se juntaram novamente.

Os ronronos ainda estavam presentes, era uma sensação engraçada beijar Chat enquanto a garganta dele tremia. Adrien percebeu que aquela imensidão de toques e carícias estava o deixando louco, não duvidaria se já tivesse um volume entre as pernas.

A música cessou, e com isso foi ouvido um barulho de passos rápidos pelos metais da torre. Nenhum dos heróis ligava, eles apenas queriam ficar daquela forma a noite toda.

— Chat Noir, LadyBug — ouviram ser chamados e depois se lembraram de como estavam. Precisando de todas as forças de seu corpo para fazer isso, Adrien afastou um pouco Ladybug. Ele observou seu rosto corado, seus cabelos um pouco desarrumados, os olhos azuis iluminados pelas estrelas e os lábios agora vermelhos e quentes. Chat também estava meio vermelho, não tanto quanto sua amada, mas o suficiente para que Marinette percebesse.

O gato olhou por cima do ombro da sua Lady e avistou uma garota com cabelo castanho claro trançado de lado com uma pequena mecha loira. Olhos castanhos escuros, pele imensamente branca e uniforme que alternava o branco, preto e bege. Ela usava uma máscara também.

— De-desculpe, quem é você? — Chat gaguejou. Ele não sabia se estava bravo, curioso ou envergonhado sobre aquela menina.

— Ah, sim, desculpem interromper, eu me chamo Génisse — a menina se sentou com um grande sorriso.

Adrien pensou um pouco, ele já tinha ouvido aquele nome em algum lugar — Você não é uma Miraculous brasileira? — ele perguntou e ela fez que sim.

— Eu preciso da ajuda de vocês, vocês precisam da minha ajuda, que tal um acordo?

— Como o que? — Ladybug perguntou desconfiada. Ou com ciúmes, já que Chat a conhecia. Certo, ela estava ficando realmente possessiva, mas não é como se fosse admitir isso.

— Calma bree—nina, não vou roubar seu boy — a ovelha disse rindo e deixando a joaninha corada. — Conhecem HowkMoth?

— Seria surpresa se não conhecêssemos, por que? — Chat respondeu.

— Bem, fazem dois anos que participo de lutas contra pessoas akumatizadas e eu pessoalmente nem sei como essas borboletinhas inúteis chegam no meu país, mas, ouvi dizer que o vilão infeliz vive aqui em Paris, vocês sabem onde ele mora?

Marinette ficou perplexa, Adrien já havia sido avisado por Rach, já Mari? Não fazia ideia que Akumas pudessem atravessar o país, quem dirá o oceano.

— Não, mas, vocês conseguem purificar os Akumas lá? — ela perguntou com medo da resposta.

— Hum? É claro, Araig consegue purifica-las facilmente, mas esse não é o ponto — Géni falou, olhando para as estrelas. — Esse lance de Miraculous me permitiu conhecer quem eu conheço hoje, e também eles quase nunca chegavam no Brasil, era uma a cada três, quatro meses, mas esse também não é o fato. Eu soube que Paris é a cidade com mais atentados de Akumas do mundo, então pensei que se aqui fosse claramente mais acessível, ele não poderia estar muito longe. Claro que o destino me favoreceu nesse quesito, mas eu preciso que vocês me digam onde eu posso encontrá-lo — ela concluiu enquanto digitava em seu comunicador, no caso, a pegada de seu chicote.

— Desculpa, mas, vocês são três e apenas lutam a cada quatro meses, talvez não sejam de grande ajuda — Chat pensou na probabilidade da força deles ser bem menor que a dos heróis de Paris, Géni levantou um olhar assassino para ele e arqueou as sobrancelhas.

— Quer apostar, gatinho? — ela ameaçou, claramente ofendida. Chat se levantou e estralou os dedos.

— Vem com tudo...

Chat Noir girou seu bastão com um sorriso travesso no rosto. Génisse estalou seu chicote no chão e sorriu provocante e desafiadora.

— Vocês realmente pensam que isso é uma boa ideia? — Ladybug perguntou receosa.

— É claro que não — Géni sorriu. — Mas foi por isso mesmo que aceitei.

Lady revirou os olhos, mas fez um movimento com a mão para que começassem. A ovelha se aproximou, olhando fixamente para os olhos verdes do herói, que se tornou totalmente hipnotizado. Ela pegou o bastão dele e o jogou para o lado, indo para trás dele e estalando o chicote novamente no chão. Chat se desequilibrou para frente e percebeu que estava desarmado. — Mas o que...? — murmurou irritado enquanto olhava para os lados, até que a avistou. — Isso é injustiça, eu não sabia que você sabia hipnotizar pessoas!

— Nenhum dos meus oponentes sabe, está apenas no nível deles — ela sorriu e movimentou seu chicote para os pés dele, que logo foi capaz de pular. Ele agarrou o chicote e puxou a menina, que pulou por cima dele e, com um movimento rápido o voltou o chicote na cintura do garoto, prendendo seus braços. Puxou-o até ela, segurou na mão dele e tocou seu anel. — Eu venci.

Ela o soltou de sua arma, fazendo com que ele girasse e fosse de encontro com Ladybug, soltando outro sorrisinho travesso. A joaninha apertou o nariz do gato, que fez uma cara feia sobre isso. — De qualquer modo, por que precisa da gente? — ela perguntou.

— Bem, vencer Chat Noir é fácil, mas HawkMoth não é um vilão qualquer — ela admitiu enquanto se sentava novamente, de pernas cruzadas. Chat fez biquinho, mas decidiu que seria melhor ficar na dele por enquanto. — Ele é o líder dos akumas, Papillon, dono do kwami butterfly.

— Como sabe tudo isso? — Marinette perguntou, se sentando ao lado dela.

— É apenas uma dedução. Posso não conhecer os outros Miraculous do mundo, mas se nos três temos, por que ele não pode ter também? —Marinette concordou mentalmente, aquilo não era em tudo uma hipótese impossível. — Além disso, pesquisei junto com o meu kwami, todas as escrituras antigas, todas as histórias e relatos que encontrei e, sabiam que o kwami de vocês tem meio que um histórico de miraculous?

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— Certo, eu não sabia disso — Chat fala. — Mas, se ele for realmente tudo isso, então não precisaria de ainda mais pessoas para isso?

— Se não se importam, eu já tenho algo em mente — o primeiro apito de Génisse foi ouvido, fazendo sua pedrinha preta em seu colar branco começar a clarear. — Ah, tenho que ir, estive procurando vocês faz tempo, podem voltar a se pegar! — e quando dito, ela pulou da torre, usando seu chicote para se mover por entre as construções.

Ladybug e Chat Noir estavam novamente sozinhos. Todo clima havia sido infelizmente quebrado. — Bem, já vou indo, até mais Chat! — ela falou, preparando para jogar seu yoyo, mas Adrien segurou seu pulso.

— Ladybug... Você não pode mesmo me dizer quem realmente é? — ele estava olhando para baixo, suas orelhas também estavam na mesma direção, ele parecia perdido.

Ela levantou seu rosto e o olhou nos olhos. — Estou trabalhando nisso — admitiu. — Quando a hora chegar, você vai saber — ela deu-lhe um beijo na testa e se jogou da torre, pulando e correndo até sua casa.

Chat permaneceu lá, parado, observando o céu noturno e as construções que iluminavam o pé da torre. Ele queria segui-la, mas também queria ver Marinette.

Irritou-se consigo mesmo. Como Mari não saía de sua cabeça mesmo quando sua amada o beijava? Ladybug acabara de corresponder seus sentimentos e ele deixaria Mari simplesmente rouba-los?

Ah, ele queria, queria realmente ter se apaixonado antes por Marinette, ou melhor, ele queria que sua colega de classe fosse Ladybug. Elas eram tão parecidas, ambas eram divertidas, davam o melhor para ajudar os outros, sem falar no cheiro adocicado de seus cabelos, e que a bunda de ambas eram realmente bonitas...

Ele corou com o pensamento, quando começara a pensar em Mari como pensava em sua Lady? Ou melhor, quando passara a olhar para o corpo dela involuntariamente? Ou ainda, de onde havia tirado essa história alienada de que a garota poderia ser sua Lady? Marinette era legal, Adrien estava até mesmo considerando uma leve paixonite por ela, mas ela era sua amiga, não é como se ela fosse apenas vestir uma máscara e sair pulando de telhado em telhado para proteger a cidade...

Ou era?

E, novamente, Adrien estava perdido nos próprios pensamentos. Ele começou a andar de um lado para o outro, precisava descobrir o que estava acontecendo com sua própria mente, precisava saber de Marinette era Ladybug, necessitava saber disso, na verdade.

E necessitava que fosse um sim.

∞∞∞

Marinette chegou em sua casa e se destransformou, destrancou a porta do quarto e andou pela casa, nenhuma luz acesa, seus pais ainda não tinham chego. Ela estava de pijama, havia se transformado com ele, na verdade.

A heroína correu para seu quarto e subiu para sua varanda. Tikki estava logo ao lado dela, tentando responder todas as perguntas loucas e complicadas que Marinette bolava.

— Tikki, e se ele desconfiar? — ela perguntava para si mesma.

— Mari, acho que isso é um pouco inevitável, mas...

— Não, isso não pode acontecer, definitivamente não! — ela andava de um lado para o outro.

— Mari, talvez ele goste de você — a kwami vermelha disse, fazendo Mari soltar um suspiro seguido de uma nuvem branca que sua respiração que aquele ar frio causava.

— Marinette, chegamos! — Sabrine disse, abrindo a porta do quarto dela, Tikki se escondeu e Mari foi de encontro à mãe dela. — Boa noite filha — a abraçou.

— Oi mamãe — respondeu retribuindo.

— Trouxemos bolo de morango do restaurante, você queria hoje mais cedo, né? — ela falou, erguendo a sacola de papel em sua mão.

Marinette nem se lembrava de ter comentado isso. Ela comia bolo às vezes para alinhar seus pensamentos, seu pai a ensinara que um pouco de açúcar pode fazer o cérebro trabalhar melhor, então acabou tomando aquilo como um hábito. Ela realmente estava com vontade de comer aquilo, faziam dias na verdade, só que não era a época dos morangos, então ela nem chegou a pedir na padaria (sabia que não teria).

Ela abriu um sorriso terno e pegou a sacola das mãos da mãe. — Obrigada mãe, vou comer então.

— Certo, eu e seu pai estamos cansados então já vamos para a cama — a mãe deu um beijo na testada filha. — Bons sonhos querida.

— Pra você também — e então a mais velha deixou o quarto. Mari desceu até a cozinha e pegou um garfo, voltando com o bolo para o terraço. Tikki não estava lá, ela estranhou um pouco, mas quando se virou para procurá-la, uma figura negra de olhos verdes a observava sentado na barra que formava a cerca. Ela corou.

— Boa noite, princesa — Chat falou, saindo um pouco da escuridão e dando um beijo na mão da menina.

Ela tentou não parecer envergonhada, não podia deixar óbvio que sabia a identidade do herói, muito menos que ela mesma era sua Lady.

Ela se lembrou do beijo, o intenso beijo que tivera com seu gatinho na torre que tanto amava, isso a fez corar mais. — Boa noite, Chat — ela começou bem, sem gaguejar, sem transparecer. — O que faz aqui?

— Apenas uma patrulha noturna — ele mentiu. Ela sabia que era mentira, não tinham patrulhas em terças feiras. Eram apenas de segunda, quarta, sexta e sábado, mas caso tivesse algum akuma no fim de semana a segunda era usada como descanso. Ela não era burra, a mesma criara o cronograma para que existisse um equilíbrio.

— Ah, sim — ela sorriu. — Bem, mas por que parou na minha casa?

Podia não demonstrar, mas ela estava desesperada, temia que Chat a tivesse seguido e descoberto tão rapidamente. — Bem, passei por sua janela e não havia ninguém no quarto, preferi conferir se não tinha nada errado.

— Está tudo bem por aqui! — ela falou, abanando a mão livre na frente do corpo, colocando depois um pedaço de bolo na própria boca.

— Ah, sim... — ele concordou. O silêncio, ah não, nada podia ser pior que um silêncio constrangedor. Tantos pensamentos se passavam na cabeça de ambos, Mari desviava o olhar Adrien a observava comer seu bolo e se sujar um pouco.

— Quer um pouco? — ela perguntou ao perceber o olhar sobre ela. Ele deu de ombros e abriu a boca. — O que você...?

Ele revirou os olhos. — Me de — abriu a boca novamente, mas fechando os olhos. Ela riu.

— Você é muito idiota — ele arqueou uma das sobrancelhas com um pouco de raiva, abrindo os olhos de leve.

— Eu só que... — foi cortado por uma garfada em sua boca, e logo um sorriso se fez presente nos lábios tentadores da garota, eles estavam tão perto e ela estava rindo. Ele colocou a mão direita na cintura dela, pegou o prato com a esquerda e o colocou no chão ao lado deles, a garota ficou brava por um segundo, mas Chat voltou seu olhar para ela.

Aqueles cabelos loiros perfeitos que refletiam a luz da lua, os olhos verdes com brilho das estrelas, a boca um tanto suja pelo glacê, ela queria beija-lo de novo, mas, novamente, ele amava Ladybug e não a ela, então ela não poderia fazer o que bem entendesse com ele. Não poderia beija-lo intensamente, não poderia pedir por um abraço mais apertado, não poderia querer sentir seu corpo junto ao dela, também não poderia admitir que o amava.

Ao menos, era o que ela pensava.

Chat deslizou a mão livre pelos cabelos da menina. Ele não podia sentir a verdadeira sensação, já que não era sua pele, mas sim um tecido, ainda assim, as sentia um tanto realizado pela proximidade. Ele desceu a mão pelo rosto dela, acariciando sua bochecha com o polegar.

O gato notou o glacê de chocolate perto aos lábios da menina, se aproximou mais e lambeu a área suja, sentindo a maciez da pele dela, que estava totalmente te vermelha a essa altura. — P-pensei que amasse Ladybug — ela sussurrou, totalmente envergonhada.

— E eu amo — ele admitiu. Isso deixou a menina triste, ele estava apenas a usando, como ela havia pensado, mas logo o complemento de sua fala apagou todos os seus pensamentos. Como um suspiro que mais pareceu o sopro do vento do outono, que levava as folhas leves embora, ele soltou lhe a seguinte frase: — Mas eu acho que te amo também.

Aquilo acabou com ela. Durante todo o dia esteve cansada, o conjunto do frio da noite, dias sem dormir e sentimentos bruscamente embaralhados fizeram com que sua temperatura subisse, muito. Suas pernas não a aguentavam mais e ela bambeou os joelhos, ficando inconsistente e sentindo braços ao redor de seu ser para que ela não caísse.

Sua visão ficou turva, e a última coisa que ouviu foi Chat chamando desesperadamente por seu nome.