Oliver me levou para casa sob os protestos de Lola,querendo vir junto.

— Espero que realmente que tudo dê certo. Esse projeto será normal, eu prometo que nada de ruim te acontecerá. – Ele me disse quando nos despedimos.

Suspirei fundo e me despedi dele com um beijo na bochecha. Ele pareceu decepcionado, e ele não imagina que eu também fiquei.

Quando cheguei em casa ,Barbara já havia ido trabalhar, por causa do seu trabalho de striper. Tomei uma ducha rápida e me sentei em frente ao meu computador principal. A localização do suspeito de ontem já havia sido concluída. Gabriele Santori havia sido localizada. Ela era suspeita de roubo qualificado com agravante de arma branca. A mulher de 28 anos havia entrado na casa da própria irmã e a ameaçado com uma faca antes de roubar todas as joias da vitima. Pelo histórico, Gabriele Santori, é usuária de drogas pesadas, e havia fugido da reabilitação três vezes. Agora sua própria irmã havia colocado sua cabeça a prêmio. Ela será capturada pela Copas e enfrentará julgamento . Péssima hora para comer um hambúrguer, ela foi vista pelas câmeras de uma lanchonete na pequena cidade de Alamo no Tenesse, ela está há um ano e meio na lista.

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E é com essa pessoa que eu vou avançar para a fase 2 na Copas.

Antes de dormir faço uma pequena pesquisa sobre Mark Cohen, que por coincidência tem o nome do meu pai, mas olhando para as imagens eu vejo que essa é a única coincidência. Mark Cohen já foi preso antes, por ativismo contra o porte de armas, mas isso aconteceu antes mesmo dele entrar na faculdade pública de Seattle, onde se formou com honra, cinco anos depois de formado ele já possuía doutorado e já dava aulas de história contemporânea.

Consegui acesso ao seu histórico médico. O último exame foi há dois anos. Ele havia sido diagnosticado com câncer de laringe que avançou para o pulmão e o estômago. Fez algumas sessões de quimioterapia e desistiu, depois disso ao há nenhuma informação.

Fui até o seu facebook e vi como ele estava hoje. Mark Cohen vivia a vida no limite. Sempre viajando e rodeado por várias mulheres, ele não escondia sua ostentação. Procurei também nos registros públicos e ele estava sendo processado por abandono de lar.

As evidências eram claras. Michael Pierre havia roubado a identidade do irmão. E agora eu teria que trabalhar com a Lola para localizá-lo, mesmo não precisando dela. Deve haver algum agravante que eles não estão me contando.

Minha cabeça começa a doer e eu sinto o sono vir devagar. Quando olho no relógio já são duas da manhã. Eu realmente não havia visto o tempo passar.

Quando deitei minha cabeça no travesseiro eu senti o peso do cansaço, levar duas vidas estava me consumindo, acabei apagando.

Quando o despertador começou a tocar. Eu me senti desesperada, mas logo me acalmei. Mais um dia iria começar.

Eu e arrumo como Alexia e sempre saio cedo, já invadi o sistema de segurança do meu prédio e ele sempre evita me gravar nesse estado.

O dia está nublado, exatamente como disse o aplicativo no meu celular. Alexia usa uma camisa branca meia manga e um calça de sarja preta, tudo isso debaixo de um pesado sobretudo vermelho. Quando chego a copas o sistema de segurança me filma. Eu realmente já tentei invadi-lo, mas o sistema que eles usam é indecifrável e é um desafio que eu aceitei.

Minha supervisora me olha de cima abaixo. Ela tenta me julgar, mas não consegue. Me logo no sistema e coloco as informações de Gabriele Santori. Em breve a mulher será capturada, em média demora dois dias para os abatedores capturarem o suspeito, mas com Gabriela será mais rápido. Há uma equipe de abatedores em uma cidade vizinha de Alamo, verifiquei no computador da minha supervisora a equipe mais próxima, e por coincidência eles estavam capturando um suspeito próximo dali.

Passo o restante do dia analisando algumas filmagens, um tédio total. O telefone toca e eu atendo.

— Assessoria de localização. – Eu digo para alguém.

— Alô? -- Uma voz feminina e desesperada fala.

— Alexia falando, como posso ajudar a senhora?

— Eu quero fazer uma denúncia!

— A senhora deseja fazê-la em anonimato?

— Não! Eu quero que aquele desgraçado saiba que sou eu.

— Certo, a senhora pode se identificar?

— Meu nome é Janice Cohen e eu quero denunciar meu marido, não o meu cunhado que roubou a identidade dele.

Meu coração parou. Isso é só uma coincidência, certo? Qual a chance da viúva descobrir isso agora?

— A senhora pode me falar o nome do suspeito? -- Falo tentando confirmar.

— Mark Cohen, não, quer dizer Michael Pierre!

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Eu ainda não havia pesquisado o nome do suspeito no sistema da Copas, eu não queria que eles percebessem que eu estava fuçando. Sei que todos são monitorados, mas quando eu digitei Michel Pierre, uma tela negra piscou antes de eu receber a seguinte informação. “Dados bloqueados para o nível 1. Entre em contato com o supervisor”.

Antes que eu percebesse já havia pessoas ao meu redor.

— Você pegou um código preto. – Um homem grande e careca que eu nunca havia visto disse.

— Alexia. Deixe a chamada em espera e transfira para o nível 4. - Minha supervisora falou.

Nivel 4? Acho que não só eu estava confusa. Todos dos cubículos ao lado estavam curiosos. As chamadas são filtradas por nível não é? Por que eu recebi essa chamada? Quais são as chances de ser apenas o acaso?

— Senhora Cohen, estou te transferindo. Por favor, permaneça na linha.

Eu a transfiro.

— Ótimo. Bom trabalho. – O homem me parabeniza.

Ele nos deixa. E minha supervisora olha com inveja para mim.

— Quem é ele? – É o que eu digo.

— Ele? Você não conhece o seu próprio chefe?

—Chefe?

— Sim, ele é o valete do nível 1, o senhor Bryan Hien

Ah sim. Os valetes, os chefes de nível. Eu estava tão focada nos outros níveis que nem tive a preocupação de descobrir quem era o valete desse nível patético.

Minha supervisora se afasta.

Eu terei que falar para Oliver o que aconteceu. Mas como farei isso? Tenho certeza que ele ficará desconfiado. Eu não sei o que ele faria se soubesse o que eu estou fazendo. Por enquanto eu terei que deixar isso em segredo.

Meu telefone toca novamente.

— Assessoria de localização

— Senhorita Alexia Turner?

— Sim, sou eu.

— Sou Bryan Hien. Você pode vir até a minha sala agora?

— Como o senhor desejar.

Me levanto do meu cubículo e pergunto para a minha supervisora onde fica a sala do valete.

Ela me indica com rancor.

— É só seguir pelo corredor.

Sigo suas instruções.

A sala é maior do que qualquer cubículo, mas pequena em comparação com as outras. O grande homem se senta apertado por trás daquela minúscula mesa.

— Alexia Turner?

— Sim sou eu.

— Sente-se, por favor.

O obedeço.

— A senhorita está a quanto tempo em nossa empresa?

— Um mês. – Fazia um mês naquele mesmo dia.

— E a senhorita já bateu todos o recordes do nível 1.

Isso era verdade.

— E não sabemos se isso é sorte, ou habilidade nata.

— Não quero me gabar senhor, mas eu realmente sei fazer esse trabalho.

Ele arqueou as grossas sobrancelhas.

— A última pessoa que subiu para o nível 2, estava a um ano no nível 1.

— Sim, eu sei que o tempo mínimo é esse.

— Mas, não estamos lidando com qualquer pessoa. Normalmente eu não cedo as ordens dos outros níveis, nós dos níveis 1,2 e 3 temos o mesmo poder. Mas recebi ordens de um nível inalcançável. Tenho ordem expressas para te transferir para o nível dois.

Pelo jeito David Summers cumpriu o seu papel. Tenho certeza que ele usará isso como um motivo maior para se aproveitar de mim.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.