Cavaleiros do Caos

Corriam pela floresta tentando escapar daquelas coisas sombrias que agora os perseguiam. Era para já terem chegado ao vilarejo, mas tendo que enfrentar aquelas coisas de minuto e em minuto adiou a viajem até que a noite caísse, e não podiam parar dessa vez, se caso o fizessem seriam pegos por aquelas criaturas e talvez não conseguiriam se defender já que Silver e Sonic estavam ficando cansados e sobrava para Maria afastá-los com sua magia.

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- Por que não nos tele-transporta com fez das outras vezes? – perguntou Sonic já começando a respirar agitadamente por ter que ficar correndo por tanto tempo e ao mesmo tempo enfrentando aquelas coisas. Podia ser rápido, mas tinha que medir sua velocidade já que tinha outras pessoas com ele e não poderia levar a todas junto.

- Minha força ainda esta escassa por causa do encontro com Valiant, não tenho forças para um tele-transporte! – falou a garota lançando mais uma esfera de raios naquelas criaturas que pareciam por todas as partes. Todos estavam cansados, Amy tinha o vestido praticamente todo rasgado o que ajudava um pouco a correr, mas o problema era que agora estava com frio por causa do vento gelado da noite e seus músculos doíam mais. Maria conseguira manter a roupa, mas não significava que não estivesse completamente suja e com alguns rasgados, Sonic se sentia pesado com aquela fina cama de ferro que usava para se proteger e suas feridas doíam mais do que antes, Silver era o que menos tinha problemas apesar de ainda se sentir completamente exausto. – Se pelo menos não tivesse tantas criaturas para enfrentar eu podia concentrar minha energia, mas não tenho tempo nem de pensar!

Realmente, a cada instante aparecia uma daquelas criaturas nas arvores ou do lado deles os obrigando a agir rápido para não serem atacados. Aquelas coisas pareciam ficar cada vez mais fortes, crescendo a cada vez que apareciam, daqui a pouco eles estariam do tamanho de humanos e se caso isso acontecesse provavelmente não dariam conta de derrotá-los. Tinham que encontrar logo um lugar para se esconder.

- Maria, me dá um arco e flecha! – gritou Amy vendo que atrás deles mais ou menos três daquelas criaturas se aproximavam rapidamente. Maria estalou os dedos e logo um arco completamente azulado com a parte que a mão segurava branca e mais saliente pareceu na mão de Amy enquanto uma balsa cheia de flechas de cabos azulados e penas brancas atrás aparecia pendurado em suas costas. Ela parou de correr e se virou já colocando três flechas no arco e apontando na direção das criaturas as lançando pouco tempo depois acertando de maneira precisa cada uma delas, para logo voltar a correr junto com seus amigos.

- Bela pontaria. – falou Sonic sorrindo para a garota que retribuiu e logo voltou a colocar uma flecha no arco e lançá-la em mais uma criatura que tentava atacar.

A corrida começara a ficar mais cansativa e logo não suportariam mais, tinham que chegar logo a vila. Em um salto saíram da floresta deixando que a luz do luar iluminasse seus corpos completamente doloridos e cansados, e logo atrás deles vieram as criaturas das sombras que recuaram por causa do forte brilho lunar que tinha no momento. Os garotos sorriram ao vez que haviam tomado distancia daquelas criaturas, mas a alegria durara pouco quando grossas e escuras nuvens pousaram sobre a lua, tampando seu brilho e permitindo que aquelas criaturas voltassem a persegui-los.

A única esperança que tinha agora era se o sol nascesse, mas isso ainda ia demorar muito e eles não iriam agüentar todo esse tempo. Ao passarem do lado de uma das casas que tinham no local, mais especificamente um bar-hospedaria perto de um precipício que tinha um rio violento passando logo abaixo, Maria pode ver como um vulto passava pela janela, como se os estivesse mirando e se escondera para não ser visto. A maga ficou um tempo pensando naquilo, mas logo que ouviu o guinchado esganiçado das criaturas perdeu a linha de pensamento e voltou a se concentrar em apenas correr.

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Quando tudo parecia perdido, quando já pareciam que cederiam ao cansaço e seriam pegos por aquelas criaturas alguma coisa aconteceu. Seus corpos foram rodeados por uma luz meio arroxeada ficando ligeiramente transparentes e logo desapareceram deixando as criaturas completamente perdidas, trombando uma nas outras e causando a maior confusão entre si. Logo uma que parecia ser a mais inteligente e a líder do grupo de perseguição soltou um alto grasnado desafinado fazendo as outras fazerem a mesma coisa e logo voltarem a procurar pelos lugares, se espalhando pela regiam levando consigo aquela neblina estranha e emanando aquela nevoa negra tão sinistra.

Dentro daquele bar-hospedaria os quatro estavam esparramados no chão de madeira bem polido de um grande salão onde varias pessoas dançavam quando o lugar estava aberto, mas agora se encontrava vazio sem contar por eles. Mais ao longe, perto de uma das paredes do lugar, estava um balcão que quase se estendia de ponta a ponta do lugar, com um pouco mais atrás, encostados na parede, estava algumas estantes cheias de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Nas paredes do enorme salão estavam algumas janelas grandes que deixavam a luz da noite entrar deixando o lugar com um ar um tanto confortável. Pero de uma dessas janelas estava uma forma feminina que mirava discretamente as criaturas do lado de fora, suspirando levemente.

- Mas que diabos aconteceu? – perguntou Sonic com a voz um pouco entrecortada ainda esparramado no chão sem conseguir se levantar já que sentia suas pernas bambas pela dor e cansaço. – Pensei que não pudesse usar o tele-transporte.

- E não podia. – falou Maria não em melhores condições. Sua energia estava quase no zero e precisava de um bom cochilo e se pudesse um banho quente. Abriu levemente os olhos e mirou a sua volta, analisando o lugar que havia aparecido, sabia que aquela força era de outra maga, uma maga bem conhecida devia dizer, afinal já havia sentido aquela força antes.

- É bom saber que estão bem. – falou uma voz feminina sedutora e delicada. Todos olharam na direção da voz e se encontraram com uma mulher de seus vinte e cinco anos, os cabelos brancos lisos e curtos, os olhos verdes-água, a pele pálida e o corpo completamente esbelto. Ela lhes sorria ligeiramente enquanto seu corpo estava um pouco inclinado para frente e suas mãos estavam apoiadas nos joelhos. Usava um delicado vestido roxo com preto, com um pequeno avental preso em sua cintura. – Não imaginava que um dia veria uma cena dessas.

- Rouge? – perguntou Maria completamente estranhada pelo o que via. Rouge era uma das magas do reino, ela era considerada a maga do amor por causa de seus feitiços mais voltados para sedução ou coisas que tivessem um valor alto. Ela fora uma de suas mestras quando era pequena apesar da maga também não ser muito velha na época. Era estranho vê-la nesse momento já que imaginara que todos os magos, exceto aqueles que estavam no forte, haviam cedido quando as trevas atacaram o castelo.

- Olha o que a vida nos trouxe! – exclamou uma voz masculina chamando atenção do grupo. Dessa vez um garoto de mais ou menos vinte e seis anos, os cabelos passando dos ombros vermelhos intensos, os olhos azuis escuros reluzentes, a pele morena com o corpo bem moldado cheio de músculos definidos, mas não exagerados. Ele vestia uma calça de algodão negra, uma blusa vermelha de mangas cumpridas vermelha e botas de couro negras. Ele tinha os braços cruzados e mirava com um sorriso divertido no rosto a cada um que estava no chão. – É bom vê-los mais uma vez.

- Knuckles! – exclamou Silver se levantando e dando um abraço no garoto que retribuiu com o mesmo sorriso alegre no rosto. Sonic estava perdido naquele lugar, não sabia o que estava acontecendo ou pelo menos como seus companheiros conheciam aquelas pessoas. Maria se levantou do chão com algumas reclamações e ajudou Amy a se colocar de pé também, Rouge se aproximou das duas com um olhar apenado.

- Olha como estão todas sujas e mal vestidas. – falou colocando as mãos nos ombros de Amy e a mirando com tristeza enquanto a mesma corava levemente. – Vem, vamos tomar um banho e colocar uma roupa nova em você princesa.

As garotas saíram do lugar enquanto Sonic se levantada ainda um pouco atordoado e ia na direção de Silver que falava animadamente com o outro garoto que também sorria amigavelmente. Pareciam se conhecer a muito tempo o que fazia Sonic se questionar se poderiam haver mais pessoas espalhadas por ai que conheciam Amy e seus amigos. Bom... Se esse fosse o caso seria melhor para eles já que assim poderia ter mais ajuda nessa missão.

- Knuckles, esse é Sonic. Ele está nos ajudando a levar a Amy a um lugar seguro. – apresentou Silver enquanto Knuckles e Sonic apertavam ligeiramente as mãos em um cumprimento amigável. – Sonic, esse é Knuckles um dos cavaleiros que tinham no castelo. Ele foi meu parceiro de estudo, mas virou cavaleiro oficial antes de mim.

- Lembre que eu sou mais velho e por isso já tinha mais tempo no treino, apesar de você ter se adiantado bem no momento de cada treino ficando entre os melhores. – falou sorrindo levemente Knuckles enquanto passava um braço envolta do ombro de Silver que sorria um pouco constrangido pelo comentário do amigo.

- E como conseguiu escapar do castelo se aquele mago maluco disse que os cavaleiros não tinham tido chance contra ele? – perguntou Sonic um pouco confuso mirando Knuckles atentamente. Um semblante triste tomou conta do rosto do garoto que não parecia estar tendo lembranças muito boas.

- Estava na ultima frente de cavaleiros para defender o rei e a rainha. Estava com meus companheiros preparados para enfrentar os inimigos, havíamos acabado de receber a informação de que eles se aproximavam rapidamente e que você, Silver, estava indo avisar a princesa. Já dava para ouvir as explosões de magia e os gritos das pessoas que morriam quando Rouge me puxou para uma parte mais afastada de uma maneira que ninguém visse. – os olhos do garoto estavam perdidos em alguma parte do lugar enquanto relembrava tudo o que havia acontecido. Em seu peito aquele aperto voltava a surgir ao recordar como cada um de seus parceiros caiam um por um, cedendo ao inimigo. – Ela me disse que não tinha como derrotar o inimigo, que ele era forte de mais e precisávamos sair dali. Tentei negar, queria fazer meu trabalho, mas quando eles chegaram até onde estávamos percebi que Rouge estava certa. O mago que os guiava era muito forte e eliminava boa parte de nossas forças enquanto as criaturas das trevas devoravam os que não conseguiam se defender. Por pouco eu e Rouge conseguimos fugir, mas ela usou suas únicas forças para chegarmos aqui e construir esse lugar para ficarmos. Queríamos acreditar que vocês estavam bem, mas com tudo acontecendo a esperança apenas diminuía até agora.

O lugar ficou em um completo silencio. Ninguém sabia o que dizer depois daquilo, apenas conseguiam imaginar como as coisas estavam indo de mal a pior. Se não havia quase nenhum cavaleiro para ajudá-los como conseguiriam dar a volta nessa situação e ganhar essa batalha entre o bem e o mal? Só eles não teriam forças suficientes para continuar lutando ou para suportar as coisas por mais tempo. Só para chegarem ali eles quase perderam a vida.

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- É melhor irmos dormir. – falou Knuckles ao perceber que o clima tinha ficado mais tenso que o normal. Não gostava de ficar em momentos incômodos e por isso era melhor distrair os garotos dessas coisas ruins que estavam acontecendo. – Amanhã vocês vão ter que se preparar para voltar a viajar nessa aventura que se meteram.

Os garotos assentiram e subiram as escadas que levavam ao segundo andar do lugar. Sonic ao entrar em seu quarto apenas deitou na cama e ficou olhando para o teto. Em sua mente todas as coisas que estavam acontecendo passaram como se fosse um filme, se metera nessa aventura sem querer e agora não tinha mais como sair. Além de não conseguir porque seria perseguido por aquelas criaturas estava se apegando aquelas pessoas, principalmente a princesa...

Girou na cama ficando de lado abraçando levemente o travesseiro branco que estava deitado a cabeça, não conseguia tirar aquela garota da cabeça, de alguma maneira ela havia entrado e não queria mais sair. O que ela tinha que o atraia tanto? Talvez aquela beleza genuína que possuía. Talvez o jeito meigo e doce que tinha com todos. Talvez a maneira como agia e cuidava de seus amigos de maneira quase imperceptível. Ou talvez, só talvez, fosse aqueles olhos que continham tanto poder e ao mesmo tempo tanto carinho e humildade que poucos conseguiam ter. Seja o que for sentia que já não poderia suportar mais a distancia que tinham entre eles.

Nada mais nada menos que mais um dos vários bares que tinha nessa pequena vila onde suas presas foram vistas pela ultima vez. O mirou desde o lado de fora, parecia apenas uma pequena casa de madeira com luzes saindo das janelas, os risos e músicas estrondosas saindo do lugar como eram de costume em todo bar. Não era nada comparado aos bares que tinha em sua terra natal, os que estava acostumados a ir e que normalmente tinham os vidros quebrados, as luzes quase vermelhas de tão escassas, pessoas sendo jogadas para foras o tempo todo e sempre aquele cheiro horroroso de esgoto e sexo. Uma coisa horrível devia se dizer, sempre desorganizado.

Andou até a porta do bar e a abriu sem muito interesse fazendo o vento frio da noite entrar no local e apagar algumas velas que eram a única coisa que iluminava o local. Todos pararam o que estava fazendo, a música se deteve e os olhares se voltaram todos para o novo visitante. Seu jeito sombrio passava calafrios por alguns que o observavam. Estrangeiro, para muitos essa palavra causava medo para outros era o mesmo significado de carne fresca para se divertir.

Caminhou sem se preocupar até uma mesa livre que tinha no canto do local enquanto a música voltava a tocar lentamente e as conversas voltava a se acender entre as pessoas, só que alguns dos assuntos pelo o que podia ouvir eram sobre ele. Ajeitou seu corpo na cadeira e esperou, se conhecia bem esse tipo de lugar como achava que conhecia algum idiota iria se aproximar e causar encrenca e essa seria a chance perfeita para começar a buscar o que precisava. Afinal, para fazer as pessoas falarem a verdade precisava dar um pequeno incentivo e qual incentivo melhor que o medo de morrer?

- Olha o que hic temos aqui rapazes hic. – disse um homem visivelmente bêbado se aproximando dele junto com um pequeno grupo de homens também bêbados. Analisou o que chamou sua atenção, o que estava na frente, era magricelo, desengonçado e completamente bêbado, não tinha a menor chance contra ele. – Carne hic nova no pedaço. Me diz hic forasteiro, qual hic é seu maior talento hic? – não respondeu, apenas deixou seu rosto escondido nas sombras com as mãos no bolso em uma posição despreocupada sentada naquela cadeira. – Eu te hic fiz uma pergunta!

O homem tentou dar-lhe um soco, mas desviou com facilidade e segurou o pulso do homem o mandando para o chão com tanta velocidade que a cabeça do homem ao se chocar com o chão começou a sangrar, manchando o piso enquanto o mercenário colocava um pé no peito do homem e retirava uma de suas espadas do esconderijo que tinha debaixo da capa negra, colocando sua ponta no pescoço do homem.

- Agora sim. – falou enquanto um pequeno sorriso parecia em seu rosto. – Alguns de vocês já devem me conhecer. Meu nome é Shadow Tenebrae, o mercenário mais procurado das Terras Esquecidas! Devem se perguntar porque estou tão longe do meu lugar, bom... Estou em um trabalho especial! Procuro um grupo de garotos, duas garotas, uma de cabelos loiros e outra de cabelos rosas e dois garotos, um de cabelos azuis e outros prateados. Quem os encontrar quero que me informe imediatamente e em troca... – deu uma pequena pausa olhando para o homem que estava no chão e, em um só movimento cortando sua garganta. – Sua própria vida.

Sorriu ao ver que todos assentiram temerosos. Agora tudo o que tinha que fazer era esperar.

O dia finalmente chegou. Amy abriu os olhos lentamente e se sentou na cama sentindo o calor da luz do sol que entrava por sua janela. Olhou pela mesma vendo os grandes campos verdes que tinha do lado de fora, o céu estava azul claro com algumas nuvens brancas no mesmo, nem parecia que uma guerra estava acontecendo pelo controle do reino e do poder que continha dentro de si. Respirou fundo e saltou da cama e foi direto para o armário que Rouge havia lotado de roupas para escolher quando quisesse. Ela era uma boa pessoa e ficara feliz por saber que ela havia ficado bem depois da invasão do castelo.

Pegou uma roupa que gostou no armário e se vestiu rapidamente pegando o arco e flecha que Maria havia criado para ela, claro que a cor havia sido mudada para ficar de um vermelho forte já que essa era sua cor favorita. A sesta mágica onde as flechas eram levadas e que nunca ficava vazia, adorava aquele equipamento desde pequena treinava e lembrava que sempre saltava de alegria quando acertava um alvo.

Sua roupa era nada mais nada menos que um vestido vermelho de apenas uma manga longa e o outro braço completamente exposto, ele descia até perto do joelho sendo que ficava como uma espécie de tanga, mostrando boa parte de suas cochas enquanto em seus pés se encontrava uma delicada sandália com um pequeno salto, mas que dava para correr se precisasse, ela apenas deixava o calcanhar e os dedos expostos enquanto subia até metade de sua canela. Em uma de suas mãos estava uma luva negra que chegava até seu cotovelo, exatamente no braço onde o vestido não tinha mangas.

Colocou a bolsa de flechas nas costas e pegou seu arco saindo do quarto e indo até a parte de trás do bar-hospedaria que estava no momento. Tentou não fazer nenhum barulho para não acordar ninguém e foi até aquele imenso campo verde que viu. Pegou o que devia ser algumas garrafas de vidro que se jogariam fora e as colocou um pouco a frente do lugar onde se posicionava para tacar as flechas. Respirou fundo e mirou puxando a ponta da flecha até o momento de ouvir a corda ranger, fechou um olho e se concentrou em acertar apenas uma das garrafas por enquanto. Soltou a flecha e a mesma cortou o ar até acertar em cheio uma das garrafas fazendo a mesma se quebrar.

- Bela pontaria. – falou uma voz atrás de si que a fez ter um pequeno sobressalto. Se virou rapidamente só para se encontrar com o cavaleiro de cabelos azuis a mirando com divertido e com um ligeiro sorriso no rosto. Ele se aproximou dela ainda sorrindo e ficou lado a lado com a garota que corou levemente. – Onde aprendeu a usar um arco e flecha dessa maneira?

- Quando ficava entediada saía do castelo para treinar um pouco. Ficava eufórica quando acertava o alvo. – falou divertida colocando o cabelo atrás da orelha um pouco constrangida. O garoto sorriu e pegou delicadamente o arco mirando o mesmo com interesse sem saber nem como pegar direito no mesmo. Amy riu divertida e ajeitou o arco em sua mão erguendo seu braço para posicionar o mesmo, colocou uma flecha no mesmo e fez ele puxar a ponta da mesma para se preparar para atirar, ajeitando seu ombro para ficar da maneira correta. – Agora tudo o que tem que fazer é mirar e soltar a flecha.

Por ter que ajudá-lo a se posicionar acabou ficando muito próximo de seu corpo, sentindo o calor que emanava e a respiração saindo de sua boca semi-aberta. O mirou sem se afastar e sentiu seu rosto arder ao ver como seus rostos também estavam muito próximos, apenas mais alguns centímetros e a distancia seria nula. Ele também a mirou não podendo evitar se perder naqueles olhos verdes claros e se sentir tentado a tocar aqueles delicados lábios. O busto da garota estava praticamente colado ao seu permitindo ao garoto sentir um pouco dos delicados seios da garota pela tela do vestido que usava. Era tão tentador, tão proibida, porque não podia fazer o errado uma só vez?

Aproximou seu rosto do dela se permitindo fazer o que seu instinto lhe mandava, o que seu coração lhe pedia a gritos para fazer. Faltava pouco, muito pouco para conseguir provar aqueles lábios rosados que agora tinha virado sua obsessão. Sentiu o hálito doce dela e já estava prestes a tocar aquela doce tentação quando ouviu vozes chamando a garota dentro do bar-hospedaria. Os dois se separaram lentamente sem saber o que fazer, se si afastavam ou se continuavam o que começaram.

- Amy! – a voz estava mais próxima, não podiam mais continuar, não era certo. Ele era apenas um camponês que virara um cavaleiro por acaso e ela era da realeza, nunca daria certo. Se separou do garoto pegando suas coisas e indo na direção da casa, enquanto o mesmo apenas a observava vendo como se distanciava hesitante se virando algumas vezes parar vê-lo com um rosto triste e logo depois voltando a andar na direção da casa até entrar na mesma. O garoto abaixou a cabeça triste se amaldiçoando por ter caído no que nunca deveria ter experimentado por uma pessoa que nunca alcançaria. A distancia que tinham eram nada mais nada menos que impossível de ser atravessada.

Mais ao longe alguém os observava e saía correndo na direção de um bar que tinha a alguns quilômetros de distancia de onde os garotos estavam hospedados.

Sentado naquela cadeira apenas amolando sua espada esperava que tivesse as noticias que queria. Um dos barmen que tinha no lugar colocou mais um copo de cerveja em sua mesa enquanto tremia sem parar e se afastava rapidamente. Era divertido causar essa reação nas pessoas apesar de não se importar muito, talvez fosse por isso que sentira curiosidade por aquela maga, porque ela não o temia, ela não parecia vê-lo como alguém assustador como todos os outros viam. Como sempre viram.

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Balançou fortemente a cabeça e tomou um grande gole da cerveja em cima de sua mesa. E o que estava fazendo pensando nela? Era apenas mais uma presa, mais um objeto para ser caçado e praticamente a única coisa que estava entre se manter com vida ou morrer bem dolorosamente.

Respirou fundo e voltou a amolar sua espada. Tinha que estar preparado para quando fosse enfrentar aqueles garotos mais uma vez e finalmente acabar com esse maldito emprego. De repente a porta do bar abriu e revelou um dos homens que estavam no bar na noite passada, ele parecia ofegante o que deveria indicar que tinha corrido as pressas até onde estava.

- Eu os vi. – disse ele fazendo o mercenário sorrir e se levantar da cadeira que estava sentado. Era hora de completar esse maldito trabalho.

Já estava anoitecendo, o por do sol deixava o céu com aquele tom alaranjado bonito que refletia em seus olhos que o admiravam desde a janela de seu quarto. O bar-hospedaria estava começando a se encher, podia ouvir o barulho das pessoas que entravam e já se acomodavam para desvelar a noite bebendo e se divertindo, pena que não estava com animo para aproveitar toda essa animação. Seu peito doía como nunca antes havia doido ao se dar conta da triste realidade ao perceber onde tinha se metido.

Aquele por do sol, aquele evento tão belo do crepúsculo apenas lhe fazia se lembrar de sua situação. Afinal o crepúsculo não era nada mais nada menos que a junção do dia e da noite, o momento em que se trocava de turno e tudo caia na penumbra da noite, ao mesmo tempo que era domado por um clima tranqüilizador e aconchegante, enquanto o dia se despedia da terra deixando os seres nela desprotegidos para as criaturas da escuridão. Era a junção de dois opostos como ela e ele.

Porque sim, havia se dado conta de que estava apaixonada por um plebeu, pelo cavaleiro que estava arriscando a vida para salvá-la, por aquele garoto que possuía olhos tão belos de um verde tão reluzente quanto uma esmeralda. Mas isso não poderia ter acontecido, não podia se apaixonar por uma pessoa que não seja da nobreza como ela era. Era a regra, logo que tudo acabasse arrumariam um marido para ela, um que tivesse herança, que tivesse um berço. Mas não queria, não queria nenhum daqueles garotos. Por que será que as coisas tinham que ser como são? Por que tinha que ter nascido na realeza e ele como um simples camponês? O amava, queria aquele carinho que ele tinha para si, porem sabia que seus destinos eram outros.

Suspirou. Por que as coisas sempre eram tão difícil? Estava arriscando seus amigos por causa do poder que tinha dentro de si e o estava arriscando também, sem falar de provavelmente estar colocando seu coração exposto, de uma maneira que com certeza sofreria depois, que seria partido em pedaços. Por que tinha que ter nascido com essa coisa? Por que ela, justo ela, fora “abençoada” com a chave do poder dos deuses? Por que tinha que ser quem era? Por que não podia ser uma garota normal? Por que não poderia ficar com quem amava e ter seus amigos do seu lado sem nenhum problema ou risco?

- Amy. – olhou para trás só para se encontrar com Maria que a mirava de maneira preocupada. Por causa da ligação que tinham, Maria não só podia ver o que ela via quando queria como também, algumas vezes, podia sentir tudo o que sentia no exato momento que passava. Sorriu forçadamente para ela tentando mostrar que tudo estava bem, mas isso não convenceu a maga que se colocou do seu lado colocando a mão encima da sua com delicadeza. – Não quero que fique dessa maneira. Sei que esta se culpando por tudo o que esta acontecendo, isso tudo não é uma coisa que poderia ser culpa de alguém. Você nasceu assim e não pode fazer nada para mudar.

- Mas... – como continuaria? Como diria a sua melhor amiga e super protetora maga que não queria ser quem era? Que estava apaixonada por um garoto que nunca deveria ter visto além da amizade? Maria que sempre fora muito conservadora não entenderia. Ouviu a mesma suspirar e, ao olhar de relance para ela percebeu que ela tinha dirigido seu olhar para o por do sol logo a frente.

- Esta gostando daquele cavaleiro não é? – perguntou a maga em um suspiro fazendo a princesa arregalar os olhos e a mirar um pouco surpresa. Como ela poderia saber? Não sabia que Maria lia mentes? Desde quando fazia isso. – Eu sabia. Desde o momento que te encontrei depois de ter ficado para trás no castelo eu sabia que alguma coisa acontecia entre vocês dois. Não te culpo por isso.

- Não? Não esta com raiva? – perguntou ainda mais surpresa. A primeira coisa que imaginara Maria fazendo quando descobrisse isso fosse ter um ataque dizendo mil e um motivos para que ela esquecesse essa bobagem. Se surpreendera ao saber que isso não incomodava a amiga.

- Não. Sei que isso é complicado e coisa e tal, mas sei também que você não pode controlar isso. Só lhe peço que não faça nenhuma burrice por causa disso. – falou a maga delicadamente saindo de perto da garota indo na direção da escada que levava ao andar de baixo. – Melhor se preparar, vamos ir embora esta noite. Não podemos ficar adiando o tempo todo, nossas viagens.

Amy riu levemente com a cara que sua amiga vez e voltou a olhar para o céu. O mesmo já estava quase completamente escuro e faltava apenas mais uma pontinha do sol para desaparecer completamente atrás das montanhas ao longe. Respirou fundo e se afastou da janela indo na direção da escada, onde parecia que o som das conversas e risadas eram bem mais fortes. Desceu lentamente as escadas ajeitando a capa que usava para manter seu corpo aquecido enquanto o tempo esfriava.

Quando chegou no primeiro andar pode ver quantas pessoas tinham no salão e não eram poucas. O lugar estava praticamente lotado, com pessoas já dançando com a musica que era tocada por uma banda que Rouge devia ter criado com sua magia, ou indo para o bar que Knuckles comandava para comprar algum refresco. Em uma parte mais escondida pode ver seus amigos conversando com Rouge que estava completamente reproduzida para o momento. Se aproximou e ficou do lado de Sonic que não pode evitar a mirar de relance.

- Podem passar pela multidão até a porta dos fundos, ninguém aqui percebe o que acontece em volta. – falou Rouge sorrindo ligeiramente enquanto de vez em quando dava algumas olhadas pelo lugar. – Não se preocupem em se separar, todos vão acabar chegando na porta alguma hora e de lá é só atravessar a ponte que tem a alguns metros daqui, depois é só entrar na floresta que tem do outro lado do penhasco, a próxima aldeia fica a uns dez quilômetros indo reto.

- Muito obrigada Rouge, por tudo. – falou Maria sorrindo ligeiramente para a maga e logo depois indo na direção da multidão, desaparecendo na mesma junto com Sonic, Amy e Silver.

Era complicado passar por todas aquelas pessoas, como eram muitas o espaço era pouco entre uma e outra sem falar que todas estavam dançando junto com a música animada. Primeiro fora Silver que acabara desaparecendo e depois Maria já não pode mais ver Sonic e Amy. Respirou fundo tentando manter a calma e continuou andando tentando chegar até a porta, faltava pouco para conseguir, só mais alguns passos e conseguiria tocar a madeira da porta, mas alguém a puxou pelo braço e a fez passar por toda aquela multidão em uma velocidade incrível tacando-a na parede e segurando seus dois pulsos dos lados da cabeça.

- Ola de novo bruxinha. – essa voz... Ela era conhecida... Não, por favor, que não fosse quem estava pensando que era. Abriu os olhos só para se encontrar com duas orbes vermelhas frias e serias que passara a conhecer muito bem. Remexeu inquieta seu corpo tentando escapar do agarre dele, mas ele era mais forte e conseguia imobilizá-la com facilidade. – É inútil bruxinha, não tem como você escapar de mim dessa vez. Agora me fale onde estão seus amigos e eu não te machuco muito.

- Não sei. – falou colocando a mão na parede e mandando seu poder pela mesma que deslizou a magia por debaixo dos pés de cada pessoa naquele enorme salão até chegar aos outros tornando-os invisíveis. Eles ao perceberem sabiam que algo tinha acontecido, mas não conseguiam ver mais além das pessoas que dançavam a sua volta sendo obrigados a sair do lugar sem saber o que realmente passava.

- Vamos pequena. – falou o mercenário colando ainda mais seus corpos e deixando seus rostos a centímetros de distancia um do outro, permitindo a garota que mantinha seus olhos fortemente fechados sentir o hálito quente que ele tinha, mas ao contrario do que pensava, não tinha um cheiro ruim e forte, era um cheiro leve de menta ou até mesmo de orvalho. Não lhe desagradava, mas não aceitava de jeito nenhum gostar de alguma coisa dele. – Tudo o que tem que fazer para acabar com isso é me dizer onde eles estão.

- Para você nos levar para aquele mago horroroso? – falou enquanto suas mãos brilhavam em um tom azulado potente e abria os olhos revelando o brilho poderoso que tinha neles. – Nunca!

No mesmo instante uma forte onda de energia saiu de seu corpo lançando o garoto para longe de se e dando a oportunidade perfeita para escapar, correndo entra a multidão o mais rápido que podia. O mercenário se levantou irritado e foi atrás da garota, não se importando se estava empurrando alguém ou machucando a outros. Por não conseguir ir até a porta dos fundos e não querer arriscar a segurança de seus amigos acabou indo para o corredor estreito e escuro que tinha conversado com Rouge minutos atrás. Correu pelos mesmos vendo como o garoto se aproximava de si rapidamente.

Viu ela pulando a janela que levava para o lado de fora e correu o mais rápido que pode indo até aquela pequena janela no final do corredor. Quando estava prestes a pular a mesma viu que a garota estava fortemente presa pelo pescoço por uma cobra que estava presa no braço daquele mago. Ela parecia ter levado um choque pelas pequenas queimaduras que tinha e nas partes pretas de seu vestido, ela estava também um pouco erguida do solo, batendo os pés desesperada e tentando tirar a cobra que prendia seu pescoço com força.

- Pelo menos uma coisa você fez certa, a trouxe para mim. Mas onde estão os outros? – perguntou o mago com um tom de deboche enquanto o mercenário grunhia ligeiramente e apertava com força a beirada da janela. – Vou considerar isso como um “eu os perdi”.

- Não por muito tempo. – sussurrou com os dentes praticamente trincados de tanta raiva. Queria tanto dar uma boa lição naquele mago filho da mãe, mas sabia que se fizesse isso ia acabar perdendo a vida então era melhor controlar a raiva... Por enquanto. – Ainda sei para onde eles vão, não vai ser muito difícil seguir as pistas.

- Ótimo. – falou o mago sem perceber que a garota, que parara de se mover alguns instantes ainda estava consciente ouvindo tudo o que diziam. Ela concentrou toda sua força envolta de seu corpo e a expandiu em uma enorme onda de energia que fez o mago a soltar e o lançando para longe junto com o mercenário que por pouco não é lançado para dentro do Bar-hospedaria. Exausta, a garota caiu levemente deitada no chão tentando levantar, enquanto sua roupa se sujava e ficava ainda mais rasgada, quase a tornando tão curta a ponto de não cobrir nem um pouco de suas pernas. – Ora sua insolente.

Em um estalar de dedos o mago fez alguns raios negros sair de suas mãos indo na direção da garota que não pode fazer nada para se defender, sendo atingida facilmente. Os raios eletrocutaram seu corpo com tanta força que mais queimaduras apareceram, uma parte do vestido foi incinerada deixando a parte até perto do inicio das cochas totalmente destampado, uma manga do vestido desapareceu e a outra ficou apenas como uma alça. Estava completamente ferida e não podia mais se manter consciente, caindo para trás desmaiada desabando naquele penhasco que rodeava o raivoso rio. O mago e o mercenário se aproximaram rapidamente, o mago tomado pela fúria de perder o que precisava para conseguir o que queria.

- O que esta esperando? Vá pegá-la! – gritou levanto uma mão até as costas do garoto para empurrá-la na direção do penhasco. Mas mal o havia encostado quando ele foi na direção do rio, indo atrás da garota. O mago ergueu uma sobrancelha, confuso, mirando sem entender toda a cena. Devia se manter atento a isso, não podia se dar ao luxo de ser traído por um sentimento fraco como o amor. Se esse mercenário passara a sentir algo por sua maga não duvidaria em acabar com a vida dele.

Caia velozmente na direção daquele rio, podia vê-la a apenas alguns metros de onde estava e se tomasse mais velocidade a alcançaria. Em questão de poucos segundos conseguiu segurar o pulso da garota e usar a outra mão para segurar uma das saliências da parede de pedra do abismo que estava. Com a parada o forte tranco fez seu ombro estalar e deslocar o fazendo soltar um pequeno gemido de dor. Olhou para a garota inconsciente que segurava com o outro braço e percebeu que não faltava muito para que encostasse na água. Pelo menos a queda seria menos intensa, mas não significava que deixava de ser perigoso. O rio era muito rápido e estava cheio de rochas por todo seu percurso.

Seu ombro doía, e sabia que não suportaria segurar por muito tempo. Escalar estava fora de cogitação, tinha que pensar em algo rápido. Puxou a garota para cima conseguindo segurá-la firmemente pela cintura e logo soltando sua mão que já estava a ponto de escorregar de qualquer maneira. Caiu no rio movimentado ainda segurando com força a garota, havia prendido a respiração e tentara volta o mais rápido possível para a superfície respirando fundo logo que tirara sua cabeça da água. Mas por causa da correnteza e da força da água foi obrigado e mergulhar novamente, rodando algumas vezes até poder voltar a superfície.

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A sensação era horrível, como se fosse se afogando lentamente com a esperança de poder respirar alguma hora. Não era de sentir medo, mas estava preocupado com que se não houvesse uma parte mais calma no rio e ficasse nessa situação até morrer, ou que não suportasse chegar até um local adequado para sair.

Talvez por horas ficou naquela correnteza, girando e mergulhando varias e varias vezes, batendo em algumas pedras de vez em quando e sentindo as forças acabarem lentamente. A garota ainda estava bem presa em seus braços, como se ela fosse sua própria vida que não podia se perder naquele rio tão impiedoso. Finalmente chegaram a uma parte em que o rio não era mais tão movimentado e que podia finalmente nadar até uma pedra e sair dali.

Já deviam estar no meio da noite quando finalmente segurou em uma pedra e subiu na mesma ainda carregando aquela maga que permanecia inconsciente. Ao parecer aquele choque tinha sido tão potente que demoraria mais algum tempo para ela despertar. A carregou de uma maneira melhor, passando um de seus braços por suas costas e outro na dobra do joelho e saltou para a margem conseguindo cair em pé.

Suas forças estavam quase no zero pela briga que teve para se manter vivo e sentia que logo poderia cair naquela margem cheia de pedras e dormir por dois dias. Deixou a garota cuidadosamente no chão e se sentou no mesmo tentando recuperar o fôlego que tinha perdido. De repente na sua frente apareceu aquele mago que sorria divertido para o garoto.

- Vejo que se divertiu bastante. – falou divertido enquanto o garoto bufava irritado e se concentrava novamente em recuperar o ar. – Coloque isso nela, vai impedir que use os poderes quando acordar.

O mago tacou uma corda azul reluzente na direção do garoto que o pegou um pouco confundido. Logo percebeu o que aquilo queria dizer, teria que ficar com a garota por mais um tempo sem deixar que ela escapasse. Franziu o cenho desconcertado. Por que ele tinha que ficar com aquela garota sendo que o mago já poderia levar ela para o lugar que queria?

- E por que não a leva? – perguntou mirando o mago de uma maneira estressada. Não queria ficar de babá, esse não era seu trabalho.

- Por que estou fraco de mais para levá-la e vamos precisar de subornar os amigos dela para que se entreguem. – falou o mago ignorando a reclamação aparente do mercenário que franziu ainda mais o cenho. – Pare de reclamar que logo acabaremos com isso. Claro se você fizer algo certo.

O mago desapareceu e o garoto grunhiu fortemente. Depois que isso tudo acabasse iria matar aquele maldito mago da maneira mais dolorosa possível, e tinha vários métodos para isso. Se arrastou até a garota e a mirou com a luz que o luar lhe oferecia. O desejo subiu por seu corpo quando viu como ela estava, podia estar com algumas queimaduras, mas mesmo assim sua pele pálida reluzia de uma maneira encantadora, os seios quase aparecendo, as pernas praticamente toda descobertas e seu rosto sereno com alguns fios loiros caindo no mesmo. Seu sangue esquentou e já não mais sentia o frio que a noite lhe causava principalmente estando molhado.

Se ela não fosse uma maga muito irritante teria aproveitado esse momento como nunca, na verdade por que não fazê-lo? Segurou os pulsos dela sobre a cabeça amarrando-os lentamente, enquanto colocava seu rosto no pescoço da garota beijando-o com desejo, praticamente devorando-o. Depois de amarrar os pulsos da garota desceu as mãos por seu braço, escorregando as mesmas até perto do seios tocando a lateral dos mesmos com desejo, passou pelas cintura delineando prazerosamente a curva estreita que fazia, passou pelo quadril, foi para as pernas, erguendo-as um pouco e massageando-as com luxuria, apertando e beliscando as cochas da garota em todas as partes. Desceu os beijos do pescoço da garota para seu dorso. Faltava muito pouco para chegar nos seios, só mais um pouco e se encheria de prazer. Tocou levemente os lábios na região no meio dos seios da garota e ouviu como ela soltava um leve gemido o fazendo despertar.

Se afastou da garota rapidamente com a respiração agitada e o coração a mil. Não podai se envolver dessa maneira, não podia passar disso como um trabalho, mas por que se preocupava tanto em violá-la? Por que tinha... Medo de tocar aquele corpo? O que estava acontecendo consigo? Respirou fundo e se afastou da garota indo até a floresta para procurar gravetos e fazer uma fogueira. Teria que acampar ali mesmo e agora mais do que nunca não queria ficar perto daquela garota.