Castlecalibur 2: no Castelo
Parte 7: eleições na festa à fantasia
- Papai?
- Eu não sou seu pai, pivete! – chateou-se Mathias. – Não vê que eu estou ocupado? Já não basta a confusão que a Hilde causou, e você ainda vem complicar a minha vida...
- Mas, papai...
- Eu só estou tentando criar a fórmula da imortalidade para o Leon. Dá licença?
- O senhor já tentou juntar a pedra filosofal com o ungüento mágico da vida eterna?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- O... ungüento?
- É! Esse aqui, papai! – e Alucard alcança um potinho de creme Avon para seu pai.
- Não tinha pensado nisso...
Mathias coloca uma lasquinha da pedra no pote com ungüento mágico e acontece uma pequena explosão. Então ele aquece à 768 graus e liquefaz o conteúdo, colocando em um pequeno frasquinho com uma rolha.
- Conseguimos, filho!! Conseguimos a poção da imortalidade!!
- Viva! – e os dois se abraçam e começam a girar. – Vamos comprar uma fantasia pra festa do Leon agora?
- Vamos, vamos! Não vejo a hora de entregar isso de presente pra ele!
E os dois foram até a loja de cosplay do Rinaldo.
Leon vestia sua fantasia de Caçador de Vampiros e se olhava no espelho. Siegfried entrou no quarto.
- Leon, já tá pronto?
- Já... mas não sei se quero ir na festa.
- Mas é a sua festa de aniversário!
- É... mas eu não quero ficar velho, Sífilis! Não quero ficar decrépito e carcomido enquanto o Mathias desfruta da eterna juventude...
- Ah, o que é isso, Leon! Você ainda tá em perfeita forma! Nem parece que tem quarenta e cinco!
- Eu tenho trinta, Serafino! – revelou Leon, olhando feio para o alemão.
- É, foi o que eu disse...
- Essa é sua fantasia?
- Sim! Estou fantasiado de Azure Knight Nightmare!
- Nightmare? Acho melhor você não brincar com isso…
- Ah, qualé, é só uma fantasia... olha, até pintei a Soul Calibur de vermelho pra parecer a Soul Edge!
- E se você bate a cabeça e começar a pensar que é o Nightmare?
- Eu, achar que sou o Nightmare? AHAHAHAHA! Isso nunca vai acontecer! Vem, vamos descer!
Sieg puxou Leon até o salão de festas, onde Hilde havia colocado Lacrimosa para sonorizar a festa.
- Das is meine zeit, das is meine zeit dich zu verbrennen! – cantava Tilo, na gravação.
- Até que enfim vocês chegaram! – disse Hilde, que estava fantasiada de Joana d’Arc. – Quero adiantar a votação para antes do parabéns.
- Mas não podemos votar sem que o outro candidato esteja presente! – lembrou Rafael, que vinha fantasiado de mosqueteiro do rei Luis acompanhado de Amy, que estava fantasiada de vampira gótica.
- É, mas pra onde eles foram? – quis saber Hilde.
- Eles foram comprar uma fantasia no Rinaldo. – explicou Jean-Eugène, fantasiado de mordomo.
- Logo eles chegam... o Mathias não é de se atrasar.
Minutos depois chegaram Alucard, fantasiado de Richard Belmont, Rinaldo, fantasiado de velho xamã, e Mathias, em uma fantasia que consistia em uma roupa verde com um cinto de couro, umas botas com pontas, uma peruca loura e uma toquinha verde pontuda.
- O que é isso? Fantasia de “elfo Link em um dia ruim”? – indagou Leon.
- É minha fantasia de Robin Hood Vingador! – corrigiu Mathias. – Ficou perfeita.
- Você fica horrível de peruca. – elogiou Hilde.
- Despeito da concorrência. – seguiu Mathias.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Agora que estão todos presentes, farei a eleição. – disse ela, distribuindo papeizinhos a todos. – Vocês deverão colocar o nome do seu candidato ao trono de Castlevania. Estamos concorrendo apenas eu, Hildegard von Krone, e o conde Drácula, Mathias Cronqvist.
- Cronqvist é com “C” ou com “K”? – perguntou Siegfried a Hilde.
- Não importa, você vai votar em mim ou eu te dou uns cascudos! – ameaçou Hilde, baixinho.
- Hilde! Você é tirânica e malvada, e eu sou simpático e altruísta. Essa eleição tá no papo. – comentou Mathias.
- Eu se fosse você não teria tanta certeza, vampirinho camarada.
Todos escreveram o nome do seu candidato no papel indicado e colocaram em uma urna improvisada em uma caixa de botas.
- Queira ler os resultados, Herr Jean-Eugène!
O velho empregado abriu a caixa e começou a ler voto por voto.
- O primeiro voto vai para... Hildegard.
- O quê?! Essa tirana ganhou um voto?! – espantou-se Mathias.
- O segundo voto vai para... Hilde! O terceiro... Fraulein von Krone! O quarto vai para... Hildegard! O quinto voto é para... von Krone! O sexto... Hildegard von Krone! O sétimo vai para... Mathias Cronqvist.
- O quê?! Não pode! Essa eleição foi fraudulenta, exijo recontagem dos votos! – argumentou Mathias.
- E a vencedora é... Hilde! – anunciou Jean.
- Isso é impossível! Seis votos a um?! Exijo saber por que vocês votaram nessa alemã tirana! – pediu Mathias. – Você, Jean, votou nela?
- Sim, senhor Mathias. Porque ela mantém o castelo mais organizado que você...
- E você, Amy? Por que votou nela?
- Ela é fã das mesmas bandas que eu! E ela é uma mulher de fibra... eu gosto dela.
- Impossível! Você, Sieg! Votou nela?!
- Ela… ela mandou que eu votasse nela. – respondeu o alemão, ainda um pouco amedrontado.
- E você, Rafael!
- Ela ajudou na publicação do meu livro sobre o Príncipe Rafael!
- Até você, Rinaldo? Votou nela?! Eu sou seu colega de jogo!
- É... mas é que a senhorita Hilde lembra muito a minha filha Alquimia!
- Leon, foi você que votou em mim, então?
- Não, Mat... eu votei nela... porque ela organizou minha festa. E porque você não me ama mais...
- Será possível que ninguém votou em mim?
- Eu votei, papai.
Mathias virou-se para Alucard. Até havia esquecido o raparigo ali do lado. Sentiu uma forte comoção.
- Alu... Alucard...
- Sim, papai! Acho que você seria um ótimo líder para Castlevania!
- Meu garoto!! – e Mathias abraçou seu filho que veio do futuro.
- O amor paterno e filial é lindo! – emocionou-se Rafael, abraçando Amy.
- Qualé, velho! – disse a menina, desviando-se do pai.
- Vamos fazer o lançamento do meu livro? – sugeriu Rafael.
- Não! Ainda nem cantamos o parabéns! – reclamou Leon.
- Livro! Livro! – gritavam todos!
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