Castelo das Lady's Pierce

Capítulo 4 - O encontro às escondidas


Quando amanheceu, o primeiro pensamento de Katherine foi Elijah. Nesta feita o seu dia todo ia ser assim, porque estava completamente encantada por tão charmoso homem e encantador galã que tão bem aparecido era.

É certo que ninguém dentro do castelo podia saber de seu encontro, a menos que a sua irmã por alguma ventura aparecesse no local pelo qual esta queria encontrar-se com o rapaz. Mesmo assim, ela queria pensar que não, e por outro lado, uma boa conversa aqui, uma conquista de um flor iam mudar o rumo de um pequeno discurso de Elena, certo?

Era fácil enganar uma tonta quando se tinha uma irmã mais velha injenhosa que nem Katherine Pierce.

Levantou da cama espreguiçando e pouco tempo depois entrava a ama Meredith sempre prestável ajudar, se bem que esse era seu trabalho, certo? Ou pelos menos era como ela a via desde que lembrava.

— Por favor, irei querer um vestido azul. - avisou a jovem enquanto encaminhava para sentar na frente da penteadeira e soltar seus cabelos na frente dos ombros. - Quero ficar bela, mais do que já sou. - e mostrou um belo sorriso na frente do espelho moldado a dourado.

Meredith cedeu ao pedido da menina e foi direto ao closet tirando o tão pedido vestido azul e voltou ao qual o pousou sobre a cama, e só então encaminhou-se até a jovem pegando a escova e escovar seus longos e cacheados cabelos.

— Alguma novidade no castelo? - perguntou ela enquanto pegava pouco do pó de arroz que havia no comodo de cristal, passando levemente nas bochechas pálidas.

— Até ao momento pelo que sei, não há nada novo, não! - disse ela não tirando os olhos dos fios de cabelos da menina e os separar cuidadosamente para não magoar.

— Meu pai já acordou?

— Pelo que sei, segundo o servo Alaric, senhor Lorde Pierce saiu bem cedo. - ela balançou os ombros satisfeita.

— Ótimo! - mexeu os dedinhos animada.

No aposento ao lado o clima de animação não era tanto ou quanto igual ao que acontecia no aposento de Katherine. Pois a jovem Elena estava triste, não por razões novas, mas outras que a deixavam assim.

Caroline já havia percebido a tristeza da jovem, mas como boa ama, não sabia o que fazer para ajudar. Então apenas acariciava os cabelos da pequena que em silencio mantinha as palavras, até a loira quebrar o silencio insuportável.

— Porque a senhorita está triste? - perguntou ao sentar ao lado dela e continuamente não parar de fazer aquele carinho que talvez uma mãe faria a uma filha quando seu coração não estivesse pouco sorridente.

— Eu sonhei com a minha mama novamente. - ela limpou as lágrimas do canto do olho. - Sabes, ela sorria para mim, ela dizia que ia cuidar de mim sempre, mas ai eu acordei e olha, a mama não está aqui, e tudo não passou de um sonho.

— Eu às vezes também sonho com a minha mama. - confessou ela.

— A sério? - a jovem levantou a cabeça para a encarar.

— Sim... nos meus sonhos, ela fala muita coisa, e sabe que eu a amo mesmo não podendo mais a voltar a ver. - baixou o olhar triste, e a jovem pousou a mão no seu braço.

— Achas que a minha mama está com a tua lá em cima? Dizem que o céu, é o lugar mais bonito, só que sempre eu olho, eu só vejo nuvens, e céu azul. - falou ela. - Será que as pessoas lá tem de andar a nado?

Caroline riu da inocencia da menina, e passou a mão levemente na cabeça dela a beijando.

— Talvez não, mas a gente só acaba sabendo um dia. - ambas deram de ombros.

***

Na mansão Salvatore os dois jovens já se encontravam de pé sendo serivodos com um pequeno almoço deveras pouco animador face ás ultimas noticias da sociedade em relação ao aumento de alguns impostos e a fraca venda de matéria prima, ao qual a familia era dona desde á gerações.

Os negócios andavam de mal a pior desde já algum tempo é certo, contudo, Stefan sonhava conseguir mudar isso, erguendo de novo todo o património tão bem conservado desde tempos antigos, só que todos os dias havia imprevistos ao qual fazia ter uma vasta quebra nas vendas e lucros, bom esses já nem existiam.

Damon, não via essas situações com um problema maior, para si tudo não passava de um periodo onde o poder de compras das pessoas estava a baixo do normal, pois a febre do dinheiro não era tão calibrada agora como a pelo menos alguns anos atrás.

— Esta manhã irei tomar conta das mercadorias que seram expostas na feira. - alertou Stefan ao pousar a xicara de café no pires.

— Já não tens quem tome conta disso, meu caro irmão! - Damon falou com pouca importância.

— Tenho, mas face a crise que estamos atravessar, é sempre bom manter o olho em tudo, não achas?

— Creio que vás perder tempo! - e assim pegou sua xicara tomando um gole apressiador, mas enjelhou o nariz face ao sabor horrivel. - Custódia, este café está péssimo! - falou com maus modos o rapaz dos olhos azuis.

A servical apareceu na sala com uma bandeja, mas de cara baixa com receio de receber uma nova repreensão.

— Senhor, peço imensa desculpa! Talvez tenha me distraido com a fervura. - ela tecia medo face ao que ele podia eventualmente dizer. - Não irá voltar acontecer!

Stefan por outro lado não concordava com os modos como o irmão lidava com os empregados, pois estes não passavam de meras pessoas que necessitavam dos seus postos de trabalho para sustentar suas familias numerosas, o que significa que eles não eram escravos como ele gostava de insinuar.

— Meu irmão, não aceito que faltes ao respeito com Costódia que trabalha para nós a tantos anos! - Stefan mostrou desagrado, o outro deu de ombros tomando um outro gole, como quem tenta sair impune a uma repreensão.

— Se me dão licença irei recolher-me até a cozinha onde tenho pão a sair da fornalha! - o rapaz acenou para ela recolher-se.

— Estás ou menos a escutar o que eu irmão teu fala? - questionou o moço novamente, mesmo no instante em que este levantava da cadeira pegando seu chapéu. - Onde vais?

— Visitar o mercado da feira não de certeza! - ironizou um pouco para grande revolta do outro e saiu a cantarolar.

Stefan não sabia que mais fazer para colocar um pouco de juizo no seu irmão que mesmo sendo o mais velho dos dois, por vezes se comportava como se fosse uma misera criança.

Ao terminar seu café, ele saiu na charret e foi direito a feira onde encontrou muitas pessoas conhecidas acenando a todas com a sua devida educação, claro como um gentil homem. Nesse trilho encontrou Bonnie, uma velha conhecida de outros tempos.

— Bonnie! - falou sorrindente o rapaz que saltava da charret para comprimentar a moça.

— Stefan Salvatore! Como estás? - ele pegou a sua mão dando um leve beijo educado, ao qual ela retribuiu numa venea.

— Muito bem e a senhorita?

— Bem também! - ela sorriu de volta. - Mas o que te traste aqui? É raro encontrar um Salvatore por estas bandas!

— Na verdade ando bem ausente das minhas funções de fiscalizante de vendas, mas neste momento necessitei mesmo de vir, sabes, as vendas andam muito baixas e o lucro de antes não é o mesmo.

— Compreendo, a minha avó fala a mesma coisa. - ele trilhou acompanhando a senhorita enquanto acenava aos senhores e senhoras com seu chapéu. - Parece que cada vez mais as pessoas perdem o poder de compra. - ele balançou a cabeça em sinal de concordância.

— É uma pena, mas não deixa de ser verdade, enfim Damon acha que é apenas uma fase e que dentro de um determinado periodo o poder de compra irá subir e a quebra dos lucros irá aumentar.

— Teu irmão é muito positivo com os negócios, e a propósito, porque ele não veio mesmo? - questionou esta ao parar na frente da sua barraca onde a senhora idosa sentava no cantinho controlando as vendas de café.

— Até parece que não conheces o Damon, ele não gosta destes controles, diz que eles são da minha responsabilidade! - ela deu uma risada discreta.

— Só ele para agir desse modo!

***

A hora parecia propocia para sair de casa sem ter de dar aquelas satisfações a familia, e pensando bem, ele não estava a fazer nada que não pudesse, certo? Era apenas um encontro com uma donzela linda, ao qual não queria fazer esperar, por gentilieza sua.

Mas antes mesmo que pudesse sair, Elijah lembrou de pegar do pequeno cofre uma prenda para a Katherine. Não seria um presente qualquer, visto que ela era vistosa e merecia o melhor. Desta feita, ele pegou a caixinha de veludo vermelha a abrindo e assim confirmar que o colar com pedra de esmeralda mantinha-se no devido lugar e que sua caçula irmã não havia mexido.

E de certo o colar estava mesmo lá, ele sorriu triunfante, voltando a fechar a pequena caixa com cuidado e guardar na parte interna da sua jaqueta e sair a assobiar como os passarinhos.

Quando ele passou as portas da entrada foi surpreendido justamente por quem pensava que estaria ocupado, mas na verdade a sua ocupação no momento era outra.

— Parece que encontrei um passarinho querendo voar fora da gaiola. - comentou com cara de caso Niklaus.

— Niklaus, tão bem aparecido! - disse o irmão olhando para ele inocente. -

Apenas irei dar um passeio, mas não te preocupes, irei voltar a tempo de irmos completar uma boa refeição. - o outro sorriu gostando da ideia.

— E iam deixar a vossa caçula irmã de fora? - intrometeu-se Rebekah surgindo de entre os arbustos com algumas rosas vermelhas no regaço.

— Claro que não Rebekah! - falou Elijah aproximando dela e assim dar um beijo no alto da sua testa. - Mais tarde eu volto, ok? - ela deu de ombros encarando de imediato o loiro que ergeu a sobrancelha.

Elijah acabou entrando dentro da carroagem saindo em pouco tempo, acenando aos irmãos que ficavam a observar a sua ida. Quando chegou no castelo dos Pierce, ele pediu ao seu serviçal para regressar a mansão que dali ele tomaria conta de tudo. Claro está que este cedeu ás ordens de uma autoridade partindo sem demoras.

Mesmo disposto a fazer uma surpresa, ele foi caminhando para o sitio pelo qual Katherine queria encontrar com ele, o seu cuidado foi tão modesto que mesmo que alguém o visse, ele daria sua chance de essa pessoa esquecer, o que de certo modo era tanta mais valia a si.

Uma vez no claustro sentou no muro de marfim observando lindas flores e ficar tentado a raptar uma do canteiro para oferecer a sua linda donzela. Claro está que não demorou muito para que Lady Katherine surgiu-se de capa cinza sobre os ombros e um vestido tão lindo em si acente.

Ela estava encantadora, tão mais vistosa que na noite anterior, seu olhar transmitia calor, sua pulsão uma vontade incontrolada de morder, contudo, ele parou, fechou os olhos e falou consigo mesmo "Ela não é uma humana qualquer, ela é a minha donzela" e voltou abrir os olhos sentindo aquela tranquilidade novamente.

— Lorde Elijah! - ela caminhou até ele ao qual pegou a sua mão beijando delicamente.

— Lady Katherine! - disse ele. - Como está a minha donzela? - ele a conduziu para sentar ao seu lado, mas tirando das costas a flor que havia apanhado cedo mais para ela. - Sei que se deve oferecer uma flor a outra flor, mas desde já me desculpo com o facto de a ter roubado de seu jardim, mas nunca me falaram que era um crime oferecer uma flor a uma donzela tão linda. - ela corou, pegando a flor a cheriando.

— Sempre tão encantador, Lorde Elijah! - ele sorriu. - Por isso eu estou tão encantada por ti!

— E eu por ti, minha Lady! - ela corou mais ainda. - Mas ainda tem mais.

— Mais? Que mais? - ela falou impolgada.

Ele abriu a jaqueta tirando do seu interior uma caixinha de veludo e pegar a mão dela abrindo a palma para pousar a caixa. O intusiasmo dela era tanto que mesmo tendo a curiosidade de ver o que tinha dentro, ela não conseguia. Elijah ofereceu-se gentilmente para abrir caixinha e assim tirar o lindo colar que havia dentro.

— Posso?

— Claro!

Ela levantou com cuidado o seus longos e cacheados cabelos para ele acentar o colar em seu pescoço delicado e cheiroso.

— Ficou perfeito em ti! - comentou ele.

— É lindo, obrigada! - ela beijou a bochecha dele animada, o que o deixou meio preplexo. - Ai, parece que empolguei-me. - ele sorriu.

— Eu gostei do beijo! - gracejou.