NARRADO POR BELINDA

– Bom dia raio de sol – Benjamin distribuía beijos por todo meu rosto

– Bom dia amor

– Olha, vai parecer chato, mas vou pedir o café aqui no quarto, não dá pra arriscar sair, agora que Michael sabe que existimos.

– Claro... então terei que ficar trancada no quarto, enquanto você sai pra resolver isso

– Mais ou menos isso. O Ryan vem pra cá agora no café, para resolvermos o que fazer

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*TOC TOC*

– Benjamin, fala dude. – Ryan entrou no quarto carregando uma bandeja de café da manhã – Encontrei o carinha do hotel aqui na frente e disse que levava pra você.

– Ah, tudo bem

– Bom dia Belle – cumprimentou ele

– Bom dia grandão. Aceita? – perguntei apontando para bandeja

– Não, obrigado, já comi. Benjamin, vai comer logo para falarmos do caso do Michael

– Pode falar enquanto eu como, não tem problema – respondeu ele

– Podemos nos vestir com os uniformes de arrumadores e bater no quarto dizendo ser o serviço de quarto – sugeriu Ryan

– Pode ser, mas parece muito amador

– Exatamente por isso meu caro, nunca que ele esperaria algo assim. Mas vamos precisar de bigodes e barba falsa e óculos, além dos uniformes

– Isso é fácil de conseguir, é só ligar na WP ( a agencia onde eles trabalham) e pedir

– Então faça isso agora – Benjamin saiu da sala

– Eae Bels, muita diversão ontem?

– Você nem imagina Ryan, foi difícil aguentar, viu

– Sei... Bels, vou precisar de uma ajuda sua porque...

– Eles entregam os disfarces em algumas horas – Benjamin nos interrompeu

– Ótimo. Então, Belinda, o negocio é o seguinte, eu e a Natasha vamos fazer seis meses de namoro e eu queria fazer alguma coisa pra ela. E eu vou entregar nosso anel de compromisso

– Awn, que bonitinho Ry, eu ajudo você no que precisar

– Esse é o problema, eu não sei o que fazer pra ela

– Essa é fácil – interferiu Ben – manda um buque de flores pro lugar onde ela trabalha, endereçado a ela, obvio, convidando pra um jantar em algum restaurante legal. Aí você leva ela no parque e entrega o anel

– Humm, gostei, valeu Benji

– To aqui pro que precisar, dude – eles se abraçaram

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Quando os uniformes chegaram, eles foram para o quarto vesti-los, até que não ficaram feios, cá entre nós, ficaram muito bonitos.

– Nossa, quem são vocês e o que fizeram com os dois feiosos? – perguntei rindo

– Hm, então você curte caras de uniforme? – Benjamin veio até mim com um sorriso pervertido na cara

– Hey, eu ainda estou aqui! Se segurem um pouco, depois podem se divertir á vontade num quarto

– Os dois tem trabalho pra fazer, vão logo, beijinhos, tchau – empurrei eles para fora e tranquei a porta

NARRADO POR BENJAMIN

Depois de despachados, fomos para o décimo sexto andar, com nossos carrinhos do hotel.

TOC TOC

– Serviço de quarto – um dos brutamontes abriu a porta

– Como?

– Viemos trocar a roupa de cama, senhor – Ryan respondeu

– Ah sim, entrem

Logo que entramos, o cara que atendeu a porta e mais outro nos derrubaram no chão

Não, não, derrubaram no ar

Parabéns Ben, sua inteligência é impressionante, realmente impressionante

– Acharam que podiam nos enganar, agentezinhos? Capaz que dois garotos de 17 anos conseguiriam – não respondemos

– Olha Bob, os dois ficaram mudos – o brutamondes mais gordo falou

– Eu vi, Geoffrey – Bob respondeu

–Façamos o seguinte, – comecei a falar – vocês deixam a garota ir e os deixamos livres, só prenderemos seu chefe

– Parece tentador, não acha Geoffrey? Pena que isso não vai acontecer

– Ah, qual é cara! Estamos tentando aliviar pra vocês... – Ryan estava começando a se alterar, isso não era bom, ele começa a falar qualquer coisa que lhe vem a cabeça e geralmente dá merda

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– Ei, calma aí baixinho. Acho bom você não se alterar porque a coisa pode piorar para o seu lado

– Ora... como se eu tivesse medo de um brutamontes

–Vejamos então se você é tão bom quanto diz. Consegue ganhar de mim? Em qualquer coisa?

–Suponho que sim

– Então vamos ver... algo para você provar ser melhor do que eu. Que tal, Jogo das Palavras?

– Jogo das Palavras? Aquele jogo que tem que falar palavras em ordem alfabética? Serio isso?

– Sim

–Então tudo bem, mas vamos deixar as coisas mais interessantes... se eu ganhar você deixa a moça ir com a gente e vamos prender o seu chefe.

– Certo, mas se eu ganhar, vocês e a moça ficam

– Feito – eles apertaram as mãos e eu só pensava no quão errado isso iria se tornar

– Objeto? – o brutamontes perguntou

– Ok. Você começa

– Anzol

– Bastão

– Corda

– Dado

– Estilete

– Forma

– Grelha

– Helicóptero

– Ioiô

– Jaula

– Livro

– OPA OPA, você errou. A letra era K. ou seja, ganhamos de vocês, então estamos levando a moça. Onde ela está?

– No armário do quarto. Pode ir lá

– Obrigado

Quando abrimos o armário, encontramos uma mulher que aparentava estar em seus 25 anos, amarrada com arranhões e hematomas pelo corpo

– VÃO EMBORA – ela vociferou

– Está tudo bem, não viemos aqui para maltratar você – tranquilizei ela

– Então porque estão aqui?

– Vamos leva-la embora, em segurança. Se nos der licença, vamos desamarra-la

– Sim, sim – então ela se virou de costas e conseguimos ver que as costas estavam piores do que a frente

– Poderia nos contar o que aconteceu com você, aqui? – Ryan perguntou

– Eu era uma ficante de Michael, ele me prometeu uma viagem a sós e me trouxe pra cá. Quando chegamos no quarto ele me amarrou e me ameaçou, dizendo que se eu não fizesse o que me pedisse ele me machucaria

– Então foi Michael que fez isso? Não tem nada a ver com os dois brutamontes lá fora?

– Não. Foi tudo ele, os dois lá só me traziam comida e bebida, perguntavam se precisava ir a toalete e coisas assim. Não me fizeram mal algum.

– Sendo assim – ajudei-a a se levantar – você e Ryan vão para o quarto em que estou hospedado, minha namorada vai cuidar dos seus ferimentos enquanto eu procuro Michael

– Ora, ora. Não se preocupe em me procurar agentezinho

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.