Momento desagradável

''Tentei olhá-los sem que eles percebessem. Mas eu não sabia ser discreta, logo meu pai olhou-me como se eu fosse louca.

– Ora, está se escondendo, querida? - Meu pai se lenvantou. - Venha cá.

Pigarriei e fui com passos lentos e desgovernados até a sala de jantar. Eu estava vestida com a roupa menos ''cara de nerd''. Um vestido preto com detalhes florais.

Quando levantei o rosto para comprimentá-los, tive, como posso dizer...Entrei em estado de choque.

Aquele garoto...O mesmo que eu tinha visto antes. Não pode ser...E a mãe dele! A diretora da minha escola!

– Ora,ora. Que mundo pequeno. - O garoto disse, com seus olhos fixos nos meus.''

– Vocês já se conhecem? - Meu pai perguntou e eu o encarei. Ele estava mais que confuso.

Eu ia responder, mas fui interrompida.

– Somos colegas de classe. - O garoto disse.

O que? Como assim?

Meus olhos demonstravam muita confusão. - Sério? - perguntei. Eu tinha que perguntar.

Ele sorriu. - Você é mais distraída do que parece, Rúbia. - Ele deu um sorriso torto, sua voz era tão familiar...Eu já havia ouvido essa voz antes, mas não me recordava como.

Ele manteve seu olhar no meu. Eu não conseguia desviar meu olhar nem se eu quisesse, eu estava enfeitiçada, no sentido literal da coisa.

Ouvi um pigarrear na sala.

Era meu pai.

– Então, junte-se a nós Rubi. - Ele convidou.

Acenti e puxei a cadeira para me sentar.

– Essa é a senhorita Pietra Miller. - Ele apontou para aquela Diretora (de merda). - E esse é Nathan Miller.

Ele tinha um belo nome...

– Essa é minha filha Rúbia, como já devem conhecer.

Engoli em seco, sim eles me conhecem.

Encarei o prato a minha frente. Macarrão...Eca, odeio macarrão.

– Esse prato está divino, não acha Rúbia? - O garoto, ou melhor Nathan perguntou com um sorriso zombeteiro.

Esse garoto me assusta,pensei.

– Ainda não provei. - Dei a primeira garfada e engoli em seco. - Está bom. - Eca.

– Sei pai é um ótimo cozinheiro. - A bruxa, quer dizer a Diretora disse com um sorriso amável.

Acenti e continuei comendo. Eu sentia que estava sendo observada, mas ignorei esse pensamento.

De repente um som de ''musica-de-celular'' surge nos tirando do silêncio desconfortante.

– Oh Droga.- O garoto levantou-se e tirou o celular do bolso. - Com licença. - Disse.

Ele se afastou e pude reparar que ele tinha o jeito de andar muito charmoso.

Ok Rúbia, pare com isso, pensei com desaprovação.

– Meu filho e seu celular. - A mãe dele revirou os olhos e suspirou.

– Ele deve ter muitas namoradas, certo? - Meu pai brincou...Se é que isso era uma brincadeira.

A mulher ficou séria. - Na verdade meu querido Nathan não se envolve com garotas.

O que? Ele é gay!

Como aquele garoto pode ser gay? Ele exala masculinidade e...

– Desculpe por isso. Eu precisava resolver algumas coisas. - Ele voltou.

Ele não pode ser gay.

– Por que está tão pálida, Rúbia? - Nathan perguntou zombeteiro novamente.

– Eu sou pálida por natureza. - disse amarga.

Ele conteu uma risada.

O que era engraçado?

Eu precisava me concentrar em não parecer uma mal-educada. Precisava causar uma segunda boa impressão, já que a primeira havia ido para o brejo.

– Adorei seu vestido. - falei para a brux...A senhorita Pietra.

Ela sorriu. - Obrigada. O seu também está bonito. - Ela conseguia ser falsa naturalmente.

– Rúbia, você poderia buscar a sobremesa na geladeira por favor? - Meu pai pediu com seu olhar pedinte.

– Oukay.

Levantei-me e segui rumo a cozinha. Era bom estar sozinha agora.

Abri o freezer e encontrei uma enorme taça com sorvete de chocolate.Quando virei-me, eu entrei, como posso dizer...Eu entrei em choque.

Era ele, estava perto demais, com seus olhos focados nos meus.

Notas da autora: Assistam ao trailer oficial da estória!