Loira dos olhos azuis, era baixinha e cheinha.

—Entre por favor.—Ela fez um gesto para eu entrar.

Eu lhe mando um sorriso.

—Você é colega de trabalho do Dei-Chan também?—Ela pergunta me olhando de cima a baixo.

—Ahn...sim.—Digo , tirando meu casaco.—Por quê ..? Tem algum problema?

—Não, não é isso!—Ela me dá tapinhas de leve no ombro.—É que , ele recusou todas as pessoas que vieram aqui hoje.—Ela me empurrava pelos corredores.—Até mesmo alguns de seus amigos mais próximos, mas seus colegas do trabalho, ele recebeu todos.

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—Ah...—Eu não sabia o que dizer.

—A propósito, me chamo Dayse, mãe de Deidara.—Ela me manda um sorriso simpático.

Me sinto uma boba. Fiquei com ciúmes da mãe dele?!

—Pra-prazer.—Digo, quando paramos em enfrente ao quarto dele.

Ela bate na porta e logo abre. Uma nostalgia me invade... eu me lembro de ter acordado naquele quarto, naquela cama..

—Dei-Chan..—Ela chama.

Ele estava encoberto de cobertas, não dava para vê-lo.

—Hm?

—Sua colega, chegou.—Ela avisa, me fazendo entrar.

Ele descobre seu rosto e fica surpreso em me ver.

—Oi..—Eu digo acenando.

—Vou deixá-los.—Ela diz, fechando a porta.

Enfim, sozinhos num quarto.

—O que faz aqui hm?—Ele pergunta, se sentando na cama com dificuldades. Percebo que seu peito e braço esquerdo estavam enfaixados.

Caminho até sua direção e me sento no chão, ficando ao seu lado.

—O que aconteceu?—Pergunto, observando suas ataduras.

Ele suspira pesado.

—Eu cai hm.—Diz.

—Da onde?

—Eu estava malhando boxe... e resolvi fazer um salto mortal hm.—Ele fez um gesto com a mão boa.—Mas calculei mal a aterrisagem hm.

Fico de boca aberta, como ele conseguia falar aquilo tão normalmente? Eu fiquei preocupada! Notando minha expressão , ele continuou a falar.

—Estou bem hm.—Ele me manda um sorriso.—Não se preocupe hm.

—Tarde mais.—Digo olhando para baixo, triste.

—Hey..—Ele me faz olhá-lo.—O que lhe trouxe aqui hm?

Eu faço um gesto para o obento.

—Achei que estaria sozinho... então lhe trouxe esse obento. Mas sua mãe...—Ele não deixou eu terminar.

—O que é hm?

Abro o obento e lhe mostro. Não era nada especial, só uns oniguiri e uma salada de tomates.

—Eu aceito hm.—Com a mão boa, ele pega os Hashi e começa comer.

Fico sem entender.

—E sua mãe?

Ele me olha confuso.

—Ela não faz obentos para você?

Ele suspira.

—Eu não gosto da comida dela hm.—Ele diz colocando um pedaço de tomate na boca.

Não conversamos mais , enquanto ele comia. Estava nervosa.. e não sabia o por quê.

—Por quê...

Ele me olha.

—Por quê não me contou do seu acidente?

Ele se recosta na cama.

—Porque... é um problema meu hm.

Palavras frias de uma pessoa fria. Me senti uma intrusa.

—Não quis que se preocupasse comigo hm.—Ele continuava.—Além do mais... eu não tenho seu número hm.

Eu o encaro, estava triste.

—Não gosto dessa cara hm.—Ele diz , colocando a boa mão na minha bochecha.

Nem preciso dizer que fiquei vermelha. O clima ali estava mudando... nos encarávamos demais.

Eu poderia beijá-lo. Eu poderia abraça-lo. Eu poderia e queria fazer algo. Coloco uma mão sobre a mão dele.... o que estou fazendo?

—Dei-Chan!—A mãe dele abre a porta do quarto de repente.

Ele rapidamente tira a mão do meu rosto e olha pra mãe.

—Eu trouxe um chá.—Ela me entrega um copo.

—Okaasan hm!—Ele disse irritado.

Ela lhe manda um olhar severo.

—Não vê que a moça está com cede?—Ela perguntou.

Bebo o chá por educação, estava nervosa por conta daquele clima que se formou.

—Não estava hm!—Ele rebate.

Eles ficam se encarando por uns segundos.

—Desculpe meu filho sem educação.—Ela desculpa pra mim.

Ele revira os olhos.

—Daijobu , daijobu!—Eu digo sem graça.

Ela conversa um pouco comigo, antes de ir embora do apartamento. Ela era divertida..

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—Finalmente sossego hm.—Deidara diz, se virando e pegando uns comprimidos. Como estava todo enfaixado, pude perceber que estava só de calça.

—Ela... ela é legal.—Digo correndo e pegando pra ele.

—Tsch.—Ele resmunga.

Olho pro relógio no meu celular e fico espantada com ás horas.

—Duas horas?—Exclamo.

—Pois é hm.—Ele diz depois de tomar seus remédios.

—Acho que já vou indo.—Informo pegando o obento vazio e minha bolsa.

—Não hm.—Ele pega meu braço.

Eu volto meu olhar pra ele.

—Fique mais um pouco hm.

Devo admitir que fiquei com pena. Então, me sento novamente e o encaro. Ele me tinha nas mãos... apenas.

—Do quê precisa?—Pergunto.

Noto que ás bochechas deles estavam começando a ficar vermelhas. Ele não ia responder, então olho em volta... começo a observar seu quarto.

—A Tv..—Eu me levanto.—Vamos assistir um filme.—Sugiro pegando o controle remoto.

Eu sei que não deveria estar na casa dele tão tarde. Eu tenho um namorado.. e ele não se chama Deidara.

—Qual hm?

—Orgulho e preconceito e Zumbi.—Sugiro me sentando novamente no chão.

Assisti meia hora do filme e cai no sono, ali, na borda da cama dele mesmo.

—Loira hm..—Deidara sussurrou em meu ouvido.

—Hm?—Eu disse abrindo os olhos com dificuldades.

—Vem hm.—Ele me puxava, com um braço para a cama.

Ele queria que eu deitasse ao seu lado. Se eu estivesse cem por cento lúcida, eu iria recusar. Mas como estava meio sonâmbula , eu permiti.

Onde fiquei estava quente e aconchegante.

—O filme...?—Olho pra direção da TV que estava desligada.

—Já acabou hm.—Ele sussurra no meu ouvido.

Estávamos em conchinha. Ele me abraçava com o braço bom, enquanto com o outro enfaixado, me deixou ficar como travesseiro.

—Vou incomodar..—Digo tentando me mexer.

—Não hm.—Ele me abraçou mais forte.

Sem muitos rodeios, eu peguei no sono. E dormi bem...

...

De manhã, eu acordei com ele beijando meu pescoço. Fico arrepiada, o pescoço é minha “fraqueza” por assim dizer.

—Ahn..—Eu digo baixinho, na esperança dele notar que eu estava acordada.

Mas ele não para, pelo contrário! Ele começa a sussurrar coisas do tipo “linda” e “loira”.

Não me mexi, por dois motivos. Primeiro que ele era forte, e segundo... porque eu estava gostando. Eu estava sentindo algo novo.

Fecho meus olhos e fico ‘apreciando’ aqueles beijos maliciosos. Até que... ele começou a apalpar todo meu corpo....

Abro meus olhos, já vermelha como um camarão. Ele me apertava, de uma forma NADA delicada mas com vontade..

—Loira hm.—Ele sussurrou novamente.

Eu resolvo me levantar, quando ele chega nos meus seios. Me livro do seu braço e viro meu olhar para repreendê-lo. Para minha surpresa, ele estava dormindo. Ele estava tendo um sonho Erótico! Um sonho erótico comigo! Fico observando dormir, até que ele, lentamente abre os olhos.

—Ino hm.—Ele diz coçando os olhos.

—Você !—Eu digo me levantando.

—O quê hm?—Ele perguntou bocejando.

Eu estava tão vermelha, que parecia um camarão.

—Você me fez passar a noite aqui , de novo!—Eu fiz um gesto pro quarto. Não quis tocar “nesse” assunto, estava sem jeito.

Aquilo parecia que não havia o incomodado.

—Hm.

—E ... e...

Antes que eu pudesse falar, a mãe dele abre a porta do quarto.

—Ohayo Dei-Chan!—Ela tinha uma bandeja de café da manhã nas mãos.

—Não me chame assim hm!

Fico mais sem graça ainda.

—Oh, Ino-Chan você ainda está aqui.—Ela analisava minha roupa.

Rapidamente eu arrumo meu cabelo e roupa e fico com postura.

—É que, eu...—Eu olho pros comprimidos dele.—Cheguei cedinho, para ajudá-lo a tomar seus remédios.—Eu menti.

Ouço ele soltar uma risada baixa. E eu lhe mando um olhar maligno.

—Ah sim.—Ela coloca a bandeja na beirada da cama dele.—Vou fazer um café pra você também!

—Não precisa!—Eu digo, mas ela já havia ido.

Novamente, sozinhos no quarto.

—Então... você veio me dar meus comprimidos hm.—Parecia que ele estava gostando das minhas mentirinhas.

Me viro pra ele.

—O que sua mãe vai pensar de mim?!

Ele olha pros lados, despreocupado.

—E isso importa hm?—Ele perguntou ingênuo.

—Pra mim sim!

—Ah, que você é uma namoradinha..hm.

—Mas eu não sou!

E falando em namoro, me lembro de Sai. Pego meu telefone e começo a ler minhas mensagens. Meus pais perguntavam sobre meu paradeiro, e meu namorado também. Ah não... esse interrogatório de novo não...

—Droga!—Eu reclamo , pensando em algo para respondê-lo.

— eu respondi para todos.

Logo, mando uma mensagem pra ela também.

—Eu acho que não vão cair hm.—Deidara disse me olhando.

Reviro os olhos.

—Vai sim!—Eu pego minha bolsa e a abro.—Aqui!—Eu coloco a camisa dele no criado mudo.—Tenho que ir..

Dou passos largos até a porta.

—Espera hm.

Me viro, droga... o que diabos ele queria? Continuava na mesma posição.

—Que foi?—Pergunto bufando.

—Pode me ajudar hm?

Fico surpresa.

—Com o quê?

—A pegar meus remédios , no banheiro hm.

Fico confusa.

—Suas pernas estão quebradas por acaso?—Pergunto colocando ás mãos na cintura.

Ele revira os olhos e suspira pesado.

—Eu tô duro hm.—Ele dizia tranquilo. Fazendo um gesto para ás cobertas.—Não dá pra falar isso pra minha mãe hm.

Fiquei em choque. Quanta intimidade , ele achava que tínhamos.... ?

—O quê?—Eu pergunto , meio que automaticamente.

—Eu estou ereto hm.—Ele falava sem se sentir desconfortável.—Barraca armada hm? Entende? Quando um homem está exci....

Eu estava de boca aperta.

—T-tá...—Eu digo correndo para o banheiro.

Chegando lá, vejo uma sacolinha com uns comprimidos. Eu a pego, mas antes, jogo água no meu rosto. Foco Ino ! Foco...

—Aqui..—Eu jogo a sacolinha na direção dele.—Sayonara.

—Valeu hm.—Ele diz.—E loira.. pode manter esse segredo entre a gente hm?

Não ousei olhar pra trás. Eu só queria ir embora dali o mais rápido possível. Eu nem ouvi o que a mãe falou , pois saí como um foguete.