Camp Blood

O centro do labirinto.


– O que houve com ela? - Exclamou a loira se aproximando.

– Bonnie, - Respondeu deusa. Imaginei que fosse a outra irmã que estava ausente. - foi afetada pelo labirinto. Ela começou a gritar de repente e atacou Beckie. Nós tentamos impedir, mas..

A caçadora loira olhou para Beckie, lamentando.

– Beckie teve de matá-la. Era o único jeito. - Completou Mia.

– Eu sinto muito! - Falou a loira, acariciando o rosto da garota machucada.

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Ártemis colocou Beckie sentada no chão, com as costas apoiadas na parede.

A deusa se aproximou de mim, me encarando.

– Onde estão os outros? - Perguntou-me.

– Eu não sei. - Respondi. - Me perdi deles no caminho.

– É melhor descansarmos. - Sugeriu a caçadora loira. - Eles podem demorar a chegar. O tempo no labirinto é muito confuso.

– Tu tens razão, Caroline. - Disse Mia, sentando-se ao lado de Beckie.

Apenas assenti e apoiei as costas na parede. Abaixei a cabeça e fechei meus olhos.

Eu estava cansado, e não demorei a pegar no sono.

O meu sonho começou da seguinte maneira:

Os campistas corriam desesperados pelo acampamento. Cavalos que soltavam fogo pelas narinas cavalgavam, deixando tudo em chamas.

Eu pude ver Heather correr na direção de Ares, segurando duas adagas.

Tentei gritar para impedir que ela continuasse, mas não consegui produzir nem uma palavra sequer.

Quando Heather estava prestes a chegar em Ares, que estava parado assistindo, um sino tocou. Um sino agudo e alto.

Todos campistas que corriam levaram as mãos aos ouvidos, tentando tapar o som daquele sino horrível e caíram de joelhos.

Apenas Ares ficou em pé contemplando algo que estava próximo ao pinheiro.

Uma garota de cabelos compridos e encaracolados estava parada de braços cruzados. Vários monstros estavam ao seu redor, e ela apenas assistia a confusão que se passava.

A sombra do pinheiro impedia que eu pudesse visualizar o seu rosto, mas eu sabia que a conhecia.

O barulho agudo do sino parou. Ares arqueou as sobrancelhas e bateu palmas.

De repente, a barreira do acampamento se desfez. Como vidro, se despedaçou no solo.

A garota, juntamente com os monstros, invadiram o acampamento.

E então eu acordei.

Ártemis estava sentada ao lado das outras caçadoras.

No solo de pedra da sala circular havia um pano com desenhos simples de animais. Sobre ele, haviam frutas e peixe. A deusa e as caçadoras estavam se alimentando.

Senti uma respiração próxima a mim, e quando olhei para o lado, vi Lucy sentada me observando. Bargho estava em pé ao lado dela.

Resolvi não dizer nada do sonho antes que eu pudesse interpretá-lo.

– Quando vocês chegaram? - Perguntei.

– Não faz muito tempo.

– Então.. - Dei um bocejo longo antes de voltar a falar. - Já podemos ir?

– Adam, Connor ainda não chegou. - Lucy parecia cansada e preocupada. Eu sentia pena dela. Já fazia pelo menos dois dias que havíamos deixado o acampamento e já tínhamos enfrentado muitos perigos.

Ártemis estalou os dedos e as comidas - junto com o pano - desapareceram. Ela e as caçadoras se levantaram.

– Já perdemos muito tempo. - Disse ela. - Não podemos esperar mais.

Olhei para a sala toda e percebi que ainda faltavam Connor e três caçadoras que tinham ido junto com Ammy e a outra que havíamos matado. Lucy e eu decidimos não contar nada a Ártemis, por mais que imaginássemos que ela saberia por ser uma deusa.

– Mas e os outros? - Perguntei indignado.

– Teremos de ir sem eles.