P. N. D. M. O.

O grande efluir da montanha me causava arrepios. Meus dedos cediam antes às tentações doutra era. Os pesadelos voltavam pela surdina, arrancando meu monstro do armário.

Após transformar minha casa num pandemônio fumegante, calcei os sapatos de ouro e pus-me a correr. Engraçado, para todos os locais eu ia, eu estava.

Velas ocultas acendiam espontâneas enquanto meus passos aumentavam por segundo. A Lua se ocultou entre as nuvens e o asfalto se encolheu na menor curva.

Zeus sorriu. O som da estrondosa rapariga assustou-me. Jogado ao chão, percebi o sonho em que me encontrava. Tome cuidado, sua criação têm olhos.