CAPITULO 03

– Esse mundo é tão pequeno — Eu sussurro, porque isto é tudo que eu posso fazer. Que ódio. Há uma sombra de um sorriso em seus lábios com humor, como se ele estivesse desfrutando de alguma piada particular. Deve ser da minha cara de babaca. Ele está com os cabelos despenteados, vestindo um blazer creme, jeans e sapatos sociais.

– Que surpresa agradável — ele diz por via de explicação. — Eu não sabia que você estaria aqui. — Sua voz é rouca e dura.

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Engraçado eu tambem não sabia – Pensei ironicamente.

– È, pois é como eu disse, esse mundo é pequeno.

Ainda de pé, foi cumprimentar os outros.

– Vocês já se conhecem? – Perguntou a mãe dele.

– Oh sim, fui fazer uma entrevista e acabei o conhecendo! – Tentei ser a mais simpática possível.

– Ótimo, ele é sempre tão ocupado, fiquei surpresa quando disse que vinha – Disse ela se referindo a ele.

– Eu tive alguns contratempos, nada muito importante. E Mãe você fala como se seu não participasse das reuniões em família.

– Oh Christian, desculpa, mas se for assim como sua mãe fala aqui em casa não é diferente – Mamãe disse olhando pra mim – Concerteza é meu dia.

– Serio que vamos começar a discutir sobre isso logo agora? Por que eu to com fome – Eu só queria comer.

– Essa Louise é uma peste mesmo – Meu irmão veio falar comigo. – Você só vive com fome mulher.

– Opa... È bom te ver! – Ele piscou pra mim.

No momento Mamãe chamou a todos para jantar e por um momento percebi que o Grey não parava de me encarar, como se quisesse me possuir.

Cruzes!

Fomos para a mesa, jantamos jogamos conversas fora, e ele ainda ficava me olhando, agora com uma olhar mais gentil, e eu claro sempre disfarçando. Mas que diabos, o que ele quer?

– Estava uma divindade querida – Disse Papai elogiando Mamãe, e por fim deu um selinho.

– Own que cena mais lindinha – Tentei ser engraçada, mas... Ninguém riu, ele percebeu minha cara e começou outro assunto.

– José como vai os negócios? – Perguntou Christian.

– Grey eu estou fora deles, cansei dessa vida de empresas sabe. Muito chato! – O QUE? Fiquei surpresa, já que José é louco por negócios. Christian tambem ficou horrorizado.

– Eu não sabia que você tinha cansado dessa “vida”, quando desistiu? - perguntei horrorizada.

– Calma vida, eu não larguei, só estou dando um tempo nos negócios. Deixei Papai à frente por um tempo. – Ah ta.

– E Como esta a Grey Enterprises Holdings? E O andamento do processo para os novos negócios? - Papai pergunta. E assim começa um assunto chato por negócios e outras merdas que eu não sou obrigada a escutar.

Por um breve momento lembro-me que Mia não se encontra em lugar algum da residência, aproveito que o papo esta ruim e fujo para o andar de cima, vou direto para o quarto de Ana.

– Amor? - Pergunto – O que você esta fazendo, por que não desse para a sala?

– Mãe – Tão manhosa. – Mãe eu quero sair, quero ir pro jardino, mas eu não posso! – Jardino, eu ri.

– E por que não Ana? – Pergunto curiosa e intrigada.

– Por que o vôvô sempre manda aqueles homens pra ficarem atrás de mim, pra todo o lugar que eu vou e... E eu não gosto, são muitos. Podia ser só um Mamãe – Aah sim, Papai colocou um bando de seguranças na cola da nossa família, principalmente de Ana, só por precaução caso algum louco queira fazer besteira contra nós.

Deus livre.

– Minha vida eu vou te explicar o porquê disso, caso algum dia um louco querer fazer algo contra nós, os muitos dos seguranças vão nos proteger, por que eles são pagos pra nos proteger, simples assim amor - Tentei explicar.

– Mas e se o louco machucar eles e depois machucar eu? Ou você? Ou a Mamãe Mia? Todos? – Ela começou a chorar.

– Ana, calma- Eu ri. – Princesinha, eu nunca, nunca vou deixar alguém te tocar pra fazer algum mal, nem você nem ninguém vai se machucar. Entendeu? - Ela não respondeu, continuou com a cabeça baixa.

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– Mas, Mamãe eu escutei o vôvô falando que tinha alguém que queria machucar! - Meu Deus, Alguém querendo machucar? Como assim?Quem?

– Amor sempre tem alguém querendo machucar – Fiquei até sem ar. - Você não deve ficar se preocupando com isso certo? – Ela balançou a cabeça em sinal de Sim. – E respondendo a sua pergunta nada vai nos acontecer, alem do mais devemos confiar no Papai do céu ele sim é quem nos protege! – Sim ele é.

– Ta bom Mamãe, eu vou confia no papai do céu – Disse ela vindo pro meu colo.

– Eu te amo tanto, tanto, minha vida, você é tudo pra mim! – Cochichei no ouvido dela.

– Eu tambem te amo muito, agora eu quero ir pro jardino.

– Ana é Jardim – Conclui. – E para de me fazer querer rir, vamos logo.

Saímos do quarto que mais parecia um palácio de princesa e tal. Tentei por um breve momento tirar essa historia que Ana me contou.

Fomos ao Jardim, que sempre estava maravilhoso, Ana se deliciava com a grama fresca, saia rolando. E não deixei de percebe eu os seguranças estavam por toda parte.

– MAMAE, MAMAE olha só o que eu consigo fazer – Gritou ela dando estrelinhas.

– Cuidado Ana, sabe isso quase me fez quebrar o pescoço, foi horrível.

– Deve ter sido um susto e tanto, eu suponho senhorita Clark – Dei um pulo assustada.

– Você por aqui? – Pergunto. - Senhor Grey, você esta me seguindo?

– Não – Respondeu ele num tom serio. - Seguir não faz meu tipo – Hum. – Eu fiquei sufocado quando o assunto mudou para futebol. – Eu ri.

– È um tédio mesmo. – Tentei focar em Ana.

– Ela é linda, se você não tivesse me dito que é filha de sua irmã, eu diria que é sua por que, ela se parece tanto com você – Então ele quer conversar, Vamos lá.

– Mia se parece muito comigo – Eu ri – Na verdade todos falam que se parece comigo, mas Ana é a cara da mãe biológica, é linda.

– Ela tem um pouco dos seus traços senhorita Clark, e é realmente uma criança linda – Morri, mil vezes morri. Pelo que eu entendi foi um elogio? Senti minhas bochechas corarem.

– Seus pais são incríveis – Eu já estava sem assunto.

– È eles são!

– Senhor Grey, você se incomodaria se Mia tirasse algumas fotos suas? – Perguntei apreensiva, ele com aquele jeito frio me olhou. – Ela até que poderia pegar da internet, mas, ela quer uma atual sabe.

– Claro que sim, me ligue amanha por volta das dez, estarei livre – Ele retirou o cartão de dentro da carteira e me entregou.

–Valeu!

Ele deu um breve sorriso, meu Deus é ele torto, o sorriso é torto.

– Sem problemas. – Vi que ele ficou um pouco disperso – Tenha uma boa noite Senhorita Clark – Mas já.

– Já vai? – Perguntei tristonha.

– Até amanha! – Disse por fim, saindo para a grande sala.

Merda, eu já nem sabia meu nome.

Ele ta mexendo comigo, e eu estou deixando, mas, eu não quero isso, eu não o quero. Minha cabeça esta um caos e ele vêm com esse jeito e mexe com tudo e depois, porra. Será que estou sendo iludida pelo meu próprio desejo? Mas que desejo é esse? Nunca fica pirada num cara, não vai ser ele que vai me deixar assim. Eu não gosto dele.

Lembro que Ana estava no Jardim.

Saio à procura dela e não a encontro.

– Ana amor, vamos entrar!

– ANA – Gritei, olhei pelos cantos e nada.

– Oh Ana, vamos agora – Merda.

A criatura veio correndo com rosas na mão.

– Você foi pra onde menina, que me deixar preocupada? – Fiquei ate sem ar.

– Eu vi você conversando e não quis incomodar – ela parou na minha frente e sorriu – Ele já foi? Ele é bonito! – Sim ele é bonitinho.

– Acho melhor você ir dormir - Empurrei-a pelas costas.

– Calma mãe, eu vou banhar e depois dormir, pode deixar que eu vou só, fica ai!

– Ousada, então vai que eu não to afim de entrar –De jeito nenhum quero dar de cara com o cara.

– Você promete que me conta o que ta acontecendo? - Mas o que?

– Ana não ta acontecendo nada, e sim, se por acaso eu for fazer algo que não seja recomendando para a sua idade eu te falo – Eu não acredito que eu disse isso.

– Ta bom, boa noite - Disse correndo para a escada.

...

Deitei num banquinho que estava super gelado e fiquei em um estado de “graça” ao lembrar-me dele.

Distrai-me ao perceber que o carro de Mia parou na garagem.

– Obrigada Jack! – diz ela agradecendo ao motorista que leva o carro.

Ela não me viu.

– Isso são horas? – Eu grito e ela se assusta.

– Oh eu não sabia que você estava ai! –Sua voz estava completamente embargada.

– Você andou bebendo? – Ela estava com um cheiro forte de licor e com os olhos inchados. Veio correndo me abraçar.

– Ei...

– O Pai da Ana morreu - O que... Mas... Meu Deus – E... Lou o Will foi morto – Ela começou a chorar.

Como assim? Will morto?

– Como isso aconteceu? Quando Mia? – Já assustada perguntei sem acretidar.

– Não sei me ligaram e só conseguiram me dizer isso. – Fiquei sem chão. - O pai da Ana, do o meu bebe.

Eu a puxei para o meu colo.

– Calma, vai ficar tudo bem – Sussurrei entre soluços – Vai ficar tudo bem.

Realmente fiquei sem chão, meu Deus ele foi morto, quem fez isso?