Buraddi Mūn

Capítulo 03 - Mate a autoridade


Naruto se sentava na cama com um pouco de dor. Não precisava que alguém contasse nada para se lembrar do que aconteceu, já que o pesadelo que teve fez o “favor” de relembrar tudo, mesmo que com alguns detalhes duvidosos. Suspirou e se levantou, querendo saber onde fora parar.

Percebeu que eram algo como três horas da manhã, e que estava realmente em um lugar completamente novo para si. Só que continuou explorando até achar um espaço de treinamento, onde um homem que era quase meio metro maior que ela melhorava suas habilidades.

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— Estou surpresa por estar acordada, garota. Ainda mais essa hora da madrugada. — Bulat se virou para a loira que sorria discretamente.

— Hn... Eu resolvi tentar descobrir aonde vim parar. — admitiu enquanto se apoiava na parede ao lado da porta da casa. — A última vez que acordei em um lugar desconhecido perdi dois amigos.

— Entendo a desconfiança, mas parece que você percebeu que não tem ninguém aqui querendo te matar. — respondeu mesmo que continuasse com a sequencia do treinamento.

Imaginava que ela sabia que todos estavam dormindo, menos eles dois. No íntimo não duvidava que qualquer coisa acordaria a menina dos olhos vermelhos. Sabia qualquer sinal de perigo a despertaria, só que a loira machucada com certeza não era um.

— Bem, você está no esconderijo da Night Raid, trouxeram você aqui porque imaginaram que Tatsumi tem grande talento e você tem uma Teigu, o que é impressionante. — ela se aproximou e se sentou na escada.

— Não imagino o porquê. — comentou com uma voz entediada. — Acho que por aqui, só o Tatsumi não tem.

Ele riu. — É verdade.

Ela continuou o observando por um tempo, até ele se cansar daquele silêncio que o incomodava.

— Por que ainda está aqui? — quis puxar assunto, mas estava verdadeiramente curioso.

— Você me lembra um antigo amigo. Ele era tão esforçado como você, e se duvidar, até mais. — relembrava-se de Rock Lee. — Não posso dizer com clareza, já que nem o conheço direito.

— Lembro um amigo, em? — questionou surpreso. — Ele era como eu?

— Definitivamente tão estranho quanto. — brincou e percebeu a face incrédula dele, o que gerou uma risada contida da loira.

— Bem, considerarei isto um elogio. — intencionou mais ainda os movimentos e velocidade. — Sou Bulat.

— Uzumaki Naruto, prazer. — ele parou subitamente.

— Naruto... Como...?

— A comida? Sim. É meio masculino? Talvez. Eu não me importo, é o meu nome. — ele percebeu que já fizeram essa pergunta umas boas vezes na vida dela.

— E então, Naruto San. — caminhou lentamente para a loira. — Só que agora poderia dizer o outro motivo de estar aqui, não?

A Uzumaki mordeu o beiço.

— Eu queria saber... Se eu poderia treinar com você. — suspirou, ela definitivamente deveria estar parecendo uma completa insana.

— Treinar? Qual motivo em específico? — a novata era mais surpreendente que ele poderia imaginar.

— Você pelo que pude perceber por aqui é o que mais treina o corpo e bem, depois de tudo que passei perdi muito da minha resistência e musculatura. Eu queria ajuda para poder recuperar isso mais rápido... — admitiu um pouco envergonhada.

— Precisa tanto assim de poder? — não iria ajudar alguém com que estivesse obcecada por poder.

— Eu... Não sei. Eu só sei que se eu não conseguir proteger nem o Tatsumi, não conseguiria manter minha sanidade... — apertou os braços com força, e sabia que provavelmente iria ficar ou vermelho ou roxo. — Ou no mínimo, ajudá-lo. Só... Não posso ficar parada.

Encarou os olhos dele. E estes brilhavam.

Ele reconheceu a determinação dela, e se esse era o jeito dela seguir em frente, ele ajudaria com o maior prazer. Apoiou delicadamente sua arma (a que era conjunto com sua armadura) na parede de fora e estendeu a mão para ela que parecia realmente abatida.

— Venha, vamos ver quantos socos aguenta até cair. — implicou e ficou satisfeito ao ver o sorriso da nova companheira de treino.

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— Vai ficar surpreso é com quantas vezes vou conseguir me levantar. — segurou a mão dele e logo foi para a área que eles treinavam há poucos instantes a trás.

— Então... Se é assim... Não irei me segurar, nem por estar mais fraca. — ele avisava, mas não tinha menor intenção de ir com força total.

Mudou de ideia ao ver os olhos determinados e seu pedido.

— Por favor, Bulat San.

.

Quando Tatsumi acordou, a primeira coisa que fez fora visitar o túmulo de Sayo e Ieyasu. Lembrou-se de quando saíram os quatro da vila com tantas promessas... Mas agora só tinha ele e Naruto.

Bem, deveria ser grato por ainda ter sua amiga que de longe era a mais ligada, pelo fato de terem sido treinados juntos. Mas não poderia deixar de se sentir deprimido.

Até porque depois ele teria que se demonstrar forte na frente da loira, que com certeza fora a que mais sofreu, simplesmente por ter vivido naquele inferno que era dentro do celeiro.

Fora lá, para além de prestar suas homenagens, enterrar seus sentimentos (ou pelo menos, tentar). Agora ele faria de tudo para poder consolar a amiga e fazer papel do homem que era, ou almeja ser.

— Hey, Tatsumi. — Leone apareceu “do nada” (na opinião do jovem) e o imprensou contra seus seios demonstrava ter bastante orgulho. Por mais que outra loira apareceu e poderia facilmente competir com ela. — Decidiu se vai se juntar a nós?

Ele corado se afastou.

— Ainda não... — disse meio cabisbaixo.

— Em...? Mais ainda acho que você tenha talento para assassinato. — tentou animá-lo, mas não funcionou.

— Talento não é o problema... — sussurrou. — O problema é matar.

Ela sorriu.

— Por enquanto, vou te apresentar os outros! — seu tom era animado, e seu braço estava em volta do pescoço enquanto o carregava, gerando gemidos de dor e desaprovação.

Quando eles entraram, a primeira pessoa que Tatsumi fora apresentado fora uma menina de cabelos roxos que utiliza óculos. Logo ele percebeu que ela era do tipo fofa com voz doce, e não conseguia pensá-la matando alguém.

— Han... Ainda não se decidiu? — perguntou parecendo um pouco surpresa.

— Pois é. Sheele... — descobriu o nome e achou meio diferente. Mas bem, era amigo da Naruto, então não havia nada que o surpreendesse mais. —... diga algo para animá-lo!

Ela colocou a mão no queixo como se pensasse profundamente sobre isso, mesmo que por um breve momento.

— Como você já conhece nosso esconderijo, se não entrar... Será morto. — ele engoliu a seco.

— Foi tanta animação que comecei a chorar... — tentou não se render ao pânico.

— É melhor pensar com muito cuidado. — voltou a ler seu livro e ele teve que se segurar para não perguntar o que há de errado com essa “esquisita”. Como alguém pode ler calmamente algo com o título “Cem maneiras de curar quando se é burro”?

Mas antes que pudesse expressar qualquer coisa verbalmente sobre isto, teve sua atenção voltada para um grito feminino proveniente da porta atrás de si. Ou melhor, da menina de cabelo, olhos, vestido, meia e sapato rosa.

— Leone! Por que deixaram esse cara entrar aqui? — apontou acusadoramente.

— Porque ele é um de nós agora. — o dono dos olhos verdes achou melhor não se meter e dizer que ainda não tinha dado uma opinião definitiva.

— Ainda não dei meu consentimento. — andou em direção ao jovem que parecia um tanto assustado, mas não desviou o olhar. Não adiantou muita coisa, já que ele estava claramente suando frio.

— O. O que foi isso...? — perguntou meio incerto do que estava acontecendo, mas não estava se dando muito bem no seu “teste surpresa”.

— Reprovado! Você não parece capaz de lutar com profissionais como nós. — disse se virando de costas e cruzando os braços. — Até a sua amiguinha “Bela Adormecida” parece ser melhor que você.

Se irritou e uma veia pulsou em sua testa.

— Como é que é? — o único menino presente teve que se segurar para não esganar o pescoço da rosada. — Como chegou a essa conclusão?

— Bem, enquanto você parecia se borrar de medo por minha causa, uma menina que não tem nem músculo, ela esta lutando pau a pau com Bulat, que é um dos caras com mais força física que eu conheço. E ela ainda estava doente, não?

O rosto de descrença dele era tão nítido que até assustou um pouco a menina que tinha dito isso só para provocar.

— E quando eu digo que ela é masoquista, ela diz que sou louco. — suspirou. Mas ele conhecendo-a como conhece, não esperava outra coisa. — Por favor, me leve até ela!

— Mine, isso é sério? — percebeu que só agora descobriu o nome da Srª. Chata, mas isso não vem ao caso agora.

Ela só se começou a caminhar com o intuito de levá-los até lá fora, onde eles treinavam.

— Seus reflexos estão bem melhores desde quando começamos, Naru Chan. — elogiou mesmo sem deixar de atacá-la. Impressionantemente com a sua velocidade máxima.

— Obrigado, Aniki. Mas sei que ainda posso muito mais. — revelou sorrindo, mesmo que percebera que tinha levado um golpe bem no abdômen.

Quando ele se afastou, ela caiu (de novo) de joelhos.

— Com essa você caiu setenta e duas vezes. — suspirou. — Odeio admitir, mas você estava certa. Mas acho melhor você comer agora.

— Obrigada. — se virou e sorriu abertamente. — Oi, Tatsumi. Você já acordou? — limpou a testa com uma toalha e logo percebeu que precisaria de um banho, mas não tinha roupas.

— Não, estou dormindo. — nem percebeu quando ela tinha chegado para lhe dar um belo tapa no pescoço. Só percebeu a dor vindo. — Itai! — reclamou.

— Olha o respeito. — olhou para as duas acompanhantes. — Prazer, sou Uzumaki Naruto.

— Seu nome é esquisito, mas tenho que admitir... Para aguentar setenta e duas pancadas do Bulat... Você é boa. — a rosada sorriu.

— Não, não. Ela caiu no chão setenta e sete vezes. O tanto de socos que ela levou... Até eu mesmo perdi as contas. — revelou para a surpresa de todos.

E Naruto. Bem, ela corou. Normal.

— Eu sou Leone, e esta mal educada ai é a Mine. — a loira cumprimentou com um sorriso. — Vai querer uma toalha e roupas limpas? Prevejo que você não é igual a esse louco que ama se afogar em suor.

Olhou para seu companheiro que tinha voltado a treinar, só que dessa vez com um bastão de madeira e sorriu.

— Ficaria agradecida. — e seguiu até o quarto da loira, onde pegou as roupas necessárias, por mais que... vulgares, na tão humilde opinião da Uzumaki.

Leone percebendo o motivo de ela estar tão corada, provocou.

— Tem todo esse corpo, e ainda sente vergonha? — sorriu ainda mais abertamente ao perceber que o rosto dela passou a ser mais vermelho que um tomate.

Por um segundo pensou que Jiraya estaria decepcionado com ela. Entrou no banheiro com uma cara decidida a utilizar aquele tipo de traje e deixou uma companheira com uma face bem confusa.

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Saiu de lá com uma blusa que cobria toda as suas costas, mas na frente parecia mais um sutiã preto que deixava todo o seu abdômen exposto. Bem, pelo menos cobria aquela cicatriz vergonhosa. Na parte de baixo, utilizou um short jeans que ela carinhosamente batizou de “calcinha jeans”. Pensou em comprar logo roupas, pois aquilo não iria suportar.

Só não iria reclamar, pois até agora tudo ali tem sido de favor a mesma.

Depois que eles voltaram, Leone fora apresentar (desta vez para os dois) o outro integrante masculino, que não era tão forte assim, mas que a inteligência não deixava a desejar.

Este estava no chão com um binóculos.

— Hehehe. É quase hora do banho da Leone! Quando a visão daqueles peitos estiver em jogo, não demonstrarei medo! — seu tom era completamente determinado, seu punho estava semi erguido e fechado, seu rosto corado e uma leve baba escorria por sua boca.

— Então... — a loira citada apareceu atrás de si, o que causou um medo e certo desconforto no dono dos cabelos verdes. —... e se eu quebrar dois dedos seus?

Ele gritou de medo e logo estava rendido pela companheira, e Naruto ria levemente. Não tem como não se lembrar de Jiraya nessa situação. A nostalgia bateu, e a saudade também.

E ela se sentia feliz.

— Você nunca aprende, Luboock.

Outra pessoa de nome estranho. Tatsumi pensou com uma gota na cabeça. Mais ela só se intensificou quando o garoto que deveria ser apresentado bateu os olhos em Naruto.

Sangue desceu pelo seu nariz.

— Vo. Você é a garota desmaiada...? — perguntou como se estivesse no paraíso.

— Sou Uzumaki Naruto, prazer. E este é meu amigo, Tatsumi. — sorriu, estava meio acostumado com essas coisas vindo de homens.

Mas não de mulheres, por isso se sentia desconfortável falando com a Leone. Estanho? Não sei.

Ele parecia estar babando, então a loira mais perto de si deu um tapa na cabeça dele forte o suficiente para levá-lo ao chão. — O imbecil se chama Luboock. Agora vamos, ainda a outra para ser apresentada.

Estava quase anoitecendo, quando eles finalmente chegaram a área que está “outra” supostamente estava.

— Tatsumi, está agora é uma bela jovem, então preste atenção. — apontou para aparentemente a margem. — Olhem, aquela é a Akame.

A citada virou e ele percebeu, era a menina que quase o tinha matado antes.

— Come você também. — disse se referindo a carne do Evil Bird que tinha caçado. Jogou um pedaço para a loira que conhecia.

A que desconhecia quase babou, mas se conteve. Não tinha percebido o quanto estava com fome.

— Então... Já decidiram se vão se juntar a nós? — perguntou e antes de Tatsumi tomar a palavra, fora interrompido por sua amiga.

— Eu gostaria de saber pelo que lutam, tudo dependerá disto. — esclareceu um pouco mais séria que o de costume.

— Hn... Acho que então não faz mal eu te dar para comer. — a loira sorriu com o novo pedaço de carne em mãos. Até mesmo o seu amigo se admirou com a velocidade que ele fora devorado.

— Desculpe-me, acho que isso fora mal educado. Mas acabei de percebe que faz alguns dias que eu não como. — seu rosto estava corado e ela coçava a cabeça, sinal que estava realmente com vergonha.

— Se é assim, não me importo que coma mais. — se virou para a carne.

— Tem certeza, Akame San? — estava um pouco incerta.

— Claro, precisamos que você melhore, afinal. — e logo as duas devoravam a carne. Uma por necessidade, e outra porque simplesmente amava esse tipo de alimento.

Leone se aproximou.

— Decidiu se arrumar hoje?

— A chefe vem ai. — a loira se surpreendeu e Tatsumi gaguejou.

— C. Chefe?

A referida na verdade estava um pouco mais do lado do animal, sentada calmamente. A loira mais selvagem, quando se tocou disso, logo a cumprimentou.

— Ah, chefia. Quanto tempo! Trouxe algum presente? — sorria acenado com o braço.

— Primeiramente, Leone. — a voz parecia um tanto dura. — Há três dias parece que você se excedeu em no seu tempo limite de serviço.

O sorriso congelou. — Ferrou!

Saiu correndo, mais o braço da mulher de nome até então desconhecido se esticou e ele percebeu que era feito de ferro e que tinha cabos de metal dentro, que fora graças a isso que trouxe arrastando a sua subordinada sem ao menos ter que levantar.

— Apreciar demais uma luta com um inimigo não presta. Melhor dar um jeito nesse costume. — seu olhar tinha um brilho sádico.

— Já recebi a mensagem, então por favor, poupe-me! — implorava ainda arrastada.

Fora solta.

— Por sinal, quem são esses jovens? Principalmente ela que a Akame está fazendo o favor de dividir carne, o que não é pouca coisa.

— Chefia. — Leone tinha voltado a sua alegria de sempre e colocou uma mão no ombro do referido. — Ele é um talentoso. Tem grande futuro com assassinato. E ela, bem...

— Eu sou uma usuária de Teigu, que parece que não é uma coisa rara neste grupo, certo? — revelou para a mulher que agora a olhava com um nítido interesse.

— Teigu? Que diabos é isso? — Tatsumi perguntou e ela suspirou.

— Desculpe ter guardado esse segredo a tanto tempo de você, Tatsumi. Mas eu simplesmente não podia ter falado... — mordeu os lábios um pouco constrangida.

Então a mulher de cabelos prateados se levantou imponente com sua capa negra que continha o símbolo da Night Raid. — Akame, reúna todos. Quero seu relatório, além dos detalhes sobre esses jovens.

Já na sala de reunião, os dois amigos se encontravam no centro e a chefe estava sentada em frente a eles, no que parecia ser “a cadeira do Hokage”, como Naruto diria.

— Compreendo. Tenho uma visão geral do que está acontecendo. — ela levantou a sua mão “de ferro” com um sorriso confiante. — Tatsumi, Naruto. Querem entrar na Night Raid?

— Se eu não aceitar eu viro história, não é? — ele perguntou de maneira fria.

— De maneira alguma. — explicou para a surpresa deste. — Claro que não poderemos te deixar partir. Vamos pôr para você trabalhar na nossa oficina. O que acontece é: você não vai morrer se rejeitar a oferta. Dito isto, sua resposta...?

— Eu... O meu objetivo era vir à capital imperial, ganhar prestígio riqueza para poder salvar a minha vila da pobreza. — Naruto tossiu um pouco, e ele corou, mas depois disto todos entenderam que ela tinha vindo para isso também. — Ai eu percebi a podridão que este lugar se tornou...

— Tatsumi. — Bulat interrompeu. — A sua vila só sofre por causa do lamaçal que se apoderou da capital, como disse. Deseja atacar o problema em si?

Interessada no assunto, a loira deu um passo a frente, e o mais velho não pode evitar sorrir.

— Naru Chan, quer mesmo afetar a tudo isso? Como uma guerreira faria? — seu tom aumentou e ela sorriu para o seu Aniki. Estava começando a entender.

— Vocês se encaixam nisso como...? — perguntou um pouco desafiadora.

— Bulat era antigamente um soldado imperial habilidoso, sendo que agora ele só não é mais imperial. Mas ele percebendo o nível da corrupção, se juntou a nós. — a mulher com o tapa olho começou a explicar.

— O nosso trabalho é eliminar o mau da capital, sendo muito melhor trabalhar aqui do que trabalhar com aqueles corruptos hipócritas. — admitiu ainda sorrindo para a loira.

— Sair matando gente por ai não vai mudar o mundo, vai? — questionou um pouco revoltado.

— Tatsumi. — sua amiga interrompeu. — Me responda: por que você matou aquela vaca de cabelos loiros?

— A resposta é óbvia! — irritou-se. — Pelo que ela fez com você! A Sayo! O Ieyasu!

— E quais são as consequências disto? — ele ficou confuso.

— O que?

— Agora, com ela morta, não pode alcançar mais ninguém inocente e não pode continuar agindo como um demônio naquele inferno do celeiro. Ela só pode sofrer nas mãos de um. — deu uma pequena pausa. — Mudou o mundo? Não. Salvou vidas? Sim. De gente que talvez você nunca conheça.

Através da guerra ela percebeu que tinha pessoas que não valiam a pena. Madara, Zetsu Negro e talvez... Sasuke. Se a capital estava cheia de gente assim, ela os levaria para o inferno, com toda a certeza.

Os membros sorriram, ela realmente tinha pego o espírito da coisa.

— Então... A matança seria para fazer uma limpeza aqui? — perguntou finalmente parecendo um pouco interessado.

— Mas é claro! — Leone sempre animada respondeu. — Cortaremos o mal até a raiz!

— E esse mal... Conta o Ministro...? — Naruto perguntou séria e Tatsumi olhou confusa para a amiga. Ela parecia meio sinistra e isso o preocupava.

— Ele é o nosso alvo final. — Leone se aproximou com nítido interesse. — Gostaria de compartilhar alguma coisa... — seu sorriso era felino, que obviamente combinava bastante com ela.

Mas Naruto simplesmente suspirou.

— Conhecem alguém chamado Burijji? — perguntou e Luboock, Najenda e Bulat ficam surpresos. Era a resposta que precisava.

— Ele era um aliado nosso, e um dos primeiros que descobriu o plano do Ministro... — Bulat contou.

— Tinha descoberto que esse cara queria matar o Imperador, não? — eles concordaram.

— Mas foi traído e teve que fugir... — Najenda apoiou a cabeça em suas mãos, completamente focada e interessada no diálogo.

— O Sensei era aliado de vocês? — Tatsumi perguntou tão surpreso quanto.

— Parece que sim. — se virou para o amigo. — Só que ele precisou fugir, por isso foi parar em uma vila tão afastada como a nossa... Mas não foi o suficiente. — seu punho fechado tremia.

— Naruto... — Tatsumi perdeu a umidade na boca e nem ao menos se deu conta disso. Estava tudo ficando tenso.

— Vocês queriam vir a Capital, então eu não falei nada... Mas os “bandidos” que mataram o Burijji Sensei foram guardas a mando do Ministro... — escondeu o rosto com vergonha.

— Então até crianças como vocês estão sendo afetadas por aquele louco... — a chefe voltou a se endireitar na cadeira.

— Se o Ministro é realmente o alvo de vocês, e vocês também lutam contra a sujeira daqui, eu não consigo me imaginar em outro lugar... — Naruto admitiu.

— E eu não vou ficar longe da Naruto, e não tenho nada contra em ajudar com a limpeza...

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— Já que se decidiram, Akame, você fica responsável prelo treino de Tatsumi, e pelo relatório que eu recebi, e pelo que vi aqui, você não teria nenhum problema em treinar a Naruto, certo, Bulat?

— Corretíssimo. — respondeu animado. Há tempos que não tinha um treino tão animado quanto o de hoje.

.

— Ora, Tatsumi. Me vê mais por favor! — Naruto pedia enquanto levantava seu potinho de comida, logo sendo acompanhada por seus novos companheiros.

— Ei, você também sabe cozinhar, por que só eu estou aqui? — perguntou com uma veia na testa.

— Porque seu treinamento é com a Akame, então se quiser reclamar, fale com ela. — deu de ombros e ele instintivamente olhou para a referida.

Resolveu calar a boca, por mais que ainda não aprovasse o fato de ficar cozinhando quase o tempo inteiro.

— Não reclame, não posso fazer nada. — Akame se aproximou beliscando as uvas que tinha por perto. — Eu sou a responsável pela comida.

— E é por isso que fica devorando um pouco de tudo? — questionou com uma gota de indignação escorrendo pela testa.

— Não é verdade.

— Isso não me convence... — percebeu uma movimentação dos demais.

— Esse seu uniforme combina com um inútil como você. — Mine implicou se referindo ao avental, e Tatsumi como todo idiota caiu rapidinho na pilha.

— Como é que é?

Só que antes de uma briga se formar, Naruto se intrometeu.

— Mine, você poderia parar de flertar com meu colega? Precisamos ir logo para a missão. — seu tom era de total desinteresse, mas conseguiu o que queria.

Mais ou menos.

— Como é que é, caipira? Quem está flertando aqui?! — perguntou com os cabelos quase voando.

— Maa, maa... Mine. — Sheele pediu. — Vamos logo.

E todos saíram. Tatsumi suspirou.

— O que é para cozinharmos agora? — perguntou quase inconsolável por Naruto poder fazer missões e ele não.

— Agora nós vamos pescar o jantar.

• • •

— Naruto, você tem certeza...? — Bulat perguntou pela enésima vez.

— Aniki... — suspirou. — Sim, eu tenho. Além do mais, qualquer coisa você está logo atrás.

— Ainda não acho uma boa ideia nós termos nos dividido. — continuou andando pelo matagal. No meio da viagem descobriram que a informação estava um pouco alterada e os dois alvos não estavam juntos.

Mine rumou com Sheele e Bulat com Naruto.

— Queria que nós fossemos atrás de um, e depois de outro? — perguntou enquanto lutava para não se coçar. Recordava-se que desde quando vivia em Konoha, odiava aquele tipo de terreno. — Seria estrategicamente inútil.

— Eu sei, eu sei. — se rendeu. — Lembra quem é o alvo? — perguntou sério.

— O da Mine é um Conde de “sei-lá-o-que” que andou sequestrando mulheres da favela para eu bel-prazer. Se não me engano foi o pai de uma que fez o pedido. — tentava-se lembrar. — O nosso é um Major aposentado que anda matando gente porque não conseguiu se desligar da vida no exército.

— E...?

— Antes que complete: ficamos com o aparente mais perigoso, pois temos mais habilidades corpo-a-corpo. Seria um problema para a Mine enfrentar um cara desses...

— Entendi... — suspirou novamente.

— Mas por que diachos esse cara veio tirar férias agora? E em um lugar tão longe? — reclamou.

— Olha, parece que é a comitiva dele... — apontou. O cara saiu com uma carroça, mas levava tanta coisa que ela mesma andava muito lenta.

— Parece que ele realmente está aqui. — sorriu. — E que ele se acostumou bastante com a vida de luxo.

— Não se engane, aquilo tudo possivelmente é a coleção pessoal de armas. — o mais velho explicou.

— Incrível, ele a estima tanto que acha que o lugar mais protegido é perto dele. — sorriu marota. — Que pena...

— Não se empolgue. — repreendeu com uma gota na cabeça. — Só empolgação não vai te manter viva.

Ela se virou.

— Não se preocupe. — endireitou o corpo e andou calmamente. Como não tinha uma arma visível, e ainda estava com aquelas roupas vergonhosas dadas por Leone, andou com uma confiança e sensualidade que não combinavam com ela, mas ela sabia utilizar.

Chegou até a pousada.

— Com licença... Mas quanto seria um quarto aqui? — perguntou para o cara que parecia que iria ter um sangramento nasal a qualquer segundo. Principalmente pelo fato de que ela tinha amaciado a voz, como se estivesse literalmente flertando com o próprio coitado.

Muitos não sabiam, mas depois de um tempo no time Kakashi e sendo treinada por Jiraya, Anko fez o favor de ensiná-la a como ludibriar um homem para conseguir vantagens e explicou que seria bom para uma missão de infiltração.

Bem, neste momento era exatamente o que estava fazendo.

— O mais barato sei por volta de Dois Mill Ryous... — engoliu a seco, as patricinhas que apareciam aqui não eram nem de longe parecidas com a mulher a sua frente.

— Então eu vou ficar com um desses, e daqui uma hora eu volto. - sorriu para ele que entregava a chave de um quarto qualquer.

— Então veio mais para o banho das termas, né? — perguntou babando um pouco imaginando a loira a sua frente só de toalha molhada naquele lugar. — Mas infelizmente (ainda mais para ele) ela além ser banho misto, ela foi alugada para o Major Yobun Sama, e ele não deseja que ninguém interrompa.

— Olhe bem para mim... — ela pediu segurando o rosto dele com as mãos quase o fazendo deitar na bancada. — Acha mesmo que ele vai se incomodar comigo entrando lá...? — ronronava.

— Ér... E. Eu... Acho que não. — caiu de volta na cadeira, já que ela o havia soltado.

— Até, querido. — deu tchauzinho.

Enquanto andava pensou que a Anko por um lado tinha razão, as vezes é bom ver homens agindo igual a um idiota, mas isso não era muito a praia dela fazer. Não sabia se algum poderia repetir isto.

Bem, agora sabia onde eles estavam. Simplesmente abriu a porta e viu a cara irada de todos. Suspirou.

— Quem é você? — um homem gigantescamente corpulento gritou apontando o seu dedo proporcional ao seu tamanho.

— Sua morte. — disse fria e logo sua tatuagem brilhou e o mesmo cara de antes teve sua cabeça cortada, que agora pousava no chão o manchando de sangue.

— Uma Teigu...? — o velhote aposentado perguntou surpreendentemente calmo, vendo todas as pessoas que deveriam protegê-lo morrendo um a um sem menor resistência e manchando tudo aquilo de sangue.

— Maa... Mais ou menos... — se desapoiou da parede. — Sabe o porquê disso, não é?

— Por causa de todas as pessoas que matei nos últimos dias? — questionou calmo. — Imaginei que as pessoas que se dizem lutar por este Império logo se manifestariam, mas nunca a vi antes.

— Novata. — respondeu ainda calma.

— Entendo... Que pena que irá morrer tão jovem... — se levantou para a tristeza da mais jovem. Por mais que ele tenha um corpo que leva em conta seus anos de treinamento, era horrível que ele só tenha uma toalha que cubra suas partes íntimas.

Ela somente andou mais um passo.

— A vida é triste... — e ele avançou. Ela somente se desviou para o lado e pode perceber que a parede atrás de si quebrou completamente. — Não acha que você exagerou um pouco?

— Era para atingir você, e não a parede. — comentou um pouco surpreso por ela ter desviado, mas não demonstrou.

Ela simplesmente se afastou mais e quase tropeçou em um corpo caído.

— Oopa... — se esticou e se colocou em posição de ataque.

Yobun percebeu no olhar dela que as coisas tinham ficado mais sérias. A concentração que ela transmitia fora totalmente fora do comum para uma criança como ele achava que ela era.

Avançou novamente, dessa vez, com um chute. Ela segurou sua perna e mais uma vez surpreendeu o homem. Só que ele não se deixou ser dominado pelas emoções e decidiu de uma vez por todos a encarar como perigo sem potencial. Mais uma vez ele tentou com um chute, girando o próprio corpo. Ela sabendo de sua intenção abaixou e aproveitou a única brecha que tinha aparecido à noite.

Com seu gancho de direita que chamava atenção desde quando era menor, acertou o queixo do homem que voou alguns metros antes de cair. Só que ele caiu na fonte termal, fazendo um grande barulho antes de espalhar água por todo o local, ficando ainda mais vermelho que antes.

— Yobun Sama? — o atendente de antes perguntou e logo sacou sua espada, mas logo fora morto por Bulat que tinha entrado no local e aplicado uma gravata.

— Você está bem? — perguntou vendo a confusão que ela tinha causado.

— Eu sim, mas acho que ele já esteve melhor. — alongou os braços percebendo que ele sacava a espada.

— Não se meta, jovem. — ordenou a Bulat, algo que ele pretendia não obedecer, mas esperou um pouco. Ele precisava avaliar Naruto, afinal.

Tinha que admitir que o modo que ela entrou sem problema algum fora impressionante. Não esperava aquele tipo de abordagem dela.

De volta a luta ela desviava como podia da espada. Ele tinha anos de experiência, mas ela era bastante veloz, mesmo sem o manto da raposa. Não passou tantos anos tentando superar o homem mais rápido do mundo, vulgo seu pai, a toa.

— Belos reflexos. — elogiava enquanto via sua espada cravar no chão, ou melhor, no corpo de um dos seus antigos seguranças, pois o alvo tinha desviado novamente.

— Agradecida. — respirou fundo. — Mas acho melhor eu parar de só recuar, certo? — se abaixou e pegou uma espada do morto a sua frente. — Desculpe, mas ainda não tenho a minha...

— Não posso fazer nada... — e a batalha recomeçou. O mais velho percebeu que em volta da espada tinha uma fina camada de vento que aumentava muito o dano da arma e sorriu. Ela com certeza era muito habilidosa.

Elas se cruzavam em uma batalha mortal, e Bulat não tinha como deixar de se surpreender, a sua “Imouto” era mais experiente e hábil que poderia imaginar.

Neste momento ela estava com um corte um pouco abaixo do olho que sangrava um pouco, e um no braço. Só que em nada a abalava, principalmente ao fato de que se olhasse para o oponente, ele estava muito mais gravemente ferido, se levar em conta aquele corte em seu peito que descia até sua barriga.

— Há quanto tempo... — ele começou, mas ele que o entendia terminou.

— Não sentia o que é sentir medo de morrer? — perguntou com um sorriso e ele entendeu que ela se sabia como se sentia. Ela o compreendia.

— Obrigado... — eles se encararam por um último instante antes de avançaram. Este fora o último movimento.

E quando acabou, pode-se perceber que o homem caiu no chão com um sorriso satisfeito no rosto, e ela tinha apenas um corte inofensivo na barriga, mas que ainda derramava sangue, ou seja, incomodava a loira.

Mas não neste momento.

— Eu que agradeço. — jogou a espada no chão e começou a andar calmamente para a saída, logo em seguida sendo acompanhada por seu Aniki.

— Omedetou... — parabenizou e ela mesmo um pouco corada, sorriu.

Sua primeira missão estava completa.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.