— Você quer que eu projete — disse Namjoon, tentando acreditar. — Pra ajudar a Yonseo.

— Não fale como se só a Yonseo fosse se beneficiar com isso. E não é pra ajudar a Yonseo, mas sim o Baekhyun.

— Você não tá falando do mesmo Baekhyun que atropelou o Jungkook, tá?

— E que trabalhou com o Tae. Esse mesmo.

— Hoseok… Eu só tô acompanhando porque sou o líder, quero me envolver ao mínimo nisso, está bem?

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— Você nem ouviu o que eu tenho pra dizer! Essa proposta não é à toa, Namjoon-ssi. Três meninos vão ao manicômio.

— Ao manicômio? Fazer…?

— Vão tentar arrumar provas contra o Chung Ho.

— E você acha que é fácil assim? Se Chung Ho deixasse pegadas, teria sido desmascarado há muito tempo, não acha?

— Talvez não. Mas eu previ que eles correrão perigo. Temos que fazer alguma coisa! Você foi assassinado, Namjoon-ssi. Quer ou não quer que isso venha à tona?

— Antes de vocês irem, eu tenho uma pergunta — disse Yonseo, e os três meninos, que estavam abrindo a escada, olharam para ela. — Quem de vocês fez a confissão em nome do 7?

Chen, o único de branco, levantou a mão.

— Parabéns, você tem talento — disse ela.

— Gomawoyo — respondeu Chen.

— Cuidado com as minhas coisas — pediu Sehun.

— Pode deixar — Chen garantiu, e o CBX subiu a escada e fechou a tapagem.

Eles caminharam sobre os telhados até chegar à escada de acesso. Então, desceram e foram para o carro de Baekhyun. Ele e Xiumin usavam roupas pretas, e Chen estava com a roupa branca, mas ainda sem os acessórios. Baekhyun dirigiu até estacionar em um local escuro próximo ao manicômio. Os meninos de preto prepararam as mochilas, enquanto o falso Sehun colocava seu jaleco, seu crachá e seu tão sonhado estetoscópio. Sob o jaleco, colocou uma mini-escuta, cujo ponto estava no ouvido de Xiumin. Nesse momento, Hoseok, Jimin e Namjoon apareceram para ter certeza de que tudo daria certo. Novamente, Hoseok estava com sua camisa branca e calça, e Jimin com sua regata, bermuda e toalha. Ambos olharam para Namjoon, que estava com a camisa de força desatada. Os meninos tentaram ignorar a sensação ruim. Acompanharam o outro trio que se aproximava cuidadosamente do manicômio.

— Depois de tanto sacrifício pra sair… Aqui estou eu de novo.

— Pare de reclamar, hyung — pediu Jimin a Namjoon.

Chen entrou no hospital, e Jimin o seguiu. Ele foi direto ao balcão e perguntou.

— Dr. Kim Chung Ho, ele está?

— Quem deseja falar com ele?

— Dr. Oh Sehun — disse Chen, mostrando o crachá. A foto de Sehun estava habilmente coberta por um adesivo com a foto de Chen.

A mulher mexeu no computador por um instante.

— Sinto muito, ele não está.

Jimin olhou nos olhos da mulher, e checou que ela falava a verdade. Soprou no ouvido de Chen para que ele tivesse essa sensação.

— Ah, tudo bem. Eu só queria pegar uns papéis. Obrigado.

Aquele era o sinal sonoro para que os outros entrassem. Suas roupas eram pretas, porém casuais. Eles não pareciam suspeitos. Namjoon e Hoseok seguiram os dois. Brevemente, eles fizeram uma atuação, encaminhando-se ao falso Sehun e perguntando coisas em voz baixa. Assim, ninguém desconfiou quando ele os conduziu para as partes internas no hospital. Vez ou outra, Chen usava o passe de Sehun. Eles andaram pelos corredores, seguindo placas para chegar à sala de segurança. O corredor que dava nele estava vazio, e havia um banheiro masculino próximo. Lá, Chen mudou seu figurino rapidamente. Os três colocaram máscaras e prepararam seus equipamentos, então saíram e invadiram a sala de segurança arrombando a porta e fazendo barulho. Baekhyun apontou as armas para os funcionários e os ameaçou. Chen usou as toalhas banhadas em clorofórmio para apagá-los, e Xiumin os prendeu habilmente com as algemas. O último estava prestes a disparar o alarme, então Hoseok atirou, e ele desmaiou na hora. Mesmo sem entender o que havia acontecido, Chen usou bastante clorofórmio e amarrou as toalhas nos rostos dos funcionários para garantir seu estado. Logo em seguida, Baekhyun fechou e trancou a porta.

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— E é isso — disse ele. — Primeira etapa concluída.

Aquilo era um sinal pra que eles reajustassem as posições para a próxima etapa.

— Não tô entendendo nada — murmurou Namjoon.

Xiumin, expert em computadores, sentou-se em um deles e começou a trabalhar. Inicialmente, configurou o sistema para que todas as câmeras, exceto a do corredor anterior, parassem imediatamente de filmar, e o processo contrário só poderia ser feito manualmente. Depois, excluiu, inclusive da lixeira, todos os arquivos salvos desde minutos antes da entrada de Chen. Colocou a câmera do corredor em um dos monitores para que eles pudessem vigiar. Chen também ficou de olho nos funcionários, adicionando clorofórmio toda vez que algum deles se mexia. Baekhyun estava perto da porta e mantinha a arma preparada para qualquer eventualidade.

— Qual é o dia? — Perguntou Xiumin.

— 26 de março de 2016 — informou Baekhyun.

— Ah, é? — Perguntou Namjoon.

— Você não sabe? — Questionou Hoseok.

— Olha, amigo, eu estava internado havia semanas sem nem ter comida direito. Sem falar que Chung Ho usava diversas substâncias pra me confundir. Então é meio impossível eu saber.

— Que horas? — Perguntou Xiumin.

— Não sei, cara, — confessou Baekhyun — pensa aí numa hora propícia pra matar alguém eletrocutado.

— Huum… Que tal… Três da tarde? Três e vinte, pra ser mais exato?

— Deve ter sido por aí, mesmo — chutou Namjoon.

— Seu palpite tem algum motivo específico? — Perguntou Chen.

— Não, só o vácuo que existe entre 15:20 e 15:50.

— Como assim ‘vácuo’? — Perguntou Baekhyun se aproximando.

— Ah… Tem uma mulher vindo, gente… — murmurou Chen.

— Ótimo, vai lá — pediu Baekhyun. — Que ‘vácuo’ é esse, Xiumin?

Chen saiu da sala.

— Não existe registro de filmagem nesse intervalo, — explicou Xiumin — em um grupo de câmeras próximas.

— Então, eu adivinho: a sala onde fica a cadeira elétrica está inclusa?

— Aí você quer saber demais. Só dá pra ver o que estava filmando. O que importa é que ele apagou os registros.

— Então é isso? Acabou?

— Mas é claro que não — disse Xiumin, mexendo freneticamente no computador. — Você acha mesmo que um cara da idade do Chung Ho manja tanto de tecnologia a ponto de apagar as coisas da lixeira? Aqui.

Chen entrou na sala trazendo uma moça desmaiada.

— Chen, vai querer ver isso — falou Xiumin, sorridente. — Registro de filmagem, 26 de março de 2016, 15:20 em diante. E uma das câmeras parece ser a sala da cadeira elétrica. Já estou restaurando o arquivo e… — poucos segundos depois, a filmagem começou. A sala de cadeira elétrica estava vazia.

— Alterna — sugeriu Baekhyun.

Xiumin alternou as câmeras até achar o quarto onde Namjoon estava jogado em um canto. Xiumin foi passando o vídeo.

— Eu quero ver tudo! — protestou Baekhyun.

— Agora não — disse Xiumin, com tom autoritário. Passou direto para o ponto que queria. — Vocês estão vendo o que eu estou vendo, né?

— Não que a imagem esteja uma beleza, mas parece ser a intensidade máxima de choque — disse Chen.

— Sehun vai nos dizer o quão grave isso é de acordo com a ética medicinal — falou Baekhyun. — É o que precisamos, Baozi. Anda, passa pro pendrive e vamos vazar.

— Ué, eu podia jurar que o nome dele era Xiumin — murmurou Namjoon.

— É só você que pode ter apelido, Rap Monster? — debochou Jimin.

Namjoon fez uma expressão estranha. Estava desacostumado àquele nome.

— Passando — informou Xiumin. — Podem levantar acampamento.

Hoseok olhou pro lado. Namjoon percebeu na hora que algo estava errado com ele.

— Viu alguma coisa? — Perguntou.

— Jimin, sopra pra ele checar a recepção.

Assim, Jimin fez. Soprou no ouvido de Xiumin que deveria olhar a câmera, e ele o fez.

— Galera — disse ele, desconfortável. — Tem uns seguranças na recepção.

— Alguém deve ter notado nossa atitude. — Disse Chen. — É uma pena. Queria sair no pacifismo, mas acho que não vai dar.

— Vamos tentar — disse Baekhyun. — Vamos de máscaras, mas com as armas escondidas. Se tudo der errado, as usaremos.

— Passou — disse Xiumin, tirando o pendrive. Guardou-o cuidadosamente na mochila, e foi mexendo no computador para parar todas as câmeras e apagar totalmente os registros. — Pena que não trouxemos os óculos de visão noturna. Eu poderia fazer um blecaute.

— Agora já era — disse Baekhyun. — Vamos, rápido.

Eles se prepararam e saíram da sala. Os três estavam com máscaras. Os meninos de preto tinham mudado as roupas, e Chen colocou o cosplay de Sehun novamente. As armas estavam escondidas e ao alcance. Eles foram passando com o crachá de Sehun. Ao chegar na recepção, notaram que os dois seguranças ainda estavam lá, e se encaminharam rapidamente para a saída. Já estavam quase lá quando a mulher da recepção gritou.

— São eles!

— Vão! — ordenou Baekhyun, virando-se. Os dois correram para fora, sem esperar Baekhyun atirar três vezes no teto da recepção. As pessoas se abaixaram e gritaram automaticamente. Em seguida, Baekhyun foi atrás dos demais. Hoseok preparou o tiro para fazer os seguranças dormirem, mas Namjoon impediu.

— Não — disse o líder, puxando os dois para fora antes que os seguranças saíssem. — Isso parecerá suspeito demais. Nós podemos protegê-los. — Os três anjos correram na direção dos mais novos. — Já está bom — disse Namjoon, parando-os.

Em seguida, os três se viraram para os seguranças que já preparavam armas para disparar contra os suspeitos. Um por vez, abriram suas asas. Enquanto os meninos corriam desesperadamente atrás deles, em busca de sua própria salvação, os anjos receberam por eles os tiros dos seguranças. As balas, como anteriormente, ricochetearam nos anjos, invisíveis aos olhos mortais, e caíram no chão. Sem saber da proteção que recebiam, os meninos se abaixaram levemente e se esquivaram como podiam, até dobrarem na esquina da rua onde haviam estacionado.

— Para o carro! — Gritou um dos seguranças.

Os dois entraram no carro que estava estacionado ali na frente.

— Protejam os meninos, — pediu Jimin — eu cuido desses caras.

— Cuidado — pediu Hoseok enquanto se afastava com Namjoon, voando.

Avistaram-nos logo, no momento em que chegavam ao carro. Eles entraram, jogando as mochilas. Baekhyun logo acelerou e tirou o carro da vaga, no momento exato em que o carro dos seguranças virava na rua.

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— Pé na tábua! — Gritou Chen, no banco de trás. Baekhyun não pensou duas vezes.

Namjoon pousou no teto do carro de Baekhyun, fazendo um barulho que só ele ouviu. Estabilizou-se com facilidade, apesar da alta velocidade. Colocou dois dedos na lataria e pôs em prática seu poder: cobriu o carro com uma Gaiola de Faraday à prova de balas. Jimin pousou no carro dos seguranças e mergulhou de costas. Ficou entre os dois, esperando o momento propício para agir. O segurança que estava no carona colocou a cabeça para fora e atirou, mas Jimin não estava preocupado, pois via que Namjoon estava cuidando de tudo. Hoseok sobrevoava a área e acompanhava a perseguição, pensando em um plano.

Os meninos se encolheram quando o carro recebeu os tiros, mas não podiam fazer muito mais quanto àquilo. Não sabiam que, naquele momento, tinham um carro à prova de balas. Elas derretiam ao entrar em contato com a eletricidade de Namjoon.

Finalmente, Baekhyun dobrou na esquina, com poucos metros de vantagem. Era o momento perfeito para Jimin: cobriu os olhos dos seguranças com as mãos, convencendo-os de que o carro não estava bem à frente. Logo, os dois fizeram expressões confusas.

— Cadê eles? — Perguntou o motorista, diminuindo um pouco a velocidade. — Você está vendo?

— Não... Parece até que evaporaram.

— Mas têm que estar em algum lugar. Vamos continuar procurando.

Baekhyun não tirou o pé do acelerador. Chen, cautelosamente, olhou pelo vidro traseiro.

— Estão ficando pra trás.

— É uma boa notícia — disse Xiumin. — Mas não é seguro ainda.

Hoseok pousou no capô do carro dos perseguidores de forma repentina, assustando Jimin, que prendeu um palavrão.

— Mian — disse Hoseok, percebendo o que havia feito. Logo, pegou uma pílula em cada bolso. — Hora do soninho.

— Namjoon disse que não.

— É uma dose leve — disse ele, manipulando com os dedos. — Só causa sonolência, não desmaio.

Hoseok ingeriu as duas pílulas ao mesmo tempo. Preparou ambas as mãos como armas e atirou. Conforme ele disse, os seguranças ficaram imediatamente sonolentos. Jimin manipulou a visão do motorista para que ficasse turva. Ele foi diminuindo a velocidade.

— Aish — murmurou ele. — Eu não estou bem. Pode assumir?

— Também estou com sono. Pare o carro.

O motorista obedeceu, mas protestou.

— O que vamos dizer ao pessoal do hospital?

— Vamos inventar alguma coisa.

Baekhyun entrou em outras ruas e foi andando pela cidade, moderando a velocidade. Quando finalmente se sentiu seguro, dirigiu para o ninho das gangues. Estacionou com uma boa distância, e eles foram andando até o ninho. Em seguida, subiram e foram para seu esconderijo.

Lá, encontraram Sehun e Yonseo jogando Batalha Naval. Eles pareciam extremamente concentrados, quase como se não tivessem notado a chegada deles.

— Ah... Gente? — Disse Baekhyun, chamando atenção ao se aproximar deles. — Não vão perguntar como foi? Se estamos bem?

— Se estão aqui é porque estão bem — disse Sehun, ainda concentrado.

— Tá, mas a gente podia ter morrido — enfatizou Chen.

— Falando nisso, devolve minhas coisas.

— É... — murmurou Xiumin. — Pelo visto não estão interessados nas provas que conseguimos com sangue, suor e lágrimas.

— Estamos terminando — terminou Yonseo. — Estou quase ganhando dele.

— Ha, ha, engraçadinha — debochou Sehun.

— Vou ligar o computador — disse Baekhyun, e encaminhou-se para a mesa onde ele ficava, mas de repente Yonseo se levantou e o abraçou.

— Fico feliz que esteja bem. Gomawo.

Chen e Xiumin pigarrearam.

— E a gente? — Perguntou Xiumin, com tom irônico. — Não ganha nem um gomawo?

Yonseo riu e abraçou os dois ao mesmo tempo.

— Claro que sim. Gomawo. Vocês são herois.

— Está sendo precipitada — disse Baekhyun. — Vamos ver o vídeo primeiro.

— Agora eu tô é preocupado... — murmurou Sehun.

— Calma, gente — pediu Baekhyun, colocando o pendrive que Xiumin lhe dera. — Espero que estejam preparados.

Baekhyun se levantou e deixou Xiumin fazer o serviço. A filmagem começou às 15h20min. Ele foi alternando as câmeras. O corredor estava vazio, a sala da cadeira elétrica também. A câmera do quarto de Namjoon o mostrou encolhido em um canto. Havia um chiado, o que chamou a atenção para o fato de que o áudio também havia sido captado. Pouco depois, a porta se abriu. Chung Ho apareceu. Os cinco acompanharam a imagem de qualidade ruim enquanto ele prendia Namjoon na cadeira. “Está pronto para sua última sessão?”, ouviram Chung Ho perguntar. Namjoon não respondeu. O médico foi para trás do painel de controle e falou coisas sobre Jin ter acordado e rejeitado a ideia de visitar Namjoon. Este não pareceu se importar com aquelas palavras. Chung Ho ajustou no painel, era possível ver que ele tinha colocado na maior intensidade possível. “Boa viagem, Namjoon”, disse ele, antes de ativar a máquina. Depois disso, ficou completamente despreocupado em desligá-la. Passou-se algum tempo em que ficaram apenas assistindo Namjoon ser eletrocutado, mesmo quando provavelmente já era apenas um corpo vazio. Chung Ho desligou a máquina e foi checar. Teve certeza de que Namjoon estava morto. Logo, respirou profundamente, com um sinistro sorriso nos lábios.

“Agora, minha missão está completa. Não precisei sujar minhas mãos tanto quanto achei que fosse necessário, o que tornou isso ainda mais divertido. De todas as coisas que eu fiz, essa foi a melhor. Lidar com você, Namjoon, durante todo esse tempo, fazer com que todos acreditassem na sua loucura, assim como você e todo o resto acreditaram na primeira mentira. Finalmente, estou livre de todos vocês”.

Dizendo isso, Chung Ho saiu da sala. Minutos depois, funcionários chegaram e levaram Namjoon dali, para um lugar longe do alcance das câmeras.

Quando a filmagem acabou, os cinco estavam com os olhos fixos na tela. O rosto de Sehun estava coberto por lágrimas. Yonseo, que apenas lacrimejava, abraçou o amigo, e logo tomou um susto, pois Namjoon estava atrás dele. “Você me assustou” disse ela, apenas movendo os lábios.

— Mian — disse Namjoon. — Sei que essa roupa não ajuda muito.

— Como eu deixei isso acontecer? — murmurou Sehun, no ombro de Yonseo. Ela nunca o vira tão abalado. — Eu poderia ter feito alguma coisa. Mas eu me afastei.

— Você tentou, doutor — disse Namjoon, esboçando um sorriso. Yonseo fez questão de repetir cada letrinha. Sehun deixou mais lágrimas caírem, porque soube, daquela forma, que Namjoon estava ali. — Ah... Eu vim avisar que estamos voltando pro nosso mundo. Hoseok está cansado. Ele queria que você soubesse que protegemos os meninos. Ele, eu e Jimin. Mas... depois vocês conversam.

— Eu queria conversar com você — disse ela, olhando fixamente nos olhos dele sobre o ombro de Sehun.

— O quê? — perguntou o médico, ainda choroso, soltando a amiga. — Ah, entendi — disse ele, rindo um pouco. — Se Namjoon estivesse aqui, o que ele diria?

Namjoon sorriu.

— Gomawoyo, por tudo que fizeram por nós.

— Ele diria “Gomawoyo, por tudo que fizeram por nós” — disse Yonseo, sorrindo, e enxugando suas lágrimas.

— Nossa conversa vai ficar pra outra oportunidade — esclareceu Namjoon. — Annyeonghaseyo.

Em seguida, ele abriu as asas e voou para cima, desaparecendo. Yonseo voltou sua atenção para Sehun.

— Eu sei que é doloroso saber que isso aconteceu. Mas agora nós podemos mostrar às pessoas quem Chung Ho realmente é. Podemos impedir que o que aconteceu com os meninos se repita. Nossa missão está sendo cumprida, Sehun.

Sehun acenou com tranquilidade, sorrindo.

— Você está certa. Mas... Não teríamos conseguido sem esses três.

Sehun se levantou e olhou para os três meninos que estavam à sua frente. Sua expressão era de satisfação.

— É, meninos... Eu tenho parecido bastante injusto com vocês. Vocês apresentaram boa vontade em nos ajudar, e eu os tratei como criminosos, não confiei na proposta. Mas agora vocês provaram seu valor. O que vocês fizeram é simplesmente indescritível. Graças a vocês, Chung Ho será desmascarado, e todos aqueles que nem desconfiam dele serão protegidos com sua detenção. Vocês estão colaborando para trazer à tona a verdadeira história do Bangtan. Eles eram uma família, como vocês. Tenho certeza de que eles estão muito agradecidos, e eu também. Nunca poderemos recompensar vocês.

Baekhyun estava sem palavras. Ele não sentia que deveria ser recompensado, aquilo já era a redenção pelo seu crime mais horrendo. Pensou em dizer alguma coisa, mas Chen se pronunciou antes dele.

— A recompensa não é necessária — disse ele. — Já ganhamos muitas recompensas que não merecíamos, mas a nossa maior recompensa é saber que, dessa vez, a justiça será feita.

— Então, rapazes, como vamos fazer? — Perguntou Yonseo aos quatro parceiros.

— Amanhã de manhã — disse Baekhyun, tirando o pendrive do computador — vamos entregar esse tesouro para a polícia. Colocaremos numa caixa com um bilhete deixando claro que é uma denúncia anônima sobre o caso Kim Namjoon, endereçado a Jeon Minji. Podemos dar uns 500 wons a uma criança pra entregar.

— Uma criança? — Perguntou Yonseo. — Vocês têm certeza?

— Ela não será envolvida — garantiu Xiumin. — Sempre fazemos isso. Fique tranquila, Yonseo. Esse é nosso trabalho.

O dia nunca amanheceu tão feliz como naquela ocasião. Yonseo estava em seu trabalho, na mercearia, tão feliz que não notou quando Hoseok apareceu.

— Ai, que susto! Não basta Namjoon aparecer do nada, agora você também, Hoseok?

— Mian. Não foi minha intenção.

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— Ah... Não que eu não esteja feliz com sua visita, mas... Você trouxe duas pessoas ontem. Namjoon disse que vocês protegeram o CBX, imagino que tenha ficado exausto. Não devia estar descansando?

— Sim, devia. Ainda estou bem cansado, mas preferi tomar uma pílula pra dar conta. Porque a Eva me disse que algo muito, muito ruim vai acontecer hoje.