Broken Wings

Cards on the Table


Juvia estava completamente presa nos braços de Gray. Ambas as respirações aceleradas e o suor que escorria pelos corpos denunciavam que já estavam chegando aos seus limites, porém nenhum deles apreciava a ideia de parar. Não era vergonha para nenhum dos dois admitir que aquilo era uma luta entre iguais, afinal.

O sangue da garota borbulhava com a descarga de adrenalina, mas ainda não conseguia conter os cristais de gelo que pareciam subir por suas artérias todas as vezes que Gray conseguia acertar seus ataques. Ela grunhiu, tentando afastá-lo antes que a congelasse viva, mas os braços do Anjo ao redor dela apenas tornaram-se mais insistentes.

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Admitindo que estava começando ficar cansada daquela situação Juvia deixou sua aura anil a envolver por completo, em posição defensiva. Sentiu sua pele se esfriar imediatamente e toda a firmeza que seu corpo físico possuía derreter pelos braços de Gray.

Ela, líquida e gelada, deslizou pelo corpo de Guerreiro antes de se esgueirar para longe de seu alcance, um olhar surpreso do mesmo quando ela tornou-se nada mais do que água. A Demônio riu, permitindo que a carne, ossos e o sangue voltassem as suas formas originais, mas não antes de exibir de modo provocador uma de suas garras ensanguentadas. Gray baixou o olhar para a lateral do seu próprio abdômen, vendo linhas escarlates brotarem em seu uniforme, molhado onde ela havia passado. Ele rosnou baixo, fitando-a.

―Juvia não sabia que era assim que humanos normais se comportavam.― Comentou, lambendo a garra e saboreando o gosto metálico que Gray a ofereceu.― Mas... Gray-sama ainda é um Guerreiro. Guerra está em seu sangue desde o início dos tempos, então velhos hábitos devem ser difíceis de largar. Juvia entende.― Sorriu, puxando uma cadeira e colocando-a em pé novamente. Ela sinalizou para o assento vazio.― Por que Gray-sama não se senta? Parece cansado.

―Se acha que...― Gray começou a retrucar, mas foi interrompido por Juvia com um simples movimento de mão, dispensando as palavras.

―É óbvio que não vai haver vencedores hoje.― Explicou, não se importando em olhar para o Anjo, ocupada em ver os danos que sua pequena diversão havia deixado em suas roupas.― Gray-sama não pode matar Juvia porque quer respostas. Juvia também duvida que conseguisse.― Seus olhares se cruzaram e ela sorriu, divertindo-se.― Ficaríamos aqui por eras. Juvia sabe que anjos caídos não morrem fácil.

―Já torturou muitos de nós para saber?

―Naturalmente.― Assentiu, cruzando as pernas.― Mas isso não vem ao caso. A questão é, por que atacar Juvia se podemos ter uma conversa amigável?

―Velhos hábitos, talvez.― Gray respondeu, puxando a cadeira que ela oferecera e sentando-se nela. A cena chegava a ser quase cômica. O Anjo, agora sem camisa, tinha os braços cruzados esperando seja lá o que o Demônio, que analisava cada pedaço do outro corpo como se fosse sua próxima refeição, tinha a dizer.― Estou esperando.

―O que quer que eu diga, Gray-sama?―Ela sorriu.

―Por que diabos você e a sua corja maldita estão na Fairy Tail.― Gray revirou os olhos.― E o mais importante: Por que tentou machucar a Lucy?

As sobrancelhas de Juvia se levantaram, surpresa.

― Tudo isso― Ela apontou para a sala destruída.― por um anjinho que Gray-sama insiste que Juvia tentou matar? Eu salvei ela, pelo amor de Zeref.― Debochou, batendo as garras lentamente na própria coxa.―Lucy-san sabe que tem Gray-sama na palma da mão? Juvia deveria sentir ciúmes?

Quando o silencio foi a única resposta obtida o Demônio não tinha certeza se ele havia escolhido não responder ou se não estava comprando aquela tentativa de desviar do assunto.

― Eu não sei se estão entediados ou se alguém mandou vocês para cá, mas se acha que vamos ficar parados enquanto vocês arrastam nossos amigos para o Lago de Fogo...― A ameaça tornou-se cada vez mais baixa à medida que ele puxava a cadeira de Juvia para mais perto de si, seus rostos a centímetros de distância.― Sem jogos. O que você veio fazer na Fairy Tail?

A mulher também abaixou a voz, como se estivesse contando um segredo:

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―Juvia realmente gostou de ver a performance dos alunos na piscina mais cedo, principalmente do Gray-sama. Sem cicatrizes. Gray-sama ainda tem as asas intactas, não é?― Murmurou, aproximando-se ainda mais. Sua respiração se mesclou com a do anjo, assim como suas auras. Ela aceitou de bom grado o frio e a raiva que ele irradiava. ― Juvia sabe que isso quer dizer que um anjo ainda tem um propósito na Terra e Juvia acha que sabe exatamente o que Gray-sama protege.― Ela passou delicadamente a garra de seu dedo indicador pela lateral do rosto do Anjo, em um gesto quase carinhoso.― Vamos acabar com isso de forma amigável. Dê para Juvia o que o Mestre quer e tudo isso pode acabar. Sem mortes e sem violência. Simples assim.

Gray se movimentou rápido e segurou seu pulso pondo uma força absurda no toque até sentir algo estralar dentro dela. Aquilo, porém, não a intimidou enquanto fitava-o esperando uma resposta.

―Eu não faço a menor ideia do que você está falando, Demônio.

Juvia suspirou, assentindo.

―É assim que vai ser então?― Ela olhou desapontada para o Anjo, livrando-se de seu toque. Ao longe um trovão pode ser ouvido e uma chuva fina começou a cair.― Juvia realmente esperava que Gray-sama fosse mais sensato que Lyon-sama.

―O que você sabe sobre meu irmão?!―O corpo do Guerreiro tremeu e suas mãos agarraram a beirada da cadeira, como para se controlar e não pular no pescoço da garota novamente, finalizando-a de uma vez por todas.

―Irmão?― Ela olhou distraída para o Guerreiro, como se não esperasse que ele levantasse a voz novamente.― Vocês realmente viram aquela ladra como uma figura materna? Que adorável... Permita Juvia dar um conselho então: Se Ur jogou os próprios “filhos” nesse jogo sem pensar duas vezes acha mesmo que ela se importava com vocês? Não estaríamos aqui conversando se não fosse por ela, afinal.

―Cala a boca...―As palavras carregadas saíram perigosas da boca do rapaz e a demônio entendeu que havia pressionado um ponto delicado. Vitoriosa e satisfeita, ela relaxou, recostando-se e deixando sua cabeça relaxar no encosto da cadeira.

―Parece que Gray-sama finalmente se cansou de ouvir o que Juvia tem a dizer. ―Sorriu de modo doce, dispensando-o com um gesto firme.― Agora se não se importa Juvia tem mais o que fazer.

Gray rosnou, mas pode perceber que não conseguiria nada com aquela pessoa. Ela era esperta, Gray admitia, e ele sabia que se ficasse no local não faria nada mais do que andar em círculos, correndo o risco de dar alguma informação valiosa por engano. Mesmo relutante, deu as costas nuas para Juvia e rapidamente saiu da sala, batendo a porta com força atrás de si.

Quando percebeu estar segura, ela por fim soltou o ar que estava prendendo.

― E então?― Perguntou em voz alta para as sombras.― O que acha?

― Isso foi uma perda de tempo. Não sei por que achou que ele ia aceitar.― A voz de Gajeel ecoou pela sala, antes dele dar um passo decisivo e sair da escuridão.― Tem certeza que está realmente com ele?

―Acha mesmo que ele iria aceitar a sugestão da Juvia e sair da sala tão rápido se não estivesse escondendo algo?― Comentou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.― Achamos o Guardião, Gajeel, e do jeito Juvia o deixou nervoso por dizer tudo aquilo ele vai nos levar direto para o que roubaram do Mestre logo logo.

―Hm.― Gajeel murmurou em aprovação, reconhecendo que o plano da parceira era realmente bem intrincado.― A propósito, já estou com a Strauss.

― Ótimo. Com Gray-sama atrapalhando no salvamento da Lucy, Juvia não sabe se Natsu-kun consideraria o suficiente para uma troca de favores. Querendo ou não esse ainda é o território dele. Teríamos problemas se fizéssemos tudo sem o consentimento dele.― Ela levantou-se da cadeira para pegar a camisa que o Anjo havia descartado mais cedo, inspirando o aroma metálico que havia impregnado no tecido. Do lado de fora mais um trovão ressoou pelas paredes, acompanhando o humor de Juvia. Ela arrastou suas próximas palavras de forma doce, porém não menos ameaçadoras.― Aliás, eu sinto mais uma aura na nossa câmara além da garota Strauss, Gajeel. Se importaria de me dizer por que?

#♥#

Natsu precisava admitir que não esperava que aquelas duas se dessem bem logo de cara.

Mirajane era, em todos os conceitos humanamente possíveis, um mistério. Aura leve e clara, face angelical e um dom natural de apaziguamento. Ao mesmo tempo havia momentos que até Laxus duvidava da sua natureza “boazinha”. As mudanças visíveis e constantes na aura de Mira o confundiam sempre. Uma hora estava brilhante e intacta, mas num piscar de olhos se tornava inchada, manchada, saturada de energia e força.

Agora Lucy?

Não havia dúvidas da pureza daquele ser aos olhos do Demônio. O incidente de mais cedo, onde a viu banhada de energia vermelha momentaneamente esquecido, deletado pela preocupação quando a viu desacordada.

Preocupação... Aquilo era novo.

Ele observou, sentado em um galho qualquer com visão direta para a enfermaria com a aura o mais recolhida possível para não ser descoberto, o exato momento que Lucy lançou um olhar desconfiado para Mirajane antes de envolvê-la completamente em sua própria aura para reconhecimento. Ele as encarou com certo fascínio enquanto o rosa pálido logo foi bem vindo pelo lilás da albina. Natsu viu o voto de confiança que Lucy oferecera, mesmo sabendo não seria a decisão mais esperta no momento e na sua atual condição física. Por via das dúvidas, Natsu continuava a observar bem de perto a interação das duas.

―Nossas garotas parecem estar se dando bem.―A voz de Laxus pode ser ouvida de trás do Dragão, em algum dos galhos mais altos. Ele virou-se lentamente para observar o recém chegado sem muito interesse antes de voltar sua atenção para dentro da enfermaria.

―Eu não sei do que você está falando.

A folhagem se movimentou quando Laxus pulou para um dos galhos no mesmo nível do rosado.

―Ah algo me diz que você sabe exatamente do que eu estou falando. Eu conheço esse olhar em seu rosto quando a vê.

―Tem razão.― Natsu assentiu.― A Mira com certeza é interessante, talvez todo o meu envolvimento com a irmã dela possa ser um empecilho, mas se você não se importa em dividir...

―Eu― Laxus rosnou, expondo os dentes afiados. Natsu levantou as sobrancelhas e sua energia logo se expandiu em advertência, fazendo com que a mente do outro clareasse. ― estava falando da novata, Natsu.

O demônio olhou de relance para a enfermaria, mas Lucy ainda continuava alheia a sua presença. Ao seu redor o céu parecia escurecer e não demorou para uma chuva fina e refrescante começar a cair.

―Pode ser. Gostosa pra cacete, rosto perfeito, talvez boazinha demais pra mim, mas talvez seja hora de dar uma variada no cardápio.

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―Pare de se enganar, pelo amor de Zeref. Aquela ali ―Apontou para a loira, que agora sorria por alguma coisa que Mira havia dito.― é sua Anima.

―Laxus...―Avisou.

―E eu posso dizer isso com certeza porque a minha está sentada naquela sala com ela. ―Riu, recostando-se no tronco.― O mesmo olhar que eu tinha quando conheci a Mira... Você está tão perdido quanto eu.

A superioridade no tom de voz de Laxus fez o sangue de Natsu borbulhar e Laxus, percebendo que o estava incomodando, ergueu as mãos em submissão. O sorriso, porém, não deixou seu rosto.

― Então... Se eu estou errado por que está escondido no bosque observando cada respiração da menina?

―Viu a energia dela? Mesmo machucada ainda é impressionante e está contaminando nosso trabalho. Só quero manter ela na coleira.―Respondeu.―E quanto a você?

―Mesma coisa.― Isso despertou a atenção de Natsu.― Não me olhe assim, esquentado. Sua garota convocou tanto anjos quanto demônios para ajudá-la quando estava se afogando. Não é normal. Eu não confio nela perto da Mira.

―Qual é, exatamente, o problema da sua garota, aliás?― Desconversou.― A aura dela está tão inchada que parece que ela vai explodir a qualquer instante. Até os Descendentes estão notando isso.

Felizmente, para Natsu, Laxus pareceu morder a isca e mudar o assunto.

―Sabe que a Descendência da família Strauss é fraca. São praticamente humanos a esse ponto. Mira é só muito mais forte do que um humano normal e sua aura está tendo problemas para se adaptar. Não deve ser um problema no futuro, estamos controlando isso.― Deu de ombros.― Mas... Você nunca teve um problema com a Mira antes.

―Eu não...

―Você se importa agora.― Deduziu, escondendo um sorriso.

―Laxus, cala a...― Ele rosnou antes de continuar.― Se a aura dela explodir teremos sérios problemas.

― Não que eu fosse deixar isso acontecer, mas por que isso te afetaria?

— Não afetaria... Quer dizer...

— Por que, Natsu?

―Eu não posso deixar ela explodir perto dela! ―Natsu calou-se assim que as palavras foram ditas, não se atrevendo a virar-se para ver o sorriso convencido do loiro. Ele travou o maxilar, tentando manter a calma.― Nem. Uma. Palavra.

―Eu conheço esse sentimento, Dragneel. Negar não vai trazer nada além de dor. Para os dois.

Natsu olhou novamente para Lucy, protegida daquela chuva dentro da enfermaria.

―Como você teve certeza, Dreyar?―Murmurou.― Com a sua... Anima, quero dizer.

―Eu conheço bem o sentimento. Já senti essa conexão no passado, mas com a Mira foi diferente do que a primeira vez, mais tranquilo.― Natsu parecia realmente interessado agora.― Eu sei, duas pessoas em uma só existência. Fui sortudo mesmo.

―Não tenho certeza se eu chamaria de “sorte”. Mira é a segunda?―Laxus assentiu.― Se você teve duas com certeza a primeira está...―Parou, incerto. A palavra que procurava parecia errada por algum motivo.

―Morta?

Natsu não fez nada além de assentir.

―Aconteceu séculos atrás. ―Explicou de forma calma.― Eu encontrei a Anima, me senti como nunca havia sentido em milênios de existência, passei anos ao seu lado e no final a mortalidade venceu. O Céu foi seu destino, mesmo depois de ter me amado por tanto tempo. — Os cantos de sua boca levantaram-se, mas Natsu não tinha certeza se Laxus percebeu o que estava fazendo.— Minha Anima não esperava que fosse acontecer. Os seres humanos daquela época o convenceram muito bem do contrário.

O jeito que ele falava de sua antiga Anima despertou um sentimento estranho em Natsu. Essa nova empatia causou um gosto amargo em sua língua que ele logo tratou de cuspir. Animas eram, até onde Natsu sabia, algo único na vida de um demônio. O fato de Laxus ter tudo duas companheiras ligadas a sua alma era impressionante. Para não dizer triste.

―Qual era o nome dela?

Laxus riu, porém seus olhos permaneceram enevoados pelas memórias. Ao fundo um trovão ressoou, parecendo fazer a terra tremer com sua força.

―O nome dele era Freed. Freed Justine.

#♥#

I knew a lady who came from Duluth

She got bit by a dog with a rabid tooth

She went to her grave just a little too soon

And she flew away howling on the yellow moon

A percussão e a melodia repousavam no fundo da cabeça de Loke, enquanto seus olhos permaneciam fechados.

Where do bad folks go when they die?

They don't go to heaven where the angels fly

Era naquele mesmo laboratório de química, escuro e inutilizado naquele período, que ele permanecia todas as vezes que tirar a camisa tornava-se algo fundamental em Educação Física. Ordens do Makarov, e de Gray, para que não houvesse perguntas sobre suas cicatrizes. Que a propósito o estavam causando o inferno naquele dia.

Ele, mais uma vez, se remexeu desconfortavelmente na cadeira, tentando aliviar a pressão que sentia nas costas. Sem sucesso, apenas aumentou o volume para que a música relaxasse seus músculos.

They go down to the lake of fire and fry

Won't see them again till the Fourth of July

Ele apenas se distraiu da música explodindo em suas orelhas quando todas as luzes do seu esconderijo foram acessas. Ele piscou, por um momento desorientado.

―Por Mavis, Loke! O que está fazendo parado ai?― Seu mentor entrou correndo na sala.

―Você sabe, me escondendo dos humanos, curtindo o momento e...―Ele parou assim que viu a expressão do Gray, sua falta de roupas e os hematomas e cortes que claramente sugeriam que ela havia acabado de sair de uma briga. Ele se levantou no mesmo instante, alerta.― O que foi? Aconteceu alguma coisa?

― Lucy está na enfermaria.― Gray sentiu Loke tensionar no mesmo instante.― Ela está bem agora, não se preocupe. Porlyusica e Mira estão cuidando dela.

―O que...? Quem...? ―A pergunta certa parecia não vir à mente do Guerreiro, tendo dificuldades de imaginar a Principado ferida. De novo.― Quando...

―Você realmente não sentiu o pedido de ajuda dela? Eu acho que até ultrapassou os limites da escola... ―Gray franziu as sobrancelhas, confuso. Loke respondeu de forma negativa, igualmente na mesma situação.

―Ela pediu ajuda? Eu não senti nada...―Murmurou.― Aliás, hoje o dia está tão quieto e as auras tão fracas que eu até estranhei.

Gray olhou desconfiado para todos os cantos da sala, procurando algo.

―Alguém esteve aqui?

―Não que eu me saiba. Por que?

Gray abriu a boca para falar algo, mas a fechou logo e balançou a cabeça, perdido em pensamentos. Ele deu as costas para Loke, voltando sua atenção para a porta de entrada do laboratório. Ajoelhando-se ele colocou a mão sobre a madeira, sentindo toda a energia demoníaca que parecia exalar dela.

―Por Mavis... ―Deixou escapar quando símbolos intricados se revelaram logo acima do rodapé, do lado de fora da porta, escondidos por magia demoníaca. Ele reconheceu alguns dos mais antigos. “Bloqueadores”, “Silenciadores”. Magias antigas que inibiam energias e auras. Claro que nada passaria por aqueles símbolos, muito menos o pedido de Lucy. O Guerreiro, espiando por cima do ombro do mentor também pareceu reconhecer os mesmos e chegar à mesma conclusão.

―Mas que porra está acontecendo aqui, Gray?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.