Gwen prestava atenção em tudo o que Klaus lhe contava, não desviou o seu olhar do dele um segundo sequer. Enquanto uma parte de si dizia que tudo aquilo era uma invenção e que ele estava pregando uma peça nela, outra lhe dizia que aquela era uma realidade oculta da maior parte da humanidade.

— Calma - Ela tentava colocar cada informação em ordem - Deixa eu ver se eu entendi - Ele assentiu - Você é um vampiro original, na verdade uma mistura de vampiro com lobisomem, um híbrido... - As palavras que saiam da sua boca não pareciam fazer o menor sentido, mas mesmo assim continuou - Bonnie Bennett é uma bruxa, Elena Gilbert, Caroline Forbes e os irmãos Salvatore também são vampiros e todos eles te odeiam...

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— Eu sei que é muita coisa para digerir, mas...

— E-eu vou precisar de um tempo - Ela o interrompeu gaguejando - É muita informação pra processar e... Nada parece re... - Parou de falar quando viu seu olhar se transformar e presas aparecerem. Não conseguiu conter um leve grito e levantou-se assustada indo para um canto.

A aparência de Klaus voltou ao normal e ele via o pavor nos olhos dela, junto com lágrimas que começavam a escorrer. Levantou-se e andou devagar até ela pois não queria assustá-la ainda mais, acariciou seu rosto levemente secando suas lágrimas, procurando em seus olhos saber o que ela sentia perto dele. Ele gostava dela, sabia que não conseguiria fazer nada contra ela desde a primeira vez que a viu e não queria que ela se afastasse dele para sempre, porque para sempre para alguém que é imortal é muito tempo.

— Eu não vou mentir para você e dizer que eu sou uma boa pessoa, sweetheart— Ele começou com a voz baixa e calma - Mas eu falo sério quando digo que você não precisa ter medo de mim, nem se eu quisesse eu poderia te machucar - Ela pegou a mão que acariciava seu rosto e a segurou com as duas mãos. Ficaram em silêncio por algum tempo até ela se acalmar e retomar sua voz.

— Como você se alimenta? Você mata as pessoas e esconde os corpos? - Perguntou um pouco temerosa.

— Não, chama muita atenção. Eu me alimento e depois as faço esquecer do que aconteceu.

— Então por que não me fez esquecer o sangue que eu vi a hora que chegou aqui?

— Porque eu não quero mentir para você, se fosse qualquer outra pessoa você teria morrido no mesmo momento em que me encontrou na floresta, mas algo me impediu e agora eu estou aqui te contando meus segredos e, consequentemente, fazendo você me odiar para o resto da vida... Eu me importo com você, Gwen.

— Eu não te odeio - Ela respondeu e um brilho surgiu nos olhos do híbrido - É só que... Tudo parece tão surreal, parece que surgiu do nada porque eu não fazia a menor ideia e também não achava nada estranho em você ou neles...

— Eu te contei porque te considero minha amiga e eu confio em você, além do mais se quiser ficar viva em Mystic Falls é bom saber com o que está lidando - Ela assentiu - E não convide qualquer pessoa para entrar na sua casa, vampiros não podem entrar onde não são convidados, então aqui é um lugar seguro... Eu tenho que ir agora, love— Beijou sua testa carinhosamente e andou até a porta.

— Klaus...

— Me chame de Nik - Disse interrompendo-a e esperou que ela continuasse, mas ela não disse nada.

— Não é nada - Comentou sem graça, recebeu um sorriso como resposta e logo depois o viu desaparecer.

—0-

Acordou cedo no dia seguinte e foi para seu consultório ainda pensando nas coisas que tinha ouvido na noite anterior, sabia que precisaria se comportar como se não soubesse de nada e agir naturalmente diante de qualquer eventual situação. Cumprimentou a secretária como sempre e entrou em sua sala para esperar o primeiro paciente.

Atendeu um homem e depois uma adolescente, ambas sessões haviam sido tranquilas e agora ela mexia em seu computador esperando pelo próximo. Ouviu a porta se abrindo e ficou em choque por alguns segundos ao ver Damon entrando em sua sala, mas rapidamente sorriu e o cumprimentou cordialmente.

— Bom dia, Damon! Não esperava receber sua visita - Disse com um sorriso e apoiou os cotovelos na mesa.

— Bom dia, dra. Sheperd...

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— Me chame de Gwen, por favor - Ela o interrompeu.

— Gwen - Ele deu ênfase em seu nome e continuou - Eu queria conversar com você sem que fossemos interrompidos, por isso estou aqui - Ele deu um de seus sorrisos charmosos.

— Podemos conversar então - Ela fez menção para que ele continuasse.

— Vou ser direto, o que o Klaus está armando? - Perguntou num tom ameaçador.

— O que? Como assim?

— Não finja que não sabe de nada, vocês pareciam muito amiguinhos outro dia e todos sabem que ele é perigoso e não tem amigos. E você acabou de chegar na cidade, o que nos faz ter muitas suspeitas sobre você.

— Olha, Damon, eu sinceramente não sei do que você está falando - Ele levantou uma sobrancelha - Eu o conheci há poucos dias, ele é uma ótima pessoa e um ótimo amigo, e eu estou sendo sincera com você.

— Me diga a verdade - Ele a compeliu.

— Eu não sei do que está falando - Ela disse a verdade e ele se deu por vencido.

— Ok... - Ele se levantou - Venha até mim - Mandou utilizando seus poderes novamente. Gwen fez como ele pediu - Não grite - Os olhos dele ficaram como os de Klaus na noite anterior e ele a mordeu, ela sentiu uma dor intensa, mas não conseguia gritar, era como se fosse um daqueles pesadelos que te impossibilitam de fazer qualquer coisa - Esqueça-se da nossa conversa, que eu estive aqui e não mostre esse pescoço para ninguém.