Brinquedos do destino

Devo estar ficando louca, não?


Salvatore soltou um gemido de frustração, minha respiração estava acelerada e meu coração fora de si, uma corrente elétrica percorria todo o meu corpo, e havia um formigamento exatamente onde a mão daquele moreno me segurava com firmeza, olhei em seus olhos e ele nos meus encostando sua testa na minha

– Melhor nós irmos, ela não vai parar.- sussurro pegando uma das minhas mãos e me soltando

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Assenti com a cabeça e totalmente perdida, "o que diabos acabou de acontecer?" cada célula do meu corpo me perguntava, enquanto o Salvatore me guiava de volta ao centro onde estava o resto dos campistas

– Finalmente as crianças apareceram.- Caroline veio em nossa direção com um olhar de reprovação, me arrancado um riso envergonhado e um revirar de olhos de Salvatore

– Barbie sempre a estraga prazeres.- a ironia exalava em sua sua voz

– ATENÇÃO TODOS OS CAMPISTAS!- uma voz nos altos-falantes chamava nossa atenção

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Depois de um longo dia "estudando" sobre meu amado Shakespeare na companhia de Car e o moreno mistério, estávamos todos comendo no refeitório e riamos das palhaçadas do moreno

– Sério nunca se rejeita uma garota se ela tiver um corpo bonito, eu jogo a bandeira na cara e honro a pátria.- Dito isso cai na gargalhada sendo acompanhada por uma Caroline completamente descontrolada

– Que horror Salvatore.- Disse em meio as risadas, pude sentir o canto dos meus olhos molhados pelas gargalhadas que eu ficava totalmente sem ar.

– Cara tu não presta, não tem nem vergonha na cara.- A barbie do meu lado repetia rindo

– Estou apenas dizendo o que todos os caras pensam, mas não tem coragem de dizer em voz alta.- Retrucou com um sorriso " ca entre nós, M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O" bebericando um pouco do refrigerante

– Sei, sei, se bem que realmente, já ouvi histórias parecidas assim antes..- dei de ombro enquanto, tomava o ultimo gole do meu suco de laranja

– ouviu? - Ele arqueou as sobrancelhas e Car pediu licença pra ir fletar com um garoto a algumas mesas da nossa.

– Sim, podemos dizer que não faço do tipo que anda com garotas.- olhei pra ele que ainda me fitava com um olhar confuso.- 90% dos meus amigos são homens, vamos combinar que mulher é tudo falsa.- um sorriso brincou com os meus lábios e ele pareceu meio desconfortável e forçou um sorriso

– Então quer dizer que Elena Gilbert gosta de andar com a molecada? - Fiz uma careta e semi cerrei os olhos assentindo

– Exatamente SR. Não sei o nome Salvatore.- sorri abertamente

– Ah.. bem eu..

– Deus do céu a voz daquele garoto é estranho pra caramba, já me irritei só de conversar com ele 5 minutos.- O moreno a minha frente é cortado por uma loira falante, porem ela para por um instante a observar o Salvatore com uma cara meio amarrada e eu mordendo os lábios nervosamente "será que falei algo errado?" essa pergunta permanecia na minha mente.

– Bem meninas, vou dormir estou um caco, boa noite.- O moreno disse simplesmente e se retirou antes que Car e eu pudêssemos impedir a loira ao meu lado e eu trocamos olhares

– O que deu nele?

– Não faço ideia.- respondi dando de ombros

Por alguma razão aquela atitude do Salvatore me deixou totalmente perdida e um tanto chateado, me atingiu mais do que eu pensei ter atingido, após Car e eu irmos para os nossos dormitórios, e no caminho contei pra ela sobre meu pequeno dialogo com o Salvatore

– Parece que alguem está com ciumes.- Car cantarolou enquanto eu tirava a roupa para tomar um belo banho

– Salvatore? com ciumes? de mim? acho que não né Carol.- revirei os olhos separando meu pijama e pegando a toalha

– Exatamente Lena, pensa ele ficou com ciumes ta cara, aaah agora eu entendi a reação dele naquela hora.- ela brincava com uma pulseira

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– Não viaja.- disse enquanto prendia meu cabelo num coque, e entrava no banheiro, não vi mas sabia que a barbie revirava os olhos

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No dia seguinte por pura coincidência Salvatore e eu tinhamos que recitar Shakespeare e claro que por ironia do destino eu era Julieta e ele era o Romeu, o dia todo ele vem sido frio e com respostas curtas, e confesso que isso me magoando um pouco, sinto falta da Kath ela sim iria dar uma boa lição de moral nele.

– Espero que saiba suas falas Gilbert.- Ele disse friamente

– Não costumo decepcionar as pessoas Salvatore.- disse acida e ele pareceu não se importar.

– Podem começar os dois.- A orientadora disse e nós colocamo-nos de pé.

– Posso ter a honra? Se profano for tocar este santo relicário. Espero que com meus lábios possa suavizar este rude contato com um terno beijo.- Salvatore começou e ele recitou cada palavra com extrema perfeição.

–As santas teem mãos que são tocadas pelos peregrinos...- disse e sorri levemente olhando em seus olhos terrivelmente azuis

– Não tem lábios as santas? - perguntou-me

– Sim, lábios que devem usar na oração.- Parecia que só havia eu e aquele moreno que me deixa louca de curiosidade

– Então santa adorada, deixar que os lábios façam o que as mãos fazem.- Ele deu um sorriso maroto de lado fazendo-me derreter por inteira por dentro.

– As santas são imóveis mesmo quando atendem as orações.- dei um passo em sua direção

– Então não te movas enquanto recolho o fruto de minhas preces. Assim mediante vossos lábios ficam os meus livres de pecados.- ele quem dessa vez se aproximou de mim e acariciou meu rosto selando nossos lábios delicadamente, com apenas um leve roçar de lábios fez meu corpo brilhar e meu coração correr uma maratona, minha respiração e alterou, porém meus olhos se negavam a a se descolar dos seus

– E assim passaria para os meus o que vossos lábios contraíram.- sussurrei, podia sentir sua respiração batendo contra o meu rosto, como ontem na floresta

– Pecado do meus lábios? Então devolvei-me meu pecado.- ele sussurrou e parecia exatamente como eu, porém mais firme e potente

Naquele momento eu estava perdida no mar dos seus olhos, nossas respirações irregulares se batendo, minhas mãos soavam como nunca, e aquelas famosas borboletas no estômago surgiu, minhas pernas tremiam e aquela nossa troca de olhar intensa me fazia viajar, foi quando pude ouvir de longe aplausos de toda a turma, percebi então que havia mais pessoas alem de mim e o moreno misterio.

E nesse momento eu tive certeza de três coisas

1 eu realmente precisava saber mais dele

2 algo me diz que isso é só o começo

3 eu não sei bem o quanto, mas estou perdidamente apaixonada pelo tal moreno