Boulevard of broken dreams
Não olhe para os espelhos
Pov. Annabeth
Thalia e Luke se sentaram com a gente e começamos a conversar.
–Annie, como está sendo seu dia? – Lia me perguntou.
–Está bem e o seu? – perguntei.
–Bom também, teve algum problema? – ela continuou e eu soube muito bem do que ela estava falando, fiquei um pouco brava por ela tocar no assunto, mas respondi.
–Não, nenhum – respondi mais calmamente possível.
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Bianca ia na frente explicando cada lugar, e nós dois íamos atrás tentando acompanha-la. Senti alguma coisa me seguindo e segurei a mão de Percy para tentar avisá-lo da forma mais suave e discreta possível.
–Tomou os remédios? – ele me perguntou o mais baixo possível.
–Ai droga, eu esqueci – cochichei de volta.
Avistei um bebedouro perto de onde estávamos.
–Bia, já volto, tenho que tomar um remédio para... Dor de cabeça – eu disse inventando qualquer coisa, ela assentiu e eu fui.
Tomei o remédio e olhei em volta, estava em um pátio grande e espaçoso, havia algumas salas de aula com grandes janelas. Olhei meu reflexo e segurei meu grito, parada bem atrás de mim havia uma mulher mórbida, tinha cabelos bem compridos, pele pálida e com muitos machucados e olhos pretos. Esticou a mão como se quisesse me alcançar, olhei para trás assustada, mas não havia nada ali.
Respirei fundo e disse a mim mesma “Não é real, o remédio ainda não fez efeito” e voltei para onde estavam me esperando.
–Você está bem, Annie? – Bianca perguntou – está um pouco pálida.
–Estou, deve ser a dor de cabeça – respondi e ela pareceu acreditar, pois começou a falae sem parar de novo.
–Está bem mesmo? – Percy me perguntou baixinho.
–Relaxe. Estou bem – eu disse e peguei sua mão.
O restante do dia passou voando, e eu não via a hora de chegar em casa. Despedi-me de meus novos amigos e fui para casa acompanhada por meu namorado. Mas uma sensação não me largou o dia inteiro, a sensação de ser seguida.
Assim que chegamos sentamos no sofá e pegamos um filme para assistir (Harry Potter e a câmara secreta), deitei no colo do Percy e ele ia passando a mão em meus cabelos, chegava na parte das aranhas e eu cobria os olhos e pedia para passar o filme para frente, acabamos dormindo ali.
Fomos acordados pela minha mãe.
–Filha acorda – ela me chamou – Percy acorda você também.
Ele acordou olhou para mim e sorriu, levantamos e minha mãe estava fazendo o jantar.
–Querido, quer ficar para comer? – ela disse se referindo ao Percy.
–Obrigado Sra. Chase, mas minha mãe quer que eu jante com ela hoje – ele disse olhando para o relógio – melhor eu ir indo – ele se despediu de mim com um selinho e foi embora.
Comi meu jantar, dei boa noite para minha mãe e fui para meu quarto. Thalia me ligou pouco tempo depois.
–Oi Lia, tudo bem – perguntei.
“Oi Annie, tudo e você”.
–Também, como foi se primeiro dia?
“Foi bem, e o seu”.
– Também, e eu vi o tal de Nico de olho em você, o que está acontecendo? – perguntei e tentei fazer voz maliciosa.
“Cala a boca Annabeth, eu nem prestei atenção nesse moleque ai”.
–Parei, se acalme – disse rindo.
“Idiota, vou dormir um pouco, amanha conversamos mais”
–O.K. boa noite Lia.
Desliguei o celular (sim, peguei meu celular de volta), e fui escovar os dentes, no caminho para o banheiro escutei minha mãe ao telefone. Sei que é feio escutar conversas alheias, mas não aguentei então parei para escutar.
–Não acho que essa seja a hora para entrar em um relacionamento – ouvi ela dizer.
Fez uma pausa para ouvir o que a outra pessoa dizia e continuou.
–Me desculpe, mas não tenho tempo para lhe dar atenção, minha filha precisa de mim – ela disse tristemente e senti um aperto no coração – obrigado por entender... Adeus – ela disse e desligou o telefone.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Andei o mais depressa possível até o banheiro, para ela não desconfiar de que eu estava escutando, e escovei os dentes. Depois segui para meu quarto e comecei a pensar.
Não era justo o que eu estava fazendo, ela não se envolvia com ninguém desde que o papai nos abandonou, e eu não queria ser a culpada por ela não conseguir se envolver. Saí da cama e fui até seu quarto.
–Oi filha, você está bem – perguntou ela preocupada.
Caminhei até sua cama e me sentei ao seu lado.
–Mãe, eu queria dizer que se você quiser namorar ou sair com alguém, pode ir eu vou ficar bem.
–Filha o que está acontecendo? Por que diz isso? – ela perguntou.
–Você sabe o porquê. Eu ouvi você falando ao telefone, e se você não namora por minha causa, não precisa se preocupar, eu vou ficar bem – eu disse e ela me abraçou.
–Não se sinta culpada, filha, eu quero me dedicar totalmente a você agora, e eu ainda não estou preparada para um novo relacionamento.
–Você tem certeza? – perguntei.
–Tenho – ela disse e me deu um sorriso reconfortante – boa noite, e não esqueça do medicamento.
–Pode deixar – ela me deu um beijo de boa noite e eu fui para meu quarto.
Ainda me sentia culpada, mas conversar com ela me fez sentir um pouco melhor. Tomei meu remédio e fui dormir.
Não sei se era sonho ou se eu tinha acordado no meio da noite.
Levantei devagar e ainda estava escuro lá fora, e de repente fiquei com muita sede, então resolvi ir à cozinha pegar um copo de água. E a sensação que me rodeou o dia inteiro chegou como um tapa na cara. Olhei para trás, mas não vi nada. Tomei água e voltei para meu quarto, o susto foi quando olhei para o espelho, a mesma mulher que eu havia visto na escola estava lá, olhando fixamente para mim, esticando a mão tentando me alcançar, olhei para trás de novo e, como antes, não havia nada, e era só olhar para meu reflexo que ela aparecia.
Minha respiração começou a ficar ofegante, não conseguia tirar o olho do espelho, a mulher começou a andar em minha direção divagar, parecia gostar de me ver ficar com medo.
“Eu vou te matar” – disse ela com uma voz rouca e rindo.
–Isso não vai acontecer, você não é real – eu disse tentando parecer confiante, mas eu tinha minhas duvidas sobre isso.
Ela sorriu mostrando os dentes amarelos e ergueu uma faca em minha direção. Estava entrando em pânico, então fiz a primeira coisa que me veio a cabeça, ir para debaixo da coberta. Se eu não podia vê-la ela não ia me ferir.
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