Bots Mystery

Capítulo 27


C101 continua pressionando Megan, que ainda estava calada. Parecia não acreditar que estava perdendo uma causa, pois era algo que ainda não havia ocorrido em sua vida.

– Vamos, fale! Ou você quer levar uma surra? – grita C101, que estava perdendo a paciência. Os outros, principalmente Sam, estavam surpreendidos com esse comportamento, pois boa parte deles sabe que é a Cat por trás do disfarce, e não imaginavam que aquela doce ruivinha poderia ser tão agressiva.

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– Olha, não precisa ficar assim. Essa vadia deve ser muito orgulhosa para não querer falar absolutamente nada. – diz Sam, colocando a mão no ombro de C101.

C101: Tô me lixando pra isso! Se não quer falar, o único jeito vai ser o método da tortura.

Sam: Método da tortura? Juro que nunca ia imaginá-la agir deste jeito. Nunca tinha visto você falar assim. Estou preocupada.

– Vai ver, esqueceu-se de tomar as suas pílulas especiais. – diz Jerismar, se aproximando das garotas.

Dice: Acho que já sei quem é o cúmplice deles. Deve ser o Roger McNeice.

Sam: O empresário do Logan Flint?

Dice: Sim. Estranho ele ainda não ter dado as caras.

Sam: Será que é ele mesmo?

C101: Talvez. Mas isso é algo que a Megan terá que responder.

Sam: Acho que ela não vai falar.

C101: Isso nós veremos.

Eles olham para Megan, que começa a gargalhar sem parar. Era uma risada diabólica totalmente chamativa, prendendo a atenção de todos.

Jerismar: Minha nossa! Se isso não é um Gremlin, não sei o que é.

Gary: Acho que vamos precisar de um exorcista.

Sikowitz: Cruz-Credo. Acho que nem isso vai adiantar.

Aos poucos, Megan para de rir. C101 já estava completamente impaciente.

C101: O seu showzinho já terminou. Você nos deve explicações.

Megan: Engraçado... Nunca iria imaginar que um dia iria ser derrotada por uma dupla equivalente aos meus dois irmãos idiotas.

C101: Acontece que somos diferentes deles, apesar dessa equivalência. Mesmo em tão pouco tempo, conseguimos formar uma das melhores duplas dinâmicas deste mundo.

– É isso aí, amiga! Concordo plenamente com você. Juntas, nós somos imbatíveis, principalmente quando você usa esta armadura e eu a Meia de Manteiga – diz Sam, manuseando sua tradicional arma mais uma vez, fazendo Megan voltar a temê-la.

C101: Pode não acreditar, mas ela fez tudo isso para se vingar de Carly.

Sam: O quê?! Mas a Carly não tem nada a ver com isso, apesar da semelhança física entre elas.

– Eu também quero saber mais sobre isso. Antes de você nos prender, você havia me chamado de irmãozinho – diz Spencer, que fica a frente de Megan.

Megan: Não vou negar. Você parece muito mais interessante que os bocós que escolheram para conviver comigo. Seria muito bom se eu e você fossemos irmãos.

– Mas ele não é! – diz uma voz que faz todo mundo se espantar com a presença, mas Sam, Freddie, Spencer e Gibby abrem um sorriso ao ver esta pessoa. Era Carly.

Sam: C-Carly?!

Carly: Vocês estão bem, pessoal?

Spencer: Apesar do sufoco que passamos, nós estamos bem sim. É muito bom te ver!

Carly: Digo o mesmo.

– Mas essa é a... – Jade diz, ao ver a pessoa que apareceu a pouco - ... Carly Shay – Beck completa o que ela iria dizer.

Sikowitz: Eu nem bebi água de coco. Como posso ver duas pessoas idênticas?

Dice: Acontece que essa aí é a Carly Shay, apresentadora principal do Webshow iCarly. Foi uma surpresa ela ter aparecido agora.

Sam vai até Carly, e a abraça. A mesma retribui.

Sam: Não esperava te ver aqui. Ainda mais depois desse turbilhão que nós passamos.

Carly: Eu sei. Mas precisava vir aqui, não podia deixar essa infeliz destruir vocês por minha causa.

Sam: Espera? Como sabe que ela...

Carly: Longa história, Sam. É algo que meu pai me contou há um tempo, mas falamos disso mais tarde.

Megan estava olhando para Carly de uma forma odiosa, como se estivesse prestes a atacá-la a qualquer momento. É então que Megan bate nos policiais e vai para cima de Carly, mas é contida por C101.

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C101: Fique quietinha aí!

Megan: GRRRRRRR! Maldita, por sua culpa, minha vida é um inferno!

Carly: Não tenho culpa nenhuma. Você é que está neste mundo como intrusa, por se tratar de um clone meu.

Todos os outros se surpreendem com esta revelação.

Benny: Agora tá explicado!

Jerismar: U-um... Clone?! M-mas quem teria sido capaz de ter feito uma coisa dessas?

Lester: Provavelmente o cientista que ajudou Megan a construir várias dessas invenções idealizadas por ela.

Megan ri mais uma vez, deixando Sam furiosa.

Megan: Isso mesmo! Acontece que odeio o fato de ser um clone desta patricinha! Por muito tempo carreguei este fardo, mas acabando com ela, vou me sentir uma pessoa legítima.

Sam a pega pela camisa, fazendo-a encará-la.

Sam: Nem por cima do meu cadáver que você vai fazer uma coisa dessas. Jamais vou deixar você fazer mal as pessoas que gosto.

Sam dá um soco na barriga de Megan, fazendo-a tossir.

Sam: Acho que agora, ela vai parar de dar os seus pitis.

Carly: É bom mesmo. Ainda bem que tenho uma amiga como você.

Sam: Gostei de ouvir isso.

– Muito bem! Vamos prender esta pilantra! – diz Gary, mandando os guardas levarem Megan, que estava algemada.

– Tomem cuidado! Ela é bem escorregadia! – diz Sam, ao ver Megan sendo levada pelos policiais. Megan mostra a língua para Sam, mas a mesma revida mostrando o dedo do meio.

Jerismar: Ei, onde estão Sinjin e Burf?

Benny: O Sinjin quis experimentar a minha loção capilar, já que ele estava se queixando de que seus cabelos estavam caindo. Burf foi acompanhá-lo.

É então que Burf surge, fazendo uma cara estranha, como se tivesse se assustado com alguma coisa.

Dice: O que foi, Burf?

Sam: Parece que viu um fantasma?

Burf não estava conseguindo falar, até ser empurrado por C101.

C101: Fala logo, homem! O que você viu?

Burf (assustado): É que... O Sinjin estava usando a loção do Benny...

Jerismar: E aí?

Burf: Aí que... ele exagerou na dose. Ao invés de passar só um pouquinho no cabelo, ele resolveu tomar um banho com aquilo.

Benny: Glup! Não me diga que...

– Sim. Ele vem vindo aí – Burf aponta para Sinjin. O mesmo havia se transformado numa imensa bola de pelo, fazendo todo mundo ficar boquiaberto, alguns fazem até cara de nojo. Gibby, por exemplo, vomita.

Spencer: E eu achando que as calças do Gibby caindo era a coisa mais horrorosa do mundo. Acho que essa imagem é uma forte concorrente.

Sam: Irgh! Acho que alguém terá que ir urgente ao cabeleireiro.

Carly: Que nojo! Espero não ver mais uma coisa dessas na minha vida.

Gary aparece, diante de Carly, Sam e C101, dizendo – A Megan não vai mais incomodar vocês. Vamos levá-la conosco, e ela vai responder sobre os crimes que cometeu.

Sam: Esperamos que sim. Mas e quanto à pessoa misteriosa que a ajudou? Ela ainda não abriu o bico sobre esse assunto.

Gary: Fique tranquila, ela não vai poder esconder isso por muito tempo. Tal pessoa ainda deve estar por aqui. Vocês tem alguma suspeita sobre quem possa ser?

Sam: Sim. Nossa suspeita é um cara chamado Roger McNeice. Ele é empresário de lutadores de MMA, estava bancando o Logan Flint.

Gary: Pois bem. Faremos nossas investigações a partir de amanhã. Vocês devem estar todos cansados. Quando a Megan disser sobre algo, avisamos a vocês.

Sam: Pode deixar.

O policial se retira.

Carly: Então consegui vir a tempo, para participar desta “festa”.

Sam: Sim, amiga. Bom, já que está aqui, quero te apresentar uma pessoa.

Sam apresenta Carly para C101.

Carly: Já tinha visto o Robocop. Por que quer tanto me apresentar a ele?

C101: GRRRRRRR! O meu nome é C101!

Carly: Calma! Quer dizer... Não sabia que a Sam e você estavam tão próximos. Achei que fosse um dos policiais.

Sam: Não. Esse guerreiro não é um policial. Na verdade, ele é outra pessoa.

Carly: Então de quem você se trata?

C101: Olha... Deixem-me curtir mais um pouco este disfarce. Depois eu te revelo quem sou. Alías, desculpe minha grosseria, eu não sou assim. Esta armadura às vezes domina a minha mente.

Carly: Tudo bem. Mas deu pra ver que você é uma pessoa legal.

C101: Er... N-não imagina o quanto estou feliz com isso. Queria muito te conhecer.

Spencer vai até elas e abraça mais uma vez a sua irmã. Sam vai até Freddie e o abraça fortemente. Os dois trocam carícias e depois olham nos olhos um do outro. Os dois parecem que vão novamente se beijar... Mas a Senhora Benson a impede de fazer isto, dizendo que ele está muito machucado. Doheny acorda, e usando uma das suas mágicas, faz com que Sinjin volte ao normal, deixando de ser a bola de pelo que agoniou todo mundo.

Os repórteres aparecem no local, muitos deles aproveitam o fato de Carly estar lá, e começam a fazer perguntas para Freddie, sobre com quem ele vai namorar. C101 vê a cena e se incomoda.

C101: Olha lá. Eu me sacrifico salvando esta cidade, mas quem leva todo o crédito é ele.

Jerismar: Não podemos esquecer que ele é um dos membros fundamentais do iCarly.

C101: Que se dane! Esse cara foi um tremendo saco de pancadas nesta noite, está todo quebrado. Sem falar que fui um dos responsáveis por isso.

Jerismar: Ah, é! Você bateu nele.

C101: E poderia bater mais. Como ele pode deixar esses jornalistas perguntarem sobre Creddie e Seddie. Parece que está se divertindo com isso, mas todo mundo sabe que o destino dele é ficar com a Sam.

Jerismar: Por quê? Por acaso, você é Seddie?

C101: Sim. Sempre achei que eles formassem um belo casal, e foram feitos um para o outro.

Jerismar: Você tem razão. Mas o fato de ninguém vir aqui falar com você também está te incomodando, não é?

C101: Lógico! Dou um duro danado e sou tratada assim? Acho que não fui feita para ser popular.

– Aí que você se engana. A sua importância foi fundamental esta noite. – Diz Lester, para C101.

Jerismar: Sr. Lester.

Lester: Não se incomode com todo esse holofote. Esses jornalistas são todos bajuladores. Você mostrou o seu valor a todos nós, não foi à toa que eu a escolhi para esta missão.

C101: O senhor está certo. Mas por que tinha tanta convicção de que eu era a pessoa certa para usar este traje?

Benny: Ouvi dizer que você vem de uma família que não costuma ter hábitos comuns. Vez ou outra fazem atividades consideradas anormais para muitas pessoas.

Jerismar: É mesmo. Chego a pensar da possibilidade deles não serem daqui.

C101: Não mesmo. Tenho origem italiana.

Jerismar: Puxa! E eu achando que era o único estrangeiro por aqui.

Lester: Isso não vem ao caso. O que importa é que a minha invenção deu certo.

Jerismar: É... Já que os Gremlins não estão aqui, você deve ter matado eles.

C101: Eu não matei ninguém.

Jerismar: O quê?

C101: Na verdade, nós entramos num acordo. De agora em diante, eles não irão mais fazer mal algum aos humanos.

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Jerismar: Só você mesma pra conseguir uma coisa dessas.

Lester: Mas eles não poderão ficar aqui. As pessoas vão ficar com más lembranças deles.

– Pode deixar. Sei muito bem o lugar onde eles irão ficar. Nesse momento, meu radar diz que eles estão escondidos por lá. – C101 diz, se retirando e indo em direção a Tommy, que estava sendo levado numa maca.

Jerismar: Que lugar seria esse, Sr. Lester?

Lester: Não há dúvidas de que seja o condomínio Schneider. Eles já estavam vivendo ali antes mesmo desse alvoroço.

Jerismar: É mesmo! Não tinha pensado nisso. Mas tem outra coisa que não estou entendendo até agora.

Lester: O quê?

Jerismar: Ficamos embaixo de chuva e consequentemente ensopados. Como é que o Benny ainda continua vestido de palhaço?

Lester: Hum... Não sei explicar. Mas conviver com esses furos e absurdos já é constante na vida de vocês. Deveria estar acostumado.

Jerismar: É... O senhor tem razão. Também não acreditava que Gremlins pudessem existir, mas depois do que aconteceu hoje...

C101 chega perto de Tommy, que estava acompanhado de Doheny e Robbie.

C101: Você vai ficar bem, cara. Tenho certeza disso.

Tommy: Eu sei. Suas palavras já me dão motivo bastante para isso.

Após Tommy e outros feridos serem levados ao hospital, C101 aproveita que todos estão distraídos para entrar no Bots, onde não tinha ninguém, e tira a sua máscara e armadura, voltando a ser a doce e graciosa Cat Valentine, além de estar vestindo o seu tradicional vestidinho.

Ao sair do Bots, ela vê Sam e Carly conversando animadamente, já que fazia um tempo que não se viam. Ela poderia muito bem ter uma crise de ciúmes, como chegou há acontecer na época do Salto Radical, mas ao invés disso, ela esboça um sorriso e vai até elas.

– Oi. – diz com o seu jeito amável de ser.

Sam: Oi, Cat. Acho que já está na hora de vocês se conhecerem melhor.

Carly: Então é ela que é sua companheira de quarto e sua colega de trabalho?

Sam: Sim.

Cat: Muito prazer, sou Cat Valentine.

Carly: Carly Shay, e o prazer é todo meu.

As duas se cumprimentam.

Cat: Eu sei. Todos que assistem iCarly sabem quem você é, e queria muito conhecer você. Sou sua fã.

Carly: Nossa! Não sei por que, mas é estranho se sentir idolatrado por alguém.

Sam: Também sei como é isso.

A loira olha para Carly e pergunta: Carlynha deixa eu te perguntar uma coisa. Que história é essa da Megan ser o seu clone? E você já sabia sobre isso?

Carly suspira quanto a isso. Sam e Cat estavam curiosas, e queriam saber a resposta.

Carly: Olha, não estou a fim de falar disso agora. Que tal amanhã?

Sam: Tudo bem, então. E agora, o que vamos fazer?

Cat: Vamos ao hospital, visitar nossos amigos.

– Sei muito bem quem você quer visitar – Sam diz de uma forma maliciosa, fazendo Cat corar.

Cat: O-olha. Não vou negar. Realmente quero conversar com essa pessoa e resolver uma pendência que tenho com ela.

Carly: Por quê? De quem você está falando?

Sam: No hospital você vai saber. Vou aproveitar para falar com o Freddie. Preciso saber a situação dele.

Carly: Hum... Sei...

Elas riem. Aos poucos, as pessoas vão deixando o local. No hospital, Tommy estava numa sala separada dos outros pacientes. Seu Tio Doheny entra no quarto, para falar com ele.

Tommy: O senhor bem que podia usar um dos seus truques para fazer com que eu melhore.

Doheny: Eu até quero. Mas os médicos não me deixaram fazer isso. De qualquer forma você vai ficar bem. O doutor disse que amanhã mesmo, você poderá sair daqui.

Tommy: Ainda bem. E aí, tem mais alguém aí fora?

Doheny: Sim. O seu amigo que usa óculos. O médico me deixou entrar primeiro, depois é a vez dele.

Cat chega no hospital, acompanhada de Carly e Sam. Elas se cruzam com Robbie no corredor onde fica a sala em que Tommy está sendo hospitalizado.

Cat: Oi, Robbie. Como é que ele está?

Robbie: Não sei. Ainda não falei com ele. O Doheny está lá dentro.

O médico chega até eles, dizendo: Vocês vieram ver o Sr. Tommy Doheny?

Cat: Sim. E outros amigos que foram feridos e trazidos pra cá.

Médico: Tenho que dizer que o quadro dele não é tão grave quanto achamos que fosse. Só pequenas lesões e ferimentos leves.

Sam: Ah... Então vai melhorar rapidamente?

Médico: Creio que sim. Amanhã já deve ficar bem. Apesar do Sr. Doheny estar lá com ele, vou dar autorização para todos vocês entrarem lá.

Sam: Não precisa. Apenas uma pessoa tem um assunto a resolver com ele.

– Que assunto? – pergunta Cat, que leva uma tapa na nuca.

Cat: Ai! Por que fez isso?

Sam: Pra deixar de ser lerda. Esqueceu-se do verdadeiro motivo para vir aqui?

Cat: Ah... É que eu ainda estou um p-pouco n-nervosa. E o que o Robbie vai pensar disso?

Robbie: Não precisa disfarçar, Cat. Eu sei que você e ele chegaram a ter momentos românticos juntos.

Cat fica aflita ao ouvir isso. Estava se sentindo numa encruzilhada, pois não sabia por qual dos dois tinha um sentimento maior.

Doheny sai da sala e cumprimenta os jovens a sua frente.

Doheny: Olá pessoal. Vejo que todos estão se preocupando com o Tommy. Ele se tornou uma pessoa popular em pouco tempo.

Sam: Sim, mas primeiro uma pessoa vai ter que falar com ele antes de nós.

Sam aponta para Cat, que estava mais nervosa do que antes. A ruiva vai até Robbie, e o abraça.

Cat: Robbie, desculpe se de alguma forma machuquei você. Juro que não foi minha intenção.

Robbie: Tá tudo bem, anjo. Não precisa se desculpar de nada. Afinal são coisas que acontecem.

Cat: Parece que você está levando isso numa boa. É sério que esse assunto não te incomoda?

Robbie: Não vou mentir, eu estou sim incomodado. Mas não posso deixar qualquer coisa me abalar, afinal de contas, aprendi que a vida tem que ser valorizada desde aquela experiência de quase morte. E também, a sua felicidade é o que mais importa para mim, independente da escolha que fizer.

Cat: Awn, Robbie. Você é tão fofo! Ainda bem que entende a minha situação.

Robbie: É lógico. Amigos servem pra isso.

Cat: Eu sei.

O abraço entre eles fica mais apertado. Mesmo na presença de outras pessoas, os dois compartilham um beijo. Era um beijo parecido com aquele primeiro deles, quando Cat estava demonstrando para Robbie o chamado beijo técnico.

Robbie: Isso me lembrou...

Cat: Nosso primeiro beijo. Acredite, aquilo era uma coisa que realmente queria de você.

Robbie: Como é?

Cat: Eu realmente gostei de você, Sr. Shapiro.

Robbie: Hum... Então você não gosta mais de mim daquele jeito? Do jeito bom?

Cat fica aflita com a pergunta. Carly, Sam e Doheny viam a cena, como bons expectadores.

Carly: Essa fala me lembrou de algo.

Sam: Sobre o quê?

– Nada não! – diz Carly, nervosa e percebendo que poderia dizer alguma besteira, o que faz Sam lançar um olhar estranho pra ela.

No quarto, Tommy estava deitado. Uma pessoa acaba de entrar, fazendo Tommy ficar surpreso.

Enquanto isso, Lester, Jerismar, Spencer, Sikowitz, Dice e Goomer estavam indo em direção ao hospital, quando se deparam com um sujeito estranho.

Jerismar: Cara, você me deu um susto! Parece até que saiu da sua tumba!

– De fato, acabei de sair de lá, pois esse é o horário que costumo acordar – diz o homem misterioso, para os olhares assustados de Spencer, Sikowitz, Dice e Goomer.

Lester: Quem é ele?

Jerismar: Luke Norman. O líder gótico.

Spencer: Glup!

Luke é um homem cuja pele era mais branca do que qualquer ser humano. Seus lábios eram negros e usava um traje parecido com o de um vampiro.

Jerismar: Por que você está aqui? Não era para nos encontrarmos amanhã?

Luke: Você quis dizer hoje. Já passou da Meia-Noite.

Jerismar: Enfim, ainda tem um dia inteiro. Volte para a sua tumba, quando o sol se por novamente, aí sim teremos o nosso encontro.

– Tenho a impressão que ele está atrás de alguém aí dentro – diz, Lester, o que faz Luke afirmar com a cabeça.

Luke: Sim. Um dos membros góticos está aí e preciso saber o seu estado de saúde.

Lester: Ah, sim. Nós também viemos para isso.

Jerismar: Vê se não assusta os outros com esse seu visual. Chego a pensar que você não é um ser humano comum.

“E não sou mesmo! Faz tempo que estou assumindo esta forma que naturalmente veio sobre mim, fazendo que não necessite a usar maquiagem. Só acho estranho um gótico cantar música Pop. Onde já se viu uma coisa dessas? – pensa Luke, entrando no hospital juntamente com Lester e os outros.