Blutengel - Love With The Devil

Capítulo 4 - Vampires will never hurt you


- Sarah - Ele se afastou de mim, sentando-se no chão e me olhando seriamente - Eu gosto de você.


- Bill, não foi isso que eu perguntei. Me responda, quem é você?


- O que quer saber exatamente?


- Quem é você pra saber tanto sobre mim, pra.. gostar de mim. - Me sentei ao lado dele.


- Sarah, isso é complicado. - Ele abaixou a cabeça.


- Não, não é. - Estava começando a me irritar.

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- Você não pode contar isso a ninguém, se não.. - Ele não terminou a frase.


- Se não?


- Eu posso morrer. - Ele complementou.


- Bill, para com isso. Quem vai te matar? Anda, conta logo.


- Ele.


- Ele quem? - Eu já estava confusa demais e ele insistia em complicar.


- O rei.


- Denovo com esse papo de rei? Bill, eu não to te entendendo mesmo.


- Sarah. - Ele de repente mudou seu tom de voz.


Olhei pra ele.


- Eu sou um vampiro, tá? Pronto, conte pra todos e me mate logo de uma vez.


Comecei a rir descontroladamente.


- Bill, você andou cheirando? - Eu ainda estava rindo.


Ele fechou os olhos e quando os abriu, estavam vermelhos.


- Bill. - Olhei para ele, incrédula.


Ele olhava pra mim como o Tom me olhava. Olhei para a boca dele, ele a abria lentamente.


- Para com isso, você tá me assustando. - Me levantei e virei para trás, e ele estava lá, atrás de mim.


Então era verdade? Mas vampiros nem se quer existem, eu acho. Nem vi suas presas, e vampiros realmente tem presas? argh.


- Não adianta correr. Sou muito mais rápido que você.


Sentei novamente no chão, olhando para baixo. Depois de alguns segundos, não sei como mas, lá estava ele novamente sentado comigo.

- Entende porque é complicado? - Ele me puxou para perto, eu me afastei novamente.


- Fica longe de mim. - Falei pausadamente. - Não sei o que você é.


- Não vou te machucar, confia em mim. - Ele me puxou para perto denovo.


- Bill, eu não.. - Antes que pudesse terminar a frase, ele me cortou.


- Já sei, não confia em ninguém. - Ele sorriu. - Mas me dê uma chance, estou confiando minha vida em você, confie a sua em mim.


- Não sei não..


Ele riu denovo. Ele rindo ficava tão inocente, tão.. \"meu\" Bill. Totalmente diferente daquele monstro que acabei de conhecer.


- Como se sente, petit? - Enquanto falava, ele passava a mão em meu cabelo.


- Ah, super normal sabe? Encontro vampiros todos os dias, meu gato é um demônio e o cachorro da vizinha é lobisomem. - Olhei brava para ele. - Como você acha?


- Deixou de gostar de mim? - Eu não estava olhando pra ele, mas pude perceber que ele me olhava enquanto falava.


- Eu nunca disse que gostava. - Respondi.


- Mas também nunca disse que não gostava. E o Georg desconfia disso, ele tem algumas habilidades. - A voz dele estava extremamente doce.


- Ótimo, ele é o que? lobisomem? - Zombei.


- Não, vampiro. - Ele riu. - Todos nós somos, com exceção de Gustav.


- Ah. - Não conseguia falar nada, estava num lugar cercada de vampiros com apenas um humano que era complô deles, resumindo: viraria churrasco.


- Voltando a minha pergunta, deixou de gostar de mim?


- Não vou responder nada enquanto você não responder as minhas perguntas.


- Certo, chefe. - Ele pareceu insatisfeito, mas concordou.

- Desde quando você é vampiro? - Sempre nas histórias ouvia dizer que quanto mais novo, mais perigoso, tinha que conferir, né.


- Faz uns 10 anos.


- E cadê sua marca? - Falei empolgada. Sou louca por cicatrizes, tinha que ver.


- Não tenho marcas, petit. - Ele sorriu.


- Como não? Você não foi mordido?

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- Não. O Tom é quem foi mordido.


Olhei pra ele sem entender absolutamente nada, acho que ele entendeu meu olhar como um \"explique-se\".


- Nós somos gêmeos, já deve ter ouvido falar dessa ligação forte que gêmeos tem.


Eu assenti.


- É então, uma noite Tom saiu e não chegava mais, eu sentia um aperto muito forte. Sabia que ele estava em perigo mas não podia fazer nada, não podia sair de casa naquela noite e a cidade é tão grande.. Acabou que ele foi mordido por um vampiro e pela nossa forte ligação, acabei me tornando vampiro também.


- Deve ter sido difícil, você que não tinha nada haver com a história. - Não sabia o que falar, na verdade.


- É, mas foi melhor assim. Nós temos que viver juntos sempre, sabe? - Ele sorriu.
Sorri ao ver o sorriso dele, simplesmente encantava.


- Sou mais fraco que ele e não consigo usar minhas presas sem que ele esteja junto. Ouviu, petit? Não posso te machucar. - Ele pegou minha cabeça, me fazendo encostar no ombro dele.


Ficamos em silêncio por alguns minutos, podia na verdade ficar ali para sempre.


- E agora, responde minha pergunta? - Ele colocou meu cabelo para trás da orelha, deixando meu rosto a mostra.


- É, eu gosto de você. - Sorri envergonhada.


Ele me deu um beijo no rosto, sorrindo também.

- Bill, o Tom é muito forte? - Tudo relacionado a eles me interessava, precisava saber de muita coisa ainda.


- Muito. Tem força por nós todos juntos, talvez pela metade da população da Inglaterra junta.


- E o Georg?


- Bom, é mais forte que eu e mais fraco que o Tom. Diria que é um vampiro normal.


- E o Tom não é? - Pronto, só faltava aquele nojento ser o fodão.


- Ele é especial, petit. Quem transformou ele tinha muitos poderes que foram passados pra ele. - Ele acariciava meu rosto.


- E você não tem nenhum?


- Não, diria que eu vim de brinde. - Ele riu. - Sou quase um humano, só que posso viver pra sempre..


- Melhor assim.


- Melhor porque, petit? - Ele me olhava.


- Assim posso confiar em você.. sempre. - Expliquei.


- E você confia em mim? Você? - Ele pareceu gostar.


- Não totalmente. - Falei, cortando o barato dele.


- Já é um começo, não é? - Ele me perguntava.


- Talvez.