Capítulo 14 - Voltando à minha casa.

Luck P.O.V

Por alguns segundos eu realmente pensei que Suzan ia descer escada a baixo. Mas eu não podia deixar isso acontecer. Ela quase morreu hoje, está cheia de ferimentos, e eu não vou deixá-la cair. Claro que, ela também é a minha missão.

Estiquei meu braço e agarrei a mão dela, não a deixando cair. Ela veio com um impulso muito grande, fazendo-a se trombar comigo, ambos perdemos o equilíbrio e caímos no chão.

- Porra Suzan, tá meio pesadinha! – Eu exclamei, a deixando furiosa.

- Você é um idiota mesmo. – Ela disse, se levantando de cima de mim. Alec ajudou-a a descer as escadas e ir até a sala.

- Sabe de uma coisa, Luck? – Clark indagou estendendo a mão para me ajudar a levantar. Apertei a mão e levantei. – Nunca, nunca na sua vida, ou na morte, tanto faz... Enfim! NUNCA ofenda uma mulher chamando-a de gorda!

- Como se você tivesse muita experiência com mulheres, não é mesmo? – Perguntei, e fui até meu quarto, peguei roupas e uma toalha.

Me direcionei até o banheiro e tomei um banho gelado, aliviando um pouco a dor que eu ainda estava sentindo de meus ferimentos.

Saí do banho, me sequei e me vesti. Saí do banheiro e fui em direção a sala, com um pouco de dificuldade. Então percebi que o resto do pessoal tinha ido embora.

- Vocês tão brincando com a minha cara? – Eu perguntei. Suzan estava ocupando um sofá inteiro, deitada. Enquanto meu pai, Clark e Alec estavam sentados no outro.

- Senta no chão, ué! – Suzan exclamou.

- Olha pirralha, eu tava até pensando em expulsar o Clark do sofá, mas você me deu uma ótima idéia. – Disse, pegando nos calcanhares da ruiva, depois os colocando no chão com certa raiva.

- Estúpido. – Ela se sentou certamente e emburrou a face.

- Então Alec você já ouviu dizer que o amor e o ódio andam juntos? – Clark perguntou com um sorriso na face de orelha a orelha.

- Claro que já! – Respondeu, no mesmo entusiasmo.

- Sabe outra dupla que não se separa? – Indagou Suzan para Clark. – Minha mão na tua cara.

- Suzan Hall e seus distúrbios sentimentais! – Ele exclamou, irritando-a mais ainda.

Ela simplesmente pulou em cima de Clark enchendo-o de tapas.

- Ai, pára com isso sua louca, maluca, você foi quase tostada hoje porra, dá pra sossegar um pouco? Pára com isso caralho! – Clark exclamava em sua defesa, o que não adiantava muito.

Meu pai e Alec há essa hora já tinham saído de perto, Alec estava se divertindo vendo Clark apanhar da ruiva, assim como eu. Mas aí ele pensou que já estava de bom tamanho e acabou com a graça, tirando Suzan de perto de Clark.

- Você é louca, menina? – Perguntei a encarando depois que Alec sentou-a ao meu lado.

- Não brinca com perigo não Luck, você também tá todo tostadinho. – Alec disse.

E então ficamos nesse ritmo de brigas e risos até certa hora, quando começamos a falar todos juntos, e depois paramos, e a voz de Clark com a frase “é, mas você bem quer comer a Suzan seu safado.” ecoou no silencio de casa. Depois Suzan ficou com o rosto todo vermelho, escondeu o mesmo em suas mãos.

Então continuamos a mesma bagunça até a ruiva reclamar de fome.

- Ô Suzan. – Alec disse.

- Oi?

- Você sabe que está em Gorgoroth, e que vampiros só se alimentam de sangue né?

- Ah... – Suzan disse, coçando a cabeça e fazendo uma careta. – Tinha esquecido desse detalhe. Então vocês podem me levar embora? Afinal já são 15h34min, quase morri queimada e quase caí da escada, mereço ver minha mãe e meus amigos, vocês não acham? Fora a minha fome né...

- Mas Suzan, você não pode, você está muito machucada e... – Meu pai começou a dizer, e então eu o cortei:

- Não, tudo bem. Vamos levá-la. Aí, se ela passar mal... Bom, a escolha foi dela de voltar ao mundo mortal!

- É, então vamos! – Suzan exclamou se levantando.

Suzan se despediu do meu pai, Alec a jogou em seus ombros, já que eu não estava em muitas condições, e então saímos de Gorgoroth, indo até a casa de Suzan. Alec a deixou no chão.

- Você tá bem, pirralha? – Perguntei.

- Com um pouco de dor de cabeça, mas eu to bem. – Respondeu, indiferente.

Toquei a campainha, depois de pouco tempo, a mãe de Suzan atendeu, e suspirou aliviada. Suzan entrou na casa e a abraçou.

- Ah filha, graças a Deus! – Ela exclamou, depois deixou Suzan ir falar com os amigos, os mesmos estavam na sala. – Podemos conversar as sos na cozinha?

- Ah, claro. – Eu disse, e então nós três entramos, Clark fechou a porta e fomos até a cozinha. Nos sentamos a mesa.

- O que aconteceu? – Victoria perguntou, parecendo um pouco aflita.

- Alguns vampiros que são contra Suzan se tornar a governante de Gorgoroth a seqüestraram, e iriam matá-la. – Alec respondeu, e Victoria pareceu muito surpresa. – Eles iriam matá-la esfaqueada, mas chegamos a tempo. Porém eles colocaram fogo no local...

- E então eu a tirei de lá. – Eu continuei. – E aí meu pai e os dois aqui ficaram cuidando de nós dois todo esse tempo que a Suzan ficou fora. E então ela pediu pra voltar.

- O que vai acontecer com esses homens que queriam matar minha filha?

- Eles serão pegos logo. – Clark disse, e sorriu. – Pode ficar tranqüila, é nosso trabalho protegê-la.

- Espero que assim seja. – Ela disse, e sorriu. – Então, podem voltar à sala agora! – Sorriu novamente, se levantando, logo em seguida fizemos o mesmo.

- Não, tudo bem, vamos voltar a Gorgoroth. – Eu disse. – Talvez o Armand precise de alguma ajuda nossa.

- Então tudo bem. – Ela disse, sorriu e foi até a sala, e nós também. – Suzan, vá acompanhar os meninos até a porta!

Suzan abriu a porta, nos despedimos de todos, e saímos. Estávamos chegando ao portão, quando Suzan pegou na minha mão e puxou, fazendo eu parar de andar. Os outros dois perceberam que eu parei, então disse para eles irem indo na frente, logo me encontraria com eles novamente. Então em questão de segundos eles foram embora rapidamente, desaparecendo de nossas vistas.

- Sevenfold. – Ela disse, chamando minha atenção. Olhei para ela. – Muito obrigada. – Sorriu de lado, e abaixou a cabeça. Depois de um tempo, a levantou novamente, me olhando. – Por tudo. Por me tirar daquele lugar, por não me deixar cair da escada... Por me proteger.

Coloquei a mão em sua cintura e a puxei pra mais perto de mim, selando nossos lábios. Só... Selando. Depois de algum tempo, me afastei dela.

- De nada. – Disse, indo a direção do portão. – Tchau... – Sorri, e fui a encontra de Alec e Clark, sem a mínima idéia do porque eu ter agido daquela maneira.