Blood Desire - The Vampire Diaries

Capítulo 4 - Todo o mal tem um pouco de bem



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POV Eleanor

Vivo num mundo onde você mata, ou é morto. Me encontro numa situação difícil, dificílima. Não continuaria naquele palácio nem mais uma noite. Não permitiria que mais ninguém abusasse de mim, tinha que ser forte. Tinha que tomar o controle ou ia acabar como um corpo morto, drenado de sangue.

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Eu sou a presa, não posso matar o predador. Mas poderei eu fugir? Era o que eu mais queria. Talvez arrumar uma casa em um lugar distante, onde ele nunca me encontre. Recomeçar.

Arrumo minhas poucas coisas, apenas uma bolsa com poucos vestidos, algumas joias. Não para as usar, mas para vender se passa-se fome. Já era noite.

Saio do meu quarto, o palácio estava vazio. Não se ouvia quase nenhum barulho, sim, eu estava com medo. Passo pelos grandes salões, onde seria a saída… Desço uma escadaria. Ouço pequenos barulhos vindos de uma porta. Aquilo me tinha deixado curiosa, mas não me podia distrair.

Olho para todos os lados, não haviam mais portas. Apenas aquela de onde vinha um leve guincho constante. Talvez fosse a saída, tinha que arriscar. Abro a porta silenciosamente.

O barulho do guincho constante continuava, ao abrir deparo-me com uma enorme lareira... Oh meu deus. Abro minha boca de espanto e embaraço ao mesmo tempo. Era Amber montada em cima de um cara. Ele estava suado e com algum sangue de mordidas, Amber parecia que nunca tinha tido mais energia na vida, estavam quase nus. O barulho acaba e ambos olham para mim. Sinto meus órgãos reviram.

– Você não devia ter visto isso! – Amber rosna e num piscar de olhos me segura pelo pescoço contra a parede.

– Eu, eu juro que não conto a ninguém, por favor! – Soluço.

– Você assinou a própria sentença de morte, vadiazinha – Ela me segura contra a parede com cada vez mais força.

– É só uma criança Amber – Ouço uma voz vinda do fundo, era o outro cara, moreno de olhos castanhos e claros. Tento me manter calma.

– Por favor – Tento respirar com dificuldade – Eu vou embora, eu não conto para ninguém!

– Você não sabe a gravidade da situação – Ela rosna olhando-me com um olhar mortal – Não tem como ir embora, você é o novo brinquedinho de meu irmão. Ele saberá num segundo se você passar pela porta de saída. – Diz ela frustrada.

–Eu fico calada, mas não me mate! – Digo com o ar me faltando.

O outro homem se veste.

–Ela não vai contar a ninguém, é uma criança inocente - Diz ele aproximando-se de nós – Não é, pequena?

Faço que sim com o rosto e engulo seco. Bastava um movimento das mãos de Amber para ter meu pescoço quebrado. Ela ameniza a força e me solta.

– Escuta aqui, Eleanor. Se meu irmão ficar sabendo disto, vou fazer você engolir seus próprios olhos e depois te mato. Lentamente. – Diz ela se vestido, e depois sai quase num piscar de olhos. O outro humano fica.

– Me desculpe, ela é… temperamental. Você se acostuma. Sou o Lord Josh – Diz ele se aproximando de mim. Ele nem ligava às mordidas que Amber lhe tinha feito.

– Lady Eleanor, quer dizer só Eleanor – Ele segura na minha mão e dá um pequeno beijo como comprimento. Assinto.

–Desculpe pelo que viu, mas não pode contar a seu duque. Iria trazer problemas de família. Eu e Amber nos casaremos, mas ninguém pode saber – Ele fala me olhando com um olhar serio.

– Porque você a deixa fazer isso? – Olho diretamente para seus ferimentos no pescoço.

– Porque eu a amo. E um dia serei como eles. – Ele fecha sua camisa e vai embora.

Como alguém era capaz de amar aquilo? Amber era bonita, mas aparências enganam... E muito. Ela era a prova real disso. E o que? Ele queria ser um monstro como eles? Não percebo. Minha mãe já me tinha contado histórias sobre este tipo de criaturas. Vampiros. Nunca tinha acreditado até entrar neste enorme pesadelo. Mas só sabia de uma coisa, não ia passar nem mais uma noite nesse palácio.

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POV Nathaniel

Eleanor me interessava. Era bonita, inteligente. Não era o que parece, um menininha boba e frágil, sentia que ela bem mais que isso. Seu sangue me agradava, é como heroína para um viciado. Tinha muitos planos para ela.

Sabia que ela tentaria fugir do palácio. Será que ela ainda não percebeu quem mandava? Parece que não. Observo-a através da janela de meu quarto, parecia apressada e determinada em ir embora.

Salto da janela de meu quarto, ficava no 3º andar e aterro bem na frente dela.

– Não acha que já é muito tarde para sair? – Sorrio de lado. Observo sua reação, seu medo era notável.

– Quero ir embora! – Ela diz determinada. Estava tentando esconder seu próprio medo.

Fico cara-a-cara com ela num segundo. Passo a mão pelo seu rosto. Ela me olha zangada.

– Vamos para dentro – Digo olhando em seus olhos azuis.

– Já falei que não quero voltar para aquele lugar – Diz ela desviando o olhar.

– Se sair agora, homens a estuprarão, se não ficarem satisfeitos cortam seu pescoço e a estupram do mesmo jeito.

– Já falei que não vou entrar mais ali dentro! – Ela aumenta seu tom de voz. Sua teimosia me irritava.

– Então tudo bem – Continuo com meu ar sarcástico – Se a Lady Eleanor não quer ir para dentro, ela vai ver como é o mundo lá fora. De verdade.

Pego nela colocando-a em meu ombro ela grita. Sorrio e desapareço daquele lugar.


POV Eleanor

Acordo sobre uma cama de palha. Olho em redor, parecia uma pequena cabana no meio do nada. Não parecia estar lá ninguém. Era de manhã. Saio da pequena cabana e olho lá fora, estava no meio de um enorme campo de flores. Cheirava tudo tão bem, o vento estava calmo e o único som era o de pássaros cantando.

Caminho em direção ao grande campo de flores, elas eram tanto azuis, amarelas e rosa. Meu vestido esvoaça, sinto o vento em meu rosto.

De repente sinto algo indo para cima de mim, caio sobre as flores. Meu coração acelera. Abro os olhos, era Nathaniel. Me olhava com aqueles olhos profundos, estava em cima de mim, de certa forma não queria que saísse. Não, eu o odiava, ele é um monstro. Me mentalizo disso. Ele se deita do meu lado e observa o céu.

–Gostou? – Pergunta ele colocando os braços por baixo de sua cabeça.

Olho para ele. Ele olha para mim. Porque ele tinha que ser vampiro?

– Meu pai me levava aqui quando era mais novo. À 500 anos atrás. – Diz ele desviando o olhar.

Ele estava tentando-me mostrar seu lado humano? Seu lado perigoso me assustava, mas ao mesmo tempo me intrigava.

– Você nasceu em 1200? – Era notável minha admiração. Afinal, é muito tempo.

– 1289. E você em 1773 – Diz ele voltando a olhar para mim.

Ele devia estar achando que sou uma criança, ou talvez só uma bolsa de sangue teimosa.

– Como sabe isso? – Como que ele sabia exatamente meu ano de nascimento? Penso para mim.

POV Nathaniel

Ela devia estar achando que eu era um velho. Como ela ia reagir quando souber que eu me informei de tudo sobre sua vida? Não sei, só sabia que havia alguma coisa nela que me interessava, mais do que todas as garotas que conheci em toda a minha vida. Talvez fosse pela pureza dela. Ia fazer 17 anos, eu tinha 500.

– Vamos ficar aqui por algum tempo. – Digo.

– Porque? – Ela pergunta.

–Não falou que não queria voltar para o palácio? Ficaremos aqui.

–Mas do que se vai alimentar? Não quero que faça aquilo de novo comigo.

– Não o farei. – Ia ser dificilíssimo aguentar minha sede, principalmente por ela. Aquele sangue tão delicioso e viciante. Mas tinha que mostrar para ela, ao menos tentar, o que eu era na realidade. Todo o mal tem um pouco de bem, assim como o inverso.