"The Necklace"

Storybrooke/ Time: Presente

(Regina Pov/On)

Desde que eu coloquei meus olhos nela, não conseguia parar de pensar que a menina me lembrava alguém, mas quem? Eu ainda não havia conseguido responder essa pergunta quando o colar em minha mão começou a mudar e a parede explodiu no cômodo a frente.

— Ela não consegue passar cinco minutos sem destruir tudo?! – Gritei depois de termos visto ela atravessar para a rua pela parede destruída. Não tão ao longe podia-se ouvir estrondos e gritos.

— Whale! – Hook o procurou pelo cômodo, até perceber que ele havia sido lançado à parede e estava desacordado, uma das enfermeiras andou até Snow tremendo de medo.

— Ela despertou do nada! Tinha um dos olhos de um tom vermelho... Como um monstro! Ela usou uma magia terrível para lançar-nos para longe e explodir a parede. - O colar continuava a esquentar em minha mão e eu não pude mais segurar o pingente, apenas a corrente. Henry percebeu o pingente solto em minha mão e se aproximou.

— O colar! Ele mudou pouco antes dela acordar.

— Pode ser sua fonte de poder. – Disse Snow ainda acalmando a mulher transtornada. Hook deu um passo à frente.

— Então se o destruirmos talvez possamos para-la. – Porém, avaliando-o melhor, eu podia dizer que ele não emanava nada tão exorbitante como aquele poder. Eu levantei a cabeça, prestes a lhe dizer.

— Espere... – Mas Hook já tinha tentado segurar o pingente, o que o fez voar alguns metros até a parede. Enquanto pode ser ouvido novamente um alvoroço do lado de fora do hospital.

— Ótimo! Você a chamou de volta! – Disse sarcástica. - O colar funciona como um compressor para seus poderes, um tipo de trava. E já que ela está vindo diretamente para nós, talvez eu tenha uma chance de colocá-lo de volta sem causar a morte de todos nós. – Falei andando até o buraco na parede.

— Como nós colocaremos o colar nela se seus poderes estão fora de controle? – Virei-me para Henry que havia colocado a questão.

— Oh não! Nós não. Você fica aqui onde está a salvo. – Eu olhei para frente e já podia vê-la do outro lado da rua, com os olhos incandescentes e raivosos me espreitando.

Passei por cima dos destroços e os outros pararam ao meu lado.

— Então... Qual o plano? – Robin perguntou encarando a menina.

— Não tem plano. Somos só eu e ela. – Comecei a andar em direção à rua enquanto os outros me encaravam, tentando me seguir, contudo sem tirar o olhos dela, levantei a mão impedindo os de avançar. Ela deu um passo à frente.

Comecei a sentir sua energia negra mais e mais a cada passo dado até o meio da rua, quando olhei profundamente em seus olhos e percebi que apenas um era vermelho vivo, o outro era de um azul que parecia sem vida ou mostrando uma alma completamente subjugada.

Com uma voz bestial e rouca ela sibilou.

— Você tem algo que me pertence, Evil Queen. – Ela traçava um caminho ao meu redor, sem tirar os olhos dos meus.

— Sim. Eu tenho. – Apertei ainda mais o colar em minha mão. - O que é você? – Eu disse estreitando os olhos. Ela sorriu macabramente.

— Você não precisa saber, apenas me dê o colar. – Ela me estendeu a mão.

— Porque eu deveria?

— Porque eu vou matar você. – Disse ela irritada.

— É muito estranho que já não o tenha feito. – Falei tensa.

— O colar não funciona assim. – Gargalhou – Não se perguntou porque só você pôde toca-lo? – Dei um passo para traz e olhei para o pingente em minha mão. O lado antes claro, lutava por espaço entre branco e preto, respirei profundamente e dei um passo à frente estendendo a mão, mas algo me dizia que aquele colar era muito importante então hesitei, e isso a enfureceu.

— DÊ-ME O COLAR! – Nuvens negras de magia prenderam meus braços, paralisando-me como se meu sangue tivesse congelado nas veias, larguei o colar em sua mão fazendo o poder recuar instantaneamente, fazendo-me cair no chão.

Com o colar em volta do pescoço, ela caiu de joelhos na minha frente ofegando, olhei diretamente em seus olhos, agora totalmente azuis, antes dela revirar os olhos e desmaiar, desaparecendo em uma nuvem de magia vermelha.

(Regina Pov/Off)

(Narrador Pov/On)

Em meio a toda aquela confusão na sala de traumas do hospital, Henry sentou-se em um canto ao lado de algo brilhante que havia chamado sua atenção. Ele retirou alguns tijolos de cima, encontrando um antigo diário de couro prateado com uma fechadura na lateral e um espelho retangular emoldurado na frente.

Quando ele o segurou letras começaram a embaçar o espelho que não refletia nada, formando as palavras “Hide Me”.

(Narrador Pov/Off)