Black Pearl
"Strengthening Friendships"
Storybrooke / Time: Presente
(NarradorPov/On)
Vallery tinha acabado de sair do banho e tentava escolher o que usar, parada a frente do seu guarda roupa. Ela retirou do mesmo, agora completamente cheio com roupas escolhidas por ela e Ruby, um jeans escuro, uma simples blusa branca e uma jaqueta de couro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Com o cabelo, lindamente, bagunçado.Vallery desceu e encontrou Bell no andar de baixo.
— Bom dia, Vallery. – Ela estava atrás do balcão com alguns papéis na mão.
— Oi. – Falou a outra bocejando e colocando os braços sobre o balcão logo em seguida.
— Sumiu o dia todo ontem. Voltou tarde? –
O comentário da jovem, levouVallery a relembrar do ocorrido no palácio de vidro, deixando-a séria. Seus músculos se retesaram tão logo a tristeza a invadiu.
— Eu e a Ruby fizemos algumas perguntas por ai ontem. – Falou Bell, que agora olhava para a outra. – Nós vamos encontrar sua mãe. – Quando disse isso, Vallery lhe deu um sorriso triste, pois recordou-se que assim que conquistasse isso, sua maldição a mataria.
Belle, que havia notado sua expressão, fez a volta na bancada e tentou abraçar Vallery. A mesma, porém segurou seu pulso e de olhos arregalados observou atentamente a pulseira azul e prata que lá pendia, que a mesma reconhecia muito bem como a sua própria. Vallery olhou assustada e em reconhecimento da pulseira para Belle.
Olhando para elas não muito distante, estava Will. Ele observava, pensativo, Vallery se deixar abraçar por Belle. Sentia-se feliz por ela, já que a mesma parecia aos poucos estar se abrindo, deixando alguém atravessar suas muralhas.
(NarradorPov/Off)
(ValleryPov/On)
Assim que Bell me soltou, ouvi alguém pigarrear atrás de mim. Girei para encontrar Will na porta, segurando um pacote que cheirava como café da manha.
— Oi Will. Obrigada por trazer o café. Come com a gente? – Perguntou Bell, indo em sua direção.
— Vou adorar. Bom dia Vallery, dormiu bem? – Eu não consegui descobrir se ele realmente estava falando sério, então apenas o observei sentar-se a mesa conosco.
— “Sim Will. Sonhei com unicórnios mortos e maçãs podres! Foi lindo!” – Disse ele tentando imitar minha voz.
Peguei um dos garfos que Bell havia posto a mesa e joguei em sua direção. O utensílio passou por ele, fazendo um corte em sua bochecha e prendendo-se a parede atrás dele. O silêncio completo preencheu a sala até que eu disse.
— Bom dia, Will – Falei calma, usando magia para trazer o garfo de volta a mesa.
— Vallery! – Disse Bell incrédula.
— O que? Eu estava mirando na parede, ele que estava no caminho. –
Antes que ela pudesse falar algo, Will começou a rir. Gargalhar na verdade, mas por algum motivo, não me senti incomodada como normalmente ficaria.
— Alguém me explica como eu sou amiga de gente tão sem noção. – Falou Bell
revirando os olhos e suspirando.
Will ainda ria sem parar, quando Bell jogou um pacote de pães nele.
— Se você vai ficar rindo como um idiota, ao menos seja útil e me faça um sanduíche.- Ela sentou-se com um copo de suco na mão, enquanto eu me segurava para não rir da cara que Will fazia.
— Você está passando muito tempo com a Vallery, está começando a ficar tão mandona quanto ela. – Disse ele, divertido.
— Eu não preciso da Vallery para ser mandona. –
— Acho que a Bell está se revelando. – Falei logo antes de tomar um gole de suco.
Não deu tempo nem de respirar antes que Ruby entrasse correndo pelas portas. Respirando pesadamente, sentou-se de frente para Bell.
— Ainda bem que deu tempo, achei que estivesse atrasada. – Falou pegando uma fatia de torrada.
— Mas você está. – Falou Will entre mordidas. – Acabou de perder o grande momento do ano. –
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!As conversas giraram em torno de amenidades, piadas e brincadeiras durante todo o café da manha. Contudo, o clima mudou um pouco quando eu falei que visitaria o Henry, para tentar saber mais sobre a Regina, Todos se entreolharam.
— Quando perguntei sobre o Henry hoje, a Regina disse que está preocupada. Ele não sai do quarto ou fala nada desde ontem. – Ruby comentou.
— Como assim? – Perguntei. Ela me respondeu com uma expressão triste. –
— Você sumiu ontem, não foi? –
— Ah! Lembrei! Era isso que eu tinha que te contar. – Exclamou Will. – Não tem um bom jeito de falar isso, mas digamos que a Emma não vai ganhar o troféu de “Mãe do Ano” depois de ontem. – Levantei uma sobrancelha sem entender muito bem.
Levantei-me da mesa, alegando ter terminado de tomar café e disse que sairia para dar uma volta.
**
Lembrando-me do caminho, andei até a frente da casa de Henry. Onde, na porta, Regina e Emma discutiam. Bufei ao ver a cena, sem ser notada.
“Não deveria fazer isso Vallery.” Falou Ele, em sua voz distorcida, na minha cabeça.
“Agora você aprendeu a nos separar? Então o que eu faço da minha vida, não é da sua conta.”
“Não se engane, garota. Sua vida está em minhas mãos.” Ameaçou ele.
“Vai se fuder!” Aprisionei ele o mais longe possível da minha mente e voltei meus olhos para a casa.
Elas estavam finalizando a discussão quando, olhando para a janela fechada no segundo andar,transportei- me para o quarto de Henry. O garoto levou um susto, ainda sentado na cama.
— Vallery?! – Ele levantou, surpreso. – O que está fazendo aqui? – Eu o analisei com os olhos, procurando algum sinal, mas apenas perguntei, calma.
— Você está bem? –
Ele abaixou os olhos, triste. Sentou-se novamente na cama, com uma expressão apática e eu o segui.
— Você já sabe então. – Suspirou.
— Não, não sei. Mas esperava que você me contasse. – Sentei-me de frente para ele, com as pernas cruzadas, na cama.
Ele me contou sobre o dia anterior. Sorria timidamente ao me falar sobre a garota vinda de Camelot, e pareceu ainda mais machucado ao me contar sobre a Emma e sobre as memórias que recuperou sobre Camelot. Descobrindo de tal forma que sua própria mãe havia “destruído” seu coração. Quando ele parou, sussurrei mais para mim mesma.
— Nunca é fácil ter um coração partido. – Pensei não ter dito de forma audível, contudo o garoto perguntou.
— Você já teve seu coração partido? – Olhei para ele, não me sentindo muito confortável.
— Claro. Quantos anos você acha que eu tenho? – Ele abriu a boca para responder, mas eu levantei a mão, parando-o.
— Não responda. Sinto que não vou gostar do que está pensando. – Abaixei a mão e mudei de assunto. – Henry, eu não sou muito boa com isso, mas vou lhe dar um conselho. A Emma pode ser a sua mãe, porém ela é a Dark One agora e todos ao redor dela sentirão a dor das trevas que ela carrega. – Continuei depois de uma pausa mínima.
— Eu posso confiar em você agora, contudo isso não quer dizer que a minha escuridão não o afetará também. Lembre-se disso Henry. – O silêncio se instalou e Henry parecia pensativo.
— Não se preocupe garoto, você não é o único com problemas familiares por aqui. – Sorri para ele, tentando aliviar o clima.
(ValleryPov/Off)
(Regina Pov/On)
Tinha conseguido mandar Emma embora a algum tempo atrás e agora consegui me rebaixar de forma inimaginável. Estava escutando a conversa do Henry e da Vallery por detrás da porta. Se contasse para alguém, jurariam que era mentira.
“- [...] Você não é o único com problemas familiares por aqui. -”
“- Como assim? -” Ele perguntou em um tom surpreso.
“ – Digamos apenas que se não bastasse ter me tirado da minha mãe, a minha avó ainda conseguiu selar a minha vida, prendendo-a na escuridão. -” Arregalei meus olhos por detrás da porta.
“ – Vallery... -” Disse Henry.
Minha curiosidade só aumentava. Tinha milhões de perguntas borbulhando em minha mente. Ouvi o barulho da cama.
“– Bom, já é a hora de começar a descobrir sozinho. -” Ouvi outro baque na cama. “- Até mais, garoto. -”
Vallery parecia ter ido embora. Suspirei e encostei minhas costas na parede, ponderando o que havia ouvido. Levei um susto quando Henry abriu a porta do quarto, com a cabeça baixa, não percebendo minha presença.
Ele desceu as escadas e eu entrei em seu quarto, observei o diário em cima da cama. Muito curiosa sobre, tentei abri-lo, sem sucesso. E ao ouvir o ruído das escadas, usei magia para desaparecer.
(Regina Pov/Off)
(Henry Pov/On)
Voltei da cozinha com um copo de água na mão, colocando-o em cima da mesa de cabeceira. Sentei-me e abri o diário a minha frente, na cama.
(Henry Pov/Off)
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