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Capítulo 5 - A entrevista


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A entrevista

— Nanda, nós vamos atrás do José agora! — gritei assim que vi que eles estariam em uma rádio aqui perto dentro de 20 minutos
— O que? Como Demi? Surtou?
— Surtei, um pouco. Olha só, eles vão estar na rádio aqui perto daqui a pouco, e eu vou lá. Você vem junto né?
— Claro, mas como vamos falar isso pro seu pai?
— Shopping minha cara. Falamos que vamos no shopping — fui subindo as escadas — Vem logo!
— Não vou fugir pela janela Bárbara! — dei língua pra ela e continuei subindo

Eu sabia que ir nessa entrevista, mesmo que para ficar do lado de fora o vendo apenas na entrada e na saída, seria muito bom. O José me veria, talvez, e ele poderia lembrar de mim, vir falar comigo. Acho meio díficil ele não lembra, porque o show foi ontem né?
Cheguei no meu quarto já me arrumando, apenas ouvi Fernanda chegar correndo e fechando a porta.

— Demi eu não vou desrespeitar seu pai!
— Quem disse que você vai fazer isso? — apareci sorrindo traveca pra ela — Ligue pra sua mãe e diga que vai ao shopping comigo. Anda! — ela pegou meu telefone e começou a discar

Enquanto ela falava, eu pegava a minha camêra, bolsa e tudo mais que eu tinha certeza que iria precisar. Sua mãe, óbviamente, deixou ela ir no shopping comigo, isso porque não sabe que de shopping não tinha nada.
Descemos. A deixei na sala e fui a cozinha avisar aos meus pais. Descofiaram, ainda estava cedo, mas eu disse que a gente esperava o shopping abrir. Pura mentira! Eu nunca ficaria plantada na porta de um shopping o esperando abrir!

[...]

Assim que chegamos lá, havia algumas pessoas, mas nada que me impedisse que ficar na grade e o fizesse me ver. Me pendurei naquela grade sendo segurada por Fernanda atrás de mim. Tadinha, se eu não tivesse me segurado na grade, ela essa hora estava lá atrás e não veria o Gustavo, como ela gostaria.

José PDV;

Chegamos à rádio. Havia algumas pessoas, nada que não estivessemos acostumados. Não era muitas como no nosso país. Ali dava pra falar com todas se não tivessemos uma entrevista para fazer.

— O mesmo de sempre, ok? Autográfos para as sortudas que conseguirem e seguimos para dentro! — Gustavo disse abrindo a porta. Nem concordamos. Não deu tempo!

Descemos e nos separamos um pouco, apenas alguns metros de distância um do outro. Fui andando e autografando alguns objetos que via na frente, até que me pediram uma foto e quando eu vi a menina. Quem era? Ela mesma, Demi Lovato. A menina dos 15 anos!

— Claro, Demi — opa, a menina morreu. A amiga atrás dela quase caiu pra trás — Está tudo bem com vocês?
— Cla...ro. Nada que...precise se...preocupar! — ela gaguejava legal e não me contive. Tive que rir.

Puxei uma das grades ao lado e ela se assustou. Fiz sinal de que passasse correndo para dentro da rádio que já a encontrava. Deixei sua amiga entrar também, sem saber se chegaria viva lá dentro.
Terminei os poucos autográfos que daria. Minha atração tava lá dentro! Entrei primeiro que todos e que se dane se me achassem um idiota ou um ignorante, eu não era mesmo.

— Estão melhores? — cheguei sem avisar e minha voz a visaram pular. Matei as meninas! — Desculpem. Respirem?
— Vamos lembrar disso da proxima vez! — a amiga dela disse saindo em direção ao bebedouro
— Veio assistir a entrevista? — me sentei no seu lado e ela congelou. Ótimo José! — Eu estou aqui, ok?
— Esse é EXATAMENTE o problema, José!
— Então eu vou subir, assim você pode voltar pra sua grade! — me levantei, mas ela segurou minha mão e levantou. Gelei.
— Não quis dizer pra você subir. Desculpe! — ela olhou para a sua mão e eu acompanhei seu olhar.

Ela ia tirar a mão de mim, mas em um movimento rápido, eu a peguei de novo, porém entrelaçando os meus dedos aos dela. Levei nossas mãos à altura de nossos rostos, que estavam bem distantes, mas estavam totalmente conectados pelo olhar.

— Ficam lindas...assim! — comentei olhando nossas mãos e senti ela tremer.
— É, ficam — voltei a olhá-la.

Era impressão minha ou eu queria beijar uma fã de 15 anos?
A puxei em direção a uma sala que ficava fora do ar da rádio, e a deixei lá, indo pro estúdio que estav sempre no ar.

[...]

— Mas então, a pergunta que todas querem saber, José Medeiros está solteiro? — o entrevistador me perguntou, eu sorri e olhei para o vidro onde ela estava me olhando
— Talvez — sorri pra ela e me virei pra ele — Pra quê saber não é? — ele riu e eu me levantei — Quer saber a resposta verdadeira? — perguntei a ela assim que entrei na sala
— Você...me diria? — ela se assustou
— Sim, eu te diria. Quer saber?
— Eu...quero, José! — morri. Como ela pode dizer um nome tão ridículo de uma forma tão...sexy?
— Solteiro — falei me aproximando. José distância da menina!

Invés dela sair da minha frente antes que acontecesse qualquer coisa, ela chegou pra frente e sussurrou um: "Ah é?" colocando sua mão no meu rosto. Como assim? Eu ia beijar uma fã de 15 ANOS?

Demi PDV;

Ah, não to nem aí no que ele vai pensar, mas eu vou beijá-lo mesmo. Solteiro, gostoso e perfeito na minha frente e eu não vou fazer nada? Ah querido, me desculpe, mas não dá!
Passei um mão no seu rosto e o senti se arrepiar. O quê? José se arrepiando por mim? Estou morta totalmente! Resolvi comprovar isso e coloquei minha mão na sua camisa. Ele gelou. Seu rosto ficou gelado na minha mão! Aproximei meu rosto do dele. Ele intercalava seu olhar dos meus olhos à minha boca. Aquilo estava legal! Senti ele me pegando na minha cintura nos juntando. Acabando totalmente com o espaço que tinha entre nós! Nossos rostos estavam a, exatamente, 5 centímetros.

— Demi, é melhor pararmos... — ele disse super baixo e eu sorri feliz em vê-lo assim.
— Está interessante não está? — passei minha mão no seu braço. Ele não me respondeu, era pra continuar!

Olhei uma vez para seus olhos e acabei com os 5 centímetros que existia entre nossas bocas. Colei nossos lábios, que gosto perfeito aquela boca tinha! Ele me apertou e minhas mão alcançaram seus cabelos. Meu Deus, que sonho é esse? Ele me beijava bem lentamente, me torturando totalmente. Pena que ele pensa que sempre manda. Pedi passagem com a minha língua, ele deu é claro, então comecei a torturá-lo. Brincava com a língua dele, e quando ele ia aprofundar o beijo, o empurrei. Quase me matei por isso, mas superamos.

— Des... — antes dele se desculpar, colei nossos lábios em um selinho
— Eu fiz isso, ok? — sorri o passando segurança — Eu quis!
— Solteira? — ele deu um sorriso sacana e se aproximou de novo, segurando minha cintura. Homem rápido esse!
— Óbvio, José — sussurrei o "José" sensualmente, totalmente brincando com ele — Tenho que ir José. Meu pai está me esperando! Até algum dia meu perfeito! — tirei suas mãos de mim, apenas dando-o um selinho e fui atrás da Sel.

A menina vai infartar e eu to ferrada. Um velório na minha conta amanhã!

José PDV;

Essa menina é maluca? Me beija, me enfeitiça dizendo meu nome de uma forma tão...sensual, e sai atrás da amiga para ir embora? Não acredito que o José Medeiros foi largado assim! Passei a mão nos meus lábios repetidamente.

— Que beijo foi esse? Meu Deus. Que deusa dos beijos!

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