Belong

20 - The first gift


Itachi

Gaara estava no jardim de inverno completamente distraído com seu hobby recém adquirido, ele estava mais nervoso que o normal, a seu pedido ainda não tínhamos contado sobre a gravidez, ele queria esperar até um pouco, além do terceiro mês de gravidez, onde seria mais seguro contar para à nossa família.

Ele quer ter certeza e o maior número de chances possíveis de levar essa gravidez adiante, na maior parte do tempo ele tenta esconder seu medo de mim, mas não consegue como agora, seus sentimentos todos misturados criando um redemoinho agoniante de medo e aflição.

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Há dois dias que ele estava deitado na cama fazendo o mínimo de esforço possível depois de um pequeno sangramento que teve no início da semana, que o assustou muito, hoje depois de muito custo e uma visita de oto-san ele finalmente saiu da cama para plantar as sementes especiais que oto-san trouxe especialmente para ele e seu jardim, sementes de flores que apenas nascem durante os invernos mais frios, como o que está prestes a chegar.

Eles tem se dado muito bem desde que descobriram a jardinagem como hobby em comum, a cada dia Gaara fica mais à vontade com oto-san, que vem visita-lo todos os dias desde que soube que Sakura tinha vindo à nossa casa as pressas durante a madrugada.

Oto-san vem tentando se redimir pelo comportamento que teve antes com Gaara nas últimas semanas, suas tentativas de aproximação tem dado certo, na maior parte do tempo eles ficam na varanda que dá para o jardim tomando chá e conversando, oto-san não disse nada, mas imagino que ele já saiba que Gaara está grávido e está esperando o nosso tempo para comunicar a família.

Além das sementes ele trouxe a novidade que está fazendo uma pequena recepção para Gaara, que deveria ter sido feita logo depois que chegamos aqui casados.

Ele quer tanto se redimir quanto elevar o humor de Gaara, que não anda muito bem, apesar de ter saído da cama ele não está como o seu normal, sorridente e conversativo.

Ele está simplesmente olhando para os montinhos de terra remexido que ele cavou e plantou, sentindo a tristeza agoniante que o consome vou até ele que está de pé olhando para as sementes plantadas há vários minutos.

Ao sentir minha presença perto de si, ele completa o caminho que faltava se jogando em meus braços, suas lágrimas caem silenciosamente, mas nosso vínculo criado pela marca grita desesperadamente.

O aperto em meus braços sentindo mais os casacos grossos que ele está usando devido ao frio do que sua pele. Não falo nada apenas mando sentimentos de carinho e proteção para ele através do nosso vínculo, deixo que ele chore e coloque todo o seu medo para fora.

─ Estou com medo Itachi, medo de perder nosso filhote ─ Essa é a primeira vez que ele toca no assunto desde do ocorrido ele se negou a falar sobre nosso filhotinho .

─ Eu sei meu amor, é normal ficar com medo, mas nós não perdemos o nosso filhote, ela continua crescendo dentro de você protegida pelo papai dela. ─ Desde que descobriu sobre a gravidez Gaara tem chamado nosso filhote de ela. ─ E lembre-se que Sakura afirmou que foi um sangramento pequeno nada que não pudesse ser resolvido com descanso e uma alimentação reforçada para você e nossa filhote ficarem ainda mais fortes.

─ Eu sei disso mas ... meu corpo ele é tão fr...

─ Não diga isso meu amor, você está mais forte e pode ficar ainda mais forte, os deuses não nos mandariam esse bebezinho se não fosse ter ela, os deuses sabem que você é forte e capaz de tê-la, pense positivo meu amor. ─ Ele desencosta o rosto do meu peito e ergue um pouco a cabeça para cima me olhando seus olhos estão levemente avermelhados por causa do choro.

─ Você acredita mesmo nisso? ─ Pergunta baixinho.

─ Com toda a certeza desse mundo meu amor. ─ O traço leve de um sorriso aparece em seu rosto.

─ Se você acredita então eu vou acreditar também ─ sem dizer mais nada ele volta apoiar a cabeça no meu peito.

Depois de nosso pequeno momento no jardim o levo para fazer a sua refeição fortalecida com ervas e raízes benéficas que Sakura recomendou que ele sempre comesse, por ser magro e pequeno o corpo de Gaara poderia não se adaptar a gestação como geralmente ocorre com os ômegas, nada que uma dieta fortalecida com ervas e raízes não ajudasse, além de caminhadas durante a gestação para fortalecer os músculos, o que ele poderia fazer a partir da próxima semana.

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Gaara já parecia um pouco melhor, mais calmo e tranquilo, o medo ainda continuava lá, só que agora em ondas menores, provavelmente esse medo vai nos perseguir durante toda a gravidez até que nosso filhote nasça, Gaara fica um pouco irritado toda vez que digo que é um filhote, ele faz um biquinho charmoso nos lábios e afirma que é uma menina.

O ajudo a sentar nas almofadas perto da mesa, me sentando logo depois ao seu lado, uma de suas mãos vai direto para a barriguinha que cresceu apenas um pouquinho, a acariciando um sorriso surge.

─ Mal posso esperar para ela crescer e começar a chutar ─ Diz depois que as servas saem após terem servido sua sopa.

Que ele come sem reclamar, mesmo não tendo o melhor gosto do mundo é incrível a sua dedicação a nossa filhote.

Após a sua refeição o acompanho ao quarto, me deitando junto com ele ,até o momento em que ele pega no sono depois de apenas alguns minutos, o deixo dormindo enrolado em um grosso cobertor para protegê-lo do frio, e vou até o meu escritório resolver algumas pendências.

Como a carta de Kankuro que chegou há alguns dias, saber notícias do irmão tinha dado um pouco de alegria a Gaara, a comunicação entre eles acontecia de maneira escarça e velada para que Raza não descobrisse e tentasse alguma coisa, o kazekage podia ser um completo demônio, mas até ele tinha bom senso de não mexer com o meu clã, mesmo assim eu não me descuidaria da proteção de Gaara e nosso filho.

Se você lê-se a carta e não compreendesse o que cada sentença dizia ficaria perdido achando que esta carta havia sido escrita por alguém que havia perdido a razão.

Gaara nunca foi permitido a escrever em Suna, mas desde que chegou aqui eu mesmo dei a ele aulas para que aprende-se a escrever e ler, a resposta era curta mais havia sido escrita por ele mesmo, sua caligrafia era como ele suave e fluída.

Concordamos em não contar através de cartas que ele estava grávido, esperaríamos uma oportunidade de contar pessoalmente.

Temari continuava brava comigo e cada dia mais grudada no irmão, agora eu compreendia que como uma ômega ligada pelo sangue a Gaara ela já havia percebido mesmo sem ter total consciência desse fato, de que ele estava grávido.

Depois de terminar os assuntos que demandavam a minha atenção, pego a surpresa que havia preparado para Gaara, dentro de uma caixa de madeira pintada a mão com cores fortes e vibrantes que traziam boa proteção, tinha uma boneca de pano que comprei em uma das minhas curtas viagens à vilas próximas a nossa.

Quero que Gaara esteja mais confiante em relação a gravidez e sua própria força, não vejo de que melhor maneira fazer isso do que torna-la ainda mais real, esse é o primeiro presente de muitos que encomendei para o nosso filhote.

Estava observando a bonequinha de pano com traços delicados em minhas mãos que nem percebi o momento em que a porta foi aberta e Gaara entrou por ela embolado no cobertor, com seu rosto inchado de sono e os olhos estavam mais fechados do que abertos.

─ Acordei e você não estava lá ─ Reclamou fazendo um biquinho não sei onde ele aprendeu a fazer isso, mas o fato é que eu não conseguia resistir a ele quando ele fazia biquinho.

─ Me desculpe amor, eu tinha alguns assuntos para resolver que não podiam esperar mais.

Ele não disse nada por um momento apenas se jogou em mim, rodeando meu tronco com as suas mãos de forma apertada, e apoiando a cabeça no meu peito quase dormindo em pé.

─ Você já acabou? Pode ir ficar comigo? ─ Perguntou com os olhos brilhando em expectativa.

─ O que foi meu amor teve um pesadelo? ─ Seus pesadelos diminuíram consideravelmente, mas ainda apareciam para tirar seu sono principalmente quando suas emoções se tornavam conturbadas como nesses últimos dias.

─ Oh não ─ Ele sorriu dando um pulinho para alcançar meu lábios deixando um beijo neles ─ Dessa vez foi um sonho bom, nós dois estávamos passeando com a nossa menina durante o hanami, ela já estava crescida e era tão linda parecida com você ─ Ele sorriu ainda mais largo quase fechando seus olhos verdes.

Beijei sua testa sorrindo contra sua pele macia:

─ Nós realmente vamos vê-la crescida e saudável meu amor.

─ Sim nós vamos ─ Sussurra, a voz ficando lenta novamente.

Ele se recosta novamente contra mim, Gaara estava muito sonolento, podia sentir que ele estava prestes a dormir quando sua cabeça vai um pouco para o lado olhando para trás da minha mesa, agora um pouco mais desperto.

─ O que é aquilo? ─ Aponta com o dedo se desvencilhando do abraço e indo até a mesa pegando a caixinha em suas mãos antes que eu possa falar qualquer coisa ─ Pra quem é ? ─ pergunta segurando a boneca entre as mãos.

Não era bem assim que eu queria fazer a surpresa, mas ver outro sorriso tão lindo em um intervalo tão curto de tempo me deixa feliz, simplesmente por saber que ele está feliz.

─ É um presente para a nossa filha ─ Digo me aproximando dele.

Que sorri em meio as lágrimas que escorrem dos seus olhos.

─ É tão linda Itachi ─ Ele leva a boneca contra o peito a abraçando entre seus braços por um momento. ─ Obrigada eu não sei nem o que falar, o primeiro brinquedo dela Itachi isso é ... eu nem ...

─ Eu sei também me senti exatamente assim como você no momento em que me disse que eu seria pai.

O abraço apertado querendo mantê-lo seguro e feliz como ele estava agora, não querendo deixar que os sentimentos ruins que nos rondavam voltassem novamente.

Vendo que mesmo com as emoções do momento Gaara ainda estava com muito sono, realmente quase dormindo em pé, o pego no colo para que ele possa dormir um pouco mais para que ele esteja bem descansado para o jantar que teríamos logo mais.

Antes mesmo de chegarmos ao quarto Gaara já estava adormecido em meus braços, abraçando fortemente a bonequinha contra si, eu já podia imaginar o momento em que ele seguraria nossa menina exatamente assim em seus braços com todo amor do mundo.