Um lugar novo, uma vida nova. Prometi a mim mesmo que não repetiria os mesmo erros, que a partir do momento que eu deixasse aquela cidade, deixaria também as histórias ruins pelas quais passei.

Era uma longa viagem de carro, meu pai adorava dirigir, então teve a brilhante ideia de percorrer mais de 1000 quilômetros com o caminhão de mudanças nos seguindo. Dividir o carro com ele, minha mãe e minha irmã, não foi nada fácil, todos somos muito diferentes, por sorte, nos damos bem a maior parte do tempo.

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Quando finalmente chegamos em "nossa nova cidade" já estava caindo de sono, minha irmã e eu acabamos dormindo e só fomos acordados para sair do carro e sentar em um dos sofás que haviam sido descarregados. Minha mãe entrou toda animada na sala dizendo que havia conhecido nossas novas vizinhas, que elas pareceram bem simpáticas e que a filha poderia nos acompanhar até a escola. A Duda bateu palmas de felicidade, acho que eu não estava tão feliz assim, ah se eu soubesse o que viria a acontecer!

Meu pai nos mostrou a casa, ela é enorme, bem diferente da nossa antiga, ele ter mudado de emprego foi a melhor coisa que aconteceu. Depois de conhecer o jardim, a sala, a cozinha e o escritório, subimos as escadas e vimos os quartos, elem ficam distribuídos por todo o primeiro andar, fiquei com o último, localizado no fim do corredor, é um bom quarto afinal, tem uma boa iluminação e posso ver todo o jardim e até as casas ao redor, tudo da sacada. Meu pai me presenteou com uma cama grande e com alguns móveis, pois a maioria trouxemos na mudança.

Dormir em uma casa nova é bem diferente, uma cama nova, um quarto novo, um clima novo... não estava conseguindo dormir, então resolvi escrever um pouco, ler e até criei um melodia no violão, fui até a sacada e fiquei muito satisfeito por ter escolhido aquele cômodo para mim. O vento batia nos meus braços, rosto e peito, agitava as cortinas, aquilo me deixou mais calmo, mas posso jurar, não foi coisa da minha cabeça, eu vi alguém na janela da casa ao lado e foi quando olhei no relógio e vi o quão tarde era.

No outro dia acordei péssimo, não é uma boa ideia ir dormir às 4:00 quando se tem que acordar tão cedo. Desci as escadas e encontrei com toda a família reunida na cozinha, não era uma coisa normal de acontecer, fiquei feliz por isso e até aceitei acompanhar minha mãe e a Maria à escola. Chegando lá, vimos os últimos detalhes das transferências e conhecemos nossas futuras salas de aula. Agora tudo estava feito, não tinha mais volta, no dia seguinte eu teria que ir para lá e enfrentar vários rostos desconhecidos me encarando.

Resolvi ir dormir mais cedo, obviamente não deu certo, e mais uma vez fiquei na sacada esperando o sono chegar, por sorte ele não tardou. Fui desperto pelos gritos e batidas da Duda na porta, dizendo que se eu não acordasse logo ela me jogaria um balde de água, pois a nova vizinha podia chegar a qualquer momento e se eu não estivesse pronto seria muito vergonhoso. Levantei e fui para o chuveiro, era ótimo não ter que dividir um com a minha irmã, ela enche de tralha e demora horas para sair. Coloquei o uniforme que consistia apenas em uma camiseta branca com o simbolo da escola, um jeans e meu all-star, peguei a mochila que estava totalmente leve sem minhas futuras apostilas. Lá embaixo encontrei minha mãe e minha irmã desesperadas e falando mil coisas ao mesmo tempo, tomei só um café e esperei a Duda ajeitar o cabelo pela vigésima vez. Nos despedimos, fomos para a entrada, e foi quando eu fiquei ainda mais nervoso.

Ao abrir o portão eu não esperava que alguém já estivesse ali nos esperando, por sorte a Maria agiu rápido e deu um oi e abraçou a garota, que tenho certeza, ficou assustada por isso. Ela era muito linda, tinha os cabelos compridos e levemente enrolados, os olhos muito brilhantes e era baixinha, pensei no que tinha prometido a mim mesmo em mudar certas coisas na minha personalidade, então, em um impulso dei um passo a frente e a beijei na bochecha, e durante aquele breve segundo pude sentir seu perfume adocicado, quando me afastei percebi que ela havia ficado vermelha, e fiquei com vergonha de olhá-la nos olhos novamente.

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Realmente não sei o que faria sem a Duda, ela conversou o trajeto inteiro com Lola (era esse o nome dela), e quando chegamos na escola eu estava mais calmo, conhecemos uma amiga dela, Sophia, que me pareceu muito legal. Depois disso, entrei na sala, e logo descobri que estava na mesma que a da Lola, a tal amiga me mostrou um lugar perto delas e eu sentei atrás da minha vizinha. Na volta para casa, a Sô foi com a gente, conversando animadamente com a Duda, me pareceram ser amigas já, e eu ali, do lado daquela menina linda e nem sequer conseguia puxar um assunto. Quando chegamos em frente de casa, eu finalmente consegui dizer algo e agradeci a companhia, então nos despedimos e entramos.

Corri para o quarto e fui até a sacada, tinha que provar uma coisa, olhei para o lado e pude vê-la, o vento movimentando os cabelos, ela com os olhos fechados, os braços levemente abertos... Então eu realmente havia visto alguém aquela noite. Durante o almoço minha irmã pediu se poderia convidar suas amigas para vir em casa, minha mãe ficou super feliz e ainda passou o telefone da vizinha o qual a Duda foi correndo ligar e logo voltou com um sorriso no rosto, falando que ela viria.

Fui para o meu quarto, muito coisa havia acontecido desde aquela manhã e receber a Lola na minha casa era algo... nem sei. Tentei arrumar meus cabelos e coloquei um short em que eu poderia nadar, claro que eu não perderia a oportunidade de me aproximar dela, além do mais a casa era minha também. Parece que quando temos algo compromisso importante nada parece estar bom, e agora eu agradeço ao meu pai por ter me feito ir à academia, sou bem confortável com meu corpo, mas não é nada que eu possa me gabar. Ouvi uma conversa lá embaixo, fui até a sacada e vi a Sophia, ela havia acabado de chegar e já estava conversando com minha mãe e a Duda, ela estava com um vestido branco que deixava o seu biquíni vermelho a mostra, ela tinha muitas curvas para alguém da sua idade. As duas tagarelas entraram na piscina e passados alguns minutos eu resolvi descer, passei pela ducha, peguei uma bebida no bar, e dei um oi à Sô, foi quando o interfone tocou e minha irmã gritou que poderia ser a Lola, fui até a cozinha,atendi e vi que era mesmo. Me demorei um pouco para que desse tempo dela entrar, e quando apareci na varanda ela havia tirado o short e agora tirava a camiseta, devo tê-la olhado por alguns segundos pois ela ficou vermelha e terminou de tirar a roupa rapidamente, dei alguns passos e agradeci por ter vindo, ela me olhou de cima a baixo e foi quando eu percebi que estava só de bermuda e todo molhado, resolvi que era melhor entrar na piscina, olhar aquele corpo lindo estava me deixando louco.

Jogamos um pouco de vôlei e eu não pude deixar de notar o quanto Lola era boa nisso, passados vários minutos Sô e Duda resolveram sair, e já ia acompanhá-las quando percebi que quem mais me interessava ainda estava lá, resolvi propôr que fizéssemos uma disputa, ela topou e fomos até a borda da piscina, as meninas começaram a gritar, e nós mergulhamos. Ela era bem rápida e eu não pude deixar de olhar para aquele corpo perfeito, bem ao meu lado, quase podendo encostar nele, os cabelos grandes flutuando, e bem, não posso negar, ela tinha um belo par de seios ... Droga, não devia ter ficado olhando, ela me viu e acabou soltando o ar, erguendo rapidamente à superfície. Me levantei, pronto para me desculpar, quando a vi, estava tossindo muito e parecia estar sem ar, nadei até ela o mais rápido e a peguei a tempo, antes de cair nos meus braços, as meninas pararam de gritar e vieram em nossa direção, me pediram para colocá-la no banco e foi o que fiz. Ela estava desmaiada e foi quando a Duda gritou comigo, pedindo que eu fizesse alguma coisa! Ora, eu deveria ter feito outra coisa senão uma respiração boca à boca?