Era por volta das oito da noite quando o telefone de Victória tocou, eles já estavam em casa e Enrico estava na cama dela vento TV, ela já sabia quem era então mandou que ele atendesse enquanto ela entrou para tomar banho e podia ouvir a risada do filho conversando com Joyce até que a voz dele ficou mais próxima e ela o ouviu dizer.

− Olá joce, ela ta tomando bainho!

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Victória arregalou os olhos e nesse momento Heriberto apareceu queria ver se ele estava mesmo bem e a visão que teve foi da silhueta de Victória completamente nua...

− Viu como ela toma bainho pelada? – falava com a maior inocência possível que existia nele.

Victória tinha entrado em transe ou ver a imagem de Heriberto e ele a dela, mas ela estava exposta e nua, tratou de recobrar os sentidos e pegou a toalha.

− Enrico, saia daqui imediatamente! – tentou não gritar com ele que tinha o celular virado para ela.

− Ela é bava memo, Joce! – seguia falando. – Ela quelia te vê, mamãe!

− Sim, meu filho, mas não com a mamãe tomando banho! – respirou fundo enrolada na toalha. – Vá para o quarto e termine sua conversa, mas lá na cama!

− Desculpe tia Vick. – Joyce falou do outro lado.

Heriberto ainda estava ali paralisado relembrando momentos de um passado tão distante, um passado onde ele tinha tocado e amado aquele corpo como um louco, mas tinha estragado tudo sozinho e assim como ela, ele também não se perdoava. Enrico voltou para o quarto e Victória encostou-se à parede lembrando-se da cara de Heriberto ao vê-la e sabia que aquele momento não iria passar em branco e que algum dia ele iria usar contra ela mesma a imagem que agora tinha dela depois de anos.

Respirou ali por alguns longos segundos e foi para o quarto, o filho ainda sorria no telefone e ela foi ao closet para colocar sua camisola e tratou de ouvir o que o filho tanto falava.

− O culioso ta olando o que? – implicou com Heriberto que ainda estava perdido em seus pensamentos. – Ta viazando ai em, Joce. – riu mais.

Joyce olhou o pai e riu ele estava mesmo perdido em algum lugar.

− Não liga para ele não, Enrico! – sorriu porque o amigo estava bem mesmo.

− Amanhã você vem binca comigo? – pediu.

− Se a sua mãe e o meu pai deixar!

− Ela za deixou, za! – falou risonho. – E eu vo te da todo meu tomati. – falou com os olhos brilhando assim como os dela. – Né mamãe? – olhou Victória que veio a cama e sentou ao lado dele tomando assim a atenção de Heriberto.

− Vamos ver como vai ser amanhã! – sorriu e o beijou. – Agora se despeça de Joyce que você tem que descansar!

− Até amanhã, Joce! – beijou a tela do telefone como se a beijasse e deu muito tchau até que desligaram.

− Meu filho, nunca mais entre no banheiro quando a mamãe estiver tomando banho e muito menos com o celular na mão ta bom? – falou amorosa com ele o corrigindo.

− Ela só quelia te vê, mamãe! – deitou no peito dela fazendo manha.

− Sim, mas quando for assim espera a mamãe sair do banheiro ta? – o beijou e se arrumou na cama para que pudessem descasar já que aquele tinha o dia mais longo de suas vidas.

− Eu te amo mamãe! – a beijou muito a fazendo rir.

− Eu também te amo muito meu amor! – beijou de volta e eles olharam para a televisão para ver o desenho dele.

Victória olhou o filho sorrir com o desenho e ela se iluminou dava graças a Deus que ele estava bem e que foi apenas um susto, pegou o celular para ver as mensagens e no mesmo instante vibrou com uma nova e ela abriu.

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Victória suspirou no mesmo momento sabia que ele não iria deixar passar, mas não achou que seria assim tão rápido.

“Você pelada é ainda mais linda”

Ela tentou ignorar as duas mensagens mais ele não parou.

“Eu nunca mais irei esquecer!”

“Eu também nunca esqueço tudo que fez comigo, Heriberto!”

Foi grossa queria ele sumisse de sua vida e que nunca voltassem a se ver ou falar, mas sabia que agora era mais difícil com a proximidade dos filhos.

“Eu sei que não esquece, eu mesmo não esqueço, mas quero tentar mostrar a você que não sou aquele moleque que te traiu.”

Victória sentiu o peito arder de ódio, não gostava de entrar naquele assunto porque ainda doía a traição dele, mas parecia que Heriberto estava mesmo disposto a reviver toda aquela dor.

“Nada de você me interessa, mantenha distancia de mim e de minha família porque eu não permitir que use sua filha para se aproximar de mim!”

“Não se preocupe que sei me virar sozinho e ela não vai ser usada para nada! Quando te vi hoje nua depois de tanto tempo senti tanta saudades que nem sei explicar, você é a mulher da minha vida!”

Ele estava ali abrindo o coração e mostrando a ela que ainda sentia, que ainda a amava, mas Victória não estava interessada em seus sentimentos e disse para encerrar aquele assunto.

“Pensasse nisso quando resolveu enfiar esse pau na minha melhor amiga!” – podia sentir o corpo formigar de ódio com aquelas lembranças. – “Eu nunca fui à mulher de sua vida, porque se fosse você nunca teria me traído e ainda matado o nosso filho! Boa noite Heriberto!”

Victória travou o celular e bufou sua insatisfação por não poder gritar na cara dele tudo o que sentia, mas um dia teria a chance mais uma chance de dizer a ele tudo que pensava e se ele pensava que ela iria aceitar seus sentimentos estava muito enganado. Heriberto olhou a filha a seu lado já estava de olhinhos fechado e depois olhou o braço roxo pela mordida e ali prometeu a si mesmo que iria contornar aquela situação e ter o amor de Victória para ele novamente.

Arrumou o corpo na cama e sorriu com a imagem dela nua e assustada no telefone, o dia tinha sido de cão, mas ao final tinha recebido uma bela recompensa com a visão de Victória nua. Cobriu melhor a filha a beijou e ela suspirou cansada, Heriberto ficou ali velando o sono dela até que adormeceu rendido ao cansaço do dia.

(...)

AMANHECEU...

Victória naquela manhã só queria paz e ao abrir os olhos pediu a Deus que assim fosse o seu domingo, queria poder brinca com o filho e dar a ele toda a atenção que não podia dar durante a semana. O sol estava lindamente e ela e Enrico vestiram suas roupas de banho e desceram rindo para tomar café.

Era cedo, mas eles não conseguiam ficar na cama até mais tarde e ela o sentou em sua cadeira dando a ele suas frutinhas que sempre comia com gosto. Victória adorava ver seu filho comer porque tinha tanto gosto pela comida assim como ela e não dispensava nada, sempre que olhava para ele estava mordendo alguma coisa e Victória não era diferente.

Mas o que Victória achava que seria calmo não foi já que a voz agressiva de Leonela foi ouvida por todos os cantos da casa.

− Ai está você, vagabunda! – bufou estava toda descabelada como se não tivesse dormido a noite.

− O que está fazendo aqui? – Victória ficou de pé no mesmo momento.

Leonela avançou contra Victória descompensada e acertou um tapa em seu rosto sem que tivesse tempo nem de reagir ou se defender.