Beijo Escarlate

Confirmação: Ataque ao reino


Eu encarava Akihiko Arata, furiosa. Ele me olhava com o cenho franzido, mas ao mesmo tempo surpreso.

– Hime...

– Não tinha o direito de fazer isso com ela?! – Exclamei furiosa.

Ele pareceu entender o que eu queria dizer e desfez aquela expressão.

– Ela contou.

Eu descobri. – Disse séria.

– Eu pedirei desculpas a ela. – Ele disse educadamente.

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– Como ousa? – Disse irritada.

– Hã? – Ele me olhou sem entender – Eu disse que pedirei...

– Eu ouvi, não sou surda! – Exclamei – Você acha que pode mordê-la e sair ileso dessa forma?!

– Megumi-hime...

Bufei e passei por ele. Eu ia me afastar, mas...

– Eu gosto dela! – Ele disse.

Parei, arregalando os olhos. Olhei para trás e vi sua postura. Rígida, as mãos cerradas e parecia tenso.

– Nani? – Perguntei.

Ele relaxou a postura e me fitou.

– Eu gosto da Nana.

– Mentira... – Disse sem acreditar.

– Eu a vi na festa do casamento, gostei dela.

– Você abusou dela. – Disse indignada.

– Abusar é referido a outro ato e não ao de sugar o sangue. – Ele disse sério – Não faria isso com ela, mas é assim que fazemos onde eu moro.

– Obrigá-la?!

– Gomen nasai, Hime-sama. – Ele fez uma reverência – Mas eu fui criado assim. E se Nana me permitir, eu até a pedirei para se casar comigo.

Arregalei os olhos.

– Pare de mentir. – Ordenei, estava me acostumando a ser uma princesa – Você não pode se casar com uma plebeia.

– Como eu disse, fui criado dessa maneira. – Ele me explicara – Se gostar de uma mulher, morda-a. Se o sangue dela a embriagar, espose-a. E as castas não importam nesse sentido, apenas entre as grandes famílias. Por exemplo, eu não me casaria com Saburo-hime por causa de nossa linhagem real, porém posso me casar com Nana.

– Nani...

Ele fez uma reverência e se retirou, me deixando ali simplesmente. Vampiros são simplesmente loucos! Quanto mais eu convivia com eles e os conhecia, mais eu ficava confusa com suas ações.

...

Eu estava tensa depois de falar com Arata. No jantar, Shu percebeu minha postura rígida, fiquei mais tensa por comer na presença de todos eles. Shu me levou para o quarto depois do jantar e me beijou, o que nos fez consequentemente parar na cama, nus e debaixo das cobertas.

– Por isso você se controlava tanto? – Sorri.

– Digamos que sim. – Ele deixou uma risada escapar – Por que você estava daquele jeito?

– Hum. Você sabe se os Akihiko são rápidos?

– Como assim?

– Em se casar com alguém. – O olhei.

– Por que a pergunta?

– Peguei Nana chorando, ela me contou que Arata-sama a mordeu.

– Ah... – Ele entendeu. Olhou para o teto e pensou – Ele gostou do sangue dela, ne.

– Ele disse que sim.

– Você falou com ele? – Ele me fitou.

– Hum... Eu bati no rosto dele. – Torci a expressão, vendo que fiz besteira.

– Megu! – Ele se sentou.

– Gomen! – Me sentei com a expressão arrependida – Eu fiquei com tanta raiva, mas depois ele disse que gosta dela.

Ele respirou fundo.

– Se ele não te fez nada, gosta dela mesmo. Não estragaria qualquer chance de ficar com ela.

– Por quê? Como assim?

– Eles, em certos aspectos, são trogloditas. – Shu explicava – uma vez eu fui para lá com meu pai e vi. As mulheres de lá estão acostumadas. Se um homem quer sugar seu sangue, eles o fazem sem se importar com a escolha da mulher. Se não gostarem do gosto a deixam, mas se gostarem a esposam.

– Nana vai ter que se casar com ele? – Perguntei nervosa.

– Não se ela não quiser.

– Agora ela tem escolha? – Disse indignada.

– Eles fazem dessa forma, Megu. – Ele disse – Eu não tenho muito que fazer em relação a ele tê-la mordido a força, mas ela terá escolha em querer se casar com ele ou não.

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Me deitei, suspirando.

– Só espero que ela esteja bem. – Disse – Nana estava tão aflita.

Shu se deitou ao meu lado.

– Hum, daijoubu.

– Não tenho certeza. – Eu disse suave.

Ele beijou minha testa e deitou a cabeça encaixando-a em meu pescoço. Quando ele suspirou me fez cócegas, o que me fez deixar escapar um sorriso.

...

O rei e a rainha Akihiko conversavam no quarto, sentados no sofá. Pararam ao ouvir alguém bater na porta. O rei levantou e foi até a porta, abrindo-a.

– Arata?

– Boa noite, pai. – Ele disse sério – Posso falar com você?

– Hai. – Ele disse, deixando-o entrar e fechando a porta em seguida.

– O que foi, meu amor? – Isitsey perguntou manhosa – Não se preocupe, depois que o plano passar nós vamos para casa. – Ela sorriu.

– Não é isso.

– Então o que é? – O rei perguntou.

– Por que estamos fazendo isso? – Ele fitou o pai – Por que vamos fazer isso? Por que não vivemos em paz com eles, nossa vida não é ruim.

– Oh, meu filhinho. – Ela disse – Você não entende mesmo, ne?

– O que exatamente? – Arata disse sério.

– Arata, nós que merecemos ser a Família Principal. – O rei Akihiko dizia – Eles poupam os humanos, não percebem que eles existem para nos servir.

– Por que somos mais fortes devemos tirar vantagem deles?

– Isso mesmo, filho. – O rei dizia – A lei do mais forte, como na selva.

– O senhor sabe que está nos comparando a animais, certo? – Arata disse.

O rei franziu o cenho e foi até ele, o segurando pela camisa.

– Está se arrependendo agora? – Disse irritado.

– Querido...

– Calada! – Ele exclamou e fitou Arata – O que é agora, garoto tolo? Algum deles fez sua cabeça?

– Não.

– Tem certeza? – Ele riu maldosamente – Porque eu vi como você olhou para a humana, a irmã da princesa.

– Isso foi quando chegamos. – Ele desviou o olhar, sério.

O rei o olhava irritado, mas acalmou o olhar.

– Já sei o que é. – Ele cantarolou e olhou para a rainha, dando um sorriso malicioso – Se apaixonou pelo sangue de uma garota qualquer daqui.

Arata franziu o cenho enquanto olhava para baixo.

– Quem é?

Ele não respondeu.

– Quem é!

– A garota que me serve. – Ele disse calmamente.

– Qual o nome dela?

– Não vou dizer. – Ele o fitou – Você vai fazer algo contra ela.

– Garoto esperto. – O rei sorriu – Esqueça-a, ela vai morrer mesmo.

– Eu quero levá-la comigo.

– Ela não vai querer! – O rei riu.

– Não vou obrigá-la, mas...

– Mas o que? Pare de tolices e a esqueça de uma vez! Ela não é como as garotas do nosso reino! Por que não fica com uma delas?

– Por isso eu gostei dela. – Arata disse – Ela não é como as outras. Ela é doce, gentil...

– Apenas porque tem que servi-lo. – O rei o interrompeu – Nenhuma empregada daqui quer nos servir.

– Pode ser até verdade, mas...

– Mas o que?! – O rei exclamou irritado – Pare de ser idiota e seja o filho que eu preciso!

Arata franziu o cenho e saiu do quarto deles, irritado. Ao virar uma esquina e entrar em outro corredor, se chocou de leve com Nana.

– G-Gomen nasai! – Ela disse sem nem ver quem era.

– Nana! – Ele disse surpreso.

Ela o olhou e arregalou os olhos.

– G-Gomen! – Exclamou e tentou passar por ele.

Arata a segurou pelo braço e a pôs contra a parede. Ela exclamou, deixando cair as tolhas que segurava e se encolheu, apertando os olhos.

– Onegai... – Pediu quase chorando.

– Não vou fazer nada com você. – Ele disse calmamente.

– N-Nande?

– Gomen. – Ele disse suavemente, abraçando-a.

– Uh? – Ela o olhou em dúvida enquanto ele a abraçava.

Ele cessou o abraço e a olhou gentilmente. Ela o olhou surpresa e viu a cor de seus olhos. Eles não estavam vermelhos e ela viu que eram verdes. Percebeu que o olhava nos olhos e abaixou o olhar rapidamente.

– Gomen nasai. – Disse suave.

– Não...

Ela estava um pouco nervosa e encolhida. Arata pegou sua bochecha e a fez olhá-lo, beijando-a em seguida. Nana arregalou os olhos enquanto sentia os lábios dele. Ele cessou e a olhou por um momento, pegando as toalhas caídas no chão.

– Acho que levava isso para algum lugar. – Ele disse, dando as toalhas a ela.

Nana as pegou e as apertou contra o peito.

– Nande...?

– Fica comigo. – Ele pediu.

– Hum? – Ela o olhou, mas abaixou rapidamente o olhar.

Ele sorriu e pegou em sua bochecha, fazendo-a olhá-lo.

– Casa comigo.

Ela o olhava surpresa.

– N-Nande?

– Gomen... – Ele deixou uma risada escapar – Costumamos ser rápidos onde eu moro.

– Mas...

– Onegai, preciso que me fale agora.

– Nande?

Ele acalmou o olhar.

– Não posso dizer, apenas preciso.

– Não. Me conte. – Ela pediu.

– Nana.

– Por favor.

Ele suspirou.

– Só quero você segura.

– Nande? – Ela disse nervosa.

Ele abaixou o olhar.

– Na cerimônia de transformação... Fique em um lugar seguro. – Ele pediu.

– Nan...?

Arata saiu andando antes que ela perguntasse de novo. Nana abaixou o olhar, pensando e se encaminhou para onde ia inicialmente.

...

Eu pensava na biblioteca. A cerimônia de transformação ocorrerá amanhã e eu apenas pensava no que os Akihiko planejavam. Eu deveria estar tensa com minha transformação e não com isso, ne! Apenas esperava que tudo desse certo, não queria que nada de errado acontecesse. Shu havia me dito que estaria com seu pai de novo, porém dessa vez com o rei Akihiko presente. Não sabia o que se passava, ele me dissera que seu pai apenas assentiu às informações e disse que pensaria. Em meio a esses momentos aos quais eu nunca vivi, descobri que eu tinha uma curiosidade inapropriada. Fui em direção à sala do rei e esperei ao lado da porta para escutar o que eles conversavam. Não ouvia quase nada, mas comecei a escutar o rei a aumentar a voz para o Akihiko e a quase gritar com raiva. “Não ouse fazer nada contra minha nora ou contra o reino!”. Pus a mão na altura do peito, Shu estava ali dentro. Me aproximei mais da porta e encostei minha orelha para ouvir melhor, ele abaixou o tom da voz.

– Megumi-chan?

Me assustei e me virei, recuando da porta.

– Uhm... Inori-sama. – Fiz uma reverência.

– Curiosidade acentuada, ne. – Ela cantarolou com um sorriso – Bem, não queremos que eles descubram que você estava ouvindo.

Me endireitei, a olhando em dúvida. Kazuhiro-sama começou a andar, me olhando para que eu a seguisse. Eu fui com ela e depois de um longo corredor, passamos por uma porta grande com desenhos esculpidos em dourado. Era um grande cômodo redondo com a cor lilás mais viva que já vi. As paredes eram lilás e possuíam desenhos brancos de rosas pelas paredes. Os móveis não eram dourados com estofamento vermelho como no resto do castelo, mas uma mistura de tom mais claro e mais escuro do lilás.

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– Que lindo... – Disse, deixando o ar escapar.

Ela sorriu e se sentou num dos sofás.

– Por favor.

Assenti e me sentei com ela.

– Gomen nasai, eu não queria...

– Ah, queria sim. – Ela riu educadamente – Eu não contarei nada ao Sakamatsu. Eu era como você, então... – Ela sorriu.

– Mas... – Sorri – O que eles tanto conversam? Eu contei ao Shu...

– Eu sei. – Ela pôs a mão em cima da minha, sorrindo gentilmente – Eu também conversei com Sakamatsu. Isitsey está muito estranha, parece confiante demais. Até demais para ela! Estou com receio de que planejem algo para envergonhar você ou alguém da família. Eles querem mostrar a todos que eles devem ser a Família Principal. – Ela concluiu e suspirou.

– Espero que tudo dê certo. – Abaixei o olhar.

– Eu também, minha querida. – Ela sorriu.

Inori-sama e eu conversamos por poucas horas, mas foi bem agradável. Como ela, sendo uma vez da minha vila, sabia muito bem como eu estava nervosa, tendo também passado por isso. Ela me contara que quando se casou com Kazuhiro-sama, Isitsey já era casada com o rei Akihiko e percebera que ela já era a ardilosa que é hoje, mesmo sendo mais nova naquela época.

Depois que conversei com a rainha, fui para o quarto e vi Shu sentado no sofá, lendo um livro. Eu sorri levemente e fui até ele, me sentando ao seu lado.

– Daijoubu? – Perguntei suavemente.

Ele me olhou e fechou o livro.

– Você estava escutando, ne? – Ele sorriu – Akihiko disse que estava perguntando a um de seus guardas como o reino estava, por isso que ele estava do lado de fora. Era um guarda que veio do reino.

– Hum... – Abaixei o olhar – Gomen.

Ele deixou escapar uma risada e pôs o braço ao meu redor, me aproximando e me beijando.

– Senti seu cheiro. – Ele sussurrou no meu ouvido em seguida.

Corei levemente. Ele beijou meu pescoço e passou a língua gentilmente por ele, me mordendo em seguida. Apertei sua roupa, respirando ofegante. Já fazia algum tempo que ele não me mordia. Enquanto Shu bebia meu sangue, me deitou no sofá e começou a acariciar minha cintura. Quando ele terminou, me pegou no colo e me levou pra cama. Eu sorri, corada e ele começou a desamarrar a frente do meu vestido. Eu o olhava extasiada e no fim, ele se deitou comigo. Ficamos aquela tarde na cama e foi maravilhoso.

...

Pelo que percebi, há diferentes quartos para as cerimônias. Um para me prepararem para o casamento e outro para me prepararem para a transformação. Eu estava com um vestido cor de vinho que tinha as mangas justas até os cotovelos e se abriam ficando largas e majestosas, com fitas douradas ao redor do cotovelo. Ele era amarrado na frente e do busto até a barra era de cor branca, sendo todo o resto da cor vinho. Eu usava o colar que Shu me dera no natal e meu cabelo estava solto com apenas a metade presa com uma presilha que tinha uma pequenina flor. Eu me olhava no espelho e estava ansiosa. Nada de ruim acontecera até aquele momento, então não estava mais tensa.

– Nervosa, princesa? – Fumiko perguntou, ela usava um vestido claro.

Seiko sorria, ela usava um vestido azul e trançou o cabelo.

– Um pouco. Principalmente pela parte do desmaio. – Ri.

Elas riram.

– É apenas por uns momentos. – Fumiko disse – Então acordará e haverá mais uma comemoração por ter se tornado uma de nós.

– Hai. – Suspirei um pouco nervosa, mas sorrindo.

Seiko pôs a mão na frente da boca para rir e Fumiko sorria empolgada. Naquele momento, Nana entrou no quarto.

– Está pronta, princesa? – Ela perguntou.

– Hum, hai. – A olhei sorrindo.

– Está linda. – Ela sorriu.

– Arigatou.

– Estão todos à espera no salão.

Seiko e Fumiko se levantaram.

– Princesa, dessa vez não poderei ir com você. – Fumiko disse.

– Hai. – Disse nervosa.

Elas se retiraram e antes que Nana também o fizesse, eu a chamei e ela parou, me fitando.

– Nana, – Desci do pequeno altar e fui até ela – você está bem?

– Hai, princesa. Nande?

– Arata me disse que... Queria casar com você.

– Hum. – Ela confirmou – Ele realmente me pediu.

– E o que você disse?

– Não respondi. – Ela abaixou o olhar – Ele é bonito e se mostrou gentil depois daquilo, mas...

– Nani?

– Eu... Acho que me casaria com ele sim. – Ela sorriu levemente.

Eu fiquei surpresa, mas sorri para ela.

– Se é isso que quer, então a única coisa que me resta é lhe desejar boa sorte. – Sorri gentilmente.

Ela sorriu e ia dizer mais alguma coisa, mas outra empregada chegou.

– Nana! Não atrase a cerimônia! Princesa. – Ela fez uma reverência para mim.

– Hum, gomen. – Nana me fitou em seguida e fez uma reverência, se retirando logo depois.

Eu respirei fundo mais uns momentos e me direcionei para o grande salão. Já conhecia a sensação de esperar aquela grande porta se abrir, então não estava mais tão nervosa. Na verdade, eu estava muito feliz. Seria um começo para minha vida com Shu. Respirei fundo e me acalmei no momento em que a porta se abriu. Olhei para toda aquela gente que fazia um grande corredor para eu passar e comecei a andar. Eu não tinha um buquê dessa vez, então me senti um pouco bamba sem nada para segurar ou apertar. Andava e via de relance que todos sorriam e ao chegar ao altar vi que exoticamente tinha uma cama de pedra, onde eu me deitaria depois. Dessa vez quem realizaria a cerimônia seriam o rei e a rainha Kazuhiro. Shu me estendeu a mão e eu a peguei, sorrindo. Havia uma taça dourada à nossa frente, onde Shu deixaria escorrer o sangue de sua mão depois de me morder.

– Bem, estamos todos aqui reunidos para celebrar a transformação de Kazuhiro Megumi. – O rei dizia com uma voz gentil – A última vez nós conseguimos a nossa doce rainha. – Ele olhou gentilmente para Inori-sama, que sorriu – E agora esperamos que nossa princesa seja tão doce e bondosa quando nossa rainha. Shu, pode...

Antes que o rei terminasse de falar, ouvimos um grito e olhamos para trás assustados. Todos ficaram perplexos ao ver a rainha Saburo sendo morta por Isitsey. A filha caçula dela que gritou ao ver a rainha Akihiko atravessar o braço pelas costas de Saburo-sama, que saiu pelo seu abdômen. Isitsey sorriu maliciosamente, tirando o braço dali e indo em direção ao marido. Eu vi naquele momento como ela foi rápida em ir para lá, era surreal. Eu arregalei os olhos ao ver Saburo-sama cair morta, sendo segurada pelo marido, que chorava ao vê-la daquele jeito. Sua filha caçula chorava enquanto a gritava e Mizuna olhava para Isitsey com raiva, deixando até seus olhos vermelhos enquanto a fuzilava.

– Akihiko! – O rei os recriminou pelo ato vil.

– Ah... – Isitsey lambia um dos dedos, sentindo o gosto do sangue – Fica tão diferente, vocês deviam beber mais sangue humano. – Ela riu debochadamente.

– Nande?! – Mizuna gritou com ódio.

– Kazuhiro Sakamatsu. – O rei Akihiko dizia imponente e com um sorriso maldoso – Seu reinado acaba aqui.

O desespero se instalou no grande salão. Nós o olhávamos perplexos, era aquilo que eles planejavam! Não queriam nos fazer passar vergonha, eles queriam tomar o reino! Eu respirava nervosamente, me perguntando por quê.