Rhaella estava entrando no Salão dos Dragões e como sempre, seu irmão estava atrás. Eles descia as escadas com cuidado para não cair nos grandes e escorregadios degraus. Conseguiram fugir de Lady Margot e conseguiu convencer o irmão a ir visitar Viserion. Ele estava trancado naquele lugar, porém aproveitava-se do lugar bem iluminado para que não se sentisse tão preso, estava de alguma forma, pois segundo a mãe, ele estava ali para protegê-los. Rhaella gostava tanto deles, assim como o irmão, porém como sempre Ned não achava seguro eles estarem lá. Sempre pedia para que o irmão deixasse de ser chato e medroso. Ele só estava obedecendo o tio deles, ela era quem eventualmente não gostava muito de prestar atenção em regras. Desceram pelo último degrau e puxaram a cordinha dos riscadores para acender as tochas. Adorava fazer aquilo parecia uma mágica como da feiticeira vermelha. Rhaella levava na mochila algumas coisas adicionais, fora o que havia colocado anteriormente. Estava preparada. Viu Viserion os olhando em silêncio, ele estava calmo. Ela acariciou com a mão pequena, pela primeira vez o focinho.

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— Parecem pedras quentes. Venha ver. - Ele parecia gostar do carinho dela, pois fechava os olhos bem tranquilamente. - Venha. - Ned acariciou-o maravilhado, ele parecia gostar o olhou-o por um tempo, era incrível ver um tão de perto e poder acariciar também seu corpo tão quentinho.

— Olá, amigo. - Ele disse. - Você é certamente o mais bonito deles e certamente o mais charmoso no céus. Estamos aqui pra lhe fazer companhia pois sabemos que você é nosso amigo, também.

— Acha que ele poderia dar um passeio conosco? - Ela perguntou travessa e com os olhos sonhadores. Mal sabia o irmão que ela estava tentando jogar algumas pistas para que o irmão aceitasse de boa vontade sair com ela e Viserion voando dali.

— Nem pense, Rhaella. E por falar nisso, que coisas está trazendo junto com as minhas? - Ele a olhou com desconfiança e sabia que algo ela estava tramando e sem claro, seu conhecimento.

— Nada. - Ela deu de ombros com uma cara inocente. - Pensei em fazermos um passeio, pois estou entediada, e sei que está igual.

— Ainda que não possamos fazer muitas coisas, ultimamente, não precisamos sair sem permissão. - Ele cruzou os braços.

— Voltaremos, já disse. E você sempre quis passear com um deles, e agora temos a chance de ir. Sabe que Viserion não vai deixar que nada nos aconteça. - Ela provocou um irmão. - Afinal, é um dragão ou uma truta fujona?

— Eu não sou uma truta e sabe bem disso. Não tenho sangue dos Tully.

— Então vamos. Me ajude a abrir a corrente. - Disse ela com um sorriso travesso, esperando que ele engolisse a justificativa e parasse de questioná-la de uma vez por todas. Ela sabia como convencer o irmão por mais que ele se recusasse a falar.

— Como vai soltar a corrente? - Ele perguntou em dúvida para a irmã, pois ele estava com a pata acorrentada.

— Aqui. - Ela balançou as chaves. - Emprestei-as de nosso tio. - Ela sorriu animada balançando-as e as fazendo tilintar.

— Emprestou ou roubou? - Ele a olhou desconfiado.

— Não roubei nada, pois essa chave é nossa também. E não seja chato, me ajude aqui. - Ela foi até a pata dele para testar as chaves. - Fique calmo, amigo. Iremos soltar você logo.

Rhaella testou muitas vezes, várias chaves que estavam no molho pesado para suas pequenas mãos. Ela as apoiavam na pata de Viserion, sem machucá-lo. Ela tentava ter o máximo de cuidado. O pai dizia que era muito habilidosa com seus movimentos, e poderia ser uma verdadeira espadachim. Orgulhava-se de ouvir todos os elogios dele. Observava-o o tempo todo lutando de sua janela e considerava o pai o seu verdadeiro herói. O irmão permanecia a olhando, como se soubesse o que ela estava prestes a fazer. Porém lembra-se do que a mãe dizia, que quando quisesse seguir seu coração, não haveria exército, lordes ou longas noites que deveriam a fazer desistir.

— Não acho que esteja fazendo isso sem motivo, deve parar agora ou vou correndo para nosso tio. - Ele disse bravo. Aquilo não poderia terminar bem e ele teria problemas com ela.

— Vá então. Enquanto você vai fofocar para ele, eu já o terei soltado e vou sozinha. - Como sempre a irmã ficava irredutível em desistir do que quer que fosse.

— Nem pensar! - Disse o irmão.

— Então me ajude logo, resmungão. - Rhaella falou enfim.

Ele a ajudou a tentar abrir o grilhão da pata imensa e por fim, quando soltou, deu pulinhos de alegria. Lentamente Viserion se levantou e olhou-os tão pequenos. Os dois não sentiam medo, apenas o fascínio por um animal tão grande e imponente. Estavam encantados.

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Viserion pareceu olhar todas as partes daquele salão, talvez na procura de uma saída. Ele era esperto, tentava ver se havia algum lugar aonde não causaria danos, mas a claraboia feita para abrir-se quando ele saía, estava fechada.

— Viserion! - Ned o chamou e imediatamente Viserion o olhou. - Sabe como tiramos você daqui? - Ele grunhiu e olhou para a parede ao lado. Não conseguiam ver nada, mas provavelmente aí, tinha algo que poderia resolver.

— Talvez uma passagem secreta como nas histórias dos livros do tio, Ned. - Ela subiu em alguns caixotes empilhados e foi tocando as paredes bem devagar, deixando as pedras escorrerem pelos dedinhos pequenos para ver se encontrava alguma coisa secreta. Sabia que o castelo tinha vários lugares assim, pois Aegon o havia feito para ter privacidade, segundo o tio, de suas duas esposas.

— Achou algo? - O irmão ficou curioso para saber se havia alguma novidade na busca.

— Deixa ver… - Ela foi mais uma vez e encontrou uma pedra falha. - Achei! - Ela gritou animada e desagrupou a pedra solta da parede. Encontrou uma alavanca de pedra e colocou para baixo. Imediatamente a grande porta se abriu sobre eles trazendo a luz do dia.

— Viserion! - Ela disse para o dragão, chamando sua atenção. - Por favor, nos ajude a subir. - Viserion baixou a cabeça para que ajudasse os dois a escalarem até seu pescoço. Rhaella e Ned se enrolaram em uma corda, prendendo-a nas fendas da couraça do dragão.

— Vamos, querido irmão? Temos algo muito importante a fazer pelo reino. - Antes que Ned pudesse dizer algo, Viserion alçou vôo arrancando gritos dos dois.