Mas, ela sabia que ele estava ali dentro. Sempre soube que ali vivia este Natsu que estava ao seu lado naquele instante. Desde que ele a fez entrar para a Fairy Tail foi conhecendo-o tão bem, aprendendo a lidar com as diversas chamas que habitavam o mago do fogo. E, naquele instante, estava vendo um lado dele que nunca tinha tido a oportunidade de ver assim, tão bem. É claro que sempre soube que estava ali em algum lugar, só que Natsu ainda não tinha conseguido criar forças para pôr para fora, pelo o menos, não voluntariamente.

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Mas, algumas vezes, a loira viu uns Natsus menos barulhentos e briguentos, porém com olhos igualmente quentes. Sem que ele se desse conta, ela foi percebendo as diversas intensidades de dentro dele. Ela ia, aos poucos, descobrindo-o por completo.



Quanto mais ia conhecendo-o, mais queria conhecer.



Ele... ele era tão complexo, e, ao mesmo tempo, tão simples.



E isso era tão... lindo.



E só fazia com que a loira quisesse viajar cada vez mais intensamente dentro daquelas chamas. Não, não se importava em sair queimada. Nem um pouquinho.



Na verdade, ela queria. Queria sentir as chamas dele em contato com sua pele; queria, cada vez mais, mais dele.



Sem que ela percebesse, o rosado parou de andar. E, quando a loira percebeu e olhou ao redor, viu onde eles estavam – no coração da floresta. Várias árvores, verdes e cheias, coloriam a noite escura, com a ajuda de diversas flores, todas incrivelmente coloridas. Lucy já tinha ido naquela floresta algumas vezes – tinha uma clareira ao norte que Erza adorava usar como área de treinamento (ou como Lucy e os outros gostavam de chamar: de tortura)e também tinha aquele “atalho” que Natsu e Gray disseram que conheciam quando o time estava voltando de uma missão – e tudo acabou dando incrivelmente errado – (n/a: tanto a clareira quanto o atalho são ones a caminho, aguardem :3) mas nunca tinha visto aquela parte.



E nunca, nunca tinha visto um lugar tão bonito.



Era... mágico. As folhas das árvores dançavam na melodia doce do vento; as rajadas suaves brincavam com as pétalas das flores... azuis, vermelhas, laranjas...

Amarelas e rosas...



Nisto, o vento teve uma ideia.



De mansinho, começou a balançar as longas mechas loiras da maga estrelar que, ainda, olhava e absorvia tudo que sua mente conseguia daquele lugar. Levou-as até o ombro do caçador de dragões que estava ao lado dela, incrivelmente próximo – e isso nenhum dos dois tinha se dado conta – e começou a balançar os fios rosas, suavemente.



Apenas de sentir aqueles fios loiros em sua pele, o rosado se arrepiou.



E o amarelo encontrou o rosa.



Foi como se aquele toque tivesse soltado faíscas; como se tivesse sido criada, por alguns instantes, uma ponte entre dois corações.

Aquela força fez com que os dois se virassem um na direção do outro, e os olhos se
encontrassem novamente.

O vento sorriu, divertido; sua parte tinha sido feita.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.