Beautiful Accident

Capitulo 16. That night.


Reviro-me na cama um duas três vezes e nada. Um dois três relâmpagos iluminam o quarto e estou pulando da cama rapidamente, enrolando o lençol no meu corpo e abrindo a porta do quarto.

Toc toc toc.

Stefan demora um ou dois minutos para abrir a porta, seus olhos estão entreabertos e coro ao perceber que ele está usando apenas uma calça de moletom.

Deus do céu, que corpo é esse? A curva do quadril dele me deixa a flor da pele. Preciso controlar-me para não encarar.

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Malditos hormônios.

–Elena? – sua voz soa sonolenta e grossa.

–Er... Oi Stefan. Tudo bem?

Ele franze a sobrancelha.

–Que horas são?

Respiro fundo, penso em responder. Penso

E penso.

Um segundo e ele parece um pouco mais acordado.

–Você está com medo dos relâmpagos?

Abro a boca, fecho e abro e desisto. Penso que estou quase encontrando uma resposta inteligente quando um milionésimo relâmpago clareia o corredor inteiro e estou correndo para dentro do quarto de Stefan e pulando em sua cama extremamente macia e me cobrindo com seus lençóis de seda.

Stefan mal se move. Dois segundos se passam até que ele balança a cabeça e fecha a porta.

–Tudo bem então. – murmura, mas sei que há um vestígio de sorriso em seu rosto.

Ele está se divertindo.

Estou coberta até o queixo e Stefan deita-se ao meu lado, vira-se pra mim.

–Você vai ficar bem?

–Aham, claro. Mas não estou... Você sabe... Com medo. – digo.

O sorriso dele é tão lindo que quero me jogar no chão e gritar.

–Claro.

Penso que ele vai fechar os olhos e se virar, mas ele continua me observando, o quarto mal iluminado entre nós.

–No que está pensando? – pergunto.

–Que você fica linda na minha cama. – murmura.

Meu coração não bate mais.

–No que você está pensando? – pergunta.

–Que eu adoro esses lençóis.

Um meio sorriso aparece em seu rosto e quero beijar suas bochechas.

–O que você disse hoje mais cedo... Era sério? – mal reconheço minha voz baixa e cautelosa. – Eu te deixo nervoso?

Stefan demora uns segundos a mais para responder.

Sinto meu coração afundar a cada milésimo.

–Muito sério.

Balanço a cabeça duas vezes.

–Não entendo... Eu não, você sabe, não sou uma modelo bonitona nem nada. Não é como se você não pudesse ter qualquer outra mulher dessa cidade.

–Não quero outra mulher. Sou casado com você. –É o que me diz.

Abro a boca.

–Está me dizendo que não transou com nenhuma outra garota enquanto estamos juntos?

Não sei por que devo estar tão surpresa, mas estou. Stefan é o tipo de cara que precisa... Sei lá, se satisfazer e não estamos transando desde a lua de mel.

–Atualmente não quero nenhuma outra garota exceto a que está deitada na minha cama nesse exato momento.

É tão inacreditável que mal posso conter uma risada.

Sinto as mãos ágeis de Stefan encontrar minha cintura, ele está massageando e apertando e desce até minhas coxas e estou respirando com dificuldade. Mal vejo quando ele está apoiado encima de mim, suas mãos estão nas minhas costas, nos meus seios, na minha barriga e em todo lugar. Todos os lugares que só ele pode tocar.

“Você é tão linda” ele repete “Tão desastrosamente linda”

Preciso beija-lo, preciso desesperadamente beija-lo, mas ele não deixa. Está subindo minha camiseta e passando-a por cima da minha cabeça, expondo meu corpo despido exceto pela calcinha. Ele se afasta para observar-me momentaneamente, um sorriso em seu rosto. Desce seus lábios até o osso do meu quadril e deposita beijos e chupões por toda a minha barriga, causando-me arrepios e delírios e estou flutuando, não mais em minha sã consciência. Ele me toca e beija e acho que nunca senti nada parecido na vida.

Ele me memoriza com os lábios. Cada centímetro do meu corpo. Meus seios, minha clavícula, meu pescoço, minha testa, então desce novamente, por minhas coxas e tudo, por completamente tudo. Não há nada em mim que tenha escapado de seus beijos. Menos os meus lábios.

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–Stefan... – não sei quantas vezes repeti seu nome baixinho, sinto-o estremecer toda vez que me ouve chama-lo.

Seus olhos encontram os meus.

–Você é tão macia. – ele diz.

Sorrio com os olhos fechados.

–Você está me deixando louca. – confesso.

Minha voz esta rouca e o ouço rir.

Sua risada é tão sexy.

–Agora entende o que faz comigo. – diz.

Balanço cabeça.

Puxo-o pelos cabelos até encontrar sua boca. Ele me beija com tanta intensidade e estou suspirando e arfando em seus lábios. É como se cada átomo do meu corpo pedisse por ele.

Estou puxando a calça dele para baixo, estou tentando e estou errando, mas encontro suas mãos e percebo que ele mesmo está tirando a roupa. Sorrio entre nossos lábios, e ele sorri também. Deixo-o guiar-me e deixo que ele faça tudo.

Sinto-o por todo meu corpo e não volto atrás. Sou dele. Naquele momento sou completamente dele e não me importo.

–-

A luz que invade as janelas do quarto acaba me fazendo acordar. Abro os olhos com dificuldade, mas não preciso de menos de um segundo para saber onde estou.

Stefan ainda dorme ao meu lado. Ele só dorme, por horas. Vejo o relógio avisar que ele está atrasado, mas não me movo para acorda-lo. Nunca o vi tão inocente e indefeso. Seu rosto está contra o travesseiro, mas seu braço direito envolve minha cintura. Estou completamente nua por baixo dos lençóis, mas não me sinto constrangida perto dele.

Ficamos acordados até tarde noite passada.

Movo-me para mais perto e beijo sua tatuagem de flor próxima ao ombro. O ato o faz suspirar e sei, pelo ritmo de sua respiração, que finalmente o acordei.

Stefan vira-se para mim, seus olhos adaptando-se á claridade. Ele sorri pra mim e meu coração despenca.

–Vem aqui. – diz com a voz sonolenta.

Prendo-me entre seus braços e sinto sua respiração contra o meu pescoço.

–Você está bem atrasado. – digo.

–Estou?

–Sim. São quase 11h.

Ele se vira para me olhar.

–Nunca dormi tão bem na vida. – diz.

Sorrio, acariciando seu rosto com a ponta dos dedos.

–Bom, você deveria relaxar mais.

–Você me faz relaxar. – seu nariz percorre a linha próxima a minha orelha. Ele surrara: seu cheiro me deixa louco, sabia?

Fecho os olhos.

–É provavelmente porque andei roubando os sabonetes da sua dispensa. – digo.

Stefan ri.

Sou a primeira levantar. Visto uma das camisetas de futebol de Stefan e caminho até a cozinha. Preparo um café simples enquanto assisto o inicio de um desenho animado.

Stefan sai do quarto meia hora depois. Banho tomado, uma calça jeans clara, mas está sem camisa. Desvio o olhar para não encarar muito.

–A visão de você usando essa camisa, preparando meu café, com esse jeito pós-sexo esta me deixando excitado sabia?

Reviro os olhos.

–Essa sua declaração especial de amor está me deixando apaixonada sabia?

Stefan ri. Senta-se na mesa e coloca café em duas xicaras.

Sento-me na sua frente.

–Não tem problema você perder aula hoje? – pergunto.

–Provavelmente não. Mesmo que tivesse, teria valido a pena.

Analiso sua expressão leve e despreocupada. Ele realmente nunca pareceu tão bem antes. Parece mesmo um garoto de 19 anos.

–Isso é bom. – digo tomando meu café.

O telefone toca na sala e Stefan vai resmungando atender.

Ele se senta novamente na mesa e espero que não seja Care falando besteiras novamente. A expressão de Stefan me diz que provavelmente não é nada disso.

Ele responde vários sims e nãos e claros.

Desliga o telefone.

–O que foi? – pergunto.

–Papai e suas crises. – diz.

–O que foi? Tem algum problema? É sobre ontem à noite?

Fico preocupada de repente.

Stefan me lança um sorriso.

–Não, amor. Está tudo sobre controle na empresa. Meu pai apenas tem essas crises às vezes, talvez ele precise viajar por um tempo e acho que mamãe e Lexi vão querer ficar por aqui.

Surpreendo-me.

–Mas onde? – pergunto.

Stefan ri.

–No quarto de hospedes, claro.

Balanço a cabeça.

–Claro.

–Não que isso seja um problema pra gente. Eu não deixaria você sair da minha cama de qualquer forma. – diz.

Reviro os olhos, mas estou sorrindo e agradecendo mentalmente.

–Ótimo. Porque eu realmente adorei aqueles lençóis.