Back to you-Reneslec

Amara Cullen


P.O.V. Renesmee.

Amara não herdou nenhum traço de vampirismo. E se herdou, não mostrou ainda.

A beleza dela com certeza é sobrenatural, ela tem poderes de bruxa, mas eu contratei um feiticeiro para suprimir suas habilidades. Mas o feitiço tem data de validade e aparentemente, a validade começa a vencer.

—Amara, temos que conversar.

—Você não vai acreditar no que acabou de acontecer!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—O que acabou de acontecer?

—Parece loucura, mas... eu fiz um copo se mexer e quebrar. E eu nem encostei nele!

—Você sabe como?

—Não. Eu sei, eu to pirando.

—Você não está pirando minha filha. Você é o último peixe grande que sobrou nesse laguinho.

—O que?

—Amara, eu sou uma híbrida. Os seus avós maternos são vampiros, mas antes de minha mãe ser transformada ela era uma bruxa e eu sou parte vampira, parte bruxa.

—Mãe, vampiros são só histórias para os turistas.

—Não Amara. É real. Não se assuste, por favor.

P.O.V. Amara.

A minha mãe criou presas e os seus olhos ficaram num tom de azul que tinha que ser sobrenatural.

Eu soltei um grito que acho que toda a Transilvânia me ouviu. Eu fiquei contra a parede, eu me afastei tanto que bati as costas na parede.

O rosto dela voltou ao normal.

—Querida... Amara.

—Se você é assim, isso me torna parte vampira?

—Imagino que sim. Já que o seu pai é um puro sangue. O seu pai é um vampiro Amara.

—Isso significa que a tia Jane também...

—Sim. A tia Jane também.

—Mas, eu não tenho sede de sangue. Não que eu saiba.

—Acredite, se você tivesse, você saberia.

—Oi meus amores eu... Nossa! Parece que estourou uma bomba aqui.

—Pode tirar as lentes, Alec.

—Contou a ela?

—Contei.

—Ótimo. Isso incomoda pra burro e atrapalha a visão.

Meu pai cutucou os olhos e então... as íris dele estavam vermelhas. Mais um grito.

—Tenha calma.

—Vocês são vampiros, meus pais são vampiros.

Eu me sentei numa cadeira porque eu estava chocada.

—Eu... eu posso perguntar?

—Pergunte o que quiser.

—Desde quando você é assim?

—Eu nasci antes de oitocentos Antes de Cristo. Na Bretanha, hoje chamam de Inglaterra. Alexander Jonah Beaubier. Minha mãe era saxã e o meu pai era um soldado Franco. Sua tia e eu mesmo sendo mortais tínhamos fortes habilidades psíquicas e éramos gêmeos, ambos nascemos vivos e nossa mãe não morreu no parto. Acharam que era prova de bruxaria então... iam nos queimar vivos. Mas, Aro nos fez vampiros. Minha mãe era Genevieve Levesque e o meu pai era Percival Beaubier.

—Você disse que não se lembrava dos seus pais.

—Aro mantinha registros.

—Sobre sua família?

—Sim.

Em vinte e quatro horas o meu mundo virou do avesso.

—E todas as outras coisas? Água benta?

—Dá até pra beber.

—Crucifixo?

—Um belo elemento decorativo.

—Alho?

—Não gostamos de comida humana no geral.

—E obviamente o sol não é um problema.

—Não pra mim. Por causa da sua mãe. O anel me protege da exposição, mas eu não queimo se é o que quer saber, mas existe uma raça que queima.

—Você aparece no espelho. Mas e o sangue?

—Eu não mato mais, não desde que conheci a sua mãe. Mas, eu me alimento de sangue humano. Bolsas de sangue, estão na geladeira lá no porão.

—Existem outros? Além de você e da tia Jane e dos meus outros parentes?

—Existem. Os nômades são os mais perigosos.

—Eu sou uma bruxa?

—Sim você é. E o seu sangue transforma lobisomens em híbridos, metade vampiros metade lobisomem.

—O que?! Como?

—Lobisomens que morrem com o seu sangue no organismo... eles não ficam mortos, eles voltam da morte e tem que se alimentar do seu sangue de novo para completar a transição.

—E se eles não beberem?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Eles sangram até a morte. Pelos olhos, pelo nariz.

—E como vocês sabem disso?

—Um híbrido louco sequestrou a sua mãe quando ela estava grávida e ele usou o sangue dela, seu sangue pra testar a teoria. E deu certo. Só que os híbridos que você cria estão ligados á você. Por algum motivo, eles te devem obediência. Eles são a sua prole.

—Sou uma fábrica ambulante de monstros.

Eu senti as lágrimas descendo pelo meu rosto.

—Uma erva, verbena ela queima os vampiros, protege os mortais do controle mental. Wolfsbane esconde o seu cheiro de um rastreador e é veneno para lobisomens. Se um vampiro ingere verbena, ele desmaia. É tempo suficiente para botar fogo no corpo.

—Fogo. Então, nem todos os vampiros podem andar no sol, só os que tem os anéis?

—Isso.

Eu aprendi, rápido, muito rápido eu sempre aprendi muito mais rápido do que os outros alunos. Mas, alguma coisa deu errado.

As coisas começaram a rodar em volta de mim, vertiginosamente rápido.

Então, eu apaguei. Quando eu acordei, estava no meio do nada.

—Senhorita? Senhorita? A senhorita está bem?

—Tio Stefan.

Foi a última coisa que eu disse antes de apagar de novo.

P.O.V. Stefan.

Tio Stefan? Porque ela me chamaria de tio Stefan?

—Senhor meu pai! Pai!

—O que foi meu filho? Minha nossa senhora!

—Eu a encontrei, estava desacordada no meio da estrada.

Ela ficou inconsciente por algumas horas, mas logo ela acordou.

—Olá senhorita. A senhorita está bem?

—Onde eu estou?

—Na Mansão Salvatore. Está segura agora, meu filho a encontrou.

—Seu filho? Não. O pai do tio Stefan morreu em mil oitocentos e sessenta e quarto.

—Senhorita, estamos em mil oitocentos e sessenta e quatro.

—Não. Isso é loucura, bom depois de ontem a definição de loucura mudou bastante. Depois de ontem, o impossível é só questão de opinião.

—O que houve ontem? Foi atacada?

—Não.

Ela se levantou da cama e saiu caminhando.

—Nossa! Esse lugar é mesmo lindo. A arquitetura é incrível.

—Se me permite perguntar, somos parentes?

—Somos. De um jeito bem estranho e complicado, mas somos. Você casou com a prima da minha mãe.

—A prima da sua mãe? Quem é a prima da sua mãe?

—Elena Gilbert.

—Algum parentesco com Jonathan Gilbert?

—Sim. Distantes, mas sim eles são parentes.

Ela estava falando comigo, mas estava admirando a casa.

—Porque está usando calças?

—As coisas são diferentes de onde eu vim.

Então... a senhorita Katherine veio acompanhada de sua criada.

—Senhorita Katherine.

—Senhor Salvatore.

Ela olhou para a senhorita Katherine e seus olhos faiscavam de ódio.

Antes que eu a pudesse apresentá-la, ela se apresentou sozinha.

—Amara Cullen Beaubier Volturi. E você é Katherine Pierce. Ou será que você prefere, Katerina Petrova?

A senhorita Katherine deu um pulo de susto.

—Você deve ter me confundido com outra pessoa.

—É. Isso acontece muito, você tem um rosto familiar.

Eu nunca havia visto a senhorita Katherine ficar com medo, mas eu vi o medo nos olhos dela.

—Temos que conversar, senhorita Katherine. Tem tanta coisa que eu tenho pra compartilhar. E você deve ser a Emily. Não é?

—Sim senhorita.

—Pode me chamar só de Amara. Temos uma ancestral com esse nome sabia, senhorita Katherine?

—Espere, você e a senhorita Katherine são parentes?

—Sim.

—Então a senhorita é minha parente, parente da senhorita Katherine e de Jonathan Gilbert?

—Eu não acho que você e eu tenhamos parentesco consanguíneo. Acho que você é meu tio pelo casamento, mas do jeito que a nossa família é doida... é difícil dizer.

—Está na hora do desjejum, por favor me acompanhem.

—Você está de calças. Não teme que fique mal falada?

—Relaxa Katherine ninguém jamais será mais mal falada que você.

—Emily, porque você não ajuda a senhorita Volturi a se arrumar. Pode pegar um de meus vestidos emprestado.

—É muita generosidade sua.

Dava para ouvir a tensão no diálogo entre elas. Emily levou a senhorita Volturi para se vestir e quando ela desceu, tomou seu desjejum em silêncio.

Flashback On. Dentro do quarto.

P.O.V. Amara.

Não acredito que vim parar em mil oitocentos e sessenta e quatro.

—Você e a senhorita Katherine são mesmo parentes?

—Infelizmente sim, Emily.

—Você sabe o segredo dela, não sabe?

—Sei. Sei o seu também, mas não se preocupe eu não vou contar pra ninguém. Eu sou como você Emily.

—Como eu senhorita?

—Sim. Eu sou...provavelmente a coisa mais esquisita que a natureza já criou.

Ela começou a apertar o espartilho, dava para ouvir a corda, parecia o barulho de uma chicotada.

—Calma, Emily. Eu ainda preciso respirar.

—Me desculpe senhorita.

—Tudo bem. Eu nunca mais vou reclamar de ter que usar sutiã.

—Sutiã?

—Aquilo ali. É um sutiã. Faz os seios ficarem no lugar.

—E de onde saiu isso? Onde arrumou esta peça de vestuário? Eu nunca vi nada igual.

—E provavelmente nunca mais vai. Mas, foram os franceses. Por séculos a França será a capital da moda.

—A senhorita é uma vidente?

—Sou, mas não é por isso que eu sei. Eu sei disso porque, ontem eu estava em dois mil e dezoito e hoje, estou em mil oitocentos e sessenta e quatro.

—Dois mil e...

Eu tapei a boca dela.

—Shh.

Coloquei o meu dedo na orelha. Para avisá-la de que estávamos sendo ouvidas.

Ela assentiu com a cabeça.

—Vamos descer. Devem estar nos esperando.

Emily me levou até a sala de jantar e eu perguntei:

—Onde devo me sentar?

—Onde quiser.

—Obrigado senhor Salvatore.

Flashback Off.

Então veio a pergunta que eu não queria responder.

—O que houve com a sua família?

—Eles morreram. Um homem, maluco... ele trancou a minha família dentro da casa e botou fogo. Só escapei, porque... minha mãe me mandou ir ao mercado. Quando eu cheguei, as pessoas estavam tentando conter o fogo que se espalhava, destruindo tudo no caminho. Pessoas gritando, o cheiro de carne queimada... O homem que matou a minha família, morreu. A guarda levou-o preso e... o miserável foi enforcado.

P.O.V. Katherine.

Eu provoquei o incêndio em Atlanta e eu me enforquei em mil quatrocentos e noventa.

—Eu sinto muito.

—Eu também senhor Salvatore.

—E a senhorita não tem mais ninguém?

—Não. Eu não tenho.

—Mas, e a prima de sua mãe?

Perguntou Stefan e ela respondeu:

—É complicado. Mais do que imagina.

—Vai haver um baile, amanhã.

—A primeira festa dos fundadores.

—O que?

—Nada, deixa pra lá.

—Você gostaria de ir ao baile?

—E com que roupa eu vou? Á menos que você tenha uma fada madrinha ai no bolso, eu acho que vou ficar aqui.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Você ficou sem nada?

—Sim. Tudo o que eu tinha, virou cinzas.

P.O.V. Amara.

Eu abaixei a cabeça e fiz lágrimas saírem dos meus olhos.

—Sinto muito. Me perdoem.

—Tudo bem. Imagino que seja difícil.

Eu respirei fundo.

—Como eu faço para ir para a Itália?

—Para a Itália?

—Eu tenho família lá, por parte de pai. Mas, eu não podia ir para lá sem roupas, sem dinheiro. Isso é tão constrangedor, me sinto tão mal. Me aproveitando de sua hospitalidade.

—Tudo bem. Somos parentes, a família serve pra isso.

—Sim. Você... quer dizer o Senhor é realmente tudo o que ele disse que o senhor era.

—Ele quem?

—Alguém que lhe é muito querido. Se me derem licença.

Eu sai pela porta e olhei para aquele lugar tão lindo. Reconheci a coluna. Ela seria a única coisa que sobraria deste belo lugar.

Eu fui andando e acabei chegando nos estábulos. Não havia ninguém lá. Apenas os animais.

—Oi.

Eu passei a mão num lindo corcel negro. Ele empinou e eu vi.

—Um garanhão ein?

Ele voltou ao normal e deixou eu fazer carinho nele.

—É uma pena. Ela vai destruir tudo. Vadia do inferno. Ela pode ter a cara da minha mãe, mas a minha mãe é tudo o que ela jamais será. Senhorita Katherine. Katherine Pierce, the badass bitch in town.

—Parece que a senhorita realmente tem raiva desta senhorita Katherine.

—Tio Damon!

—Tio?

—É complicado. Então, já desertou do exército confederado?

—Como sabe...

—Eu sei de muitas coisas. Me escuta, o que vai acontecer a seguir. Toda a dor e a desgraça, não vai ser sua culpa e nem do tio Stefan. É culpa dela. Da Katherine. Ela é mesquinha, egoísta e manipuladora.

—E como você sabe o que vai acontecer á seguir?

—É complicado. Olha, o tio Stefan vai fazer o que acha que é certo e acredite, ela não vai morrer.

P.O.V. Damon.

Ela falou a última parte bem devagar. Como se que para que eu absorvesse aquilo, então ela falou algo tão baixo que se eu não estivesse perto o suficiente eu não teria ouvido:

—Mas, vocês vão.

Ela entrou na casa cabisbaixa e triste.

Encontrei o meu irmão que estava com uma senhorita. Estava perseguindo ela.

Ela precisava de um par para o baile e nós dois nos oferecemos.

—Senhorita Katherine, conheça o meu irmão Damon.

—É um prazer.

Ela escolheu o meu irmão.

—Bom, quem é a nossa nova sobrinha?

—Oh! Já conheceu Amara. Ela é... diferente. Creio que ter testemunhado um homem colocar fogo em sua casa com sua família dentro, a deixou um pouco desequilibrada.

—Ela parece ter uma rixa com a senhorita Katherine.

—Elas são parentes.

—Então, ela é nossa parente e parente da senhorita Katherine?

—Ela disse que me casarei com a prima da mãe dela.

—Ela é com certeza desequilibrada.