Grissom sabia que tinha como entrar naquele banheiro sem que ninguém visse, ele só tinha que lembrar.

Brass estava tentando organizar as coisas pelo lado de fora.

— Sara! Ainda vai demorar ? Estamos quase prontos pra premiação, vamos ...

Se ela respondesse alguma coisa errada, poderia causar uma reação em Holt.

— Quase pronta Brass, tá tudo bem - Sara tentou responder com calma, tentou esconder o choro - Vai indo eu já encontro você.

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— Boa garota Sara, continue assim e talvez você sobreviva - Diz Holt.

Do lado de fora...

— Ela está mentindo Grissom... Gil??? cadê o Grissom? - pergunta Brass.

— Não sei não o vejo a sei lá dez minutos - responde Warrick.

— Ninguém tá vendo ele ?

— Negativo capitão, sem resposta.

Grissom andava a esmo pelos corredores.

— Vamos lá memória, foi um caso simples, eu achei daquela vez um rastro de sangue, era o mesmo andar, tinha uma porta - Grissom falava sozinho enquanto procurava - entrada da cozinha... E ... achei...

Seguindo pelo corredor que mantinha a ordem e a limpeza daquele luxuoso local ele sabia onde ia dar, anos atrás ele fez o mesmo caminho e naquele mesmo banheiro onde sua Sara estava ele encontrou uma jovem que trabalhava na limpeza e fora morta por um segurança que a assediava. Ele nao poderia deixar acontecer o mesmo com ela.

Ao chegar ao fim do corredor ele ouvia a conversa entre Sara e Holt.

— Porque ele? - perguntava Holt.

— Não tem uma explicação, não precisa ter um porque, você sabia que não íamos muito longe ...

— MENTIRA... VOCÊ ERA MINHA VIDA SARA...

— SUA VIDA? VOCÊ TINHA UM CASO EM CADA DEPARTAMENTO ... - E novamente ela foi agredida - É ESSA SUA VISÃO DE AMOR HOLT... EU DESCORDO VOCÊ ME BATE, ANTES DE EU TE DEIXAR VOCÊ JA HAVIA ME AGREDIDO DUAS VEZES E LEMBRA PORQUE ?

— Eu achei que você tinha me trocado pela festa da turma de Química e você estava o tempo todo trabalhando como babá.

Grissom conseguiu achar a porta escondida na parede, abriu uma brecha e viu que Holt estava armado, ele tinha que avisar o capitão, e se lembrou de ter arrancado o ponto eletrônico e o microfone antes de sumir pelos corredores.

Se Grissom voltasse, perderia a oportunidade de tentar salva-la, mas ele tinha que avisar, o celular, era isso.

Ainda do lado de fora Brass tentava achar um jeito de tentar entrar até que seu celular tocou.

— Grissom onde você se meteu?

— Fala baixo Brass, eu estou nos corredores da manutenção, com mais ou menos cinco centímetros da porta aberta observando Holt e Sara dentro do banheiro.

— Você fez o que eu penso que fez e por isso tá ligando?

— Não sei o que você pensa que fiz, mas quero que me diga o que fazer...

— Você não vai fazer nada, saia daí agora, tô mandando uma equipe...

— Eu não vou sair daqui sem ela, não vou ...

— Me diz que pelo menos está armado...

— Não, mas o Holt está.

— Grissom você a partir de agora será os meus olhos, quero detalhes...

— Não posso falar muita coisa, não consigo ver muita coisa a não ser que eu abra a porta mais alguns centímetros ...

— Grissom não...

Tarde demais, ao tentar forçar a porta por mais alguns poucos centímetros ela cedeu e abriu por completo, foi um choque tanto para Sara como para Grissom.

— Olha só Sara, se não é motivo de toda a nossa discórdia em pessoa... agora sim podemos começar a nossa festinha ....

- Capitão temos mais uma leitura térmica, por onde esses dois entraram?

— Corredores de manutenção, alguém fecha a entrada pelo amor de Deus, e não quero ninguém do turno da noite correndo pra lá antes da minha equipe.

Catherine, Greg e Warrick haviam se materializado ao lado de Brass como um passe de mágica.

— Me fala que não é quem eu tô pensando que é lá dentro - comenta Catherine.

— Ah mas é claro que é, ele tá achando que é quem, um cavalheiro com armadura e um cavalo branco? Se ele sobreviver a isso Catherine eu mesmo mato Grissom.

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Do lado de dentro do banheiro, Grissom olhava de Holt para Sara pensando melhor forma de chegar até ela.

Não foi necessário planejar muita coisa, Holt sabia que ele faria qualquer coisa pra estar com ela.

— Professor, junte-se a nós...

— Sara você está bem ? - pergunta Grissom - seu rosto querida ...

— Ela está ótima, não se preocupe, pode se aproximar dela, ela não vai a lugar nenhum.

Ele se aproximou devagar, ela tremia, estava apavorada, quase desmaiou quando ele tocou seu rosto examinando.

— Holt - Grissom iniciou com tranquilidade- deixa ela ir, seu problema é comigo.

— Não, meu problema é com os dois... vocês me enganaram, me fizeram de idiota, você tirou ela da cidade que ela mais amava e porque?

— Por amor Holt, por que eu necessitava dela pra viver, você não vai entender por mais que te explique, por mais que ela te explique, você nunca vai entender.

Enquanto Grissom enrolava Holt, ele conseguiu puxar Sara para suas costas se o maluco resolvesse atirar, ela sairia bem dali, ele não se importaria se morresse por ela.

Holt ouvia Grissom e ficava ainda mais nervoso, tudo que ele fizera pareceu não ter mais sentido, ela nunca o amou.

— Você matou uma mulher inocente por que ela se parecia com Sara, perseguiu ela aqui em Vegas no bar, se fez de amigo de um funcionário, por Deus e pra que tudo isso ? Incendiou a cabana do nosso melhor amigo, o apartamento dela, e ainda acha que ela te amaria? Que voltaria pra você? Você só pode ter enlouquecido...

Grissom ganhava tempo e enfurecida Holt ao mesmo tempo, e enquanto o tempo passava toda essa conversa servia para que Brass e sua equipe adentrassem os corredores da manutenção.