Aventuras no tempo

Rápido demais


POV ALVO

Estava terminando meu jantar quando ouvi a primeira explosão. No começo eu olhei ao redor confuso e percebi que poucas pessoas notaram o barulho estranho que vinha do lado de fora do castelo.

_ Ouvi algo? – pergunto cutucando as costelas de Scorpius.

_ O que? – ele indaga desviando os olhos da mesa da Grifinória... mas precisamente da minha prima, e não é da Dominique que eu estou falando.

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_ Perguntei se ouvi um barulho estranho... – digo olhando para os lados novamente, percebo que Hugo estava inquieto na mesa da frente também olhando pros lados.

_ Não. – Scorpius responde dando de ombros e me encarando com a testa franzida. – Acho que você está meio tenso Alvo.

_ Ah, você acha! Legal. – digo com sarcasmo voltando a comer.

Já fazia dois dias desde que conversávamos com Snape e demos o tiro no escuro de tentar confiar nele. Até agora o tiro parecia ter acertado. O menino que era homenageado no meu nome parecia estar disposto a nos ajudar depois de saber do seu dramático destino. Snape conseguiu um jeito de entrar na mansão Malfoy para procurar pelo Diário de Tom Ridlle e nos avisou que Voldemort planejava atacar a escola em breve á nossa procura.

Com a ajuda de Dumbledore nós planejamos uma fuga sorrateira da escola que aconteceria nessa madrugada. Tínhamos sido discretos nesses dias a fim de que ninguém desconfiasse de nada. Até mesmo os de confiança – meus avos, Alice e Frank, Marlene, Sirius, Remo e até Dorcas – não sabiam de tudo. Tínhamos que manter segredo para a segurança deles.

_ Porque está nervoso? – Scorpius pergunta meio aéreo voltando a secar Rose.

_ Não estou nervoso... Só estou com mau pressentimento. – murmuro afastando meu prato já que perdi o apetite. – Você está pronto para hoje?

_ Sim... e você?

_ Também. – suspiro fechando meus olhos por alguns instantes. – Acho que já vou para as masmorras...

_ Não vai se despedir deles? – o loiro pergunta apontando com a cabeça para a ponta da mesa da Grifinória onde estavam meus futuros avos e seus amigos. Lily estava com a cabeça no ombro de James e vez ou outra eles sorriam e trocavam selinhos.

Eu não gostava de admitir, mas sentia-me incomodado com toda aquela situação. Eu tinha me acostumado com a presença daquele casal, dos meus avos. Era impressionante como nós ficamos próximos em tão pouco tempo. Mas era necessário partir dali, pela segurança de todos aqueles que eram daquele tempo.

_ Não, acho melhor não. – murmuro para Scorpius e depois de olhar mais uma vez para os do passado me virei para ir para meu quarto.

Tudo foi rápido demais.

Eu rodei a mesa da Sonserina e fui andando para a saída ao lado da mesa da Lufa-Lufa, já estava na metade do salão quando os vidros do fundo da mesa dos professores explodiu. Me agachei enquanto milhares de cacos voaram pelo local, os gritos de susto tomaram conta do lugar. Tentei me levantar mas os alunos estavam correndo em pânico se esbarrando em mim todo segundo.

_ Alvo! – uma mão puxa me braço e me leva para longe do fluxo de alunos e eu focalizo Lily Luna me segurando.

_ O que tá acontecendo? – pergunto olhando para o salão. No meio da multidão eu consigo ver Scorpius saindo do salão junto com dois ruivos que eu acho ser Rose e Hugo, mas os outros eu não consigo encontrar.

_ Alvo, você está sangrando. – minha irmã diz preocupada e eu enfim sinto algo quente escorrendo pela minha testa.

_ Não imp.. – outra explosão, fazendo a porta do salão se soltar e por pouco não esmagar um grupo de alunos. – Estamos sob ataque...

_ O que? – Lily exclama atordoada enquanto eu a puxo para fora dali. – Não é possível! Snape disse que Voldemort não atacaria hoje!

_ É, mas essas explosões me dizem o contrario. – murmuro. Já estávamos no hall de entrada quando vi o primeiro comensal. Mesmo sob a mascara eu sabia que ele estava se divertindo com todo o pânico. – Empunhe a varinha Lily...

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_ Alvo, eu não...

_ Empunhe. A. varinha. LILY! – ordeno entre dentes e minha irmã engole em seco me obedecendo no momento que um dos feitiços dos comensais vem em nossa direção. – Protego!

_ Expelliarmus! – ouço Lily exclamar atrás de mim, mas antes de me virar outro feitiço vem em minha direção.

_ Protego! – digo. – Estupefaça! – o comensal é lançado para longe e segundos depois Victorie aparece na nossa frente.

_ Vamos, agora! – ela diz nos empurrando para longe da confusão por um corredor a direita. – Temos que chegar na Sala Precisa e ir embora daqui.

_ Onde estão os outros? – pergunto correndo atras dela.

_ Não sei. – Vic murmura e continua o caminho em silencio.

_ Mas nós vamos esperar eles para ir não é? – Lily pergunta olhando confusa para Victorie, mas nossa primas apenas sobe as escadas e suspira.

_ Nós temos que ir Lily... E só podemos rezar para que todos consigam também.

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POV TEDDY

Acho que fiquei desacordado por alguns segundos, porque quando voltei a lucidez eu estava no chão. Na minha frente os alunos estavam correndo assustados, o chão estava coberto de cacos de vidros. Tentei me mexer e senti uma ardência na minha perna, mas não liguei na hora.

Prioridades Teddy. Prioridades.

Empunhei minha varinha e tentei procurar os comensais, mas só encontrei alunos correndo em pânico. Então procurei meu pessoal e só consegui ver James puxando Lice da mesa da Lufa-Lufa.

Pelo canto do olho vi a mesa dos professores virada e quebrada ao meio, e ao lado o Professor Flitwick estava deitado.

_ Professor! – digo me agachando ao lado dele. – Professor! – exclamo mas ele continua imóvel.

_ Teddy, deixe-o comigo. – Dumbledore diz surgindo do nada e me levantando.

_ Mas ele está...

_ Teddy, me escute com atenção, não temos tempo. – Dumbledore diz segurando meus ombros. – Você tem que levar todos do seu tempo em segurança para longe daqui. Com vocês longe, o ataque vai ser cancelado. Voldemort não é idiota, ele verá que é desvantagem atacar sem vocês aqui... Agora, vá embora. Entendeu?

_ Sim... Sim senhor. – respondo engolindo em seco e em segundos Dumbledore some de vista. Me afasto do Professor caído ali e corro até o vulto loiro que eu vi. – Victorie.

_ Teddy? Graças a Merlin! – ela exclama pulando no meu pescoço. – Nós temos que achar os outros... VocÊ se machucou?

_ Não. – uma nova explosão é ouvida e a porta do salão é derrubada. Agora consigo ver os comensais aparecendo aos poucos, alguns entram pela janela quebrada no salão. Minerva consegue conter dois deles enquanto Sprout escolta os alunos. – Vic, vá para o hall, procure o pessoal e vá para a sala Precisa... Não precisa achar todos... Vá com quem encontrar. Use a sala para conseguir uma passagem para Hogsmeade e de lá aparate na casa dos Potter.

_ Ok, mas e você? – ela pergunta empunhando a varinha.

_ Vou encontrar os outros. – respondo respirando fundo. – Vou encontra-los e também vou para os Potter. Mas não me espere ok? Vá embora... Eu vou estar indo logo depois.

_ Promete? – Vic aperta meu braço me olhando confusa.

_ Prometo. – lhe dou um beijo rápido, a abraço e logo ela sai correndo para o hall de entrada.

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POV JAMES SIRIUS

_ ABAIXA! – grito no instante que a janela explode bem atrás dos professores fazendo a mesa voar. Os gritos enchem o salão e os alunos começam a correr feito doidos para todo lado. Esse pânico realmente não ajudará em nada.

_ James, temos que sair daqui. – Remo diz me puxando e eu olho ao redor confuso.

_ Onde estão Rose, Hugo, Lily Luna... Dominique?

_ Já foram, isso aqui é um ataque, Voldemort se antecipou. – meu avo diz com a varinha em punho enquanto nos seguimos o fluxo de alunos para fora do salão.

_ Espere! – digo empurrando um aluno da Corvinal e parando na mesa da Lufa-Lufa onde Alice estava estática. – Alice..? Temos que ir!

_ J-James... O que está acontecendo? – ela pergunta enquanto eu, sem paciência, já a puxo para longe dali. – Estamos sob ataque? Cadê o resto do pessoal?

_ Não sei Lice, mas temos que sair daqui! – nós corremos para fora junto com os marotos e minha futura avó.

_ Marlene está com Alice e Frank. – Sirius diz a minha frente. – Nós vamos levá-los até um lugar seguro.

_ Não, vocês que tem que ficar seguros! – exclamo o alcançando. – Eu vou com Alice para longe do castelo e vocês se protejam!

_ Não vou deixar vocês sozinhos. – James diz no momento que um feitiço passa por cima de nós e atinge a porta do salão. De onde estamos consigo ver vultos mascarados se aproximando pelo gramado.

_ Você não tem escolha. – digo empunhando minha varinha. – Bombarda! – meu feitiço acerta a linha de frente dos comensais que recuam, e pela luz do feitiço consigo ver o numero deles. – Não são muitos...

_ O Lord não ia arriscar todo o exercito em uma operação como esta. – Snape diz surgindo das sombras como um fantasma. – Ele só quer vocês.

_ Só!? – Alice indaga arqueando as sobrancelhas.

_ Não importa, vem! – James diz nos puxando para fora do castelo e correndo rente a parede externa.

_ James, que eu saiba eles devem ir para um lugar seguro. – ouço Lily falar atras de mim. – E correr para o encontro dos comensais não é seguro!

_ Ficar lá dentro também não! – James diz encostado na parede do castelo. – Abaixem-se!

Nós obedecemos instantaneamente e segundos depois os comensais passam por nós invadindo o castelo. Sinto uma preocupação crescente ao notar que do futuro, apenas Alice está comigo.

_ Vamos. – Remo diz baixinho e corremos cruzando o gramado do castelo. A alguns metros a frente estava o Salgueiro Lutador e... Ah! Saquei! Lugar seguro...

_ Crucio! – exclamo alguém atrás de nós e logo sinto mil facas cortando meu corpo. Minha garganta queima, então acho que estou gritando, mas não consigo ouvir meu grito. Meus joelhos cedem e caio no chão.

_ Estupefaça! – ouço a voz de James e a dor some e fazendo arfar. – Petrificus Totalus! – outra voz diz enquanto eu apoio minhas mãos para levantar, alguém segura meus braços e me ajuda.

_ Você está bem? – minha avó ruiva pergunta e percebo que é ela que está me ajudando.

_ Sim... CUIDADO! – eu nos jogo dois no chão no instante que um raio verde passa por ali quase nos acertando. – Argh! Acho que entrou lama na minha boca... – comento sentindo um gosto amargo.

Levanto meus olhos e vejo meu avo, Sirius e Remo duelando com três comensais, os outros metidinhos servos do mal estavam caídos no chão desacordados... Um deles com horríveis pústulas no rosto. Mas não fiquei olhando muito pois minha atenção se voltou para corpo caindo poucos metros do Salgueiro Lutador.

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Lily e eu corremos até o corpo desacordado de Alice. Ela estava com um corte feio no braço e a perna virada em um ângulo que fez meu estomago embrulhar.

_ Um deles acertou ela com um feitiço pouco depois de você. – Lily diz se agachando perto de Lice.

_ Vamos Alice, acorda! – murmuro dando tapinhas no rosto da morena. – Se algo acontecer com você o Alvo me mata!

_ Levicorpus! - a voz do meu avo me chama a atenção e noto que agora apenas um comensal continua lutando, mas então um feixe de luz roxa o acerta por trás e ele cai deixando que nós todos vejamos Teddy, que estava com a varinha em punho e os cabelos castanhos. Ele parecia muito com o Lupin desse tempo...

_ Porque vocês estão aqui fora? – Teddy pergunta ajudando Sirius, que estava no chão, a se levantar.

_ Estávamos indo para a Casa dos Gritos, lá era um local seguro para eles irem embora. – Remo explica vindo na minha direção.

_ O que houve com ela? – Teddy pergunta para mim depois de concordar com seu futuro pai.

_ Sei lá... Mas a perna dela não parece estar com os ossos no lugar certo. – respondo com uma careta e Teddy olha para onde eu falo.

_ Jesus Cristo! – ele exclama. – Vocês consegue leva-la no colo?

_ Teddy, eu sou um bruxo! – digo levitando o corpo de Alice. Teddy parece querer dizer algo mais uma grande explosão faz as janelas de um andar inteiro do castelo se espatifar.

_ Oh não... – Lily diz engolindo em seco. – Aquele é o sétimo andar!

Sétimo andar... Sala Precisa.

_ Você não acha q... – James começa mas Teddy o interrompe.

_ Eu mandei Victorie levar todo mundo para lá e ir embora daqui. – ele diz indo para o Salgueiro Lutador e o imobilizando. - Com sorte eles já foram para longe.

_ Considerando nosso histórico... E não tendo sorte? – pergunto para Teddy passando Alice pela passagem ridiculamente pequena.

_ Sinceramente James... Prefiro não pensar na opção pessimista.