Capítulo 14 - Problemas Elétricos no Vale do Vento!


A suavidade do vento podia ser sentida passando por entre os vãos das janelas do quarto dos garotos. Era muito cedo, pois eles queriam chegar à cidade de Eterna ainda naquele dia. O frio parecia voltar a reinar em Sinnoh nas manhãs gélidas do inverno, as flores da cidade de Floaroma pareciam lutar para resistir às frias manhãs seguidas das noites congelantes do continente.


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Lukas já estava de pé escovando os dentes e preparando-se para partir, enquanto seu irmão continuava dormindo em sua cama implorando por mais três minutos antes que fosse obrigado a se levantar. Dawn também já se preparava para sair, ela vestia uma fina camisola enquanto arrumava seu cabelo para mais um dia de viagem.

Até mesmo o Centro Pokémon ainda parecia adormecido àquele horário da manhã, a enfermeira Joy do período diurno acabava de chegar para atender qualquer emergência, mas além dela não se podia perceber nem uma outra alma sequer perambulando por entre os frios corredores. A lareira outrora acesa no centro do salão agora jazia apagada, um vasto silêncio reinava no local que só era quebrado pelo fraco piado de pássaros que anunciavam a chegada da manhã.

Lukas já havia terminado de arrumar suas coisas quando Luke havia se levantado para começar a se trocar. Ele sorriu, e deixou o irmão no quarto enquanto descia para tomar seu café da manhã. Ao sair do quarto o jovem deparou-se com Dawn, que o acompanhou até o primeiro andar para poderem comer.

— Qual será nossa rota hoje, Lukas? — perguntou ela, enquanto colocava um pouco de suco de laranja em seu copo.

— Segundo o Luke, poderemos chegar à cidade de Eterna ainda hoje se agirmos rápido. Mas acho que teremos que acampar no caminho, pois acredito que a rota 205 seja repleta de treinadores prontos para uma batalha. — explicou Lukas.

— O Luke quer chegar à Eterna ainda hoje e é o último que acorda. Eu não o entendo. — riu a garota.

Os dois tomaram café lentamente e somente muito tempo depois Luke desceu para acompanhá-los. Ele fez um breve lanche e logo já estava pronto para retomar o curso da aventura, Lukas até pensou em visitar Vivian para despedir-se, mas por ser muito cedo eles acharam que poderiam estar sendo um incômodo para a garota. A cidade encontrava-se deserta, o que era bem diferente de Jubilife que naquele mesmo horário ainda estaria lotada. O silêncio agradava Lukas, mas ele agora tinha que se despedir da humilde cidade que tanto apreciara visitar.

Fortes ventos eram sentidos vindos do leste, aparentemente a usina eólica estava trabalhando a todo vapor, e por um momento eles se sentiram na curiosidade de visitar o local para ver como funcionava. Ao chegar à usina Dawn se encontrou maravilhada com a força e a potência de máquinas enormes que geravam energia através do vento, era o Valley Windworks, uma usina muito conhecida que gerava energia para diversas cidades nas redondezas.

— Nossa, é muito bom ficar aqui e poder sentir o vento batendo sobre nós. É tão refrescante!! — disse Dawn estendendo os braços e recebendo o vento em seu corpo bem abrigado contra o frio.

— Nossa, a sensação térmica daqui deve ser muito baixa. Ultimamente as manhãs em Sinnoh têm sido frias, e o vento aumenta ainda mais essa sensação congelante! — comentou Lukas.

— Hoje tava bom pra estar embaixo do cobertor, dormindo e curtindo um chocolate quente, mas não, estamos numa aventura às sete horas da manhã. Acho que nem os caras da usina acordaram, ainda deve tá desligado. — disse Luke.

— Acho que não. Olhe lá, tem dois homens na entrada. Nós poderíamos falar com eles e pedir para darmos uma olhada na usina. Seria interessante aprender um pouco sobre como funciona a energia gerada por ventos, o Pachirisu que iria se interessar! — disse Lukas animado, andando em direção dos dois estranhos que vestiam uniformes brancos com detalhes em pretos.

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Dawn olhou aqueles homens e teve uma rápida impressão de que já os vira em algum outro lugar não fazia muito tempo. Lukas aproximou-se dos estranhos e pediu gentilmente para que os dois os deixassem entrar na construção.

— Olá, somos aventureiros e gostaríamos de saber a que horas a usina vai abrir. Nós gostaríamos de dar uma olhada e aprender como funciona a energia gerada pelo vento. — disse ele educadamente.

— Sai daqui moleque, a usina não vai abrir hoje. — respondeu um dos homens de modo ignorante.

— Ei!! Ele foi educado, custava dizer não? — retrucou Dawn enfurecida.

— Saiam daqui seu bando de pivetes, e não venham atrapalhar nossos planos. — encarou o outro homem.

— Espere um pouco, vocês são membros do Team Galactic! — afirmou a garota agora surpresa — E você é um daqueles caras que nós vencemos há alguns dias atrás, seu nome era Cosmo, não é?

— Caramba. Agora que notei, vocês são os pivetes das pokéagendas! — afirmou Cosmo — Então vocês continuam atrapalhando nossos planos, não é? Dessa vez nós não vamos deixar barato! — disse ele pegando uma pokébola em sua cintura.

— Opa, quando o assunto é batalha eu até me animo! — disse Luke empolgado.

— Vamos acabar com eles, Luke! Budew, eu escolho você!!

— Gabite, vai!


Os dois garotos lançaram seus pokémons que logo pela manhã já estavam dispostos a uma batalha, os dois membros do Team Galactic por sua vez lançaram um Stunky e um Zubat.

— Dessa vez não vou pegar leve com vocês, Stunky utilize o Smokescreen naquele Gabite! — ordenou Cosmo.

— Zubat, ataque aquele Budew com o Leech Life! — disse o outro integrante.

A cortina de fumaça lançada pelo Stunky acabou atordoando Gabite que agora já não conseguia enxergar muito bem, enquanto que o morcego atacava Budew incansavelmente. O broto recebera muito dano pelos golpes do tipo inseto da criatura, mas ele não se deixava levar pelo tipo em desvantagem.

— Gabite, utilize o Sand Tomb naquele Stunky! — ordenou Luke.

Porém, uma vez que o dragão não conseguia enxergar muito bem, Gabite acertava golpes no ar ao invés de acertar o gambá em sua frente.

— Budew, utilize o Mega Drain no Zubat!

O golpe do pequeno broto acertara o morcego, mas não parecia causar muito danos, o que começou a preocupar os dois irmãos em meio a batalha.

— Gabite, tente o Dragon Rage agora! — ordenava Luke, porém, os ataques de Gabite continuavam a não acertar o seu inimigo que se esquivava e em seguida arranhava o dragão com suas garras afiadas.

— Hah, hah, hah! O Pokémon de vocês continua uma porcaria! — debochou um dos homens.

— Droga, Lukas faz alguma coisa!! — gritou Luke.

— Estou fazendo o possível! Budew, por hora já está bom, pode descansar. — disse ele retornando seu pequeno broto — Pachirisu, saia e utilize o Spark naquele Zubat!

Assim que o pequeno pokémon liberou-se de sua pokébola o esquilo rapidamente grudou no morcego e derrubou-o com um golpe elétrico, logo na seqüência acertando um Swift ordenado por seu treinador. Parecia que o Zubat estava fora de batalha, mas o poderoso Stunky continuava de pé.

— Minha jogada agora, Gabite utilize o Sand Tomb novamente!

O dragão de Luke logo se acostumou com a fumaça que atrapalhava sua visão e na sequência criou um buraco na terra que aprisionou Stunky impedindo sua fuga. O ataque fora poderoso causando um dano imediato no Pokémon de seu inimigo, e logo o gambá acabou por não aguentar o dano causado e caiu derrotado.

— D-Droga, vocês venceram de novo! — gritou Cosmo.

— Vencemos sim! Agora nos diga o motivo de vocês estarem aqui na usina.

— Isso não é problema de vocês, dêem o fora daqui antes que sejamos obrigados a... — hesitou ele — Sei lá, só vão embora daqui!! — em seguida, os dois rapidamente entraram na usina e tracncaram a porta de forma que os jovens não pudessem mais entrar.

— Pessoal, precisamos fazer alguma coisa, o Team Galactic pode estar aprontando alguma coisa lá dentro! — disse Dawn preocupada.

— Mas como vamos entrar se não temos a chave? — perguntou Lukas.

— E vocês precisam de chave para entrar em algum lugar? Simplesmente destruam a porta. — disse a voz de um rapaz que estava logo atrás deles.

Luke virou-se para ver de quem se tratava e imediatamente fechou a cara ao notar que era seu rival, Stanley. O rapaz loiro mantinha-se sério enquanto encarava o grupo, mas era evidente a feição de raiva no rosto de Luke que o observava, transmitindo com seu olhar a mensagem: “Você não é bem vindo aqui”.

— S-Stanley!! — afirmou Lukas surpreso.

— O que você tá fazendo aqui? — perguntou Luke de modo direto.

— Eu estava passando quando pude ver alguém batalhando com aqueles dois idiotas. Parece que você não melhorou nada Luke, agora, o seu irmão está batalhando em ótima sincronia com seus pokémons. Parabéns Lukas. — elogiou o jovem.

— Hm... Obrigado Stanley. — agradeceu ele meio sem graça.

— Vai procurar alguma coisa pra fazer Stanley, estamos no meio de uma situação crítica pensando em alguma forma de abrir a porra dessa porta. E você não é bem vindo aqui, dá um fora. — disse Luke de modo ignorante.

— Ora, se quiserem entrar na usina basta destruir a porta como eu havia dito. — explicou ele.

— Hm... Acho que destruir a usina sem motivos não seria uma boa idéia. — comentou Lukas.

— Eu prefiro destruir essa porta do quê ficar aqui e aguardar que o Team Galactic cause mais danos à essa usina. Gyarados, destrua aquela porta agora!! — disse Stanley, lançando a pokébola de seu Pokémon.


De dentro da cápsula surgiu uma longa serpente aquática, uma criatura mítica de grande poder de destruição, o pokémon tinha uma enorme boca coberta de dentes e escamas extremamente duras. A criatura seguiu os comandos de seu treinador e lançou um poderoso raio em direção da estrutura da usina de energia, evitando ao máximo fazer um estrago no local, mas de certo modo Stanley conseguira abrir uma passagem como desejava. Luke surpreendeu-se ao deparar-se com a força do Pokémon que seu rival havia conquistado, e de certo modo sentiu um pouco de inveja quando percebeu que aquele Gyarados obedecia perfeitamente seu treinador, o que era bem diferente de seu caso com Titânia.

— Vamos impedir que esse Team Galactic cause mais problemas. — disse Stanley.

— Quem você pensa que é pra dar ordens pro meu grupo?! — perguntou Luke irritado.

— Não estou dando ordens pro seu grupo, só quero impedir que esses ladrões causem qualquer problema dentro da usina. — respondeu Stanley — Olha Luke, eu não estou a fim de brigar com você hoje, então faça o que quiser. Eu vou entrar lá dentro e acabar com esses caras.

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— Eu não tô brigando cara, você surge do nada e quer manter pose de fodão pra cima dos meus amigos? Eu vou mostrar pra você do que sou capaz, vou mostrar que meu time é muito melhor do que o seu!! — gritou Luke irritado, entrando na usina na companhia de Stanley. Lukas e Dawn os olharam por um tempo sem entender muito bem o que acontecia, mas adentraram o local em seguida.


A usina parecia completamente vazia, algumas máquinas estavam ligadas enquanto ainda operavam o armazenamento de energia, mas o motivo pelo qual o Team Galactic utilizava o local ainda era um mistério.

Stanley e Luke continuaram discutindo enquanto corriam dentro da usina até darem de cara com uma moça que estava na sala de controles, o que os fez cair no chão com o susto que levaram. A mulher estava na companhia de outros membros da organização dos Galactic, mas de todos que estavam lá presentes ela parecia estar no comando uma vez que vestia roupas diferentes e utilizava um brasão dourado com o símbolo do grupo. A mulher parecia ser nova, tinha belas silhuetas e um corpo acentuado que era bem esculpido pela roupa que vestia no momento. Ela tinha olhos vermelhos e cabelos de cor escarlate, cortados em um formato chanel. A moça surpreendeu-se ao ver os dois jovens caídos ao seu lado e agachou-se na altura deles para conversar.

— Opa, desculpem-me por assustá-los, é melhor não ficarem correndo por esses corredores, vocês podem se machucar da próxima vez. — disse a mulher com um lindo sorriso em seu rosto, apoiando suas mãos sobre seus joelhos — Vocês estão bem?

— Cara, é a Tia Martha!! E aí, Tia Martha!! — gritou Luke animado, apontando para a moça que o olhou assustada. A Comandante ficou sem reação por um minuto, eram poucas as pessoas que a conheciam por seu veridadeiro nome, e aquele ocorrido a pegara de surpresa. A mulher arregalou seus olhos e rapidamente implorou por silêncio, aproximando-se do garoto e sussurando em seu ouvido:

— Shh... L-Luke, o que faz aqui? Não é a Tia Martha não, é Comandante Mars...! — disse ela, tentando abafar o comentário que o garoto fizera.

— Comandante, quem é Tia Martha? — perguntou um dos integrantes da corporação.

— Heh, heh... Não é ninguém rapazes. Ignorem esse comentário. — disfarçou ela, virando-se para os dois garotos no chão e mudando sua feição amigável para uma de esnobe — Então, esses são os jovens que pretendem acabar com os planos do Team Galactic, não é?

— Isso mesmo Tia, a gente tava tentando impedir uns caras doidos que entraram aqui dentro. Acho que eles são desse tal de Team Galactic mesmo. — disse Luke, percebendo em seguida que vários integrantes da corporação estavam na mesma sala observando o ocorrido — Caramba Tia, os carinhas do Team Galactic seqüestraram você também!!

— Você é muito burro cara, ela faz parte do Team Galactic... — advertiu Stanley.

Luke olhou para a mulher em sua frente que o encarou um pouco receosa, Luke ainda não tinha reparado que ela era uma das comandantes da facção, ele a observou por um tempo e depois voltou-se para Stanley.

— Cara, na minha frente só tem a Tia Martha... — suspirou Luke.

— N-Não me chame de Tia Martha, Luke!! Eu sou a Comandante Mars!! COMANDANTE MARS!!! — berrou ela.

Logo que Mars gritara para que todos na usina ouvissem, Lukas subitamente entrou na sala e avistou a mulher, ele rapidamente pulou em seus braços e abraçou-a com carinho.

— Titia Martha! Eu não sabia que você estava aqui!! O Team Galactic está mantendo-a como refém? — perguntou o garoto enquanto abraçava a mulher.

— L-Lukas, você também?? Aaaaw, não é possível... Olha, no momento eu não sou a Tia Martha de vocês. Eu sou a Comandante Mars, estão ouvindo? — disse a mulher um pouco sem graça.

— Comandante, o que está acontecendo? Não estamos entendendo nada... — disse um dos integrantes confuso.

— Não é nada, soldados. Heh,heh, heh... É só um breve problema familiar... — sorriu a mulher, trazendo os dois garotos para próximo de si e falando bem baixinho para que somente eles pudessem ouvir — Olha, estou muito feliz em vê-los no momento, mas a tia está trabalhando e precisa da ajuda de vocês. A brincadeira é o seguinte: Eu sou uma vilã muito malvada conhecida como Comandante Mars, e vocês são os mocinhos que tem que derrotar essa vilã. Então nós vamos batalhar e vocês vão ganhar, entenderam?

— Entendi sim, Tia Martha!! — sussurou Lukas alegremente.

— Ah... Eu queria ser vilão também, mas deixa quieto, assim tá bom. — acompanhou Luke.

A mulher rapidamente afastou-se dos garotos e agora ela se dirigia a eles com severidade.

— Então, vamos ter uma batalha para decidir o que devemos fazer em seguida, seus moleques insolentes! Se eu ganhar, vocês vão embora. Mas caso vocês ganharem, nós, o Team Galactic, deixaremos o local! — disse Mars.

— Ahá!! Não pense que poderá derrotar-nos Comandante Mars. Nós somos os heróis de Sinnoh e temos poderosos pokémons ao nosso lado, você nunca sairá vitoriosa!! — gritou Lukas fazendo pose de herói.

Mars sorriu com a cena, ela não sabia se ria ou se chorava com a cena ridícula que acabara de acontecer, mas no momento ela precisava se concentrar na batalha que teria.

— Purugly, Golbat, eu escolho vocês!! — disse ela, lançando seus dois poderosos pokémons.

O Golbat da comandante voava sem parar entre a usina, o morcego tinha dentes caninos afiados e parecia bem treinado. Seus olhos conseguiam enxergar no escuro e pareciam estar mais que prontos para uma batalha. Já o outro Pokémon era um gato muito gordo e largo, ele tinha patas grossas e longas orelhas. As duas criaturas encaravam seus inimigos com um olhar sério, mas assim que o Purugly avistou Lukas ele andou até o garoto e deitou-se próximo de suas pernas como se pedisse por carinho.

— Comandante Mars, sua Glameow evoluiu!! Ela ficou tão fofinha... — disse Lukas animado enquanto acariciava o gato cinzento.

— Não pense que nós vamos pegar leve com você Comandante, você ainda é nossa inimiga!! — disse Luke confiante.

— Bom, então vamos ver que pokémons vocês conseguiram! — disse Mars, chamando por seu Purugly que rapidamente se colocou em posição de combate.

— Eu também quero entrar nessa batalha, vocês não vão conseguir me deixar de fora. — disse Stanley, lançando a pokébola de seu Pokémon evoluído — Grotle, eu escolho você!

— Owaah! Seu Turtwig também evoluiu cara! Ele parece fort... Quer dizer, parece um lixo. — disse Luke.

— Eu também fiquei impressionado quando vi que seu Gible tinha evoluído, Luke. E eu agradeço o suposto elogio. Sem mais comentários, vamos começar essa batalha. — assentiu o rapaz loiro.

— Ei, vocês não podem me deixar fora dessa batalha! Machop, eu escolho você!! — disse Dawn.

— Vamosarrebentarnessa batalha cara, Gabite vai!

— Pachirisu, eu escolho você!!


Agora os outros integrantes do Team Galactic também entravam na disputa para batalhar contra Stanley e Dawn, mas o verdadeiro foco estava em Luke e Lukas que lutavam contra a Comandante Mars. O Gabite de Luke arranhava o grande Purugly, enquanto Pachirisu tentava derrubar Golbat que voava rapidamente entre a usina.

— Droga, esse Golbat é muito mais forte do que os Zubats que enfrentamos anteriormente. — disse Lukas receoso.

— Comandante Mars, você não sabe como esperei por esse momento em que eu teria a oportunidade de batalhar contra você. O futuro do mundo está nessa batalha! — disse Luke, imaginando que aquela disputa fosse realmente importante.

— Estou gostando de ver Luke, quero vê-los batalhando com perseverança e sendo os melhores! Mas para isso vocês precisam me vencer antes. Golbat, utilize o Wing Attack no Pachirisu. E Purugly, utilize o Fury Swipes no Gabite!

Os dois pokémons eram bem mais treinados do que o normal, e isso fazia com que Gabite recebesse um grande dano das unhas afiadas de Purugly, enquanto que o pequeno Pachirisu encontrava problemas em derrubar o ágil Golbat. Com as ordens de Lukas, o esquilo elétrico usou uma das máquinas de energia como apoio e alcançou o Golbat que cambaleou um pouco com o peso da criatura em seus pés. Pachirisu rapidamente lançou uma descarga elétrica no Pokémon que caiu no chão paralisado.

— Agora Pachirisu, utilize o Swift no Golbat e finalize o trabalho!

O Pachirisu de Lukas rapidamente tomou distância e lançou várias pequenas estrelas que acertaram o morcego, fazendo-o cair nocauteado.

— Gabite, lance o Dragon Rage no Purugly!! — ordenou Luke.

O dragão azul lançou seu mais poderoso ataque no momento, as chamas dracônicas queimaram o corpo da gata que ainda resistia bravamente. Aquele Pokémon tinha muita energia, e Mars não estava disposta a perder tão fácil.

— Purugly, Faint Attack!

O gato da comandante desapareceu por um segundo, e por um momento Gabite parecia coberto em um mundo desconhecido; de repente, a gata habilmente surgiu em suas costas acertando um poderoso golpe que quase nocauteou Gabite, mas o Pachirisu de Lukas fora mais rápido derrotando o Pokémon de Mars com um Quick Attack.

Luke e Lukas comemoraram a vitória, e pelo visto Stanley e Dawn também tinham conseguido derrotar os outros integrantes do Team Galactic. Agora a Comandante Mars precisava cumprir o seu trato e partir, deixando a usina para trás.

Ela ordenou que seus subordinados fossem em frente, pois gostaria de ter uma conversa em particular com os dois irmãos. Ela andou até um sofá e sentou-se na companhia dos garotos que pareciam extremamente enstusiasmados, Lukas gostava de ficar abraçado à moça que também sentia-se bem com a companhia dos sobrinhos.

— Tia Martha, essa batalha foi super show! Seus pokémons são poderosos! — disse Luke.

— Eu que devo falar isso de vocês, e veja só, vocês acabaram de me derrotar em uma batalha! Fazia alguns anos que eu não os via, e agora que nos reencontramos vocês estão saindo em uma grande aventura em busca de seus sonhos... Isso é realmente fantástico, sua mãe deve estar orgulhosa de vocês dois, não é? — sorriu a comandante, acariciando a cabeça de Lukas.

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— Está sim, ela sempre fala de você. Mas por onde esteve tia? Nós sentimos saudade. — perguntou Lukas, abraçando a mulher.

— Eu também senti, mas sabe, acho que nossos destinos acabaram indo em caminhos opostos. — comentou a mulher — Como vocês cresceram... Fico feliz que vocês estejam tão grandes e bonitos. Vou falar com a mãe de vocês para um dia ir visitá-los em Twinleaf depois que essa jornada acabar, o que acham da idéia? — sorriu ela.

— Seria muito louco tia!! Você tem que nos ensinar esses golpes que os seu pokémons aprenderam, o Faint Attack foi foda! — disse Luke fascinado.

— Heh, heh... Foi muito bom revê-los, meus queridos. Mas olhem só, agora é a última parte da brincadeira. Eu não quero que vocês se envolvam novamente com o Team Galactic, ouviram? E nunca contem a ninguém essa batalha que nós tivemos hoje, principalmente para sua mãe, ok? Eu só preciso que vocês guardem esse segredo, vocês acham que conseguem “Heróis de Sinnoh”?

— Mas é claro que sim Tia Mart... Quer dizer, Comandante Mars! Seu segredo estará seguro conosco!! — disse Lukas, fazendo sinal de continência.

— Heh, heh... São os meus garotos! Agora eu preciso ir, e cuidem-se, viu? Quero vê-los inteiros no fim dessa jornada. E a propósito Lukas, tenho um novo presentinho para você. — disse a moça, retirando uma espécie de CD de sua bolsa. Era um TM24 Thunderbolt, que seria de extrema ajuda para o Pachirisu do jovem.

Os olhos de Lukas brilharam, sempre que a tia o visitava ela lhe dava presentes, isso causara um pouco de ciúmes em Luke, mas que abriu um enorme sorriso ao ver que também tinha um presente para ele. Era um TM78, contendo Rock Slide, que seria um ótimo golpe ofensivo para seu Gabite.

— É só um presentinho que consegui onde eu trabalho, mas agora preciso ir queridos, foi muito bom revê-los! De verdade! — disse a mulher com um sorriso, despedindo-se de seus sobrinhos no momento.

— Tudo bem tia, da próxima vez que nós nos encontrarmos teremos uma nova batalha! Mas meus pokémons estarão muito mais fortes! — disse Luke. Mars sorriu e concordou com a proposta do garoto, logo em seguida saindo por uma das janelas e deixando os jovens na sala.

Dawn rapidamente correu na direção dos garotos que agora riam alegremente com os presentes que acabaram de ganhar. Dawn não conseguia entender o motivo daquela mulher ter sido bondosa com os jovens, uma vez que eles haviam atrapalhado seus planos.

— Pessoal, vocês estão bem? Aquela mulher não machucou vocês? — perguntou Dawn assustada.

— Claro que não, ela é nossa t... Quer dizer, ela é a Comandante Mars, e nós a derrotamos!! — disse Lukas alegremente.

— Vocês estão loucos?? Ela é comandante do Team Galactic, ela é nossa inimiga!! — gritou Dawn.

Os irmãos se entreolharam e começaram rir.

— Então acho que somos amigos do Team Galactic agora!

Dawn baixou a cabeça em sinal de reprovação, quando de repente, todos ouviram um estranho som vindo de dentro de uma sala. Stanley correu para o local e abriu a porta que jazia fechada, dentro haviam vários cientistas que estavam amarrados e vedados. Os homens agradeceram a ajuda ao serem libertados e explicaram o ocorrido.

— Oh, foram vocês que derrotaram o Team Galactic!! Muito obrigado, eles queriam roubar nossa energia, mas graças a vocês agora poderemos retomar nosso trabalho! — disse um dos cientistas.

— Viram só? Eu disse que aquela mulher era uma impostora, vocês tiveram sorte dela não ter machucado-os! — alertou Dawn.

— Vocês têm alguma pista sobre os impostores que estavam aqui? — perguntou um dos homens que trabalhavam no local.

Luke e Lukas ficaram pensativos por um momento, mas lembraram-se em seguida da promessa que haviam feito para sua tia. E por isso eles jamais entregariam-na para os policiais.

— Não fazemos idéia de quem seja. — disse Luke.

Os cientistas agradeceram toda a ajuda dos jovens que saíram da usina. Após o ocorrido, a energia poderia voltar a ser produzida para outras cidades. Por motivos desconhecidos, o Team Galactic parecia utilizar da usina para armazenar energia em uma quantidade descomunal, e provavelmente eles haviam conseguido o que queriam antes de partir. E no fim de tudo talvez por obra do destino, uma das comandantes da temível facção criminosa era tia dos jovens irmãos.

— Seus pokémons parecem fortes Luke, quero ter uma batalha com você qualquer dia destes. — elogiou Stanley.

— Também fiquei admirado com a força dos seus, Stanley. Quando a oportunidade surgir nós iremos batalhar, e saiba que até lá eu já serei o melhor, tá ligado? — riu Luke, esticando a mão para o garoto loiro que deu um leve sorriso.

— Não pense que esse elogio mudou minha consideração por você, nosso passado continua o mesmo. — advertiu ele agora com uma feição séria.

— Tô ligado cara, eu ainda te odeio e você me odeia, mas não posso negar que seus pokémons são fantásticos. Se manda daqui, otário. — sorriu Luke.

Agora era por volta de meio dia, e os garotos tinham planos de chegar na cidade de Eterna ainda hoje. O passado dos dois garotos permanecia em mistério, o que fazia com que Dawn continuasse curiosa para saber o motivo da inimizade de Luke para com o loiro. Mesmo que Stanley não estivesse mais na companhia dos jovens, Luke pareceu mais contente em encontrá-lo dessa vez, o que poderia significar uma possível aproximação entre os dois novamente.

Com o Thunderbolt de Pachirisu e o Rock Slide de Gabite, o time fica cada vez mais poderoso, mas a cada dia que passa novos treinadores surgem com pokémons de níveis cada vez mais elevados. Será que os garotos serão capazes de seguir seus objetivos e chegar à cidade de Eterna em segurança?


Agora que a usina do Valley Windworks está salva, os jovens continuarão seu caminho até a cidade de Eterna. Com o incidente ocorrido com a Comandante Mars, Luke e Lukas parecem estar cada vez mais envolvidos com o misterioso Team Galactic, embora Dawn continue de olho na facção criminosa após esse estranho ocorrido no Valley Windworks.