Aventuras Com Um Pegs

Capítulo Quatro – Eu mato um monstro com uma moeda


- Você dormiu muito – Julie sorriu – nossa, acho que umas 12 horas! Fiquei te esperando, inquieta. Charlie teve que sair.

Olhei no relógio. Quatro horas da manhã. Pelo menos era um final de semana. Mas, onde estaria Charlie as 04hrs da manhã?

- Charlie não poderia sair! Vai ser perigoso... Você viu aqueles cachorros? Vão machucar o meu pégaso.

- Ai meu deus.

Corri até a porta de minha casa, procurei Charlie por todos os lugares, mas ele não estava. Caminhamos mais um pouco, o que foi mais ou menos meia hora. O sol já estava começando a aparecer. O dia estava clareando.

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- Charlie! – gritei.

O mesmo atendente que tinha nos atacado, estava brigando com o Charlie. O que ele queria? Meu deus!

- Pégaso idiota. Argh, você não sabe como eu te odeio animal.

Ele continuava a bater no meu bicho. Apalpei meus bolsos, eu ainda tinha algumas moedas. Pensei na hora certa, e quando o monstro abriu a boca para morder Charlie, joguei uma moeda na boca dele. Pontaria certa. A moeda caiu bem na boca do monstro, ele se engasgou, ficou tossindo por alguns segundos, ficou vermelho e em um enorme KABUM ele explodiu.

- Mas como assim? Como você fez isso? – Julie estava espantada.

- Eu, eu não sei... – gaguejei nervosa.

“Obrigada garota, você realmente é...” Charlie mal pode falar, ele desmaiou. Eu e Julie arrastamos ele até a minha casa. Deitamos ele no capim do meu quintal.

- O que ele queria me dizer, Julie? – falei.

- Não sei, acho que agradecer. Você foi simplesmente fantástica... Mas, aquela explosão? Pelo que sei, pessoas não explodem.

- Ele... Ele era um monstro.

- Mesmo? Ai meu deus, estamos rodeadas de monstros?

- Não sei, Ju, além do Charlie está em perigo, nós também estamos. E pelo que eu vi, temos que cuidar dele. – eu disse.

Uma lagrima teimosa desceu. Eu realmente estava gostando de ter essas “aventuras” com o Charlie, meu pégaso. Juntas, eu e Julie dormimos no capim.

- Vamos sua idiota! Por que está dormindo ai? – falou meu irmão – sai daí Gisele, mas que porcaria, sai logo! Meu deus.

- O que houve? – acordei assustada.

- Nada, já estava até agradecendo, porque pensei que você estava morta. Já se olhou no espelho? Está toda arranhada!

- Não sei, sai daí, irmão chato. Sai! – pedi, empurrando-o para dentro de casa.

Por fim, meu irmão parou de encher o saco. Eu estava arranhada? Como assim? Meu deus!

- Acorda Ju, vamos levar o Charlie lá para cima. – eu disse.

Ela se levantou ainda sonolenta, mas me ajudou com o Charlie. Será que ele tinha morrido? Ou não.

Olhei-me no espelho, eu não parecia arranhada. Mas a visão tremeluziu e eu vi uns arranhões em meu rosto. O que teria sido? Julie estava me observando.

- Eu acho que foi do capim... Ou, a explosão. – disse.

- Acho que foi a explosão, foi muito forte. Imagina a força daquele cara...

- Gih, tenho algo a falar... – Ju pausou – acho que aquele Sr. A. era o monstro. E você o matou... Ele tinha nos ajudado.

Ficamos caladas, Julie quebrou o silêncio.

- Eu acho ele um monstro. Mas, bem que não pareceu muito hoje com o atendente da loja animal que você matou. – ela deu um sorriso leve – mas, o Sr. A. ainda parece ser um monstro para mim.

- Eu acho que ele pode ser... Não sei mais em quem confiar. Todas as pessoas viraram... Monstros!? Todas elas querendo machucar o Charlie. Eu, eu amo esse pégaso. Eu cuidaria dele sempre.

- Eu sei...

Ficamos caladas mais uma vez, eu estava olhando para Charlie, pensando em uma maneira de ajudar ele. E Julie quebrou o silêncio de novo.

- Já sei – Julie disse animada – acho que quando você desmaiou, o Charlie falou algo como, Duth. Aquela bebida que nós te demos. Bom... Acho que tem um pouquinho.

Mexemos em algumas coisas, procurando. Mas nada. Teríamos que achar esse Duth agora, ou Charlie morreria. Resolvemos que iríamos mais tarde. Tranquei a porta do quarto e descansamos mais um pouco. A madrugada tinha sido longa.

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