Aurora

CAPITULO 7 — QUER NAMORAR COMIGO?


Edward dirigiu para minha casa em silencio. Tinha começado a chover, mas o aquecedor do carro e a manta grossa estavam fazendo seu trabalho muito bem. Eu já não estava com muito frio. Nem Edward parecia estar com frio.

Ele estacionou o volvo bem na estrada da garagem e se virou para ajeitar o cobertor sobre minha cabeça.

— Eu não trouxe sombrinha. — Avisou. — Vamos ter que correr até a sua porta. Mas eu não quero que você se molhe mais. — Falou, ajeitando a coberta em meus braços.

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Edward pegou uma bolsa que estava no banco de traz e deu a volta no carro, abrindo a porta para mim. Ele estava apenas com um casaco, mas ainda assim fazia questão de ser um completo cavalheiro. Sorri boba.

Corremos o caminho até a porta. Usando minha chave, Edward abriu a porta e nos apressamos em fugir da chuva gelada.

A chuva não estava muito forte. Mas Edward estava todo molhado, tirei a manta que me envolvia e enrolei-o para que o aquecesse. Edward sorriu largo e selou nossos lábios, me abraçando no processo.

— Temos que trocar de roupa. — Sussurrou depois de um tempo.

Mostrei para ele onde ficava o banheiro e corri para o meu quarto.

Falar “eu te amo” para Edward tinha o deixado feliz, mas nem eu mesma conseguia entender o que estava acontecendo comigo. Era diferente, era estranho... Era bom.

Ainda tinha muita coisa para acontecer e muita coisa para eu entender. Mas por enquanto estava tudo perfeito. Apesar do que aconteceu com Mike, a minha vida estava muito melhor. Muito melhor do que nos últimos seis meses.

Tomei um banho demora, lavando meu cabelo e deixando meu corpo se aquecer com a agua quente. Quando terminei, vesti uma calça jeans e uma blusa de mangas compridas, calcei um tênis e desci para o primeiro andar.

Edward não estava no banheiro, nem na sala. Quando estava chegando na janela, para ver se o seu carro ainda estava ali, ele me chamou da cozinha.

— Estou aqui. — Gritou.

Quando cheguei na porta da cozinha, Edward estava com os braços abertos, me chamando para ele. Sorri boba e corri para seu abraço. Abracei-o apertado e senti seus braços me envolverem. Era tão bom estar ali.

— Fiz um chá para nós. — Avisou me levantando em seus braços e me colocando sobre a bancada da cozinha. — Peguei alguns comprimidos no armário do banheiro. Espero que não se importe. Não quero que fique resfriada. — Assenti.

Edward foi até a mesa, pegou duas xicara de chás fumegante. Colocou uma sobre o mármore preto da bancada e ficou com a outra. Quando ia pegar a xicara para mim, ele segurou minha mão.

— Não! — Brigou. — Ainda está muito quente. — Avisou assoprando a xicara que segurava. Sorri boba. Edward era demais.

Apertei suas bochechas demonstrando o quanto ele era fofo, e ele sorriu.

— Eu sei. — falou fazendo charme. — É impossível não me amar.

Gargalhei. Era mesmo. Era impossível para mim não amá-lo. Era como uma lei da física: Edward existe, Bella ama ele. Simples assim. Apertei mais ainda suas bochechas e o puxei para um beijo.

Ficamos uns dez minutos assim, eu sentada na bancada e Edward esfriando meu chá. Ele assoprava, assoprava, assoprava e experimentava. Quando percebia que o chá ainda estava quente ele fazia uma careta e voltava a assoprar.

Rir durante todo o processo. Se existia um homem mais fofo que esse, eu TINHA que conhece-lo. Mas eu sabia que era impossível existir dois Edward no mundo. O equilíbrio no mundo estaria totalmente desconfigurado.

Depois de um tempo ele me ofereceu a xicara. Provei o chá e, como imaginei, estava ótimo. Edward tirou uma cartela de comprimidos do bolso, destacou um e me entregou. Tomei-o, enquanto ele fazia o mesmo processo.

Quando terminou ele envolveu minha cintura com seus braços, ficando entre minhas pernas e me puxou para um beijo. E assim ficamos até perto da hora de meus pais chegarem. Uma meia hora antes Edward foi embora.

Subi para o meu quarto e esperei meus pais chegarem.

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Passava 8h00min da noite, eu estava deitada em minha cama ouvindo uma música que eu costumava ouvir com Jake, quando ouvi meu celular tocar uma música diferente e vi o nome de Edward no visor.

Apesar de saber que eu não falaria muita coisa atendi a ligação com um sorriso bobo no rosto e o corpo tremendo.

— Ed. — falei sorrindo.

Ele ficou em silencio por um bom tempo. Pensei que ele não falaria comigo. Mas logo pude ouvir sua voz.

— Oi... — ele parecia nervoso.

Era engraçado que Edward me ligasse, pois ele sabia que dificilmente eu conseguiria responder e muito inusitado que ele ficasse em silencio esperando minha resposta. Sorri um pouco por causa disso.

— Sai comigo. – pediu ainda nervoso. – Estou aqui em frente a sua casa. Vem aqui. – pediu e eu não pude deixar de ficar alegre com isso.

Pulei da cama e pude ver pela janela o carro de Edward estacionado do outro lado da rua. A noite estava muito fria e chovia em Forks, por isso ele estava dentro do carro e não pude vê-lo.

— Vou te esperar aqui. Se não vier me avisa. – como se eu fosse negar sair com ele. Edward era bobo às vezes e eu amava esse lado inseguro dele. Muito lindo.

Saí correndo pelo quarto a procura de um casaco, eu não estava arrumada para dormir e sim com uma calça jeans e uma blusa de mangas compridas, a única coisa que precisei fazer foi calçar um tênis e vestir o casaco. Olhei-me no espelho do banheiro, penteei meu cabelo, apliquei um pouco de maquiagem e corri para fora do quarto.

Desci as escadas correndo sem sequer lembrar que meus pais estavam em casa e eu teria que falar com eles. Meu pai estava deitado no sofá com minha mãe deitada de costas sobre seu corpo, eles estavam concentrados em algo que passava na TV. Minha mãe sorriu quando me viu o que foi logo acompanhado por meu pai.

— A onde você vai querida? – perguntou minha mãe.
Apontei para a porta, querendo que eles entendessem que eu queria sair.

— Você vai sair? – perguntou meu pai assustado.

Balancei a cabeça em um sim, às vezes era chato conversar com as pessoas, porque sempre demorariam a entender o que eu estava falando, ou encenando.

— É o Edward. – falou minha mãe animada olhando para fora da sala com um sorrisinho no rosto que logo desapareceu quando não viu o carro de Edward pela janela de vidro.

Eu apenas sorri de seu jeito e encarei meu pai que olhava serio para minha mãe.

— Mas já é tarde. – falou com raiva.

— Não é tarde Charlie.

— É sim. – me encarou como que pedindo para que eu ficasse em casa, mas eu não podia.

— Não olhe para ela desse jeito, ela não é mais um bebê. – minha mãe se levantou e caminhou até onde eu estava me deu um beijo na testa e um, boa noite e olhou para a cara indignada de meu pai. – Dê um beijo nele por mim. – completou sorrindo.

— RENEE! – gritou indignado enquanto eu me afastava rumo à porta.

Minha mãe apenas sorriu e voltou para deitar no sofá. Meus pais eram loucos às vezes e eu adorava o jeito que eles agiam a forma que eles usavam para se entenderem era única e apaixonante, eles nunca levavam uma discussão a um ponto que não teria mais volta, sempre que eles viam que estava indo longe demais eles paravam o que quer que fosse que estivessem fazendo só para não se arrependerem depois. Eles sempre foram assim, era um jeito simples e lindo de nunca magoarem o outro.

Fechei a porta atrás de mim deixando que eles se entendessem. Enquanto eu me arrumava a chuva fina que caia se tornara mais forte me impedindo assim que eu fosse até Edward sem me molhar por completo. Mas antes que eu pudesse da meia volta e entrar em casa para pegar um guarda-chuva vi Edward sair do carro com um enorme guarda-chuva preto e caminhar em minha direção.

Ele estava lindo com uma calça jeans uma camisa azul e uma jaqueta de couro preta por cima. Eu sempre diria que Edward era lindo, mas nenhuma imagem criada em minha cabeça faria jus a sua pessoa em minha frente, ele era simplesmente deslumbrante.

— Eu pensei que você não vinha. – falou antes de passar um braço por minha cintura e me dar um selinho. – Obrigado. – falou com seus lábios ainda nos meus.

Eu apenas sorri o abraçando forte. Apesar de ter passado à tarde com ele eu já estava com saudade de seu jeito, seu perfume e seu sorriso incomparável.

— Preciso falar com eles? – apontou para a minha casa.

Disse que não e ele me puxou para o carro.

— Você já jantou?

Já estávamos dentro do carro e só podíamos ouvir a chuva batendo na lataria. Balancei a cabeça em um sim e fez uma careta como que pedindo desculpas. Ele sorriu e ligou o carro.

— Tudo bem. – falou. – Eu também já jantei. Só queria te falar uma coisa.

Fiquei em silencio durante toda a viagem. Edward dirigia rápido e em pouco tempo já estávamos em Portland. Já não chovia aqui o que nos permitia sair do carro.

Edward estacionou em frente aonde uma grande multidão se encontrava e eu sorri para ele sem entender.

— Esse é um parque de diversões. – falou. – É de um amigo meu, ele me ligou dizendo que estava aqui e eu decidi trazer você. É meio criança demais, mas tem suas diversões.

Balancei a cabeça em concordância e ele saiu do carro todo feliz e abriu a porta para eu sair. Caminhamos de mãos dadas em direção a onde a multidão se concentrava, mas Edward não entrou na fila como vi que todos faziam. Ele deu a volta e parou bem na entrada onde um homem alto recebia as entradas.

— Emmett! – gritou.

Sorri procurando quem Edward chamava e vi o mesmo homem que estava na entrada caminha em nossa direção. Ele parecia um monstro de tão grande que era.

— Edward você veio. – falou todo alegre abraçando Edward.

— Claro. Não é todo dia que se pode te ver Emmett.

— É verdade. – falou um pouco mais baixo me encarando.
Senti meu rosto corar e abaixei o olhar.

— Bella esse é Emmett um amigo. Emmett essa é Bella minha namorada.

Emmett estendeu sua mão para me cumprimentar, olhei sua enorme mão e sorri imaginando que ele esmagaria a minha. Mas não Emmett segurou minha mão com tanta delicadeza que me perguntei como alguém como ele poderia agir com tanta leveza.

— Prazer. – sorri para ele e senti Edward apertar a mão que ele ainda segurava me fazendo lembrar que ele ainda estava ali. – Podem entrar gente. Aproveitem.

Despedimo-nos de Emmett, — na verdade Edward fez isso — e entramos no grande terreno com vários brinquedos enormes espalhados para todos os lados, várias barracas com comidas e brincadeiras dividiam o grande espaço como se fossem ruas. As pessoas andavam de lá para cá sorrindo e brincando, as crianças corriam por onde passávamos com maçã do amor, algodão doce, ursos e prêmios com as caras mais felizes do mundo. Eu não havia andado muito em parques de diversões, mas nenhum dos que fui se igualavam aquele ali. Ele parecia mágico, exalava alegria.

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— Gostou? – ouvi a voz de Edward em meu ouvido e percebi que havíamos parado no meio daquilo tudo.

Balancei a cabeça freneticamente em um sim e sorrir ao ver um lindo sorriso estampado no rosto de Edward. Ele me puxou para o meio daquilo tudo me fazendo rir de suas palhaçadas.

Edward me levou na montanha russa, na roda gigante e em vários outros brinquedos que eu não sabia o nome. Comemos algodão doce, nos lambuzamos com sorvete, provei maçã do amor, que nunca havia comido por achar que era ruim e quando Edward soube disso comprou uma e quando eu disse que não queria ele saiu correndo atrás de mim, me alcançou e me fez come-la, até que não era ruim, mas eu estava cheia.

Compramos camisas com o slogan do parque, na verdade Edward comprou, ele me fez ir até o banheiro trocar de roupa só para que ficássemos com camisas parecidas. Demos vários ingressos de presente para várias crianças que estavam por ali. Sorrimos tanto, brincamos tanto que eu já estava exausta. Eu nunca havia me divertido tanto na vida como naquela noite.

— Foi legal. – o ouvi falar.

Estávamos sentados em um banco mais afastado de toda aquela multidão, que apesar de já passar das 11h00min ainda passeava por ali, Edward estava encostado no banco comigo entre suas pernas enquanto eu segurava o enorme urso branco que ele havia ganhado para mim em uma das várias brincadeiras que jogamos.

Assenti enquanto pegava mais um bocado de pipoca do pote que Edward segurava. Não tinha sido legal, tinha sido maravilhoso.

— Tinha alguém que quase chorou agora a pouco dizendo que estava cheia. – falou jogando pipocas em meu cabelo. – E agora fica atacando meu pequeno pote de pipoca. – completou levantando o que parecia ser uma enorme bacia, cheia de pipoca.

Sorri alegre com suas brincadeiras. Levantei o rosto e beijei seu queixo. Ele me abraçou apertado quase fazendo o grande urso cair de meu colo.

Ficamos um bom tempo apenas em silencio imaginado que já estava quase na hora de voltarmos para casa. Mas eu queria ficar para sempre ali.

— Sabe por que te trouxe aqui? – perguntou baixo em meu ouvido.

Disse que não com a cabeça.

— Eu sei o quanto é difícil para você falar, e sei que você se esforça muito para conseguir ser um pouco do que já foi. Mas apesar de não querer invadir seu espaço e te pressionar, você não sabe o que eu senti hoje à tarde quando você falou aquilo. – beijou o topo de minha cabeça. – Você me fez o homem mais feliz do mundo. E eu queria retribuir essa alegria e te trouxe aqui apenas para dizer...

Edward parou de falar, esperei um bom tempo, mas ele não voltou a falar. Levantei-me segurando o enorme urso e virei para encará-lo.

Antes que eu pudesse sequer ver qualquer coisa, senti Edward envolver minha cintura e me puxar para um beijo avassalador. Ele nunca havia me beijado assim.

Quando já estávamos quase sem ar ele parou o beijo e com os lábios ainda junto aos meus disse, à coisa que seria mais importante na minha vida.

— Eu amo você. – falou simplesmente me abraçando forte.

Eu nunca pensei que seria assim. Fiquei tão feliz com o que ele disse que comecei a chorar. Do nada eu estava soluçando. Edward pensou que algo tinha acontecido, mas logo descobriu que eu estava chorando de felicidade e começou a sorrir da minha cara.

Mostrei língua para ele, enquanto ele ria e tirava algo.

— Eu pensei tanto em como fazer isso. — falou encarando a caixinha preta entre suas mãos. — Planejei em fazer depois da escola, mas aconteceu tanta coisa. — Sussurrou passando a mão entre os cabelos. — Mas eu tinha que fazer isso hoje, se não eu ficaria louco.

Eu tremia feito vara verde. Tanto que nem aguentava mais segurar o urso. Apoiei-o ao meu lado no chão e apertei minhas mãos. Eu estava nervosa, completamente nervosa. O que Edward estava fazendo? Ele abriu a caixinha.

— Oh! — levei as mãos a boca.

Sobre o veludo preto, uma pulseira de ouro branco reluzia com a luz da lua. Um pingente pequenino brilhava. Dois bonequinhos beijavam-se agarrados um ao outro. Era tão perfeito que parecia mentira.

— Hoje quando vi o Newton... Eu fiquei louco. — Puxou-me para seus braços e passou os lábios pelas lágrimas que escorriam por meu rosto. — Eu pensei que estava claro para as pessoas que nós estamos juntos, mas parece que todos ignoraram isso. E depois de pensar, lembrei que nunca houve um pedido. Nunca teve um início. Parece tão certo te amar, que eu acabei esquecendo de perguntar. Nem lembro quando começou, parece que te amo a vida toda.

Chorei mais ainda. Era justamente assim que eu me sentia. Era tão certo. Parecia que nos conhecíamos a muito tempo. Era como deveria ser.

— Então cheguei à conclusão que devia primeiro deixar isso claro para você. — Continuou. Ele estava tão nervoso que sua testa brilhava. Passei a mão por seu rosto, limpando-o e aguardei ele terminar.

Era injusto. Eu sabia. Sabia o que ele queria falar, mas ainda assim, apesar de ver o quanto ele estava nervoso, eu queria que ele terminasse. Queria ouvir de sua boca.

— Quer namorar comigo? — Sussurrou fazendo uma careta.

Eu apenas gargalhei e o puxei para um beijo. Edward era fofo, bobo e meu. Só meu.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.