Atração Perigosa!

A chama da raiva e do amor vivem dentro de mim/ Vou embora!


A reação de Paulina foi a pior que todos poderiam imaginar, ela começou a gritar e chorar muito, ela tinha passado pouco tempo demais com Daniel para perdê-lo, como ela queria acreditar que fosse um pesadelo, mas não... Pobre e iludida, Paulina!

Carlos Daniel só pode sair do transe que estava ao ouvir os gritos de Paulina, aquilo realmente fez seu coração se quebrar em pedaços, abraçou-a amparando-a, aquele momento era triste demais para pensar em ódio e raiva, ele também chorava muito, compulsivamente!

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Paulina e Carlos Daniel estavam muito desesperados e alterados, os médicos preferiram tirar eles dali!

***Do Lado De Fora***

Uma enfermeira injetou uma injeção em Paulina para que ela dormisse e se acalmasse!

–VOCÊS TEM QUE SALVAR MEU FILHO!(Gritava Carlos Daniel para a enfermeira enquanto ela injetava a injeção em Paulina.)

–Acalme-se senhor... Nós lamentamos muito!(Disse a enfermeira.)

–Não lamente! FAÇA ALGO!!!(Gritou Carlos Daniel.)

Acalme-se senhor Bracho...Ou então terei que injetar uma calmante em você também!(Disse a enfermeira e saiu entrando no quarto em que Daniel estava.)

Carlos Daniel começou a andar impaciente pela sala de espera, esperava ansioso por alguma notícia.

–Carlos Daniel, por que você não senta e se acalma um pouco?(Disse vovó Piedade tentando acalmar o neto.)

–Não consigo vovó...(Disse Carlos Daniel.)

–É muito difícil, mas temos que manter a calma!(Disse vovó Piedade.)

Carlos Daniel se sentou ao lado de Paulina que dormia tranquilamente, agora, bem afastada daquela expressão assustada e abatida que tinha quando estava acordada!

Depois de várias horas ali, ele acabou dormindo também, era tudo que precisava, estava muito preocupado!

....

Horas Depois..

Quando Carlos Daniel acordou, estava confuso, mas quando se lembrou de tudo outra vez os olhos encheram de lágrimas, olhou para o lado mas, Paulina não estava ali!

Estranhou um pouco, mas logo se esqueceu disso ao ver o médico sair da sala em que Dani estava morto...

–Doutor, me diz que ele está bem, que vocês fizeram algo, por favor!

–Não, senhor Bracho! Desculpe-nos, mas, não tinha nada que pudéssemos fazer... ( Disse o médico pesaroso.)

–O que? Como assim, senhor???(Disse Carlos Daniel apreensivo.)

–Ele se foi senhor... O seu filho, morreu... (As palavras saíram dos lábios do médico num tom extremamente depressivo.)

Naquele momento as pernas de Carlos Daniel não conseguiram o segurá-lo em pé, e ele caiu de joelhos ao chão e gritou, gritou desesperadamente, gritos de um coração que havia se partido.

UM ANO DEPOIS...

Carlos Daniel acordou bem cedo, arrumou-se e foi até o cemitério. Tanto tempo havia se passado desde a morte de Daniel, e ele ainda não havia se recuperado..

Sentou-se ao lado do túmulo, colocou as flores que havia levado sobre ele... O vento veio forte junto com a culpa, culpa que ele carregava por um ano.

–Desculpe-me filho, me perdoe por tê-lo matado! (Falou Carlos Daniel, essa era a frase que ele repetia sempre que voltava ali.)

A chuva caia, sem dó nem piedade, tão forte que várias arvores ali perto estavam caindo... É, era inútil continuar ali, Carlos Daniel se levantou e foi em direção ao seu carro.

....

–Carlos Daniel, acorda!!!(Disse vovó Piedade balançando seu neto que havia dormido tão profundamente que estava tendo pesadelos.)

Carlos Daniel pulou da cadeira e gritou:

–NÃO, NÃO PODE SER, O DANIEL NÃO ESTÁ MORTO!(Ele suava muito.)

–É, não está!!!(Disse Paulina sorrindo.)

Carlos Daniel olhou como quem nada entendia, ele olhou para o médico que estava parado ao lado como se buscasse respostas.

–Conseguimos voltá-lo com choques!

A felicidade foi tão grande que Carlos Daniel abraçou, Paulina. Estava muito feliz!!!

Era difícil de acreditar que seu filho não havia morrido que estava ali com todos, ainda estava no mesmo mundo que eles, Carlos Daniel agradeceu aos céus naquele momento! Finalmente aquele pesadelo havia se passado, e seu niño estava bem!

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–Podemos vê-lo doutor?(Pediu Paulina.)

–Sim, mas não se esqueçam de que não está tudo bem ainda... O Daniel tem câncer, e antes que se agrave, procurem um doador!

–Ok doutor. Não se preocupe! E muito obrigada por ter salvado meu filho, não sabe como estou grato! (Disse Carlos Daniel agora já mais calmo do pesadelo que havia tido ...)

Logo somente Carlos Daniel entrou na sala, já que o médico tinha dado permissão somente há um para entrar na sala!

Se alegrou muito ao entrar na sala e ver que Dani estava melhor, era assustador quando ele entrava na sala e via seu filho tão abatido, desacordado... Mas agora não, Dani estava bem, tinha o mesmo brilho de sempre nos encantadores e grandes olhos azuis, um sorriso estonteante e a mesma energia de sempre! Nesse exato momento, fazia pirraça com a enfermeira, afirmando que não queria comer.

–Meu... Meu anjinho... (Disse Carlos Daniel e abraçou Daniel.)

–Oi papai, não está mais bravo comigo!?(Disse Dani o encarando.)

–Não meu amor, não estou bravo com você, me perdoe, por favor..(Disse começando chorar.)

–Por que está chorando? E por que está me pedindo desculpa?(Indagou Dani.)

–Por ter te empurrado, é por minha culpa que você está aqui... (Disse Carlos Daniel cabisbaixo.)

–Não tem problema papai, você estava muito bravo. Prometo que não falo mais da minha mãe com você, não quero que me odeie de novo!(Disse Dani.)

–Eu não te odeio bebê, nunca te odiei.. nunca te odiarei... Só estava um pouco bravo!(Disse Carlos Daniel.)

–Isso eu percebi. (Disse Dani.)

Os dois sorriram.

–Fiquei com muito medo de te perder... (Disse Carlos Daniel.)

Antes que Dani pudesse dizer algo, a enfermeira disse:

–Se não quer voltar a perdê-lo faça esse menino comer! Já me cansei, nunca vi uma criancinha tão... Agitada!(Disse a enfermeira.)

Carlos Daniel olhou em forma de repreensão para Dani.

–Ah, sua fofoqueira!_ Disse e mostrou língua para a enfermeira, que sorriu e apertou as bochechas vermelhas e fofas de Dani.)

–Nada disso rapazinho, você tem que comer, abre a boca!(Disse Carlos Daniel.)

–Tudo bem papai, com você eu como!(Disse Dani e deu de ombros.)


***ENQUANTO ISSO..***

–Estou muito feliz, que bom que o Daniel já está melhor. Não sabe como eu tinha me agoniado. (Disse Paulina sorrindo.)

–Sim.. Mas agora acho melhor convencer meu neto a deixá-la ficar aqui, o ódio dele ainda não acabou, Paulina. Ele só tinha dado uma trégua graças ao Daniel!

–É, você tem razão vovó Piedade... É isso que me preocupa, o que ele pode fazer agora. (Disse Paulina aflita.)

**MANSÃO DOS MARTINS SERRANO**

–Que droga, a Paulina sumiu ou o que? Ela não pode ter desaparecido assim... Ela sabe muitas coisas que me convém ocultar! (Dizia Edmundo irritado.)

–Eu tenho algumas noticias! Já sei onde ela está e até mais do que queríamos saber, sei tudo que ela estava escondendo!(Disse o homem que estava na frente de Edmundo.)

–Está esperando o que para dizer? Seu inútil! (Gritou Edmundo.)

–Senhor, não sei se você sabe mas... Sua esposa estava no meio da investigação sobre os que estão tentando te roubar!

–Sim, disso eu sei... O que isso tem haver? (Disse Edmundo sem entender.)

–A missão dela era conquistar o suposto ladrão que quer te roubar. Essa é a questão; (Informou o homem.)

–O que? QUE ABSURDO! Essa Paulina é uma vagabunda, quem ela pensa que é??Para fazer isso, esconder uma coisa assim! Imagine só, todos devem estar me chamando de corno...(Disse Edmundo muito irritado.)

–Não senhor, ela usou um disfarce, uma falsa identidade!(Disse o homem.)

–Hm...Pelo menos isso, mesmo assim...Até onde essa mulher chega por dinheiro, isso tudo é medo de que me roubem e ela fique sem nada?(Disse Edmundo balançando a cabeça.)

–Acho que não senhor, tiveram quase que a obrigar a fazer isso.. Mas, isso não e tudo! Tem a parte pior.(Afirmou cauteloso.)

–Diga.(Ordenou Edmundo.)

–Esse homem é Carlos Daniel Bracho senhor, o suspeito de tentar te roubar é ele... Lembra, a Paulina o abandonou na igreja junto com o filho para ir ficar com você! A essa altura, ele já descobriu tudo, mas, antes que tivesse tempo de ficar com raiva o filho deles, foi para o hospital central por um motivo que não sabemos, e está lá em grave estado! Acho que ele já deve até ter morrido.. Ou seja, Paulina está lá, ou no enterro do menino!(Disse o investigador e naquele momento, sentiu medo só por observar a fúria que continha nos olhos de Edmundo.)

***HOSPITAL CENTRAL***

Vovó Piedade já tinha ido para casa, agora estava mais tranquila sabendo que o bisneto estava melhor.

Paulina, estava do lado de fora ainda esperando Carlos Daniel sair por aquela porta, já estava ali esperando a tarde inteira. O sol já começava a se esconder por trás das montanhas, ela estava na janela, sentia alguns fracos raios de sol sob a pele, tão poucos que eram quase inúteis, o frio já a corroía, a cada segundo mais.. O sol sumia, a noite chegava novamente, como se dissesse que ela nunca seria feliz... Era como se o sol fosse sua esperança que já sumia aos poucos, porém, ainda era bem pequena sabendo que Daniel estava bem. O frio era como se representasse que logo a tempestade novamente chegaria à sua vida, trazendo a dor e a perca. Era impossível se ter esperanças, Carlos Daniel a odiava... No que suas pobres e dóceis ilusões poderiam se basear? em nada, simples assim, nada.

Logo seus pensamentos foram-se embora quando percebeu o trinco da porta se abrir, limpou algumas insistentes lágrimas que escorriam sob sua face e virou-se, Carlos Daniel estava olhando para ela, a mirava sem saber com que sentimento ao certo.

Sim, era ali, aquela hora que eles finalmente poderiam conversar, talvez... Uma conversa definitiva na vida de ambos!

–Não me sinto bem. Sinto vergonha de ti, de tudo que te fiz, dos danos causados em sua vida.

–Não é pra menos. Não se machuca um coração apaixonado assim, Paulina.

–Você não me ama mais?

Após alguns minutos de silêncio, Carlos Daniel resolveu responder, com sinceridade, aquela conversa talvez seria a última, ele não podia se descontrolar outra vez.

–Amo..(Disse após pensar um pouco.)

–Então por que não me perdoa?(Indagou Paulina.)

–Você me fez sofrer...(Disse com a voz embargada.)

–Mas quem ama perdoa...(Disse Paulina quase em tom inaudível.)

–Quem ama não abandona! (Disse Carlos Daniel e baixou a cabeça.)

–A gente podia recomeçar..(Pediu Paulina com um lágrima escorrendo por seus olhos.)

–Acabou, o nós que existia você destruiu! O único laço que ainda temos é o Daniel. (Disse Carlos Daniel seco.)

–Então, por ele Carlos Daniel! Ele merece ter uma família unida e nos merecemos uma segunda chance! (Disse Paulina em forma de suplica.)

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–Ele não precisa de você, e eu... Vou fazer desaparecer esse amor, e mesmo que eu quisesse não poderia te perdoar, a chama da raiva e do amor vivem dentro de mim e quando esses dois sentimentos e colidem se transformam no que estou sentindo agora e não é nada agradável... Acredite, não poderia te perdoar!(Afirmou Carlos Daniel.)

Paulina se aproximou e acariciou o braço de Carlos Daniel.

–Por que você não tenta?(Pediu.)

Carlos Daniel se afastou.

–Por que não! Tem coisas que são imperdoáveis Paulina... O Daniel vem vivendo muito bem até hoje, sem você! Ou seja, vou pedir mais uma vez... Vá embora, nos esqueça... Aqui você não é útil para nada!(Disse Carlos Daniel e voltou a entrar na sala em que Daniel estava.)

Após ele sair, Paulina começou a chorar, não sabia mais o que fazer.

``É...Agora o Dani já está melhor, e eu tenho que arrumar um jeito de resolver meus problemas! Não vale a pena lutar pelo perdão do Carlos Daniel, seria uma luta considerada desde já, perdida. Ele já deixou bem claro pra mim que não sou útil aqui para nada... Antes que Edmundo descubra tudo e resolva fazer algo ao Daniel, é melhor eu ir embora... É, isso.. Vou ir embora, para longe daqui...

`` Você parasse areia movediça,
Me envolve e suga todo meu amor e joga fora,
Cego de amor eu segui a sua trilha
E cai na armadilha não sei o que eu faço agora,

Quanto mais tento escapar mais me afundo nessa ilusão,
Nas areias desse amor vou sufocando o meu coração,
Eu te amo e te odeio você me acertou em cheio
Me tornei refém do seu poder,

Eu te procuro e não te acho sinto que falta um pedaço,
O meu eu não vive sem você.``(Henrique e juliano.)