Assassins Creed: Legion
Capítulo 38
– Procedimento?
– Sinais vitais estabilizados. Pressão arterial em treze por sete. O hospedeiro não aparenta falhas em seu sistema imunológico e todas as precariedades foram feitas.
– Ótimo. Prossiga então conforme planejado.
– Entendido. Completar a fase final dos sedativos e logo mais iniciar a inserção do Animus.
– Espere. O hospedeiro pode sentir?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Bem pouco, está quase terminando. Por ter resistido às últimas operações, ela resistiu ao sedativo também.
– Não prossiga com o processo dos sedativos. Inicie a inserção do Animus imediatamente.
– M-Mas senhor?
– Eu quero que ela sinta tudo. Dor, derrota, fragilidade. Quero que essa escória morra gemendo e gritando e que perca completamente a lucidez de sua mente. Não a anestesie. Deixe que ela agonize.
– Senhor, eu entendo que seu desejo de vingança é completamente real e justo. Também sinto isso. Mas estamos em uma situação completamente diferente. Já não me sinto muito confortável em usar o Animus na garota. Agora... Deixar que ela sinta o procedimento? Ela é apenas uma criança.
– Ela não é uma criança, idiota! Ela assassinou nosso aliado, se uniu a aquela escória e ainda por cima é a chave para eles terem uma chance. Com ela aqui, podemos ter tudo. E eles... Nada.
– Mas...
– Faça o que eu digo, seu imprestável! Ou você será o próximo a testar o Animus sem nenhum tipo de amenização.
– Imediatamente, senhor. Iniciando o procedimento.
***
O avião estava caindo. Bianca não tinha certeza de mais nada. Apenas de uma coisa.
Estava morta.
Quando Desmond e Nico saltaram do jato, ela olhou desesperada para Jason. Não queria saltar. Em seu coração, algo estava sendo dito.
Que se ela saltasse, ela nunca mais o veria. Nem a ele... E nem a ninguém.
Jason lançou um olhar confiante a ela, mas ela pode ver a dor em seus olhos. Mas a sua visão ficou embaçada quando a imagem de Damon surgiu novamente em sua mente, fazendo seus membros congelarem por dentro.
Sacudindo a cabeça, Bianca desviou seu olhar de Jason e olhou para baixo com um grande nó no estômago. Ela não conseguia ver o solo, mas um grande mar verde e lúcido estava cada vez mais próximo e a uma velocidade nauseante.
Era apto para saltar ainda, mas se ela demorasse ainda mais, Jason e ela não passariam de belas panquecas.
Respirando fundo, ela cerrou a sua visão. E com um grande grito, ela se jogou do avião, vendo a sua vida passar diante de seus olhos.
Por um momento, ela estava em pleno ar, vendo o grande mar florestal se aproximar, e o paraquedas começar a ganhar impulso e ela desacelerar a queda.
Mas, depois, ela não viu mais nada disso. Tudo o que viu foi uma forte luz vermelho-dourada e depois não viu mais nada.
Mas de uma coisa ela tinha certeza. Ela preferiria a morte a ter que ver essa luz novamente.
***
– Tudo certo até aqui senhor. Esta é a última lembrança da menina. Por isso, devemos começar por ela.
– Correto. E então?
– Bem, agora que vimos que ela sobreviveu ao primeiro estágio do Animus, podemos prosseguir. Mas, devo alerta-lo, senhor. Ela não está sedada e está sofrendo mais do que o previsto. Ela vai resistir e pode morrer na tentativa. Os sinais vitais não estão nada bons.
– Eu não me importo com a vida dessa escória. Para mim, tanto faz a morte dessa menina. Mas os mandantes querem o terceiro elemento. Contanto que tenhamos esse terceiro elemento, a vida da menina não é mais importante do que uma mosca morta.
– E o que seria esse terceiro elemento?
– A terceira parte para do match point dos Assassinos. O sangue da prometida.
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– Exatamente.
– Bem, que seja feita a vossa vontade, senhor. Vamos extrair o sangue dessa menina antes que seja tarde demais.
– Perfeito. Antes que comece, preciso saber de mais uma coisa. Podemos utilizar o Animus em uma pessoa morta?
– Até onde eu saiba, senhor, não. Suas memórias irão junto com a sua vida. Não poderão ser revistadas pelo programa sem ter uma base de apoio, ou seja, o coração.
– Dê um jeito. Eu quero essas memórias. Contém os segredos dos Assassinos. Sabe o quanto isto é valioso para nós?
– Nem posso imaginar.
– Por isso, continue com o processo. Tire uma quantidade de sangue aceitável, mas deixe um último fio de vida na menina. Quero as últimas memórias e... Mata-la pessoalmente.
– Como quiser, senhor. Iniciando os procedimentos.
– Imediatamente?
– Como o senhor desejar.
***
Ela ouvia tudo. Ela não sabia explicar, mas ouvia cada palavra.
Estou viva?
A dor era alucinante, como se a sua mente fosse cerrada com uma faca sem corte, nunca cortando nada em particular. Apenas... Tentando mutilar.
Ela via memórias antigas tentando transparecer para fora e sentia que ela não podia deixar escapar.
Não. Não. Não.
Com toda a força de sua mente, ela tentava bloquear as imagens com um escudo imaginário. Mas ela sentia suas forças se esvaindo.
Ao mesmo tempo, ela ouvia vozes. Vozes frias e dolorosas, como a faca.
Dói. Dói muito. Por favor, pare. Pare, por favor.
A dor não a abandonava. Pior do que isso. Ela consumia a sua alma e invadia as suas memórias.
Ela não aguentava mais. A dor a estava consumindo e uma nova sensação penetrou seu corpo. De fraqueza.
Ela havia ouvido alguma coisa sobre isso. E isso a faria ficar fraca. Tão fraca que poderia leva-la a morte.
O que poderia ser?
Ela ofegou mentalmente.
Meu... Sangue.
NÃO!
Ela urrou em sua mente.
ISSO NÃO! PAREM, POR FAVOR! EU NÃO AGUENTO MAIS!
O sangue estava sendo tirado e a cada velocidade, ela se sentia cada vez mais fraca.
A dor a consumia e a fraqueza a dominava. Era uma guerra fria. Seus pensamentos contra a sua força. Ela não conseguiria mais.
Mamãe... Mamãe... Perdoe-me.
A dor era insuportável. A fraqueza era interminável. Ela não saberia se conseguiria sobreviver a mais essa.
Eu queria te vingar era isso. Eu queria você de volta, mamãe. Por que, mamãe? Por que eles tiraram você de mim?
Ela queria gritar. Mas algo a impedia. Eles estavam fazendo-a sofrer em silêncio, com toda a dor e a fraqueza a consumindo.
Mãe... Faça isso parar. Dói muito. Eu não aguento mais. Mamãe...
Lágrimas escorreram no rosto da menina moribunda, e ela ouviu o riso frio de triunfo da voz fria e metálica, aquela que queria a sua morte.
Não aguento mais, mamãe! Por favor, faça isso parar.
Ela percebia que a dor estava começando a ceder a fraqueza começando a domina-la.
Derrotada, Bianca se entregou.
Estou aqui, mamãe.
Meu amor? – Ela ouviu a mãe chama-la.
Mãe. Estou aqui.
Eu também, mi querida.
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