– Como assim? Foi reprovado? - eu ainda não sei direito como funcionam as coisas nessa escola, mas geralmente é por isso que as pessoas saem da escola, a menos que ele tenha se formado.

– Não! Eu me formei! - dá licença, mas se o Luffy se formou eu vou pro mundo real só pra entrar em Harvart. Yes, I can! - Isso é SUGOI! Meu mangá vai ser publicado!

– Quando você vai embora?

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– Amanhã de noite.

– MAS JÁ? - eu não sei a quanto tempo ele está aqui, não sei, só sei que não quero que ele vá embora.

NÃO QUERO! Eu não posso ficar sozinha com o Trancinha até o meu mangá ser publicado. Eu e o Luffy tínhamos até combinado de fazer minhas camisetas "Não mereço ser estuprada" nesse fim de semana. EU NÃO POSSO COSTURAR SOZINHA! CARALHO, COMO EU SOU DRAMÁTICA!

O mais estranho é que eu já o considero um bom amigo mesmo estando a tão pouco tempo por aqui. Será que é loucura? Talvez, afinal, dois loucos têm tendencia a se dar bem. Isso importa? Não! O importante é eu fazer alguma coisa pra ele, algo para que Luffy não se esqueça de mim e nem de nada da Shounen High.

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Já era manhã. Os pássaros cantavam, o vento soprava e eu ligava a filmadora que roubei do Trancinha (como eu já apaguei todos os arquivos dele, óbvio que ele não vai se importar).

Luffy abriu os olhos lentamente e rolou para fora da cama quando percebeu que eu estava no pé de sua cama com cara de zumbi morto... Espera, zumbis são mortos. Um zumbi vivo então? Eu tenho que parar de me perder no meio dos meus pensamentos.

– Esse é um ótimo jeito de começar o dia, Monkey D. Luffy. - ironizei sem parar de filmá-lo. - Está com medo de mim? - provoquei fazendo cara de Loli - Agora sorria pra Tia Laura.

– O que você tá fazendo?

– Fazendo meu filme, ou melhor, estou fazendo seu filme.

–Eu vou ter um filme! - seus olhos começaram a brilhar, acho que ele gostou da ideia

– Vai sim, ele se chamará "O último dia de Luffy na Shounen High", mas, para isso, eu vou ter que filmar cada minuto do seu dia.

– Quando eu estiver comendo?

– Sim.

– Quando eu estiver no banho?

– Hããã, isso não.

– E cagando?

– Também não. Vamos excluir o cenário "banheiro", entendido?

– Sim, diretora. - rainha da sala e diretora, eu gosto desse lugar.

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– Laura, você vai mesmo filmar o café da manhã? - Naruto perguntou com a boca cheia

– Sim, eu vou. Afinal, o Luffy não pode se esquecer de nada.

– Não posso?- parece que esse lesado já se esqueceu do que eu disse hoje de manhã, kami-sama

– Não pode, agora come.

– Comer? É pra já!

– Quando eu sair da Shounen High, ou ter um filme assim também? - Naruto me perguntou

– Não.

– Mas por que?

– Porque você não é o Luffy.

– Isso não é justo!

– Problema sexual seu.

– Ei, eu não tenho nenhum problema sexual!

–Kishishishishishishishishishishi.

E ao fundo da discussão, Luffy apenas soltava sua risada esquisita, risada essa que eu fiz questão de filmar. Esse riso é parte do Luffy, então que tipo de diretora eu seria se tirasse toda a essência da obra original?

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– Laura, acha que o meu filme tá ficando legal?

– Como diretora e principal produtora eu posso garantir que está muito legal.

– Será que assim eu não vou esquecer?

– Por que esqueceria?

– É o que acontece quando o mangá é publicado: a gente esquece de tudo da escola.

– De tudo?

– De tudo.

Depois dessa informação o filme se tornou ainda mais importante para Luffy e, a cima de tudo, para mim.

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Abri meus olhos lentamente... OI? EU DORMI? Nisso que dá acordar duas da matina por estar ansiosa para gravar o filme. A última coisa que eu me lembro é do Luffy e eu entrando aqui no quarto para gravar umas cenas e... KAMI-SAMA!

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Olhei para o criado mudo, a filmadora estava lá com um cartão do Luffy. Tinha uma filmagem a mais, imediatamente abri o arquivo.

(No vídeo)

"-Oi Laura. Então, a diretora do filme dormiu e já tá na hora deu ir, mas eu não podia ir sem dizer um tchau pra ela kishishshishi. Tchau Laura, valeu pelo filme!"

Aquele idiota já foi embora e, ainda por cima, esqueceu a filmadora e se esqueceu de todo mundo.