As Sete Jóias de Uaset

Capítulo 18: A perda de Isis I


MM a olhava incrédulo.

- Patife, traga-a de volta!

Isoke riu.

- Vai se arrepender por ter feito isso. - o cosmo do canceriano começou a aumentar.

- Será?

MM partiu para cima dele e dava-lhe socos e chutes de maneira descontrolada, Isoke apenas desviava.

- É um inseto.

O guerreiro formou uma bola de energia e lançou a queima roupa nele. MM foi jogado longe. (n/a: o Mask vai apanhar um pouquinho e já sabem até o porque: Isoke é muito mais forte que ele, é duro dizer isso, mas é, é fato, assim como Mu e Shaka eram muito mais fortes que Hawa e Imotep)

- É esse o nível dos cavaleiros de Atena? - atacou novamente. - vergonhoso. - atacou.

Nefertari continuava alheia a luta, na sua mente ainda segurava o corpo de MM.

O canceriano estava no chão, tinha alguns ferimentos, mas não eram graves.

- Lutar com você não tem mais graça, vou destruí-lo de uma vez. Destruição da alma!

A energia de Mask estava sendo sugada, parecia que a pele estava sendo dilacerada e deu um forte grito de dor.

- Mascara! - exclamaram Saga e Miro.

Quando teve grande parte de sua energia sugada, Isoke resolveu suspender o ataque, o canceriano foi ao chão.

- Não é muito, mas juntando com a da portadora é uma energia considerável.

- Maldito. - MM com muito custo levantou.

- Consegue ficar de pé?

- Vou acabar com você! - olhou para Tari ela continuava do mesmo jeito.

- Isso se não virar um morto vivo antes.

- Ondas do inferno!

- Revelação!

O golpe de Isoke atravessou o dele acertando-o em cheio.

------ MENTE DE MM------

Abriu os olhos, a principio não reconheceu o local, mas a pouca iluminação e os gritos desesperados indicavam onde ele estava. Era um local conhecido, já fora muitas vezes ali.

- Yomotsu.

MM levantou, realmente estava ali na entrada que ligava o mundo dos vivos com os dos mortos.

- Acha que meu maior medo é esse local? - sorriu com desdém. - estive aqui diversas vezes e a morte não me assusta.

Começou a andar pelo local, estava tudo exatamente como da ultima vez.

- Isoke seu idiota, esses truques não funcionam em mim.

Silencio, MM já estava perdendo a paciência, quando resolveu olhar para a fila das almas que se dirigiam para a entrada da montanha.

- Aquela... não pode ser... - deu um passo. - Nefertari...?

A portadora andava a passos lentos misturada as demais almas.

- Nefertari!

Mascara corria até ela, porem nunca chegava.

- Por que está tão longe? Droga.

Parou para descansar porem o chão começou a tremer e uma grande fenda abriu sob ele. MM desequilibrando despencou e só não caiu mais porque segurou numa pedra. Seu corpo balançava como um pêndulo, não conseguia erguer-se, pois a mão que o matinha a salvo estava machucada.

- \"Não posso morrer aqui.\"

Procurou por um ponto onde pudesse se firmar e aos poucos foi escalando, mas acabou escorregando.

- Nefertari!!

As pálpebras mexiam rapidamente, sentindo uma forte dor abriu os olhos, estava no caminho que levava até a montanha e as pessoas que passavam pisoteávam-no.

- Seus vermes! - derrubando alguns levantou. - Tari.

Começou a correr e derrubava todas as pessoas até que conseguiu vê-la a frente.

- Nefertari!

Escutando seu nome olhou para trás.

- Giovanni?

- Saiam da minha frente! - elevando seu cosmo, jogou os para fora do caminho. - Nefertari.

Ele esticava a mão e ela fazia o mesmo, contudo não se alcançavam.

- Giovanni me ajude.

Uma força o impedia de dar passo algum.

- Tari.

As mãos se tocaram por um instante.

- Peguei. - sorriu.

Mas...

Tari já estava na beirada e escorregou. MM se lançou a tempo de segurar a mão dela.

- Segure firme a minha mão.

- Não me solte.

- Não vou solta-la. Vou te puxar.

Contudo, Tari parecia cada vez mais pesada e mesmo com duas mãos ele não conseguia segura-la.

- Giovanni você vai me soltar!

- Não vou!

- Vai sim.

- Segure.

A cada minuto ela pesava mais e não estava agüentando, o desespero tomou conta dele. Se a deixasse cair, ela não teria salvação.

- Nefertari! - gritou.

--------------

Isoke ria da cena, o canceriano estava ajoelhado a lagrimas e gritava o nome dela.

- Nefertari!

A própria, que estava sem se mexer, virou o rosto na direção dele. Aos poucos seus olhos foram ganhando a coloração normal.

- \"Giovanni.\"

--------------

- Você vai me soltar! Eu vou morrer!

- Não vou deixar que isso aconteça.

Estava ficando impossível segura-la, o peso dela mais os machucados na mão só tornavam as coisas mais difíceis. Os olhos do canceriano encheram de água, estava perdendo-a.

- Giovan...

A frase não foi terminada, como se fosse em câmera lenta, ele viu a mão dela aos poucos se soltar da sua, os olhos azuis o olhavam num misto de medo e melancolia.

- Giovanni!!!

- Nefertari.. não... Nefertari!!!!!

-------- FIM DA MENTE MM------

- Nefertari!! - gritou mais uma vez.

A portadora mexeu alguns dedos, na mente dela a imagem dele em seus braços sumia, dando lugar ao cenário onde estava.

- Giovanni...

Ela o viu: ajoelhado, com as mãos na cabeça, com o rosto banhado em lagrimas e gritando seu nome de forma desesperadora.

- Mais um sem alma. - Isoke gargalhou, mas parou ao ver Ísis caminhar em direção ao canceriano. - o que...?

Ísis ajoelhou diante dele e tocou seu rosto. MM não se mexeu e seus olhos estavam opacos.

- Giovanni, acorde. Estou viva.

Continuava no mesmo estado.

- Acorde. - ascendeu seu cosmo.

Aos poucos a coloração amarronzada foi cedendo a azul, o canceriano piscou algumas vezes antes de fitar Nefertari.

- Você... - murmurou.

- Caímos na mesma armadilha.

-Por um momento achei que estivesse morta.

- Fique aqui. - sorriu, ao olhar para Isoke sua fisionomia transformou. - foi longe demais Isoke.

- Estou impressionado, conseguiu se libertar do meu golpe, mas deve ter sido uma experiência fantástica. Como foi a sensação de ver esse daí morto?

A portadora segurou firmemente seu báculo.

- Volte para Seth!

Seu cosmo explodiu e uma poderosa energia partiu em direção a Isoke. As demais lutas pararam ao sentirem tamanha força.

- Nefertari! - gritou Nefertite chegando com Kamus e os outros.

Isoke tentou para-lo porem foi acertado em cheio, sendo jogado a metros de distancia. Kaimah que tinha recebido 13 agulhas ao ver o irmão ser morto sorriu.

- \"Mereceu.\" - pensou. -Cavaleiro, nossa luta ficará para uma outra hora.

- Não vai fugir.

Era tarde, Kaimah tinha desaparecido em meio a areia do deserto. Akin olhava o guerreiro caído, Nefertari era forte, mas ele morrer tão facilmente não dava para acreditar.

- \"Ele é o mais forte de todos, só perdendo para o... não é possível que tenha morrido.\"

- Não se preocupe Akin. - disse Ishitar. - terá o mesmo fim que ele.

Limitou a olhá-la.

- Conseguiu Nefertari. - MM aproximou.

- Ele está vivo.

- O que?

Ele olhou para onde Isoke estava e ficou perplexo ao vê-lo se levantar. Seu estado era preocupante, tinha vários ferimentos, mas seu cosmo continuava quase o mesmo.

- Ele é resistente. - ela deu um passo.

- Eu luto com ele. - MM a segurou.

- Essa luta é minha.

Soltando-se foi na direção dele.

- Não imaginava que esse cara fosse tão forte. - disse Shura.

- Parece até com um dos três juizes. - disse Miro aproximando junto com Hatshe.

- Hatshe, você está bem?

- Estou Isi.

Isoke a olhava com ódio, desde que virara guerreiro de Seth, nunca ninguém tinha o ferido como ela o feriu.

- \"Se sua mente não pode ser destruída, mas seu corpo pode.\"

- Renda-se Isoke.

- Render? - estendeu a mão. - render? - uma espada de lamina transparente saia dela. - o que eu ganho com isso?

- Se entregar as jóias, o perdão de Osíris.

- Só?

- Só tem a perder se ficar ao lado de Seth.

- É você que vai perder.

O guerreiro disparou algumas bolas de energia que facilmente foram repelidas por ela, contudo... aproveitando da pequena distração dela Isoke avançou.

- Morra!

Ele cravou a espada em Nefertari, depois a retirou lentamente.

- Nefertari!!! - gritou MM.

A portadora de Ìsis recuou um passo, sentiu uma dor terrível e olhando para a barriga viu sua roupa passar do bege para vermelho, aos poucos foi fechando os olhos, perdendo a consciência soltou o báculo, indo ao chão.

- Tari... - Ank chorando abraçou Mú.

Akya olhava incrédula para amiga no chão, aos poucos foi caindo de joelhos. MM a fitava paralisado.

- Tari... - uma lagrima rolou.

Ishitar deu um passo, não era possível que ela estava morta.

- Foi mais fácil que pensei. - Isoke sorria com o báculo nas mãos. - tenho a jóia e eliminei uma portadora.

- Canalha. - o canceriano levantou, seu cosmo queimava ao redor, carregado de ódio.

- Está triste por que a matei?

- Canalha. - o cosmo de MM explodiu. - vai se arrepender por ter feito isso. Sekishiki Mekai Ha! (n/a: achei mais legal colocar em japonês, soa mais forte.)

Um buraco negro surgiu, sugando tudo a sua volta.

- Infelizmente não tenho tempo, preciso entregar esse presente a Seth. Adeus cavaleiro de Atena.

Sumiu em meio a gargalhadas. Akin olhou para Ishitar, não entendia o porquê, mas não gostou de vê-la naquele estado. Dando um passo para trás desapareceu.

O canceriano abaixou o braço, era um inútil, pensava. A passos lentos caminhou para onde Nefertari estava. O ferimento fora grave e o sangue esvaia. A tomou nos braços dirigindo para o palácio.

Uaset...

Akhenaton andava de um lado para outro quando sentiu uma vertigem.

- Akhenaton. - a deusa o amparou.

- Mais uma jóia Atena.

- Mal de qual? - indagou Afrodite, apoiando-o.

- Não sei, mas... Ah!! - gritou indo ao chão. - ah!!

- Akhenaton o que foi?! - Atena ficara atordoada.

Os olhos dele brilharam em dourado por um instante.

- Akhenaton!

- Nefertari está morrendo.

- Como?! - indagou Aiolos.

- Nefertari foi ferida. A jóia que se foi era o báculo.

- Como sabe?

- Ela é a reencarnação da deusa Ìsis, assim como eu sou de Osíris. Somos muitos ligados porque Ísis e Osíris são irmãos. Quando acontece algo grave a um o outro sente. A Tari.. a Tari está morrendo.

Menefer...

Seth em seu trono meditava quando sentiu uma ligeira vertigem.

- \"Isoke deve ter ferido a minha irmãzinha querida. - sorriu. - a essas horas Osíris deve está bem mal.\"

Sadiki e Hadimi que estavam sentados a certa distancia o olhava.

- Por que estão me olhando desse jeito?

- Não é nada meu senhor. - disse o guerreiro das serpentes. - é que gostaríamos de ter ido a Uaset.

- Não era necessário.

- Sim senhor.

Kaimah surgiu diante deles.

- Voltei meu senhor. - ajoelhou diante de Seth.

- Vejo que teve alguns contratempos. - o deus sorriu de maneira desdenhosa.

- Não é nada.

Segundos depois Isoke fazia sua entrada triunfal.

- Meu senhor. - ajoelhou. - trouxe-lhe um presente. - estendeu o báculo.

- Muito bem meu guerreiro. Fez um ótimo trabalho.

Kaimah o olhava estático: ainda estava vivo?

- Alem do báculo, matei a portadora de Ísis.

- Não há matou. - Seth observava o báculo. - ela ainda está viva, mas vai morrer.

- Claro.

- Fiz bem em confiar Nefertari a você.

- Faço tudo para agradá-lo senhor.

Akin acabava de chegar.

- Senhor. - fez uma reverencia.

- Como está Ishitar?

- O cosmo continua o mesmo.

- Não houve interrupções, houve? - o olhou.

- Ele apareceu.

- Maldito! - bradou. - parece que vou ter que mata-lo pessoalmente!

- A quem se refere meu senhor?

- Não é da sua conta Sadiki.

- Desculpe.

- Ele é o menor dos meus problemas. Já tenho seis jóias, Ísis vai morrer a qualquer momento e tempestade está agindo bem. Será questão de tempo e tudo será meu.

Kaimah, Isoke, Sadiki e Hadimi olharam entre si.

- \"Tempestade? - indagou o guerreiro do deserto. - o que é?\"

- Podem ir. Preciso guardar essa preciosidade.

Os cinco fizeram reverencia e retiraram-se. Vendo que estava numa distancia segura...

- Akin. - chamou Hadimi.

- O que foi?

- O que Seth quis dizer com tempestade?

- Nada.

- Aposto que sabe de alguma coisa. Apesar de sua representação ser a da traição ele confia em você.

- Não é nada.

- Fala logo.

- Fique calado. - o prensou contra a parede. - acho melhor ficar calado, não está em condições de falar nada.

- Akin tem razão. - sorriu Sadiki - veja como está ferido, nem sei como ainda está vivo.

- Graças à armadura. - brincou Isoke.

- Calem-se! - gritou.

- É um fraco. - iniciou o irmão. - até Imotep era mais forte que você, só teve a infelicidade de encontrar aquele de cabelo amarelo.

- Seu idiota fique calado. - Kaimah deu um soco nele.

- Ora seu...

Isoke partiu para cima dele, Sadiki divertia-se com a cena, Hadimi e Akin continuaram a andar.

- Deixe que se matem.

Seth caminhava para a sala onde guardava as jóias. Parou em frente a parede onde estava esculpido o olho de Hórus. O djed estava adornado por cinco preciosidades.

- Mais um para a coleção. - depositou o báculo no seu espaço reservado.

Ao ser encaixado o báculo brilhou, seguido pelo djed, as jóias e o olho de Hórus. Seth sentiu seu cosmo aumentar de maneira jamais vista. Seus olhos ficaram vermelhos e o símbolo do escorpião apareceu na sua testa.

- Falta pouco, quando tiver todas as jóias, meu corpo deixará de ser mortal e meu cosmo de deus estará completo. Poderei governar Uaset, Menefer, Amêntis e com a ajuda da \"minha jóia\" todos os lugares que quiser.

Kaimah bateu a porta do quarto, os ferimentos provocados por Miro doíam e muito.

- Vou matar aquele cavaleiro, mas primeiro tenho que pensar numa maneira de eliminar meu irmão.

O mesmo pensamento era de Isoke.

- Aquele cavaleiro de Atena é um fraco, nem conseguiu matar meu irmão. Terei eu mesmo que faze-lo.

Hadimi só tinha uma obsessão.

- Vou arrancar os olhos dela, bem devagarzinho. - sorriu de forma sinistra.

Sadiki alimentava sua serpente.

- Estou ansioso para mandar aqueles dois para Anúbis. - referia-se a Shura e Akya.

Em seu quarto, Akin olhava a cidade pela janela, desde que voltara da luta estava incomodado, apesar de admitir que essa preocupação era desde que conhecera Ishitar. Havia algo nela que mexia com ele e não era pelo fato de ela ser uma sith traidora, era algo mais profundo. Ao mesmo tempo que sentia aversão por ela, tinha consideração. Ela era uma excelente guerreira e de temperamento forte igual ao seu.

- \"O olhar dela naquela hora... - lembrou da luta. - parecia muito com o olhar da ...\"

Uaset...

Amparado por Kanon, Akhenaton correu até a entrada.

- Por Ré! - gritou ao ver o estado de Tari. - o que aconteceu?

- Isoke. - respondeu de maneira seca o canceriano. - ela precisa de ajuda e urgente. O cosmo dela...

- Akya, chame os grãos - sacerdotes de Ré, de Ìsis e de Osíris. É a única forma de salva-la.

- Está bem.

- Rápido, se não será tarde...

Nem acabou de falar, Akhenaton deu uma cambaleada e desmaiou.

- Akhenaton! - exclamou Atena.

- Akya, vá rápido. - disse Ishitar. - Nefertite, leve-o para sala de cura e chame o grão sacerdote de Toth.

- Ta.

- Anda logo! Se Osíris perdeu os sentidos é porque o estado dela é grave. MM leve-a, por favor. Miro leve a Hatshe para a sala de cura.

- Sim.

- Estou bem Ishitar não precisa...

- Vá logo! - engrossou a voz.

- Vamos Hatshe. - Miro a conduziu.

- Maldição! - gritou a Toth, surpreendendo Saga, só ele falava desse jeito. - seis jóias, Nefertari morrendo e Akhenaton nesse estado.

- Fique calma Ishitar. - Atena tocou o ombro dela. - nem tudo está perdido.

- Assim espero.

Saga a fitava, queria está ao lado dela nessa hora.

Nefertari foi levada ao templo de Ísis, precisavam ser rápidos, pois o ferimento era grave, do lado de fora MM andava de um lado para o outro, era um homem que não tinha medo de nada, mas naquele momento tinha pavor que algo acontecesse a Nefertari. Não se perdoaria se algo acontecesse a ela. Os dourados e as portadoras também na porta estavam preocupados.

- Sossegue homem de deus. - disse Afrodite, não agüentando mais ver MM passar na sua frente.

- Cale-se!

Ishitar num canto o olhava, ele estava igual à Kamus quando Nefertite tinha se ferido, se a reação era a mesma era sinal que ele sentia algo pela amiga.

- “Esses sentimentalismos vão levá-los a ruína.” - pensou, sem querer olhou para Saga, ele estava encostado na parede fitando o chão, notou um pequeno corte na mão dele. - por que naquela hora tive medo? - lembrava da cena em que ele quase tinha sido atingido por Akin. - por quê?\" - a portadora de Toth tirou do peito a ankh, a olhou e depois caminhou até MM. - Giovanni, não é? - indagou parando na frente dele.

- É. - a olhou intrigado.

- Vá lá dentro e entregue isso para o grão-sacerdote de Ré. Vai ajudar na recuperação dela.

- Por que eu... ? - não entendeu.

- Quer que eu responda? - sorriu.

MM entendeu o que ela quis dizer e sorriu de volta.

- Obrigado.

O canceriano entrou.

- O que pretende Ishitar? - indagou Akya.

- É a chave de Ré pode auxiliar.

- E por que não entrou?

- Por isso. - apontou para os olhos - tem gente que se incomoda com eles e porque a presença dele fará bem aos dois.

- Âhn.. ?

- Ishitar!!!!

Hisoka correndo a abraçou. Todos só esperavam Ishitar manda-lo para Anúbis.

- O que está fazendo?! - o olhava pasma.

- Fiquei tão preocupado. Ouvi falar que uma portadora tinha se machucado.

- Não fui eu. - tentava se soltar. - foi a Nefertari.

Saga que olhava para os dois abaixou o rosto e saiu. Ank foi atrás.

- A senhorita Ìsis?

- É. Me solta.

- Desculpe.

- Não se preocupe. Quando tudo tiver resolvido te procuro, agora vá.

- Está bem.

Um pouco acanhado MM entrou na sala, olhando ao redor notou as mesmas estatuas e símbolos que tinham nos demais templos.

- Quem é você? Não pode entrar aqui - disse um sacerdote aproximando.

- Vim trazer isso. - mostrou a ankh.

- A chave de Ré! - disse surpreso. - isso vai nos ajudar.

- Como ela está?

- O ferimento é grave.

- Posso vê-la?

O sacerdote o olhou desconfiado.

- Por favor.

- Tudo bem, mas não diga nada pode atrapalhar os trabalhos e nem manifeste seu cosmo.

- Sim.

A passos lentos MM aproximou, Nefertari estava deitada e ao redor dela diversos sacerdotes.

- O que estão fazendo?

- Curando seu corpo, seria mais rápido se o cosmo dela estivesse na sua totalidade, mas por causa da luta...

- Sim... “não é por causa da luta.”

- Preciso que se retire.

- Claro.

O geminiano andava cabisbaixo, vê-la ao lado dele era a pior coisa.

- Saga. Saga.

- Ank?

- Oi.

- Oi. - respondeu sem entusiasmo.

- O que aconteceu? Desde a hora do café, noto que está triste.

- É impressão sua.

- Não é. Vejo isso nos seus olhos e tem haver com a Ishitar.

- Não...

- O que houve Saga?

- Não se preocupe Ank, não houve nada.

- Se diz... sabe que eu torço por vocês.

- Agradeço, mas acho melhor torcer pelos outros. Eu e a Ishitar não temos como.

- Mas...

- Gostaria de andar um pouco sozinho se não se importar.

- Claro que não.

Afastou-se.

- “Aquele cara vai separá-los.”

Depois de deixá-los Ishitar dirigiu para onde Akhenaton estava. Hisoka ficou na porta esperando. A portadora entrou, alguns grãos-sacerdotes não gostaram da presença dela, mas não poderiam expulsar a portadora de Toth.

- Como ele está? - indagou aproximando da cama.

- Bem. - um sacerdote a impediu.

Ishitar o olhou e ele temeu por sua vida. Ela desviou o olhar e fitou o irmão.

- \"Espero que se recupere logo.\" - pensou, não admitia, mas estava muito preocupada pelo estado do irmão. Ela aproximou um pouco mais, sentiu vontade de acariciar o rosto dele, porem...

- Não toque nele! - gritou o mesmo sacerdote.

Ishitar recolheu a mão assustada, por que não podia tocá-lo? Era evidente que não faria nada contra ele. Nada. Ela deu dois passos para trás, sentiu os olhos encherem de água, mas não demonstraria.

- Estou saindo.

Do lado de fora Hisoka a esperava.

- Como ele está?

- Bem.

- O que foi Ishitar? Por que está assim?

A portadora não agüentando derramou algumas lagrimas, ela só queria acariciá-lo.

- Ishitar?

- Não vou fazer nada com ele. Jamais faria...

- Eu sei que não. - a abraçou. - não fique triste, eles são uns idiotas.

- Hi-soka...

- Calma.

- \"Saga\" - chamou o geminiano em pensamento. - “Saga.” Preciso andar.

- Quer que eu vá com você?

- Não precisa vou ficar bem.

- Ficarei te esperando.

Na sala de cura...

Miro mantinha-se um pouco afastado enquanto as sacerdotisas cuidavam de Hatshe. Estava muito preocupado com ela ainda mais quando soube do verdadeiro motivo da diminuição do cosmo dela: ele. Havia descoberto pouco antes da ultima luta. Interrogando Mu a respeito, ele acabou lhe contando.

- Terminamos senhorita Hatshepsut.

- Obrigada.

- Com licença. - as sacerdotisas retiraram-se.

- Me sinto bem melhor. - sorriu Hatshe.

Miro a olhava sério.

- O que foi?

- Por que não me disse a verdade?

- Que verdade?

- Eu precisava saber! Poderia ter morrido e por minha culpa.

- Do que está falando?

- Seu cosmo!

- Como...?

- Então era verdade. Por que não disse?

- Não queria... - abaixou o rosto.

- Que soubesse? - indagou indignado. - Por que? Nem isso mereço saber?

- Não é isso...

- Poderia ter morrido na batalha e a culpa seria minha.

- Não se sinta culpado! - rebateu. - não quero que isso seja um peso para você. Aconteceu.

- Imaginei que houvesse algo grave, mas... sou uma ameaça a você. - deu as costas a ela.

- Não diga isso.

- Esse era o motivo de Akhenaton querer nos mandar de volta.

- Sim.

- É melhor fazer o que ele quer. - fez menção de abrir a porta.

- Não me deixe... - abaixou o rosto para esconder as lagrimas. - não me deixe sozinha agora...

Miro a olhou, tudo era culpa dele, mas não conseguia nem pensar na possibilidade de deixa-la. Pela primeira vez amava alguém de verdade.

- Sei que vamos nos separar quando tudo acabar ou morrer na batalha, mas não queria que se afastasse de mim. - ela enxugava as lagrimas.

O escorpião sentou na cama ao lado dela. Limpou algumas lagrimas que teimavam em cair.

- Hatshe...

Ela segurou a mão dele.

- Qualquer uma dessas coisas que acontecerem vai nos manter separados. - disse por fim.

- Eu sei... - murmurou segurando firme a mão.

- Vai querer agüentar esse escorpião que não toma jeito? - sorriu.

- Vou. - sorriu de volta.

Miro aproximou mais, tomando-a nos braços.

- Amo você. - disse no ouvido dela. - só você, para sempre.

Hatshe apenas deixou-se levar pelo beijo quente e audacioso do escorpião. Não importava o que iria acontecer, importava que naquele momento estava feliz, amava e era correspondida, só isso.

Miro aprofundou o beijo, só por ela se sentia assim e apesar de sentir o cosmo dela se esvaindo, o futuro não importava só o presente e o presente era ela.

Ank voltou para onde os outros estavam.

- Onde foi? - indagou Mu.

- Conversar com Saga e a Ishitar?

- Ainda não voltou.

- E Hisoka?

- Deve está com ela, aqueles dois não se desgrudam. - Mu olhou para ela. - será que...

- Saga gosta dela. - disse Kanon. - apesar de negar.

- Isso não está certo, Saga não pode afastar dela.

- Por que diz isso Ank? - Akya aproximou.

- Não sei dizer ao certo, mas acho que ele é o único que pode ajudá-la.

- Ajudar em que?

- Algo me diz que eles serão as peças chave do final dessa luta.

- Sua intuição resolveu voltar? - brincou Isi.

- Intuição? - indagou o ariano.

- De vez em quando ela costuma “prever o futuro”.

- Isso é bobagem. - protestou. - os únicos que sabem o futuro são os deuses.

- Apesar de achá-la um pouco explosiva queria que os dois se acertassem. - disse Kanon. - meu irmão merece ser feliz depois de tudo que passou.

- O que aconteceu?

Kanon contou todo o passado dele.

- Coitado... - murmurou Tite.

- Meu irmão passou por muitas provações.

- Ele e Ishitar são iguais.

Não imaginavam, mais alguém escutava toda a conversa.

- Saga entende como a Ishitar se sente. No caso dele, sabe que tudo que passou teve sua parcela de culpa, mas no caso dela é totalmente vitima. Ele acha injusto.

Ishitar não sabia o que pensar, abandonou o recinto.

- “Temos historias parecidas então...” por que Saga? - levou a mão até o peito, no exato lugar.

- Diga-me o que é, que eu respondo.

Ela olhou para a direção da voz.

- Saga... ?

- Por que dizia meu nome?

- Por nada.

Os dois ficaram se encarando, contudo ela não conseguia sustentar o olhar, toda vez que o olhava a dor voltava. O geminiano começou a andar na direção dela e ela temia isso. Saga parou na frente dela, fez menção de tocá-la.

- Não toque em mim. - recuou. - afaste-se.

Saga recuou assustado.

- Por que.. por que... - seus olhos encheram de água.

- Ishitar...

- Afaste-se. Nunca mais se aproxime de mim.

- Ishitar! - Hisoka correu até ela.

- Hisoka.

- O que fez a ela? - indagou empurrando-o.

- Não fiz nada. - nem se preocupou com empurrão e sim com o estado dela. - Ishitar.

- Se afaste dela! - virou para ela. - você está bem?

- Me tira daqui.

- Vamos.

Antes de ser conduzida, Ishitar olhou para Saga, ele a fitava completamente desnorteado e com os olhos marejados. Ela sentiu um aperto no coração, mas deixou-se levar por Hisoka.

- “Por que...” - murmurou o geminiano derramando uma lagrima.

No templo os sacerdotes corriam contra o tempo, todos os encantamentos que usavam não estavam adiantando.

- O que faremos senhor? - indagou um sacerdote.

- Não podemos deixá-la morrer.

- Mas o ferimento não se fecha e já fizemos de tudo.

O grão sacerdote sabia disso, era praticamente impossível que Nefertari sobrevivesse.

- “Que Ré nos ajude.”

Do lado de fora, MM estava encostado na parede de costas para eles. Não queria que ninguém visse seu rosto, sua expressão de dor.

Na outra sala Atena continuava ao lado do deus.

De volta ao templo os sacerdotes faziam orações para permitir que ela tivesse uma boa passagem. Os batimentos foram ficando mais fracos, a respiração mais lenta até que tudo cessou. O grão sacerdote de Ré aproximou e deu a triste confirmação: Nefertari de Ísis estava morta. Pegando a ankh colocou-a na mão direita e pos os braços na tradicional posição: cruzados sobre o tórax.

- Que seja conduzida em segurança para o Amêntis e sua alma alcance a eternidade.”

Menefer...

- Ela se foi. - Seth deu uma gargalhada.

Uaset...

Na outra sala, Akhenaton continuava sem sentidos, Atena que o olhava sentiu o cosmo de Nefertari se extinguir.

- “Não é possível...” - olhou para o deus, uma lagrima descia pelo seu rosto.

MM que estava de olhos fechados, abriu-os imediatamente, sentiu um aperto no coração.

Tite estava ao lado de Kamus, instintivamente fechou os olhos.

- “Senhor de todos nós, o grande Ré, proteja a Nefertari, não a deixe morrer.”

No templo o grão sacerdote já preparava para dar a noticia quando...

- Senhor, veja!

Ele voltou.

- O que?

A ankh emitia uma luz negra.

- O que está havendo?

Akya separada de Shura, havia sentado. Fechando os olhos encostou a cabeça na parede.

- “Chu e Ré guiem Nefertari e a proteja.”

Para a surpresa dos sacerdotes a ankh emitiu um brilho dourado e piscava alternando com a luz negra.

Na outra sala, Hatshe conversava com Miro.

- Vai ficar tudo bem.

- Espero que sim Miro. - ela olhou para o lado e fechou os olhos. - “ Ré proteja a Nefertari, não deixe que nada aconteça a ela.”

Novamente a ankh brilhou desta vez na tonalidade verde e as cores alternavam nela, dourado e preta.

Isi estava nervosa, não parava de esfregar as mãos.

- Ela vai ficar bem. - disse Shaka percebendo o nervosismo dela.

- Tomara. “ Ré não a leve, proteja-a.”

Os sacerdotes só acompanharam mais uma cor acrescentar: rosa.

Ank não tirava os olhos da porta, tinha fé que tudo terminaria bem.

- “Peço proteção a ela, Ré.”

A cor azul brilhou de forma intensa.

- Senhor o que está acontecendo?

- Não tenho certeza, mas... - olhava para a ankh. - a ankh está brilhando nas cores de Hathor, Chu, Hórus,Tefnut e Maet.

Ishitar estava num jardim na companhia de Hisoka.

- Ele não te fez nada?

- Não.

- Que alivio.

Ishitar nem escutou, algo lhe dizia que estava acontecendo alguma coisa com Tari.

- “Que Ré a proteja.”

A ankh brilhou em vermelho, em seguida todas as cores brilhavam de forma frenética.

- Senhor?

O grão sacerdote não disse nada. Do lado de fora Ank sentiu seu cosmo ascender.

- O que... ?

- Meu cosmo... - Isi estava envolvida por uma energia rosa.

- O meu também. - disse Akya.

- E o meu. - disse Tite.

Hatshe que estava deitada sentiu seu cosmo elevar.

- O que foi Hatshe?

- Me leve onde Nefertari está.

No jardim Ishitar levantou, seu cosmo queimava ao redor.

- Ishitar.

- Não demoro.

Correu para dentro do palácio chegando ao mesmo tempo que a portadora de Maet.

- Ishitar o que está acontecendo?

- Parece que nossos cosmos estão reagindo Tite.

- A Tari não está...

As seis olharam entre si. Atena olhava preocupada para Akhenaton: o cosmo dele queimava ao redor.

MM queria entrar, sentia que tinha algo acontecendo e não era boa coisa. Estava pensando em arrebentar a porta, mas foi impedido por Dite.

- Fique calmo.

Dentro do recinto os sacerdotes assistiam receosos. A ankh continuava a brilhar, mas agora o corpo de Nefertari também brilhava.

- Será que... Nefertari está... pegue o livro dos mortos! Rápido!

Obedeceram. Do lado de fora os cosmos das seis continuavam a queimar. De posse do livro o sacerdote começou a recitá-lo. A medida que pronunciava as palavras Nefertari brilhava mais intensamente, o ferimento na barriga aos poucos fechava.

- ... “e que as ordens de Ré ecoem por toda eternidade, pois ele é o senhor absoluto.” - terminou de ler.

Foi o ápice, Nefertari abriu os olhos, mas estes emitiram um brilho amarelado, os cosmos das meninas pararam de queimar e Akhenaton abriu os olhos.

- Ton.

- Atena...

- O que houve? A pouco senti o cosmo de Nefertari se dissipar, agora o sinto novamente.

- Somente Ré tem o poder de trazê-la, mas o pedido dos deuses Chu, Maet, Toth, Hórus, Tefnut e Hathor representado pelas orações das meninas devem ter desencadeado a ankh, fonte do poder dele. O grão sacerdote deve ter percebido isso e recitou o livro dos mortos.

- E você está bem?

- Estou, - deu uma pausa. - a vi no portão do céu, que liga o mundo dos vivos a Amêntis, se ela tivesse passado, não teria mais jeito - deu um sorriso. - ainda bem que o espírito dela se manteve preso aqui.

- Preso?

- Algo a mantinha nesse mundo.

- O que?

- Giovanni, mais popularmente conhecido como Mascara da morte.

Na outra sala...

- Nossos cosmos...

- O que aconteceu de fato? - indagou Shura.

- Nossos cosmos não costumam reagir dessa forma, só em situações graves. Tudo leva a crê que...

Não terminou a frase, o grão sacerdote saia da sala.

- Como ela esta? - MM quase jogou o homem no chão.

- Ela está bem. O ferimento foi tratado, agora está descansando.

- Que bom! - comemorou Ank. - Graças a Ré correu tudo bem.

- A Ré e a vocês.

- Usou o livro dos mortos. - disse Ishitar. - mas para isso...

- O importante que ela está bem.

- Claro.

- Posso vê-la? - MM já estava quase entrando.

- Depois, ela está descansando. Com licença, tenho que voltar aos meus trabalhos.

Ele saiu. MM dava pequenos sorrisos. Ishitar o olhou.

- “Ele se importa com ela.”

- Agora que está tudo bem, é melhor irmos todos descansar. - disse Tite. - Nefertari está em boas mãos.

- Vou ficar aqui. - prontificou MM.

- Não vai. - Ank aproximou. - precisa cuidar de você.

- Estou bem.

- Se a Nefertari ti ver assim, vai ficar preocupada. - a Tefnut sorriu.

- Tem razão.

- Vem.

Ela de relance olhou para Ishitar e Saga, notou que o geminiano tinha um machucado na mão, coisa insignificante, mas que...

- Ishitar vem comigo.

- Para que?

- Saga vem também.

- Eu?

Está machucado e não posso fazer tudo sozinha, Ishitar vai me ajudar.

- O que?! - exclamou a Toth.

- Anda logo. - puxava a portadora.

MM e Saga seguiram atrás.

- A Ank não teme a morte. - brincou Isi.

- Não é isso, ela sabe que a Ishitar nunca faria nada com ela. - disse Mu vendo sua portadora se afastar.

Ank puxou uma cadeira para Mask, os dois se olharam e depois olharam para Ishitar e Saga que estavam sentados pouco a frente.

- Ank poderia me arranjar água?

- Claro.

MM continuou sentado.

- Vem comigo.

- Por... - parou de falar quando recebeu uma piscada. - vamos lá então.

Os outros dois nem se importaram. Estavam sentados um de frente para o outro.

- Dê sua mão.

Saga deu lhe. A portadora a colocou no colo e ascendeu seu cosmo. Ele a olhava fixamente o que a deixava incomodada.

- Por que está me olhando? - indagou brava.

- Nada. - seguiu um minuto de silencio. - cadê o Hisoka?

- Não sei.

- Vocês...

- Nós o que? - o olhou contrariada.

- Nada. - outro minuto. - não está ferida?

- Foram só arranhões.

- Obrigado por ter me defendido.

Ela não disse nada.

- Por que fez aquilo?

Não respondeu, na verdade nem ela sabia o por quê.

- Pronto. - levantou estava saindo, mas olhou para trás, Saga continuava a fita-la, saiu.

Do lado de fora Hisoka a esperava.

- De quem cuidou?

- Saga.

- Ele?

- Foi.

- Não tem medo?

O fitou intrigada.

- De que o sonho possa ser verdade? Que ele te mate?

O geminiano estava saindo quando ouviu a voz de Hisoka.

- Era um sonho Hisoka.

- Acha que ele não seria capaz de matá-la? Todos teriam inclusive ele. Não seja ingênua, aqui não passamos de sitis. Na primeira oportunidade ele vai cravar o punhal em você.

Hisoka levando um soco foi ao chão.

- Cretino. - Saga bufava. - eu vou acabar com você.

Ele partiu para cima de Hisoka que no chão recebia todos os socos. Hisoka tentava se defender, mas Saga era mais forte.

- Pare. - Ishitar empurrou o geminiano. - o que pensa que está fazendo? - ela correu para junto de Hisoka.

- Depois de tudo que ele disse ainda o defende? - gritou indignado.

- Com que direito escuta a nossa conversa? - olhou para Hisoka. - você está bem?

- Sim... - murmurou com os dois olhos roxos e um corte na boca.

- Deixe-me ver. - tocou o rosto dele, para Saga foi o fim. - vem, vou cuidar de você.

Ishitar o ajudou a levantar sobre o olhar de ódio de Saga.

- Vocês dois se merecem! - gritou. - prefere acreditar na palavra desse sith!

Ela o olhou imediatamente.

- Mas também... - deu um sorriso. - tinha que se aliar a ele, são iguais. Mentirosos, mesquinhos, cruéis!

A portadora ouvia perplexa, nunca pensou que Saga falaria assim dela.

- Sitis! - ele nem sabia por que falava aquilo, tinha consciência que ela ficaria magoada, mas a raiva era maior. - por que não vai para Menefer? Tenho certeza que serão felizes. O sith e a odiosa sith. Orgulhosa, arrogante!

Duas lagrimas rolaram pelo rosto de Ishitar, não imaginava que ele pensava aquilo dela, o local que fora atingida pelo punhal começou a doer e muito. O sonho veio-lhe na mente.

- Você não pode falar nada! - gritou. - não é melhor que eu. Um homem que foi capaz de matar a própria deusa duas vezes é desprezível!

Foi a vez de Saga recuar. Como ela sabia daquilo?

- Você é tão pior quanto Seth e não passa de um traidor! Não é ninguém para falar dos outros Saga de gêmeos. É ambicioso, mesquinho, cruel! E não pense que gostei dos seus beijos, minha opinião sobre você continua a mesma: não passa de um mero visitante. Quando essa guerra acabar vou ter o prazer de te empurrar pelo portão e nunca mais ver sua cara!

Escutando os gritos as portadoras e os cavaleiros chegaram a sala.

- Então somos iguais. - disse o geminiano num tom frio. - se eu trai você também o fará.

- Eu odeio você!!! - gritou. - odeio!

- Compartilhamos da mesma opinião, portadora de Toth. - deu as costas.

Todos ouviam perplexos.

- Suma daqui!!!

- É o que vou fazer, quero está longe quando você afundar. - a olhou e depois para as outras portadoras. - cuidado com ela, não é digna de confiança.

Saiu. Ishitar saiu por outra porta sendo seguida por Hisoka.

- Ishitar.

- Saia de perto de mim. Quero ficar sozinha.

- Sim.

A portadora andava a passos rápidos, ao se ver sozinha, parou encostando numa parede. Foi escorregando até sentar chorando copiosamente.

Saga foi para o quarto juntar suas coisas, ficaria em qualquer lugar, ate em Menefer, desde que fosse longe dela.

- Idiota.

Sentou na cama para guardar o resto, porem...as lagrimas vieram em abundancia.

Na sala olhavam-se sem entender.

- Ele conseguiu... - murmurou Ank.

- O que houve aqui? - Akhenaton chegava na companhia de Atena.

- Como você está?

- Bem Tite. O que houve?

- Ishitar e Saga trocaram ofensas, a briga foi feia. Não sei como não destruíram aqui.

Shaka deu um cutucão nela.

- Isso é mal.

Menefer...

- Não poderia ter sido melhor. - sorriu o deus. - mesmo que Ísis tenha sobrevivido, meu plano foi um sucesso.