As Powerful's: rixa com os Marotos

Parque do terror... ou será do amor? Parte 1


"A males que vem para o bem, mais só se você for capaz de usa-los para ficar mais forte. Como você haje com o que acontece de ruim ao seu redor faz total diferença no fim do dia, não para os outros, para você"

POV Marie Evans

Chegávamos ao parque. O clima de Londres estava bom, meio friozinho, mas sem chuvas. Ao olhar para o relógio do meu celular vi que ainda eram 10 da manhã.

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O parque era muito fofo! Não era nada se comparado ao parque da Disney em Orlando onde eu fui às férias, mas estava de bom tamanho. Era grande e tinha vários brinquedos diferentes e estranhos.

Devia estar com cara de espantada ao olhar para um brinquedo em especial, que fazia voltas monstruosas que desafiavam as leis da gravidade porque Dô tocou meu braço.

–Você vem?

Olhei ao redor e vi que as meninas e os meninos já estavam andando e se afastando muito de mim.

–Ãhn... Claro- disse sorrindo enquanto a acompanhava.

Enfrentamos uma pequena fila para comprar o ingresso do parque e depois entramos.

–Então? Vamos aonde primeiro?- Alice perguntou quando paramos em frente a uma pracinha.

–Eu quero ir à roda gigante!- Lene bateu palmas feito uma criança, o que me fez sorrir internamente. Mesmo Lene sendo daquelas que é toda madura, que já é de beber em festas, toda feminista, ela ainda tem uma pureza interior que às vezes vem à tona e eu adoro ver quando esse lado fofo dela aflora- Sirius, você vem comigo!

–Roda gigante Lene? Tem certe... É, você tem certeza!- Sirius voltou atrás ao ver a carinha de cadela tristinha da Lene, tenho que admitir, ela é muito boa! Outro lado da Lene que eu já estava familiarizada: ela é uma ótima atriz e se antes eu poderia achar que era manipulação, agora eu adorava isso nela, o jeito que ela consegue fazer a pessoa concordar com ela é admirável.

–EBA!- ela entrelaçou o braço no de Sirius e o puxou de leve para irem em direção à roda gigante.

–Bom, então acho melhor nos separamos em duplas- Remus sugeriu.

–Concordo, mais seguro também se sabe lá se há um maníaco por aqui, podem querer atacar uma das meninas se elas tiverem sozinhas- James concordou.

–Como se vocês fossem de muita ajuda caso um maníaco aparecesse!- Lily desdenha.

–Ai ai... Sem brigas hoje, por favor!- Dorcas pede- Vamos voltar ao assunto! Duplas!

–Certo- James fala.

–Que seja- Lily sorri de lado olhando para James.

–Vocês, meninas, querem ir com quem?- Frank pergunta.

–Por mim tanto faz- respondo.

–Eu vou com qualquer um que quiser ir comigo no carrinho de bate-bate!- Ali sorri.

–O Frank falou que queria ir lá, acompanha ela Frankie!- James empurra Frank e o maroto meio que é obrigado a acompanha-la, com uma expressão assassina para James e pude ver ele formando uma palavra entre os lábios “você me paga Potter”.

–Bom, eu, quero ir comer algodão doce- Dorcas diz- Quem me acompanha?

–Humm... Estou de dieta!- impressão minha ou Lílian mentiu? Eu ainda não a lia completamente, embora com nossa aproximação eu tivesse melhorando.

–E eu detesto algodão doce!- James responde dando de ombros.

Saquei! Eles queriam que Dorcas fosse com Remus, safadinhos!

–E você Marie?- Dô se vira para mim.

Olhei para Lily com a boca entreaberta, o que eu devia fazer? Ela arregalou os olhos como quem diz “não, você não quer ir!”

–Sabe, com o meu atual estado, eu não acho que a vontade de vomitar seria muito legal caso eu fosse com você, desculpa.

–Só sobrou o Aluado. Como ele não se pronunciou antes ele que lhe acompanha- James bateu de leve no ombro de Remus.

–Que? Não... Mas...- Remus murmurou.

–Remus seja um cavalheiro e acompanhe a Dorcas. Seria muita má educação deixa-la andar sozinha e indefesa por esse parque no mundo perigoso de hoje em dia- Lily sorri triunfante, ela é ótima em argumentação.

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Remus encarou os olhos verdes da minha irmã antes de estender o braço e sair com Dorcas.

–Tomara que agora eles se acertem de vez!- Lily fala.

Eu e James concordamos com um aceno.

–Ei, eu quero ir à montanha russa!- Lily fala animada se virando para mim ao mesmo tempo em que eu dizia:

–Quero ir alimentar os pássaros!- me virei para encarar Lily e depois nós duas nos voltamos para James.

–É... Bom... –James limpa a garganta- Eu acho que não seria legal nas atuais circunstâncias a Mariele ir à montanha russa, desculpa Lily.

–Claro- Lily respondeu sorrindo, mas percebi que ela ficou chateada por James ter ido a meu favor.

Eu odiava essa situação! Eu realmente não sabia como agir quando ficava no mesmo ambiente que James e Lily, quando eu ficava só com um ou só com o outro tudo bem, mas com os dois ao mesmo tempo as coisas mudavam. Minha situação era delicada, como se já não bastasse eu ter dormido com James (garoto que ainda mexia com minha meia-irmã) eu engravido ele, tornando tudo uma bola de neve gigante descendo a montanha, ou seja, nada legal.

Mas eu queria ter uma relação legal com Lílian, eu não queria magoa-la! Quer dizer, assim que descobrir ser irmã da ruiva eu teria feito qualquer coisa para fazê-la sofrer, mas já tínhamos passado da fase de ódio, estávamos nos dando bem agora... Mas não tão bem quanto estaria caso esse bebê não tivesse em minha barriga.

E não era como se eu não gostasse de James, eu gostava, e muito. Não me entendam mal, eu não queria ficar entre ele e Lílian, mas eu queria ser feliz também! Eu mereço isso!

–Eu vou à montanha russa, com ou sem vocês!- Lily se vira e sai andando apressadamente.

–Que merda!- James leva a mão ao cabelo e bagunça-o, algo que há tempos eu já tinha percebido ser uma mania. Mania relacionada à Lílian.

–Pode ir atrás dela- sorrio quando ele me encara surpreso- Não é bom deixa-la andar sozinha por ai.

–Lílian é crescidinha, pode muito bem arcar com as consequências de suas escolhas- ele sorri e ajeita os óculos no rosto- Vem, vamos alimentar os pássaros.

Concordo e saímos lado a lado em silencio.

Quando chegamos perto do lago James compra em uma barraquinha uma alimentação para gansos.

Sento-me na grama e Jay senta-se a meu lado me passando a comida.

Jogo lá no lago a comida, e vejo, com um sorriso no rosto, os gansos se amontoarem na tentativa de conseguirem o pequeno pedaço de alimento, mas é claro que apenas o mais forte conseguirá. Assim como na vida só quem sobrevive são os fortes, percebo que meu sorriso não estava mais em meu rosto.

–Tudo bem?- escuto a voz de James e acordo do meu transe- Você ficou meio aérea.

Não pela primeira vez pensei em falar tudo para James, que eu estava sendo constantemente ameaçada, vigiada e fazendo parte de planos contra as Powerful’s. Mas eu não podia. Eu não podia ser fraca, eu tinha que sobreviver, afinal, mesmo que quem me ameaçasse fosse mais “forte” que eu, eu tinha que ser mais esperta.

–Tá tudo bem? É o bebê?

Percebi que estava encarando os olhos castanhos-avelã de James sem parar e desviei corada meu olhar para o lago.

–Não, o bebê está bem. Acho que eu só estou meio lunática hoje mesmo- tentei sorrir, mas não consegui e sabia que meu rosto devia estar parecendo uma careta.

–Bom, se você não quer falar tudo bem! Mudando de assunto...

–Sim?- perguntei jogando mais uma comida para os pássaros.

–Me fale de você.

–Como?- encarei-o.

–Eu não sei muito sobre você, me fale.

–O que você quer saber?

–O que você quiser falar. Sua infância por exemplo.

–Minha infância... Bem, eu vivi dois anos aqui em Londres com a minha mãe, mas depois fiquei sete anos nos Estados Unidos com meu avô por que... - hesitei. Eu não gostava muito de falar no assunto- Porque minha mãe foi internada em uma clinica de reabilitação para drogados.

James ouvia em silencio, sem tentar me interromper, mas percebi que ele estava surpreso.

–Eu amava meu avô, mas a nova mulher dele que era tipo, 30 anos mais nova que ele, mais nova até que minha mãe e era muito má. Eu me lembro claramente de vez que eu tinha uns 5 anos ela me prendeu sete dias no porão da mansão do meu avô só porque eu tinha chorado de noite por ter tido um pesadelo. Eu fiquei sete dias apenas me alimentando de papa de aveia uma vez ao dia e isso porque as empregadas iam ao porão e me davam a comida sem que ela soubesse.

–E seu avô não fez nada?- ouvi a raiva na voz de James.

–Ele era um homem velho, e passava a maior parte do tempo em sua empresa. Ele tinha feito uma viagem a negócios na época. Mas o que aconteceu aquela semana não foi um fato isolado James, eu sofria diariamente más tratos. Ela tinha um chicote, sabia?- Ri sem saber o motivo- eu ainda tenho as cicatrizes nas minhas costas.

– O que aconteceu? Você disse que só ficou alguns anos morando lá.

–Assim que minha mãe saiu da reabilitação essa mulher me enviou de volta, falou ao meu avô que seria melhor para mim e para minha mãe se ficássemos juntas. E meu avô concordou. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida quando, de noitinha, fui fazer minhas malas para a viagem no outro dia. Só fiquei triste por duas coisas: de deixar meu único amigo lá, ele morava na casa vizinha a do meu avô e as únicas vezes que eu podia sair de casa era quando a mãe dele, que era uma importante mulher da sociedade, tocava a campainha e pedia permissão para que eu fosse brincar com ele na casa deles. E o outro motivo foi deixar meu avô nas mãos daquela megera, eu suspeitava que ela trocava os remédios dele. E dois anos depois que eu deixei aquela casa ele morreu de ataque cardíaco.

–Não foi sua culpa a morte do seu avô- James pôs a mão em cima da minha- você ter continuado lá não mudaria nada. Se sua suspeita for verdadeira, então não adiantaria nada você ficar lá sofrendo com aquela mulher mesquinha. Você era só uma criança, não se culpe.

Concordei com a cabeça em meio a um suspiro. Eu não iria chorar. Aprendi com minha “vódrasta” a não mostrar aos outros o que você sente.

–E ai... Como foi quando você voltou?- James perguntou tentando mudar para um assunto mais feliz, mas ele falhou se achou que quando eu vim morar com minha mãe tudo ficou as mil maravilhas.

–Na América eu estudava em casa mesmo, mas quando eu voltei eu fui estudar em uma escola normal. Minha mãe tinha sido liberada da reabilitação deus sabe-se como, porque ela parecia pior que antes. E a cada ano minha mãe casava com um novo, tive mais padrastos na vida do que Sirius Black pegou mulheres- fiz uma piada e James sorriu.

–E na escola... Você tinha amigos?

–Bom não, eu sofria bullying até sair da escola. Daí quando tive idade para ir estudar em um internato minha mãe me despachou para um, ideia do meu padrasto da época. Quando cheguei a Beauxbaton eu estava em uma época meio rebelde, quem nunca? E logo fiquei popular por lá. Eu transei com um professor e uma sem sal filmou e mostrou para a escola, não que eu não tenha culpa, pelo contrário, eu marcava em cima dela, mas dai eu quase fui expulsa. Teria sido, caso meu novo padrasto que era promotor não tivesse intervindo e feito um acordo lá. O professor foi demitido e eu passei a ser conhecida como a puta da escola. Eu me vinguei da menina, digamos que depois do que eu fiz ela pediu para sair da escola. James, eu quero que você saiba que você é a primeira pessoa a quem eu conto essa história... eu até já menti para uma das Powerful’s sobre isso, na verdade, eu nunca falei tanto sobre minha vida como agora!

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Começei a chorar e soluçar.

–E-Eu... Eu nunca tive ninguém que se impor-portasse comigo antes! Eu nunca tive família antes, não até conhecer você, a Lily, as meninas...

–Hey, shiu...- James me abraçou.

Solucei aos braços de James sem me aguentar de tristeza, tudo que eu sempre guardei com os anos eu tinha soltado agora.

–Calma Loira- James alisou meu cabelo- Eu tô aqui.

Levantei a cabeça e encarei James. Olhei para a boca de James e sem que percebesse estávamos nos beijando. James claramente foi pego de surpresa, mas deixou que eu o beijasse.

Me afastei rapidamente dele, de olhos fechados.

–Desculpa... Eu sei que não estamos mais juntos, quero dizer, que nunca estivemos juntos. Eu confundi as coisas... Eu... Por favor, não me odeie- Me levantei.

–Tudo bem, eu não te odeio não. Tudo bem- James se levanta e segura minhas mãos.

–Não tá nada bem!- soluço.

–Vem – James me puxa e volta a me abraçar- Se serve de consolo a minha infância também não foi perfeita, na verdade foi...- riu com a sinceridade dele- Mas a de Sirius não foi, qualquer horas dessas você podia falar com ele.

POV Narrador (eu também narro isso daqui!!! *--*)

Lene se encontrava agarrada aos braços de Sirius Black no alto da roda gigante, a mesma tinha parado para que os casais aproveitassem a visão, deixando Lene e Six no ponto mais alto do brinquedo.

A risada latido de Sirius Black era audível até para as pessoas que andavam lá no chão, a verdade era que há muito tempo Sirius não se divertia tanto assim.

–Me responde de novo Lene, pra que você quis vir nesse brinquedo se você tem medo de altura?- o moreno perguntou pela decima vez em meio à risada.

–Eu já falei Black! Eu não tenho medo de altura! Eu tenho medo que esse negócio abra e eu me esborrache no chão!- Lene respondeu com a voz abafada por seu rosto se encontrar contra o peito de Sirius.

–Calma Lenizinha!- Sirius disse- Pare de ser tão pessimista! A probabilidade do que você acabou de dizer realmente acontecer é quase nula.

–Mesmo assim! Quase nula não é nulo o bastante para mim!- Lene murmurou manhosa.

–Ei, olhe para mim. Olhe para mim.

Lene, a contra gosto, levantou a cabeça apenas o suficiente para encarar os olhos de Sirius.

–Quê?- perguntou a garota.

–Olha para baixo.

–QUÊ?- a morena perguntou assustada.

–Confie em mim, olhe para baixo, você não vai se arrepender- Sirius alisou a bochecha de Lene.

Marlene se arrepiou toda e resolveu atender ao pedido de Sirius. Ela levantou mais a cabeça e devagar olhou para baixo.

–Uau! Q-que lindo- sorriu.

–Você sabe o que essa vista me lembra? Aquelas montanhas lá trás, a visão do alto...

–O dia que fizemos trilha aos 12 anos- Sirius sorriu, indicando que ela acertara- Eu, você, James e Remus fomos com o guia fazer a trilha enquanto as meninas e Frank ficaram no acampamento. Ficamos mais de 8 horas andando, não sei como não fiquei anêmica de tanto sangue que perdi para os mosquitos.

Sirius riu do drama da menina.

–Se lembra de quando chegamos ao topo do penhasco? E vimos tudo ao nosso redor? A cachoeira ao oeste, a paisagem verde... Quando eu olhei para o lado te vi com os olhinhos brilhando, toda suada e sem ar por cansaço. Foi naquele momento que eu percebi realmente quão linda e especial você era.

Marlene sorriu e beijou Sirius, sem nem se importar mais em cair do brinquedo. Sirius correspondeu à altura, e o beijo foi ficando mais quente até que a roda gigante voltar a rodar, fazendo Lene interromper o beijo e gritar, voltando a se agarrar a Sirius enquanto ele ria.

Ao descerem da roda gigante Lene se encontrava abraçada a Sirius, ambos sorrindo de orelha a orelha. Ela nunca admitiria, mas ficara encantada com o que ele lhe dissera minutos atrás. Não era a toa que metade das meninas de H.H.S. se encontrava apaixonadas por ele, ele sabia mesmo como ganhar o coração de uma, ou de várias, garotas.

Não que o coração de Lene fora tomado por Sirius, ele ainda continuava batendo normalmente dentro de seu peito. Ela sabia que o que eles tinham era só um relacionamento aberto, onde ambos se divertiam. Sem pressão, sem ciúmes.

Enquanto isso Alice e Frank se encontravam já saindo, suados, do carrinho de bate-bate. Ela tinha caçado determinadamente o garoto no brinquedo, mas ele só fazia se defender, nada de ataca-la.

Ali suspirou e se encostou a uma árvore.

–Uau! Isso foi muito divertido!- ela sorriu para Frank e ele concordou também sorrindo- Uau duplo! Frank sorrindo para mim de novo? Chuva de meteoros em 3...2...1...

–Há Há!- ele riu debochado.

–Mas é sério, desde que você começou a namorar aquela fulana, nem fala direito comigo- o menino percebeu a magoa nas palavras ditas com nojo por Ali.

–Bem, ela é minha namorada, é normal eu passar mais tempo com ela do que com você!

Ali sorriu enquanto soltava o ar.

–Eu posso lhe fazer uma pergunta?

–Claro- Frank respondeu.

–Por que você disse que gostava de mim em um dia e no outro começou a namorar? Quero dizer, você meio que mentiu para mim porque não tem como você gostar de mim e começar a gostar de outra pessoa do nada.

Frank olhou dentro dos olhos de Ali.

–Se eu bem me lembro você disse que não queria nada comigo. E eu não quis ficar na fossa, segui em frente Ali... Você não pode ousar presumir que eu menti para você sobre o que eu sinto!

–Claro, o bom e puro Frank nunca mente. É óbvio que você me enganou garoto!- Ali começou a andar- E pensar que...

–E pensar que o quê?- Frank segurou o braço dela, fazendo-a se virar abruptamente.

–Nada- ela disse nervosa com a proximidade dos dois.

–Sonanclair, fale- Frank disse em tom de ordem.

–E pensar que eu quase caio nessa sua mentirinha idiota. Mas no fundo os garotos são todos uns babacas mesmo! Como se você fosse ser diferente- ela mentiu na defensiva.

–Eu não sou igual a todos os garotos.

–Claro que é!- gritei me soltando dele- Você se declarou e começou a namorar logo em seguida!

–Você que me cortou!

Alice cerrou os dentes. Ela percebeu que Frank estava suando de raiva e tinha os punhos cerrados.

–Eu te odeio- ela falou e se virou, mas pisou em falso e teria caído no chão se não fossem os reflexos rápidos de Frank.

A proximidade de antes não era nada se comparada a de agora.

–Eu é que te odeio- Frank disse antes de beija-la.

O beijo foi suave, fofo e calmo. No estilo de Frank, mas com momentos de fogo que Ali representava. Quando se soltaram, testa contra testa, Alice estava ofegante.

–Eu te odeio mais- Alice sorriu recuperando o ar.

Frank riu e ajudou Ali a se levantar.

–E agora?- ele perguntou.

–Agora o que?

A cara de impaciente que Frank abriu fez Ali rir.

–Agora não sou eu que estou comprometida com outra, eu sou desempedida- Ali sorriu.

–Não seja por isso, termino com ela hoje no jantar- Frank puxou Ali para outro beijo, mais um de vários.

Já Dorcas e Remus não estavam se declarando como Marlene e Sirius, ou se beijando como Alice e Frank, mas estavam se dando bem.

Estavam sentados no balcão da barraquinha de doces, ombro batendo no ombro do outro.

–Por favor, para!- Dorcas se contorcia no banquinho de tanto rir, tinha um panda gigante embaixo de um dos braços, dado por Remus que tinha ganhado o brinquedo em uma das barraquinhas do parque e na mão do outro braço a menina tinha um algodão doce pela metade- se você continuar me fazendo rir tanto eu vou ter um ataque cardíaco no meu pulmão!

–Quê? Ataque.Cardíaco.No.Meu.Pulmão?- Remus perguntou pausadamente, com um sorriso no rosto. Ele sentia falta de passar um tempo a sós com Dorcas e de ouvir as bobagens que a garota sempre falava, como a que ela disse agora.

–Ai, desculpa seu nerd!- ela disse séria e depois não se aguentou e começou a rir, sendo acompanhada por Remus.

Uma mexa de cabelo caiu nos olhos da menina, mas ela tinha as mãos ocupadas. Dô tentou soprar a mexa para fora de seu campo de visão, mas não deu certo. Foi quando uma mão masculina pegou a mexa e colocou atrás de sua orelha.

–Eh...- ela umedeceu os lábios- Obrigada.

–Claro- Remus corou e se afastou.

–É tão bom, sabe... Você e eu aqui, rindo, brincando, quase como antigamente- a menina sorriu.

–Eu sei, sinto o mesmo. Mas quem vive no passado é museu, vamos viver o presente- Remus bebeu um gole do seu refrigerante- Mesmo que no presente você me odeie.

–Eu não tenho mais raiva contra você- Dorcas mordeu a bochecha por dentro.

–Como?-ele olhou surpreso para ela.

–Sabe... Eu conversei com Lily e Lene, e percebi que talvez você é quem não esteja pronto para me contar o que você vem me escondendo, você acha que está me protegendo mas está se auto preservando. Eu não fico chateada em ser sua desculpa para não falar de seus problemas, mesmo, mas quanto você estiver pronto para falar... Eu vou estar aqui, pro que der e vier- ela colocou o algodão doce no balcão e segurou a mão dele.

Se ao menos ela soubesse. Remus pensou quando Lily apareceu descabelada.

–Oi!- ela sorriu e abraçou a amiga por trás.

–Hey!- Remus puxou a mão de baixo da de Dorcas.

–Você está só?- Dorcas perguntou.

–Na verdade sim, eu queria ir à montanha russa e Marie não podia então James ficou com ela e eu fui mesmo assim.

–Uau!- Dô murmurou- essa é minha garota independente.

–Enfim, estou a fim de ir para a casa mal assombrada, alguém me acompanha?- perguntou a ruiva.

–Na verdade eu tenho medo...- Dorcas admitiu.

–E eu não acho prudente deixar essa sua amiga louquinha sozinha por ai- Remus sorriu.

–Tudo bem! Vou indo- Lily beijou a bochecha de Dorcas e sussurrou depois- Quero detalhes mais tarde- e acrescentou mais alto- Tchau.

–Tchau!- eles responderam.

A casa mal assombrada era do outro lado do parque, Lily achou melhor cortar caminha pela margem do lago. Foi quando ela viu...

POV Lílian Evans

De inicio não consegui processar o que vi. Simplesmente parei. Parei e fiquei lá, olhando. Era como se tivesse perdido meu chão. Pensei em sair dali, mas minhas pernas não respondiam aos meus pensamentos, pareciam estar entorpecidas.

Se eu deveria chorar? Se eu deveria gritar? Provavelmente sim. Quero dizer, eu amava James, disso eu tinha absoluta convicção. Mas não sentia vontade de expressar minha tristeza, sempre fui boa em guarda-la para mim mesma.

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“Eles tinham que ficar juntos, será bom para o bebê”, era minha mente falando, mas no fundo do meu coração, era o homem da minha vida beijando minha irmã. Sim, eu terminei com James, mas apenas porque eu estava em choque por saber que ele seria pai do filho da minha irmã e antes de terminarmos ele disse me amar, disse que ia esperar por mim!

E esse beijo tinha sido um tap na cara, a promessa de que voltaríamos a ficar juntos já não tinha valor algum. Mesmo que eu o quisesse de volta, mesmo que eu sentisse falta de seu beijo não fazia mais diferença.

O melhor será eu seguir em frente sem olhar para trás. Não podia, nem queria me sentir apaixonada por James Potter. Eu lutaria contra esse sentimento com todas as minhas forças.

Está na hora de mudar. Está na hora de uma nova Lílian Evans. E pouco me interessa o que meus amigos, ou James, vão pensar sobre essas mudanças.

Me virei e voltei por onde tinha vindo. Caminhei em meio ao parque ainda indo em direção a casa má assombrada quando trombo em alguém e caio no chão.

–Meu deus! Me desculpa!- a pessoa fala e me levanta.

–Não, tudo bem. Eu é que não prestei atenção por onde andava- disse limpando minha roupa.

–Não, a culpa foi minha. Mil perdões.

Quando levantei a cabeça e meus olhos se encontraram com os olhos da pessoa fiquei surpresa por serem os olhos dele.

–Você?- falamos ao mesmo tempo.