SAKURA

Nunca em toda a minha vida pedi para que o final de semana acabasse, e o motivo era que eu não estava aguentando mais ficar trancada no quarto estudando. Depois de tantas horas com a cara nos livros eu estava me sentido uma Einstein.

Sério, se eu não tirar uma nota boa nessas recuperações eu juro que eu iria largar a escola e viver para sempre do dinheiro do meu pai. Bom, eu já vivo do dinheiro dele, mas... acho melhor deixar quieto.

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Acordei ao som do meu despertador, tirei a minha máscara dos olhos e saí da cama e fui em direção ao meu banheiro. Fiz minha higiene matinal e tomei um banho quente e logo estava de volta no meu quarto. Coloquei meu uniforme escolar, penteei meus cabelos e os deixei soltos, fiz uma maquiagem básica no rosto e passei um batom rosa-claro nos lábios. Olhei minha imagem no espelho e gostei do resultado, eu estava perfeita, típico para quem vai aprontar, pois não podemos passar a imagem de que vamos aprontar.

Peguei minha mochila e desci as escadas, deixando-a no sofá e fui para sala de jantar. Papai já estava sentado à mesa lendo o seu jornal como todas as manhãs. Não entendia o que ele achava de interessante em ler jornal, pois não havia nada de importante, a não ser a página de signos e os jogos de sete erros, e não deixando de lado à revistinha de celebridades que continha o resumo das novelas e os filmes que iriam dar no cinema durante a semana.

Diante disso, nada de importante havia em um jornal.

— Bom dia, papai - o cumprimentei, me aproximando e dando um beijo em sua bochecha.

Ele tirou seus olhos do jornal para me fitar e sorriu.

— Bom dia, minha princesa.

Sentei-me em meu lugar, vendo uma das nossas empregadas servir à mesa. Olhei o lugar vago a minha frente e dei por falta da cacatua.

— Papai, o Sasuke não vai descer não? - Perguntei, não que eu tivesse interesse naquele ser fazendo as refeições com a gente, eu só achei estranho ele não está presente, ou ter se atrasado.

— Sasuke saiu mais cedo para a faculdade, tinha um trabalho e ou algo parecido.

— Ah.

Menos mal, pelo menos a minha manhã começou maravilhosa por não ver a cara daquele ser asqueroso.

Tomamos o nosso café da manhã em silêncio e papai se ofereceu para me levar para a escola. Eu não via a hora de poder dirigir meu carro, mas eu tinha que esperar pela prova final na autoescola que estava marcada para daqui a algumas semanas.

Papai me deixou na escola, saí do carro, dando outro beijo na bochecha dele. Caminhei pelo pátio recebendo alguns olhares de admirações de uns garotos do terceiro ano, e olhares invejosos de garotas ridículas que venderia a própria alma para ser eu.

Fazer o que se eu era poderosa.

Não demorou e vi Ino e Hinata sentadas no banquinho branco debaixo da árvore. Ino foi a primeira a me ver e sorriu.

— Adorei a tiara do seu cabelo.

Thank you. — Sorri de lado piscando para ela.

— Olá, Sakura. - Disse Hinata que agora me fitava.

— Olá, meu amor. - Sorri mais e sentei-me no meio das duas. Olhei para Ino. - Cadê as falsificações?

— Primeiro, respire e depois me cobre. - Disse Ino, abrindo o bolso de sua mochila.

— Não tenho muito tempo, porca, isso é o meu passe para passar de ano.

Ela tirou os papéis e me entregou. Averiguei a escrita falsificada de Gaara e...

— Caraca, Ino, Gaara é um verdadeiro meliante. - Estava impressionada com o dom do namorado da minha amiga. Eu sabia que Gaara era bom em falsificar as coisas, mas eu não sabia o quanto.

— Meu namorado é um máximo - ela sorriu, se sentido.

Revirei os olhos e guardei os bilhetes na minha mochila.

— Como nós vamos fazer isso, Sakura? - Perguntou Hinata. - Você sabe, colocar esses bilhetes? Ainda estou confusa.

Ergui meus olhos para ela.

— Depois da hora do recreio, você vai fingir que está passando mal - comecei falando com mais calma o meu plano. - Eu e a Ino vamos levar você à enfermaria. Hinata você tem que ser uma boa atriz e fingir muito bem, pois eu vou precisar de tempo para entrar na sala dos professores.

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Ela assentiu, agora entendendo.

— Tá legal, entendi.

— Mas, Sakura, será mesmo que vai dar certo? – Ino perguntou, atraindo a minha atenção. - A Kurenai é tão sem graça, sabe, aquelas roupas largas de velha que ela usa, a mulher nem solta os cabelos!

— Ino, vai dar certo. E enquanto a aparência dela, isso é o de menos - sorri. - Nós estamos aqui para isso.

Ino arqueou a sobrancelha loira.

— Você está sugerindo que transformemos a professora Kurenai?

— E por que não? - Questionei. - Se você não percebeu, a Kurenai tem um rosto bonito, ela só não sabe disso.

É claro que eu havia percebido o quanto Kurenai era bonita, não chegava a ser uma musa ou uma deusa, mas ela tinha o seu valor, só estava oculto.

— Se você diz. - Ino deu de ombros.

O sinal tocou, fazendo nós três nos levantarmos do banco e ir para dentro do prédio. No meio do caminho ouvimos a voz de Gaara chamando a Ino, e a minha amiga foi até ele abanando o rabo como sempre.

Apenas revirei os olhos pela atitude de Ino ser tão submissa e entrei na sala com Hinata ao meu lado.

As aulas se passaram chatas e tediosas como sempre, fiz a maldita prova de recuperação do professor Asuma, que para mim estava horrorosa como sempre. Mas eu fiz um monte de promessas com todos os santos que eu imaginava que existia para me ajudar, que em troca eu ficaria um dia sem comer doce. Uma promessa justa, eu acho.

Duas aulas se passaram e a última antes do intervalo foi a de japonês com a professora Kurenai. Ela estava... como vou dizer... ridícula com aquelas roupas. A saia da cor cáqui era grande de demais, larga demais, sem contar no blazer aberto fazendo conjunto com a saia da mesma cor, era dois números maior do que ela deveria usar, sem contar que a cor era uma coisa totalmente fora de moda.

Quem nesse mundo usa uma roupa da cor cáqui?

É um verdadeiro horror.

Eu tinha que ajudar aquele ser, ela precisava de mim, e isso era fato. Sabia que Kurenai era uma pessoa legal, mas suas aulas eram muito chatas e entediantes. Não tinha como não sentir sono quando ela começava a explicar Colocação Pronominal, eu sentia vontade de entrar em coma.

Fiz a prova de recuperação de sua matéria, e só o fato dela ter dado a mesma prova como recuperação, havia ganhado alguns créditos comigo e a minha moral.

O sinal do intervalo tocou, fazendo aquela cambada de búfalos que eram meus colegas - principalmente os garotos - se levantaram todos de uma vez e correm para fora da sala como se a peste negra estivesse infestando o local.

Gente sem educação.

Terminei de responder o último questionário da prova de recuperação e me levantei da cadeira e fui até a sua mesa. Kurenai estava arrumando suas coisas, um pouco atrapalhada.

— Aqui, professora - ergui a prova para ela.

A professora ergueu seu olhar para mim e sorriu comprimido, pegando-a de minha mão e deu uma olhada rápida nas respostas.

— Respondeu direito?

— Eu acho que sim - disse baixinho.

Ela apenas assentiu com a cabeça e colocou a minha prova dentro de uma pasta, junto com algumas outras provas.

Voltei para o meu lugar e guardei os meus materiais. Ino e Hinata me esperavam na porta, apenas caminhei até elas e juntas saímos da sala. Descemos as escadas e entramos no refeitório que estava cheio, pegamos alguma coisa para comermos na bancada de alimentos e fomos para a nossa mesa.

Ficamos conversando banalidades do dia a dia, e o final de semana de Hinata. Ela disse que passou a manhã de sábado atendendo os clientes da padaria do seu pai enquanto seu irmão mais velho fazia entrega de pães pela vizinhança em sua bicicleta.

Ino contou mais uma vez como foi o jantar com os pais de Gaara, e mesmo eu dizendo que ela já havia dito, a safada disse que contar pelo telefone não tem a mesma emoção do que contar os fatos ao vivo, cara a cara com suas best friend forever.

O intervalo chegou-se ao fim e logo o sinal tocou, era agora que iremos colocar o plano em prática. Fizemos um pouco de hora no refeitório e quando já não havia mais ninguém nós resolvemos sair.

— Eu estou nervosa. - Comentou Hinata enquanto nós caminhávamos em passos lentos, deixando de lado o fato de que nós estávamos atrasadas para entrar na sala. Mas esse era o propósito, quanto mais atrasadas estivéssemos, mas as chances de a sala dos professores estar sem ninguém, pois os mesmos estariam dando a sua aula.

Ergui meus olhos para Hinata.

— Fique calma, agora é a sua chance de mostrar o quanto você é boa em dissimular.

Ela comprimiu os lábios.

— Mas acontecesse que eu não sou boa em dissimular.

Dei alguns passos rápidos e parei a sua frente, colocando minhas mãos em seus ombros.

— Hinata, todos nós sabemos dissimular, é só questão prática.

Hinata me olhava incerta.

— Tudo bem.

— Agora acho que está na hora de você colocar em prática o seu dom de atriz. - Disse Ino quando subíamos as escadas.

Hinata olhou de mim para Ino e assentiu. Respirou fundo, fechando os olhos e depois voltou a abri-los.

— Ai meu Deus, que dor! - Hinata disse alto o suficiente com um drama digno de um óscar.

Sorri olhando para Ino, que sorria malandra de volta para mim.

— Hinata, o que foi? - Perguntei, entrando no contexto da cena.

Mesmo o corredor estando vazio, poderia ter alguém olhando, e meu plano tinha que está perfeito.

— A minha vesícula está doendo, eu vou morrer! - Ela gritou, fazendo uma careta, colocando sua mão na barriga.

— O que é vesícula? - Perguntou Ino confusa.

— Ino!

— Ah, tá. - Ela se recompôs depois do meu olhar de repreensão e se aproximou de Hinata que estava se contorcendo. - Hinata, vamos à enfermaria, você está ficando roxa.

— Me levem logo para lá que eu estou sentindo a presença da morte querendo me levar.

Ino e eu ficamos ao lado de Hinata e a ajudamos ir até a enfermaria, enquanto a mesma fazia um dramalhão, como eu nunca seria capaz de fazer.

Passamos reto pelo corredor das salas de aulas e fomos para o lado da enfermaria. A garota da secretaria se levantou da cadeira quando viu Hinata quase desfalecida nos meus braços e de Ino enquanto gemia de dor.

— O que ela tem? - Ela perguntou, parecia preocupada.

— Ela está com muita dor, estamos a levando para enfermaria. - Eu disse rapidamente soando meio que desesperada.

— Vão logo, e se precisar me avise para que eu chame a ambulância para levá-la ao hospital.

Apenas assentimos com a cabeça e não pensamos duas vezes para entrar no corredor onde queríamos.

A porta da enfermaria estava entreaberta, Ino abriu com o pé e entramos naquela sala branca com uma marca no meio, uma estante de medicamentos ao lado da janela e outros móveis que haviam lá.

Hinata continuava gemendo.

— O que houve? - A enfermeira Shizune apareceu, olhando a cena com a expressão preocupada.

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— A nossa amiga começou a passar mal de repente. - Respondeu Ino, enquanto levávamos Hinata até a marca e a desovamos lá.

Lágrimas escorriam em seu rosto, Hinata merecia um óscar de dissimulada do ano, confesso que nem eu conseguiria fingir tão bem como ela.

— Que dor. - Hinata gemeu dolorida enquanto mais lágrimas saiam de seus olhos.

Shizune se aproximou da marca e começou a examiná-la como uma profissional.

— Querida, onde dói? - Ela perguntou.

Hinata colocou a mão no ventre e disse com a voz chorosa, enquanto seus olhos estavam fechados:

— Minha vesícula está doendo.

Shizune franziu o cenho, confusa.

— Mas a vesícula fica um pouco abaixo da região torácica.

Hinata abriu um olhou. Eu e Ino nos entreolhamos com a gafe dela.

— Mas está doendo aqui, e a dor é infernal, enfermeira. - Ela soltou um grito com a mão ainda em seu ventre.

— Você deve estar com cólica. - Shizune comentou.

— Faça parar, eu estou sentindo que minha alma está saindo do meu corpo.

Ino me fitou.

— Vai logo - sussurrou para mim.

Aproveitei que a enfermeira estava com toda atenção em Hinata e seu drama “antes da morte” e saí da enfermaria.

Olhei os dois lados do corredor para averiguar se não tinha ninguém no local. Corri até a sala dos professores, que para a minha alegria, estava vazia. Olhei todo ao redor daquela sala enorme com mesa, sofás, uma rack com televisão e DVD, também havia um aparelho de som ao lado. Esses professores tem uma vida boa. Mas logo meus olhos pararam no que eu procurava.

Os armários deles.

Aproximei-me e procurei com os olhos pelos nomes Kurenai e Asuma. O armário de Kurenai estava para o meio, uma portinha com seu nome escrito. Tirei o bilhete comprometedor da barra da minha saia e enfiei dentro da abertura que ficava em cima da porta do armário dela, fiz a mesma coisa com a do Asuma.

Sorri. A primeira fase do plano concluída, agora só faltava à parte do encontro dos dois.

Saí da sala o mais rápido do possível, e já no corredor podia ver os gritos e berros de Hinata com o seu drama digno de uma estrela da Broadway

Entrei na enfermaria e a seguinte cena me fez arregalar os olhos. Hinata agora estava estrebuchando na marca enquanto cantava uma música de um idioma estranho. A enfermeira Shizune estava tomando um copo de água enquanto suas mãos tremiam e seus olhos estavam arregalados e presos em Hinata.

— Sakura, ainda bem que você chegou. - Disse Ino ao meu lado. - A Hinata está me dando medo, parece que está pegando algum tipo de santo.

Realmente Hinata estava dando medo, ela havia entrado no personagem de corpo e alma.

Ela estava atuando demais.

Aproximei de Hinata ainda sentindo receios de ficar perto dela, mesmo sabendo que era encenação, coloquei uma mão em seu braço.

— Hinata, já chega - sussurrei baixinho só para ela ouvir.

Aquelas palavras foram como um passe de mágica, pois ela relaxou o corpo de repente e abriu os olhos e me fitou.

Ufa, era só encenação mesmo. Por um momento eu pensei que o negócio tinha se elevado a outro tipo de nível.

— Sakura? - Ela perguntou, olhando com uma expressão confusa. - Onde estou?

— Na enfermaria.

Agora eu não sabia se ela estava atuando ou dizendo a verdade. Eu torcia pela primeira opção.

— Garota, você está bem? - Shizune estava afastada, sua voz havia saído trêmula.

Os olhos de Hinata voltaram-se para ela e em seguida sorriu.

— Eu estou ótima.

— Você... eu não entendo. - Shizune estava mais confusa do que nunca.

— Hinata, já que você está bem, que tal irmos para a sala? - Sugeriu Ino se aproximando com passos rápidos e agarrando o braço de Hinata e a fazendo descer da marca.

Olhei para Shizune enquanto caminhava com as meninas para a saída.

— Obrigada pela ajuda, Shizune - sorri amarelo.

— De nada. - Ela havia respondido lentamente e no automático com sua cara de poker face.

Quando já estávamos longe o suficiente da enfermaria e da secretaria, olhei para Hinata.

— O que foi aquilo lá na enfermaria? - Perguntei, fazendo a outra me olhar.

— Dissimulando - ela respondeu. - Eu fui bem?

— Até demais - respondi.

— Deu tudo certo lá com os bilhetes? - Ino perguntou, me fazendo fitá-la.

— Tudo ok, agora é só esperar a hora da saída.

Fomos para a sala e depois de explicar a situação do possível mal-estar de Hinata, o professor deixou a gente entrar.

Demorou muito para chegar ao fim daquele dia estudioso, e depois de horas sentada naquela cadeira dura o sinal tocou. Nunca fiquei feliz em toda a minha vida por sair daquela sala. Acho que pelo fato de eu me sentir ansiosa para espionar o encontro dos meus dois professores.

— Será que o Asuma vai a esse encontro? - Perguntou Hinata, enquanto nós íamos para o local marcado no bilhete que seria na área aonde ficava o chafariz.

Tinha que ser romântico, sabe?

— É claro que vai - eu disse. - Pelo que eu sei, o professor Asuma tem algum tipo de amor platônico pela professora Kurenai já faz tempo.

— Eu ainda não acho nada haver Kurenai e Asuma. - Comentou Ino. - Sakura, você já viu a quantidade de cigarro que aquele cara fuma?

— Isso vai ser um elemento a mais para a Kurenai, e acho que ela vai saber lidar com isso. - Respondi.

— Eu acho que não.

Franzi meu cenho.

— Ino, deixa de ser negativa...

— Meninas, eu acho que o professor Asuma já está esperando. - Comentou Hinata, fazendo eu e Ino parar de brigar e ficarmos escondidas numa pilastra de concreto.

Sorri.

— O que você disse mesmo, Ino? - Questionei ironicamente.

— Mas quem garante que a Kurenai vai ir?

Aff, vira essa boca maldita para lá. - Chiei, olhando Asuma esperando em frente ao chafariz, com a sua bolsa-pasta verde-musgo de lona no seu ombro direito.

Não demorou e logo vimos à figura de Kurenai se aproximando, totalmente desengonçada. Nos braços estava uma pilha de papéis, pastas e livros, sem contar na bolsa fora de moda que ela carregava.

— Sakura, eu acho que você está certa em darmos um jeito em Kurenai. - Disse Ino olhando a figura feminina que se aproximava de Asuma.

Asuma percebeu sua presença quando acidentalmente ela tropeçou em algo invisível, mas por pouco não foi ao chão, mas os papéis e pastas não tiveram a mesma sorte.

— Cara, isso é digno de pena. - Ino disse dando um tapa em sua testa.

— Ino, cala boca. Esse pequeno acidente foi até bom - eu disse. - Olha o professor todo cavalheiro ajudando ela?

Asuma agora estava agachado de frente para Kurenai e a ajudava com suas coisas enquanto sorria e dizia algo, que pela distância onde estávamos não podíamos escutar, mas parecia que Kurenai ficou sem jeito.

— Acho que eles estão interagindo. - Comentou Hinata ao meu lado.

— Com certeza.

Ficamos um tempo fitando o mais novo casal de Konoha, e sorri diante do meu plano estar indo de vento em polpa.

Ajeitei meu corpo de trás da pilastra, atraindo a atenção das duas para mim.

— O que foi? - Perguntou Ino.

— Vamos embora.

— Você não vai ficar para ver o resto? - Agora foi Hinata quem perguntou.

— Não, amanhã nós veremos os resultados.

As duas concordaram e me seguiram pelo caminho por aonde viemos, tomando todo o cuidado para que os recém-pombinhos não nos víssemos.

Agora só faltava eu averiguar amanhã como andava a situação dos dois e sorrir para a vida em seguida, pois minhas notas boas no final do bimestre estavam garantidas.