Edward Cullen

Queria que as coisas fossem um pouco mais fáceis encarei a Isabella sem entender o que estava acontecendo, eu não fazia ideia do porque ela está fazendo aquilo eu tinha feito exatamente o que ela queria tinha conhecido as filhas dela eu fui e fiz o meu melhor então não fazia sentindo ter passado por toda aquela tortura para que ela terminasse comigo.

—Eu gosto de você de verdade, mas não dá para embarcar em uma relação agora. Eu tenho quatro crianças, que ficou estampado na sua cara durante todo o jantar o quanto é demais pra você.

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Eu a interrompi:

—E você vai terminar comigo por causa daquelas coisinhas. —So quando ela reagiu que eu percebi o que eu tinha dito.

—Aquelas “coisinhas” são a minha vida. —Ela quase cuspiu em mim quando repetia meu termo nada carinhoso. —Eu mataria por elas. —Olhei pra ela assustado. —Olha essa sua reação é claro que é demais pra você eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes.

—Isabella eu não sou o James. —Me doeu verdadeiramente que ela me compara com aquele homem eu sabia o quanto ele tinha sido um merda com ela e não era justo ela me comparar com ele, eu podia ter os meus defeitos, não eram poucos eu reconhecia, mas eu não era que nem ele.

—Eu sei. —Ela parecia um pouco culpada. Não resisti e me aproximei dela pegando a mão dela foi o máximo que eu consegui chegar.

—Nos podemos dar um jeito nisso e fazer dá certo.

Ela suspirou e me encarou. Seus olhos escuros brilhavam tentando conter a emoção, eu via como aquilo era difícil para ela e me fez relaxar. Se ela apenas tivesse cem por cento convicta da sua decisão eu sabia que seria quase impossível dissolve-la da ideia, mas a confusão brilhava nos olhos dela. Eu tinha tido quase trinta anos para me apaixonar e eu não queria apenas deixá-la ir sem ao menos lutar.

—Para fazer isso dá certo eu preciso que você me deixe saber exatamente o que você acha das minhas filhas e como podemos fazer isso dá certo.

Foi a minha vez de dá uma afastada dela não sabendo como reagir, eu não podia dizer a ela a verdade não se eu quisesse manter ela ali.

—Pode abandonar essa estratégia que você esteja tentando eu quero a verdade não vamos conseguir construir nada sobre mentiras.

Odiava quando ela tinha razão. Nenhum relacionamento sobreviveria a mentiras.

—Não gosto de crianças Isabella, não gosto mesmo. —Ela mordeu os lábios, mas se manteve em silêncio esperando. —É uma coisa que eu compararia a tortura.

—Eu tenho quatro. —Ela estava se controlando. —O que você sugere que eu faço com elas?

—Pensei que podíamos pagar um bom colégio interno, existem alguns maravilhosos e eu tenho certeza de que elas serão muito bem tratadas.

Ela gargalhou na minha cara e eu não precisei de mais nada para ter certeza de que eu tinha falado merda. Eu devia apenas ter insistido que conseguiríamos e não dado nenhuma opção, era tudo muito recente e eu percebi que aquele era um péssimo momento para meio que deixar claro que seria eu ou elas, porque era evidente que eu não tinha nenhuma chance e com toda certeza eu só percebi isso naquele momento.

—Você está completamente fora de si se acredita que isso é possível e pior ainda com essa sugestão estúpida só mostra o quanto você não me conhece. Agora é sério não podemos continuar com isso nunca vamos ter um relacionamento de verdade. Eu não tenho o direito de exigir de você o impossível e não é justo que você exija o mesmo de mim. —Ela chorou e aquilo me desestabilizou eu já tinha a breve consciência de como as mães viam os filhos, mas era diferente testemunhar aquilo. Eu me sentia mal em ver que eu era o responsável pelas lágrimas dela e a frase final dela fazia sentindo.

—Espero que podemos apenas continuar sendo colegas de trabalho. —Falei sentindo algo se partir naquele momento, mas como ela mesmo tinha me pedido eu não podia pedir a ela o impossível.

—Claro que sim.

Ela se aproximou de mim, e sem pena nenhuma do meu coração que ela tinha acabado de transformar em pedacinhos, se encostou em mim em um claro sinal de despedida e ficou na ponta dos pés e me beijou. O beijo em cada nota tinha o tom e o gosto de despedida. Não resisti e puxei ela para mais perto aprofundando o beijo. Se era para se despedir que fizéssemos direito. Eu tinha a sensação de que poderia ficar beijando ela por todo o tempo que eu jamais cansaria. Mas ela se afastou quando as coisas ganhavam forma e me direcionou um sorriso triste.

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—Obrigada pelos bons momentos.

Não esperou nada de mim e saiu fechando a porta me deixando sozinho com a bagunça que ela tinha causado. Como eu tinha sido estúpido em apenas jogar toda aquela merda sobre ela quando eu sabia, porque sim eu sabia o que a minha frase causaria e no fundo talvez eu apenas tivesse expectativa de que ela me escolheria, só que naquele meio eu devia saber que jamais seria a primeira opção dela.

Sem pensar muito me virei jogando uma pasta que estava em cima da minha mesa no chão. Observei os papeis flutuando no ar e tocando o chão delicadamente e quis me socar pela bagunça que eu tinha provocado aquilo só faria com que eu tivesse que recolher tudo e reorganizar, mas trabalho o que naquele momento eu não precisava.

Fechei os olhos com força, levei a mão ao nariz apertando delicadamente querendo me acalmar. Não fazia ideia do que fazer. A única coisa que eu conseguia pensar era em correr atrás dela implorando por perdão e pedindo outra chance, eu podia procurar algum lugar que me ajudasse a interagir com aquelas coisinhas sem me sentir mal – devia ter algum lugar assim. Quebrar a sala toda (o que eu tinha vontade de fazer naquele momento não me traria paz).

Nunca fui de agir com a cabeça quente então peguei minhas coisas pessoais e sai da minha sala, precisava ir para casa. Dormir até amanhã me ajudaria a colocar os pensamentos em ordem e decidir qual era o melhor caminho a seguir.

—Filho. —Encontrei meu pai assim que sai da sala, fechei a porta para que ele não visse a bagunça que eu tinha causado e que deixaria para segunda. Eu podia ser filho do chefe, mas era tratado com mais rigor do que qualquer outro ali.

—Sim?

—Aconteceu alguma coisa? —Sua expressão mudou para preocupada. Minha mãe sempre dizia que eu era um livro aberto e que me ler era muito fácil.

Direcionei a ele o melhor sorriso que eu consegui.

—Apenas estou com um pouco de dor de cabeça. —Não queria que ele soubesse o que tinha acabado de acontecer. Não precisava do meu pai sabendo que eu tinha sido dispensado pela minha própria babaquice.

—Okay mais antes eu preciso dos detalhes do projeto da Slayver. —Fechei os olhos realmente sentindo minha cabeça doer. Os detalhes do projeto estavam naquele exato momento espalhados pelo chão da minha sala e se ele visse aquilo eu com certeza teria que ouvir um terrível discurso que naquele momento só não dava.

—Eu preciso decidir alguns outros pontos antes. —Na verdade já estava tudo decidido e caminhando a passos rápidos, eu queria aquele projeto e não deixaria ele dá para a Isabella. Sim, naquele ponto eu era um “filha da puta” mimado que não sabia dividir (okay, em muitos pontos eu era um “filho da puta” mimado), mas poxa antes dela chegar ali era obvio que um projeto como aquele seria meu e agora eu tinha que me esforçar o triplo para competir com ela e suas inovações brilhantes.

—Edward o projeto não é só seu e eu quero ver as mãos da senhorita Swan nele. Vocês sozinhos são ótimos, mas juntos não a descrição.

Ele podia falar aquilo pra ela né e assim talvez ela reconhecesse que devia ter algo que podíamos fazer a respeito do nosso problema. Não era que eu não a deixaria trabalhar no projeto eu já iria passar pra ela só que eu tinha feito uma coisa magnífica que não importava o quanto ela mexesse eu também brilharia.

—Eu sei. Segunda sem falta o projeto e os detalhes estarão na mesa dela.

—Okay. —Ele claramente não estava nada contente ele odiava quando as coisas não saiam do jeito dele – eu tinha puxado isso dele. —Boa noite filho.

—Boa noite pai.

Passei por ele pronto para ir até a minha secretária solicitar que ela avisasse que eu não queria ninguém na minha sala, principalmente o pessoal da limpeza – imagina o problema que eu teria se os papeis fossem todos para o lixo.

—Sua mãe vai convidar você para um almoço em família no domingo. —Acenei um positivo não que eu fosse, mas era bom que ele tivesse me alertado assim eu teria um tempo para preparar uma boa desculpa quando ela ligasse. Nada contra a minha família, mas naquele momento eu precisava de um momento longe da definição de família feliz.—Você está muito mal humorado, está precisando transar essa sua dor de cabeça vai passar rapidinho. —Revirei e não contive um sorriso, sim transar seria uma excelente alternativa para o meu problema, principalmente porque significaria que eu e a Isabella estávamos de bem – ela era a única pessoa que eu queria transar ultimamente, ela me completava de uma forma tão perfeita.

Cheguei à mesa da minha secretária e estava completamente vazio, o que era bem comum eu não fazia ideia do que acontecia que a Jessica apenas sumia toda vez que era necessário a presença dela e isso já estava ficando chato.

—Sua secretária precisa ser chamada atenção por essas ausências. —Meu pai tinha me alcançado rápido. Ninguém era mais ativo na construtora do que ele. Vivia caminhando pelos corredores, opinando em projetos e odiava portas fechadas eu era o único que desafiava essa “regra” – os privilégios de ser filho do dono, e quando ele cismava ele ia até as obras. Acho que isso era saudades do seu tempo de brilhar, hoje em dia ele se limitava a pouquíssimos projetos (tinha que ser algo que realmente despertasse o interesse dele) e como ele ficava sem nada pra fazer gostava de ficar abelhando o trabalho dos outros e se ele que era a pessoa mais tranquila em relação aos funcionários estava falando quem era eu para discordar.

—Eu já chamei a atenção dela. —Muitas e muitas vezes.

—Então você precisa ser um pouquinho mais firme. —Ele não diria com todas as letras, mas estava ali nas entrelinhas o claro “demita-a”.

—Segunda-feira eu resolvo isso agora preciso ir para casa. —Dei um tapinha no ombro dele.

—Você não vai esperar a Isabella?

Balancei a cabeça negando, tinha demorado para ele perguntar dela.

—Brigaram?

—Você é muito curioso pai. —Eu disse e nesse momento o elevador parou no meu andar abrindo as portas e lá dentro estava minha secretária, Jessica. Antes que ela saísse eu sinalizei um adeus para o meu pai e foquei na minha secretária. —Jessica pode me acompanhar até o térreo.

Os olhos dela se arregalaram, mas ela permaneceu dentro da caixa de metal me aguardando, possivelmente já sabia o que eu queria com ela.

—Senhor Cullen eu sei que não estava no meu posto de trabalho, mas a senhorita Swan estava chorando eu acompanhei até a garagem querendo garantir que ela estava realmente se sentindo bem. —Eu simplesmente parei com a revelação dela, ela parecia contida e decidida enquanto falávamos mais cedo. Saber que foi tudo um disfarce me fez me socar, eu costumava ser um namorado mais atento com as minhas ex – aquelas que não mereciam e com ela que realmente eu tinha a certeza de que era a pessoa certa eu estava fazendo tudo errado, parecia um menino completamente despreparado que não sabia tratar uma mulher.

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—Ela ficou bem? —Não contive minha curiosidade.

—Não sei. —Deu um suspiro frustrado, no quesito se meter onde não era chamada ela e meu pai disputavam de forma bem acirrada sobre quem se metia mais na vida dos funcionários daquela construtora. O meu pai tinha até uma razão justificável, era a empresa dele, mas ela era apenas pela curiosidade mesmo e aquilo ficou bem evidente quando ela curiosamente me questionou.

—Vocês brigaram?

Passei a mão pelo cabelo irritado. Só podia estar ficando louco em dá confiança para a Jessica e sua curiosidade, amanhã eu e a Isabella seriamos o assunto por ali.

—Jessica eu entrei nesse elevador com a tarefa de demiti-la. —Observei detalhadamente ela receber a informação. Seus olhos saltaram do rosto de uma forma exagerada, talvez (só talvez) ela não parecesse surpresa com a possibilidade e com o histórico dela ficava tudo mais compreensível. —Só que eu não estou com cabeça para isso e pela primeira vez sua justificativa para ausência foi boa. —Não menti. —Então se você quer manter seu emprego aconselho-a se manter mais focada em sua função e que me avise quando precisar se ausentar.

—Eu sinto muito senhor Cullen. —Ela parecia saber que mais desculpas não funcionariam naquele momento.

—Não sinta apenas foque em sua função a partir de agora. —Ela assentiu. A pesada porta se abriu no estacionamento. Contive a porta e me voltei a ela lembrando da bagunça da minha sala. —Suba e garanta que minha sala permaneça vazia, nem mesmo a limpeza eu quero lá dentro e só volto segunda.

—Okay. —Sabia que podia contar com a descrição dela naquele quesito com toda a coisa da curiosidade incontida eu nunca tinha sequer desconfiado que ela fuxicasse na minha sala ou na sala de qualquer outro, o contrato de confidencialidade a deixava sempre no limite do que podia ou não ser dito, normalmente ela se apegava a fofocas pessoais e nada relacionado ao trabalho era repassado nem mesmo entre setores. Não devia ser tão interessante assim fofocar sobre projetos. Apenas por ela ter cuidado da Isabella, mesmo que fosse mais querendo algum detalhe para fofocar, tinha ajudado ela com mais única chance eu não seria mais tão bonzinho na próxima vez.

Agora o que eu precisava era ir para casa e colocar minha cabeça em ordem, para conseguir decidir qual seria o melhor caminho a seguir. Como eu faria para desfazer a merda que eu tinha feito e principalmente eu queria conseguir de alguma forma entender o que era aquela confusão dentro de mim, aquela confusão que estava me fazendo considerar o inconsiderável e pior ainda desejar ser diferente do que eu era e do que eu sempre me senti confortável sendo.

[Cont...]