Edward Cullen

Encarei a porta na minha frente tentando me convencer do por que eu está ali, eu amava a Isabella, mas será que valia a pena enfrentar aquilo tudo? Eu estava entrando naquilo com a convicção de que depois de casados eu conseguiria dispensar as crianças para uma escola interna em que só precisaríamos ver uma vez ao ano e mesmo que o Emmett não achava que ela fosse topar isso, eu preferia pensar ao contrário. Sabia que tinha um poder de convencimento e iria usar ele o máximo que eu conseguisse para convencer ela.

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Meus olhos voltavam a porta do apartamento dela buscando coragem para apertar a campanhinha, não é que eu tivesse medo daquelas crianças na verdade eu tinha pavor de qualquer ser que tivesse menos de quinze anos. Crianças eram seres barulhentos, sujos e que necessitavam de alguém pra tudo. Por mim eu simplesmente criaria um espaço e colocaria esses seres até que eles pudessem finalmente conviver com a sociedade.

Olhei pra mim mesmo através de um longo espelho que estava ali, qual é? Eu era Edward Cullen e não iria ficar com medo de crianças. Repetindo pra mim mesmo que eu conseguiria fazer aquilo e torcendo pra que a Isabella tivesse conseguido adestrar bem aquelas criaturas para que elas não me atacassem eu toquei a campanhinha.

Um, dois, três, quatro, cinco e a porta foi aberta por um minúsculo ser, ela não alcançava nem a minha cintura.

—Quem é você? —Ela perguntou mantendo a porta semi-aberta, ela balançou seus cachinhos vermelhos pra mim.

—Meu nome é Edward, sua mãe está? —Perguntei. Não doeu nada falar com ela, viu até ali estava sendo fácil.

De dentro do apartamento eu ouvi alguém andando a passos duros e a voz da Isabella soou alto.

—Jujuba eu já não falei pra você não abrir a porta. —Gritos, eu nunca tinha visto em dois meses de namoro a Isabella gritar e era só colocar crianças na equação que a mulher calma que eu conhecia se transformava. —Oi Edward. —A encarei e toda a minha preocupação sumiu, pelo menos durante aqueles segundo. Em que ela me dava um sorriso envergonhado, os olhos brilhavam de expectativa e eu quis que aquele dia funcionasse apenas para não ter a possibilidade de decepcionar ela. —Entra? —Ela abriu a porta me dando espaço. Séria fácil, somente algumas horas e ela ia ficar feliz e eu ficaria livre dessa função pelos próximos meses até que ela me obrigasse a isso de novo. Dei um passo pra dentro do apartamento, o lugar era muito bonito e claro. Em nada se comparava a um ambiente feito para crianças e até onde meus olhos alcançavam tudo parecia está arrumado. Eu esperava menos.

—Edward essa é minha filha Julia. Julia esse é o amigo da mamãe que vai jantar com a gente hoje. —Ela explicou pra garotinha que me olhava, o semblante dela estava fechado e ela me avaliava com rigidez. Não era o tipo de olhar que eu esperei para uma criança. Quantos anos ela tinha a final?

—Olá. —Minha voz tremeu enquanto eu me obriguei a cumprimentar ela.

Antes de qualquer outra coisa meus olhos foram atraídos diretamente para uma menininha que estava a uns vinte passos do hall de entrada, ela se escondia na curva que separava o hall do outro ambiente e me encarava com evidente curiosidade. Ela era diferente da primeira garota, essa que estava distante tinha a pele tão branca quanto a Isabella, mas os cabelos eram em um tom muito claro de loiro, quase branco. O que conectava ela com a outra menininha eram os olhos azuis, extremamente claros. Ela devia ter um metro e dez ou menos e aparentava está muito assustada.

—Venha Valentina conhecer o amigo da mamãe. —Viu rebaixado para amigo. Isso sim doía.

Ela caminhou até mim como se aquela situação fosse tão ruim pra ela quanto era pra mim.

—Oi. —A voz de sinos me atingiu. Ela falou baixinho que se não fosse minha excelente audição eu nem teria conseguido ouvir.

—Oi. —Cumprimentei de volta. Eu estava muito sem graça e os olhares da primeira menininha ainda queimavam em mim deixando bem claro que minha presença não era bem vinda.

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—Jujuba vá até o Jacob e peça pra ele prender seus cabelos. —A segunda menininha se virou e saiu da sala de forma tão silenciosa quanto surgiu.

—Mas mamãe.

A Isabella olhou pra ela com uma cara que até chegou a me dar medo.

—Nada de mamãe Julia, vá agora. —A menininha saiu batendo o pé e resmungando seguindo a outra menina. Assim que ela sumiu da nossa vista a Isabella virou pra mim com uma cara de culpada. —Me desculpa por isso. Ela pode ser meio rabugenta no começo, mas é um amor de menina e faz isso pra ter atenção.

—Tudo bem. —Não estava nada bem àquilo só estava me ajudando aumentar ainda mais minha lista dos pros para colocar elas em uma escola interna. Não resisti e me aproximei dela beijando os lábios dela. A ultima vez tinha sido ontem depois do expediente quando eu dei uma carona a ela e agora eu precisa de bem mais do que um selinho de despedida. Minha língua adentrou a boca dela e ela me puxou pra mais perto aceitando a invasão antes de virar o rosto afastando a boca da minha.

—Temos crianças em casa. —Ela me lembrou e se afastou se recompondo. —Vem, vamos se sentar na sala. Segui-a pelo curto corredor que compunha o hall e chegamos a sala que eu julguei se de estar.

O apartamento dela era condizente com o salário altíssimo que meu pai pagava. Só a sala de estar demonstrava todo o requinte e luxo do ambiente.

—Quando que é a multa rescisória do seu contrato? —Brinquei, eu ainda não acreditava no salário que meu pai pagava a ela.

—Deixe de ser bebê chorão Edward e aceite que meu salário é duas vezes maior do que o seu. —Ela me provocou e sim o salário dela era realmente duas vezes a mais do que o valor do meu, duas vezes mais do que o salário de qualquer funcionário do ramo, ninguém ganhava como ela.

Meu pai conheceu o trabalho dela em uma de suas viagens a Londres. Ele simplesmente ficou apaixonado pela forma em que ela trabalhava e colocou na cabeça que ela teria que trabalhar pra ele. O difícil foi convencer ela do mesmo, no primeiro ano de negociação ela estava irredutível nenhuma das tentadoras propostas do meu pai eram suficientes para conseguir convencer ela a sair de Londres, mas quando meu pai ofereceu aquela quantia pra ter ela como funcionária da construtora ela simplesmente não viu como recusar. E desde o primeiro momento em que meus olhos encontraram ela eu tinha me apaixonado, clichê eu sei – nada mais babaca do que amor a primeira vista, mas foi exatamente assim que eu me senti quando fui apresentado a ela. Com o tempo trabalhando lado a lado eu apenas tive certeza de que a queria.

—Eu ainda preciso fazer uma redecoração, tem muito ainda da personalidade dos antigos donos, mas nossa mudança foi muito corrida e eu não consegui redecorar nada. —Justificou enquanto eu deixava meus olhos percorrerem o ambiente. Com certeza aquilo não combinava nada com ela, era o extremo da extravagância minimalista além de ser algo completamente estéreo, faltava vida pelo menos naquela sala. —Concentrei toda minha energia nos andares superior e preciso de um tempo pra cuidar daqui de baixo.

—Não podemos dizer que é feio. —E não era mesmo, todos os detalhes ali compunham um excelente mostruário daqueles que vemos em lojas o que tornava o ambiente muito pouco familiar.

—Feio não é. —Ela concordou olhando em volta.

—Você pode ficar um minuto sozinho que eu preciso ver se minhas meninas estão precisando de ajuda? —Balancei a cabeça conformado, sabia que se essas coisinhas continuassem por perto eu teria só o resto da atenção da Isabella a real atenção seria toda delas.

—Claro. —Respondi a contra gosto, na verdade o que eu queria dizer era obvio que não, eu quero que você me faça companhia e que elas se virem sozinha.

—Fique a vontade. —Ela se virou me deixando ali sozinho enquanto subiu as escadas.

Me encaminhei pra enorme sala e me sentei no sofá branco, aquela casa não parecia ter sido projetada pra crianças. A sala era clara demais, um excesso de branco em um estilo bem minimalista e moderno e aqueles seres com toda certeza não manteria assim, mas observando de perto eu conseguia ver na parede a minha frente uma clara marca de uma mãozinha na parede feita com alguma coisa preta que manchava. Nos moveis haviam rasbiscos de lápis que tentaram ser removidos, mas ainda estavam ali. O tapete tinha sido recentemente aspirado e mesmo assim era possível ver alguns farelos entre os pelo. Nem meu cachorro fazia tanta sujeira. Talvez eu devesse tentar usar o adestrador do scooby com aquelas coisinhas.

—Olá. —Tomei um susto e pulei do sofá ficando em pé encarando a pequena coisinha atrás do sofá, ela tinha um sorriso diabólico estampado no rosto. —Você é o namolado da minha mãe? —Mordi minha bochecha e encarei ela não sabendo o que fazer. Confirmar seria a melhor opção, mas eu não fazia ideia do que a Bella tinha dito sobre o nosso relacionamento a elas então optei por ficar com a boca fechada. —Nos não gostamos de você então vai embola. —Ela tinha um problema com o R e eu quase debochei disso, mas me contive buscando me lembrar as palavras do meu irmão ontem quando eu fui pedir socorro a ele. “Edward são apenas crianças deixe de ser frouxo.”

—Bom eu também não gosto de vocês estão estamos quites. —Nem pensei muito enquanto dizia a ela como eu me sentia. Ela arrumou seus óculos no rosto e eu podia jurar que os olhos dela se encheram de lágrimas, implorei aos céus que ela não começasse a chorar ali. Eu não sabia lidar com choro, de crianças muito menos.

—Vo conta tudo pla minha mãe. —Ela saiu correndo antes que eu conseguisse fazer qualquer coisa para impedir. Óbvio que se ela falasse qualquer coisa eu diria que era mentira, e seria bem evidente que a Isabella acreditaria em mim.

Antes de voltar a sentar no sofá eu olhei atrás para ter certeza de que não teria mais ninguém escondido ali pronto para me dar algum susto. Meus olhos foram atraídos para a parede completamente colorida, desenhos de lápis cobriam toda a metade da parede, onde o sofá escondia, que antes era branca. Alguns lápis, gizes e canetinhas estavam jogadas ao chão e um pincel. Realmente não existia nenhum tipo de adestramento ali. Peguei meu telefone pronto para mandar uma atualização do meu estado ao Emmett, ele tinha sido maluco de ter tido um filho recentemente então saberia me dar conselhos importantes para sobreviver aquela experiência, seria apenas alguns encontros até que eu finalmente conseguisse me casar com a Isabella e logo depois eu convenceria ela a colocar aquelas coisinhas em uma escola interna na qual elas só sairiam quando pudesse conviver em sociedade. Desbloquei o celular já tinha uma mensagem do meu irmão perguntando como estava tudo e alguns emoticons de gargalhadas, só ele para achar graça da minha desgraça.

—Edward? —Tirei meus olhos do celular e voltei a bloquear a tela deixando meu irmão esperando por mais um tempo. —Você disse pra Sophie que não gosta dela? —Coisinha fofoqueira.

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—Você já viu o que ela fez atrás do sofá? —Mudei de assunto. Não queria que houvesse mentiras no nosso relacionamento.

—O que ela fez? —Se inclinou sobre e viu o que eu dizia. Assim que viu o tamanho do estrago causado na sua parede pela coisinha de um metro ela gritou me dando outro susto. Aquela com certeza não era minha namorada, minha namorada não ficava com raiva e muito menos ficava gritando. —Sophie desça já aqui. —Por um segundo fiquei com pena daquela pestinha, mas passou quando eu lembrei que ela disse que não gostava de mim e se ela de cara não gostava de mim eu também não precisava gostar dela e nem sentir pena.

—Sim mamãe. – Olhando daquela forma ela realmente parecia apenas uma coisinha indefesa e inocente.

—O que eu já falei de riscar as paredes da casa? – Ela perguntou e não deu tempo para a menina responder. —Você está de castigo, você vai perder duas aulas no mínimo de balé para limpar toda aquela sujeira que você causou e só vai voltar quando aquilo estiver branquinho.

—Mas mãe a apresentação é em breve e eu não posso perder as aulas se não eu vou ser tirada do papel principal. —A menina parecia muito mal e eu quis ri dela, era divertido ver ela se ferrando.

—Pensasse nisso antes de rabiscar as paredes.

—Desculpe, po favo, eu limpo tudinho e nunca mais faço. —Ela juntou as mãozinhas em um sinal de implorando. As palavras nem saíram da boca da Isabella e eu já sabia que ela cederia. Revirei os olhos chateado em como ela tinha sido fraca.

—Eu já ouvi esse discurso antes mocinha.

—Não tem discuso nenhum eu julo juladinho. —Eu quase ri de como as palavras se embolavam.

—Vou te dar uma única chance e eu quero isso limpo, amanhã quando você chegar da escola.

A menininha correu pra a mãe e abraçou pelas pernas.

—Eu te amo mamãe. —Simples assim.

—Eu também te amo meu docinho. —Ela realmente tinha colocado o apelido das crianças como doces. Tinha a Jujuba, e agora docinho.

—Estou pronta. – A ruivinha tinha voltado e tinha o cabelo preso pra trás.

—Está linda. Cadê suas irmãs?

—A Tess não quer colocar a roupa. —A Isabella suspirou fundo e voltou a se virar pra mim, mas uma vez antes que as palavras saíssem eu já sabia o que ela iria dizer então me adiantei.

—Fique a vontade. – Ela me deu um sorriso constrangido e se voltou as duas meninas.

—Se comportem se não vão as duas ficar de castigo por tanto tempo que só iram sair quando estiverem grande. – Eu quase torci pra que elas não se comportassem apenas pra ter o prazer de ver elas de castigo por todo esse tempo.

Voltei a me sentar no sofá e peguei uma revista para me manter ocupado enquanto esperava ela retornar. Já na primeira página dava pra ver alguns rabiscos, olhei pra desenhista e mesmo mal conhecendo a garota eu sabia que aquilo era obra dela. Quando ela me deu a língua eu voltei a focar em folhear a revista, era um conteúdo de design, e rapidamente conseguiu minha atenção.

—Por que você não vai embora? – Encarei a ruivinha vendo que ela tinha uma expressão curiosa no rosto.

—Sua mãe me convidou para o jantar. – Ela balançou os ombros.

—Essa é a nossa casa e não queremos você aqui.

—Sua mãe é a dona da casa não você e só ela pode retirar o convite. —Eu não perderia a oportunidade de provocá-la. Estava sendo mais fácil do que eu esperava.

Ela ia dizer alguma coisa mais um homem entrou na sala, ele se vestia de forma profissional todo de branco. Ele era completamente assustador, devia ser alguns centímetros mais alto do que eu e tinha bastante músculos não era grande coisa se comparado ao Emmett, mas me faria parecer um fracote.

—Algum problema? —Ele perguntou direto a menina ruiva.

—Não eu só estava conversando com ele. —Ele olhou pra ela como se não acreditasse nem um pouco naquilo.

—Sentem-se tenho certeza de que ele não morde e sua mãe e irmãs já estão descendo.

—Se ele me morde eu mordo ele de volta. —A ruivinha veio andando cheia de atitudes e se sentou no sofá o mais distante possível de mim, o lugar era mais alto do que as curtas pernas dela. Foi engraçado. A outra deu a mão ao homem, claramente com receio. Quando falou que não gostava de mim não parecia em nada com aquela agora que aparentava está com medo.

—Ninguém vai morder ninguém. —Repreendeu o homem.

Me levantei e estendi a mão me apresentando.

—Edward Cullen, eu sou ... amigo da Isabella. –Não gostava de me apresentar assim, mas eu seguiria o jeito da Isabella e como ela tinha me apresentado como amigo.

Ele pegou minha mão e apertou.

—Jacob, eu cuido dessas princesinhas. —Não sei onde ele estavam vendo princesinhas. Mas dei apenas um breve sorriso.

Os passos do calçado da Isabella batendo no piso atraiu nossa atenção e ela entrou na sala com duas copias exatas da menininha loira, não eram parecidas, eram simplesmente iguais.

—Por que só ela é diferente? – Não resistir, eu precisava saber e mesmo tendo certeza de que ela devia ter falado comigo em algum momento sobre aquilo já devia ter ficado claro que eu não tinha escutado.

—Edward. – A tom de voz da Isabella deixava claro que ela estava me repreendendo, só não entendi por quê.

—Eu não sou filha da minha mãe. —A coisinha ruiva me respondeu e desceu do sofá indo para perto da mãe. A Frase tinha soado extremamente confusa. Como assim era não era filha da Isabella, será que tinha mais uma criança? Ela ontem disse quatro não sei se estava pronto pra cinco. Não, pera. Não existe isso de não sei. Era bem evidente que eu não estava.

—Pare de falar isso Maria Julia. Você é minha filha e pronto. —A Isabella puxou a ruivinha para um abraço, todos me olhavam como se eu fosse culpado eu apenas não entendi o culpado de que.

—Não entendi. – Não era justo me deixarem na curiosidade.

—Agora não Edward. —A Isabella me deu um olhar que simplesmente me fez recuar. Se eu pensei que no hotel ela estava irritada, aquele episodio não era nada comparado aquela expressão que ela me lançava. —Essas são Thereza e Valentina. —Ela apontou para as duas Xerox da primeira menininha loira que eu tinha conhecido indicando cada uma, enquanto elas permanecessem naquela ordem eu saberia dizer quem era quem.

Não sabia o que fazer.

—Meninas esse é o Edward. —Ela apontou pra mim. —Cumprimentem ele.

—Olá. —Uma delas caminhou na minha direção e me estendeu a mão. Respirei fundo tentando me convencer que era apenas uma menininha e que não ia me fazer mal, pela apresentação da Isabella tinha sido a chamada Thereza que se aproximou de mim. Mas era tão difícil quando ela ficava tão próxima de mim.

—Oi. – Ergui minha mão e levei até ela apenas tocando a mão dela e rapidamente me afastei colocando a mão no bolso.

—Oi. —A outra, Valentina, falou tão baixinho que me mal deu pra escutar.

—Oi.

—Podemos ir jantar? —Amém não via a hora de sair daquela casa. Eu mal tinha tido tempo com a Isabella e podia apostar que com aquelas meninas ali dificilmente eu teria. —Já está pronto.

—Claro.

—Lavar a mão meninas.

Aquele Jacob levou as coisinhas pra longe e eu suspirei agradecido, de onde estávamos era possível ouvir a falação.

—Tudo bem Edward?

—Sim. Tudo...bem. – Nada bem e eu não queria está ali, mas se eu queria ela, pelo menos tentar alguma coisa eu precisava passar por aquele estagio.

—Você parece que está enfrentando uma sessão de tortura. Se você não quer está aqui pode ir. – Ela parecia cansada e com muito medo. Ela tinha definido muito bem era assim que eu me sentia em uma sessão de tortura.

—Não, eu só não sei me comportar perto de crianças. – Resolvi ser o máximo sincero que eu consegui.

Ela me deu um sorriso gostoso e eu não resisti puxando ela para mais perto de mim.

—Eu posso te ajudar com isso. Tenho quatro. – Eu ri mesmo não achando aquilo muito engraçado. Ela estava tentando me deixar mais confortável e estando só com ela não parecia tão ruim.

Me aproximei e encostei meus lábios aos dela, subi minhas mãos até a nuca dela e a puxei pra mim beijando-a. Minha língua experimentou os lábios dela antes que eu conseguisse ao menos concluir o beijo as vozes foram ficando mais próximas e ela me afastou.

—Nossa vez de lavar as mãos. – Anunciou e me puxou pela mão me levando pelo mesmo caminho que as criaturinhas tinham seguido.

[Cont...]