As Engrenagens do Tempo

Cap.8 - Investigação


Cap.8 – Investigação

Já era três e meia da tarde quando chegaram e bateram na porta de Luke, o som do das batidas na porta pareciam intensificar-se na cabeça de Clary, mandando-a de volta ao beco sangrento, sua mente girava e se contorcia com as memórias, deixando à tonta, foi então Jocelyn que atendeu a porta despertando Clary. Sua mãe estava pálida, de aparência desgastada e seus olhos verdes transmitiam cansaço, vestia calças jeans e um moletom cinza manchado com tinta preta, seus cabelos ruivos presos em um coque, começando a desprender-se.

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No entanto, agora estavam na sala de estar sentados no sofá, Jocelyn chamara Luke. Ele estava vestido com calças jeans desgastadas e um casaco de lã preto, seus cabelos castanhos estavam bagunçados, escondendo seus olhos e seus óculos estavam escorregando. Ele abordava uma expressão cansada.

Clary estava indecisa de por onde começar a contar, se partia a falar sobre o tal rumor ou sobre o beco assombroso em que Jace e ela se depararam pelas ruelas de nova York. Foi então que Luke interrompeu o silencio.

– Presumo que esta não seja apenas uma visita – sua voz sôo clara, mas baixa. Praticamente um sussurro, Clary percebeu, Luke parecia ter passado noites sem dormir, por baixo de seu cabelo, escondia-se olheiras e olhos cansados.

– Infelizmente – Clary respondeu, hesitando. Ela sentia-se desgastada e indecisa, seu padrasto não parecia bem e duvidava que a visita da tarde o ajudaria com insônia, no entanto, ela sabia, não era algo que supostamente poderia deixar para outro dia – Há um rumor que andou se espalhando pelo submundo...

– O tal de “destruição” – suspirou Luke, fechando os olhos e massageando suas pálpebras – Sim, isso esta tirando horas de sono da minha vida.

– As coisas não estão boas para Luke e para qualquer ser do submundo – Jocelyn sussurrou baixinho como se para si mesma. Sua voz sairá desgastada. Fazia tempo que Clary não a vira assim, a ultima vez fora na morte de Jonathan, que a abalou profundamente. Clary prendeu a respiração e soltou devagar.

– O que vocês sabem sobre o rumor? – Clary perguntou, aproximando-se de Luke e pegando suas mãos. Elas eram calejadas, mas continham boas lembranças do passado, de quando ele contra historias para ela dormir, dos dias inteiros na biblioteca lendo livros, da tranqüilidade. As lembranças pareciam atingir os dois, acalmando-os.

– Pouca coisa – Luke pareceu soltar o ar, e levantou sua cabeça até Clary, fixando seus olhos nos dela – Mas o suficiente para insônia. Tentei falar com a clave hoje de manhã, mas eles não ouviram, eles estão negando a questão, ao que parece, a todo custo

– Acreditamos que a Clave simplesmente não quer ouvir nada sobre o assunto – Jocelyn sentou-se ao lado de Luke – É possível que eles simplesmente prefiram ignorar a história achando que é apenas um mero rumor...

– Tenho a legitima certeza que não é apenas um mero rumor – Interrompeu Jace, falando pela primeira vez. Seus olhos encaravam Luke – E tenho legitima certeza também que tem bastante coisa para ser contada

– De fato – Ponderou Luke, encontrando os olhos de Jace – Há muita coisa. Foram mais de um rumor, todos diferentes, mas taxando o mesmo ponto chamado “destruição”. Acredito que seja como um quebra-cabeça, pois são rumores aparentemente sem sentido, mas quando comecei a investigar e reunir informações com lobsomens e feiticeiros conhecidos ouvindo outros rumores, eu vi que se encaixavam. Cada rumor era como uma parte de uma profecia bizarra.

– Profecia bizarra? – Perguntou Clary, lembrando-se das escrituras de sangue do beco escuro, ela sentiu borboletas no estomago, o bile sumindo a garganta e deixando um gosto amargo na boca – que tipos de profecias bizarras?

– Elas diziam sobre vingança – sussurrou Luke, abaixando a voz – E “as engrenagens do tempo”