Por mais que eu tentasse prescrutar o que aquele pequenino estava pensando a todo momento, não precisava muito esforço para entender que ele sentia o que estava por vir. Eu quebraria minha promessa.

Escute amiguinho... Se lembra como fui corajoso quando te salvei daquele felino? Eu quero que seja tão corajoso quanto eu fui...

Sentimentalismo sempre foi meu pior defeito. Logo meus olhos estavam cheios de água. Eu não podia ser hipócrita, ele não teria chance de sobrevivência fora daquela ilha, em alto-mar. Por mais que a vida selvagem fosse perigosa para ele, era o que ele era. Um selvagem. Como poderia viver à sombra de um homem como um cão ou um gato?

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Eu sinto muito pequenino... É a única forma que tenho de salvá-lo... Você não sobreviveria um dia lá fora...

Comecei comecei a soluçar. Coloquei-o no chão e lentamente empurrei o bote na direção da água.

Espero que possa me perdoar um dia amiguinho...

Passei a mão sobre os olhos, os enxugando, e comecei a andar empurrando o barco. O macaquinho tentou me acompanhar, mas ao sentir a água fria do mar tremeu e ficou me observando. Logo um grito de desespero provindo dele queimou minha alma.